Fonte: Otsugu
Os produtores que desejam ter uma criação de fundo de quintal, mas que seja produtiva, devem
obter galinhas caipiras com um bom galo de raça (Plymout Rock Barrada, New Hampshire ou
Rhodes). Juntos, as caipiras e o galo certamente farão o galinheiro funcionar, facilitando o manejo.
O ideal seria inicialmente dez frangas no início de postura com sete meses para um galo já adulto
de 1 a 2 anos de idade. Para os criadores mais experientes a raça do galo pode ser qualquer uma
das três, de dupla aptdão puros, dando preferência aos altos, com pernas compridas, canelas
grossas, peito largo e olhos muito vivos. Quantos às caipiras, recomenda-se não comprar de um
mesmo criador, a fim de garantir a variedade na produção e evitar doenças consanguíneas.
Avicultura alternativa
Uma outra forma de criação é a profissional, conhecida como avicultura alternativa, onde o criador
inicialmente comprará os pintinhos já sexados, com a finalidade de engorda e abate ou de fazer
seu próprio plantel com incubadoras artificial. Se o produtor comprar a linhagem label-rouge,
paraíso pedrês ou outras linhagens aprovadas, deve obter galos puros das raças plymouth rock-
barrada, new hampshare e rhodes. Dessa forma, o cruzamento garantirá alta produtividade.
Construção do galpão
Uma das inúmeras diferenças do frango caipira brasileiro para o frango de corte tradicional é que
pode ser criado solto, confinado ou mesmo semi-confinado, dependendo do interesse do criador.
Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou uma antiga instalação da propriedade. Todo
local coberto e cercado torna-se um galpão em potencial, dependendo apenas da quantidade que
se deseja criar e a que fim se destinará.
Uma boa recomendação que deve ser seguida na construção do galpão é orientar a sua cunheira
no sentido leste-oeste. Dessa maneira, haverá menor incidência de sol no interior do galpão na
época de calor e mais insolação nos períodos de frio. O galpão deve estar localizado em um local
de fácil acesso. Outro fator importante são as cortinas de proteção contra frio e chuva, que podem
ser feitas de sacos plásticos de ração, bambu, sapé, madeira e ráfia, desde que sejam seguros e
permitam a passagem de luz solar para o interior do aviário. O manejo das cortinas é muito
importante, pois através delas, a umidade e a temperatura interna do galpão são controladas.
Nos primeiros 10 a 15 dias de vida das aves, recomenda-se que as cortinas fiquem levantadas.
Depois que as aves estão empenadas, deve-se manter as cortinas abaixadas, levantando somente
nos horários frios, durante chuvas ou ventos mais fortes.
Os piquetes para pastagens das aves é recomendável, podendo ficar ao lado dos galpões. Não
pode faltar sombra e água, de preferência corrente. A formação dos piquetes tem o papel
fundamental nesse estilo de criação, já que a ave precisa de espaço para andar e desenvolver sua
musculatura. Os capins e gramas mais usados para piquetes são os mais protéicos, como coast-
cross ou tiffiton, quicuio, napier e a grama estrela africana.
O frango caipira necessita, depois de 30 dias, de dois tipos de comedouros: um para ração
comercial e outro para ração alternativa. O processo de alimentação desta ave, nos primeiros dez
dias segue o tradicional. Usam-se bandejas ou comedouros tubulares infantis que são
gradativamente substituídos por comedouros adultos.
Manejo Físico
Um hidrante deve fornecer a primeira água a ser consumida pelas aves, que pode ser comercial ou
caseiro (300g de açúcar/6 litros de água). Além disso, as aves podem ser alojadas em pinteiros ou
criadas diretamente nos galpões nos círculos de eucatex com aquecedores ou campânulas de gás,
resistência elétrica ou lâmpadas infra-vermelho nos primeiros trinta dias.
A partir da terceira semana, recomenda-se que as aves sejam liberadas pela manhã para um
passeio, visando o desenvolvimento da musculatura, à tarde devem ser recolhidas. Um programa
de iluminação é necessário para desenvolvimento sexual das aves, maior uniformidade e maior
produção. Isso pode ser feito com lâmpadas de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do
galinheiro, com 4 metros de distância uma das outras e 3 metros de altura.
Nas primeiras 8 semanas de vida da ave - luz natural; De 9 a 16 semanas - 12 horas de luz; De 17
a 18 semanas - 14 horas de luz; De 19 a 75 semanas - 17 horas de luz. A cama no galpão deve ser
feita com maravalha de forma uniforme com aproximadamente oito centímetros de espessura.
Se desejar incubar os ovos, a temperatura da incubadeira deve ficar aos 38° C com umidade
relativa do ar de 65% e viragem dos ovos pelo menos três vezes ao dia ou no sistema automático
de 2 em 2 horas a partir do 1º ao 18º dia de incubação, sendo que o período para incubação é de
21 dias.
Os ovos devem ser limpos se estiverem sujos e só podem ser colocados na incubadeira depois de
7 dias e nunca depois do 10° dia (em condição normal de temperatura ambiente). Além disso,
deve ser virado pelo menos uma vez ao dia - esse período dos 7 dias é para formação completa da
câmera de ar dentro do ovo que o pintinho utilizará.
Atenção: Consulte um veterinário para saber quais são os períodos indicados e quais
substâncias devem ser utilizadas para a vacinação das aves.