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Direito Penal – Da Reabilitação

Posted on admin on janeiro 6, 2010 // Leave Your Comment

Nos termos do artigo 93, do CP: “A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em
sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre seu processo
e condenação”. Parágrafo único. A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da
condenação, previstos no artigo 92 desse Código, vedada reintegração na situação
anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo.Aplicabilidade

Pela simples observação do disposto no artigo 202, da LEP, observa-se que o instituto
da reabilitação do CP, ao menos quanto ao sigilo de informações quanto ao
cumprimento de pena pelo condenado, é demasiadamente maléfico e burocrático, visto
serem necessários, além do prazo de 2 anos do cumprimento ou extinção da pena,
outros requisitos:

Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou
certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer
notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova
infração penal ou outros casos expressos em lei.

Também não cabe reabilitação nos casos dos incisos I e II do artigo 92, acima
analisados.

No inciso I, caso em que ocorre o efeito da perda de cargo, função pública ou mandato
eletivo, a reabilitação não tem o efeito de reintegrar o interessado na situação anterior. O
reabilitado não é reconduzido ao exercício do cargo, função pública ou mandato
perdidos. Serve a reabilitação para afastar qualquer óbice para que o reabilitado se
habilite a novo cargo, função ou mandato eletivo.

Situação óbvia é a do inciso II, em que a reabilitação não faz restaurar a capacidade para
o exercício do poder familiar, quando o condenado praticou crime doloso punido com
reclusão contra filho, tutelado ou curatelado.

No caso do inciso III, do mesmo artigo, a reabilitação é apta a restaurar a habilitação do


condenado a dirigir veículo, quando havia perdido a mesma por tê-lo usado como
instrumento do crime.

Requisitos e Competência para a Análise do Pedido

O artigo 94 traz os requisitos necessários ao pedido de reabilitação: A reabilitação


poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer
modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da
suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o
condenado:

I – tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;


II – tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado;

III – tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta


impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a
renúncia da vítima ou novação da dívida.

Tendo em vista não ter sido incluída no rol de competências do juízo das Execuções
Penais (art. 66, da LEP), entende-se que a apreciação do pedido de reabilitação é de
competência do juízo de conhecimento, nos termos do art. 743, do CPP, revogado
apenas parcialmente: A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o
decurso de 4 (quatro) ou 8 (oito) anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou
reincidente, contados do dia em que houver terminado a execução da pena principal ou
da medida de segurança detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas em que
haja residido durante aquele tempo.

Recurso do Indeferimento do Pedido de Reabilitação

Nos termos do § único, do artigo 94, do CP: Negada a reabilitação, poderá ser
requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos
comprobatórios dos requisitos necessários.

Embora o artigo não faça previsão de recurso, pois prevê a possibilidade de novo
pedido, instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários,
entende-se que contra a decisão denegatória pode ser interposto recurso de apelação,
visto tal decisão ter força definitiva.

Revogação da Reabilitação

De acordo com o artigo 95, do CP: A reabilitação será revogada, de ofício ou a


requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente,
por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.

São, portanto, dois os requisitos que permitem a revogação da reabilitação:

a) a condenação transitada em julgado posterior deve ser relativa a pena privativa de


liberdade ou restritiva de direitos;

b) a condenação deve se dar com reconhecimento de que o reabilitado é reincidente.

Bibliografia: Direito Penal-Parte Geral – Rogério Greco

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