4. XANGÔ: É o Pai da Justiça, senhor das rochas e do fogo. Orixá das lutas,
do trabalho e da força. Xangô combate o mal com firmeza e demonstra
poder com a capacidade de vencer batalhas, é o herói da cultura iorubana.
Saudação: Kaô Kabiesilê baba Mi!
Cores: branco com vermelho
Dia da semana: Quarta-feira
Natureza: Pedreiras, Meteoros, Jazidas de Minérios.
Na umbanda, Xangô é quem determina as leis e, assim, sua fúria acaba
sendo revelada na justiça. Exerce influência na linha dos Pretos-Velhos e nas
mutações de Caboclos que carregam a variação de seu nome, dentre eles:
Caboclo Sete Pedreiras.
No cristianismo associa-se Xangô a São João Batista/São Jerônimo.
10. NANÃ: Senhora que mora no alto, domina os pântanos onde, segundo a
tradição Iorubá, cobria todo o nosso planeta antes de ser habitado. É
considerada a vovó de todos os Orixás e, por isso, a maturidade é um tema
tratado com muita sabedoria em seu arquétipo. Seu axé está na energia dos
ancestrais.
Saudação: Saluba Nanã Axé!
Cores: Roxo e Branco
Dia da semana: Terça-Feira
Natureza: Pântanos, Igapós, lama, Barrancos.
É um orixá tipicamente do Candomblé. Seu culto na Umbanda se dá em
maior escala no sertão nordestino. Nanã não é reverenciada em mutações
de guias e caboclos. Mesmo na Umbanda, suas vibrações se mantêm no
arquétipo de Orixá.
No cristianismo associa-se Nanã a Sant’Ana.
11. IBÊJI: É a natureza infantil das divindades. Adoram as novidades, a
doçura e a alegria. Reportam-se ao novo com o instinto da ingenuidade.
Saudação: Beje ro!
Cores: todas as cores à exceção do preto.
Dia da semana: Domingo
Natureza: tudo que nasce.
Na umbanda, este orixá domina a vibração dos Irerês, crianças-guias
espirituais do mel e da doçura. É bastante cultuado em todos os terreiros
e casas de Umbanda. Seus trabalhos acontecem especificamente em mesas
com a simbologia de balinhas, refrigerantes e sucos de frutas.
No cristianismo associa-se Ibêji a são Cosme e São Damião.
13. OSSÂIM: Senhor das ervas medicinais, é o detentor do Axé aos Orixás,
haja vista conhecer folhas de plantas que curam. É um orixá de energia
equilibrada. Todo terreiro do Candomblé reverencia essa divindade antes de
iniciar suas cerimônias.
Saudação: Eu eu assa!
Cores: Verde e Branco
Dia da semana: Terça-Feira e pode ser também cultuado na Quinta-Feira.
Natureza: Florestas - Folhas e Ervas
Na umbanda, seu culto acontece predominantemente na região Norte e em
algumas poucas casas do sudeste. Seu papel no Candomblé é de destaque.
Pouca casa de Umbanda reverencia o conteúdo do culto e saudação a
Ossâim, orixá das ervas.
No cristianismo associa-se Ossâim a Santo Expedito.
15. Ewá: pouco cultuada no Brasil, esse Orixá domina os rios e sua
simbologia está associada à cobra de Oxumaré. Esse Orixá é protetora dos
casamentos e zela pela vida longa dos cônjuges.
Saudação: Rinró!
Cores: Vermelho e Amarelo, Marfim e Rosa.
Dia da semana: Terça-Feira, também, aos sábados é cultuada em algumas
casas.
Natureza: Terra,Iilhas.
Na umbanda não há registro de cultos no tocante a esse orixá, bem como no
cristianismo não há associação a essa divindade porque acredita-se que ela
não fora reverenciada no período do tráfego negreiro constante nos países
da América.
Essas divindade, juntamente com toda força do Axé dos Odus, estão
interligadas pela sincronização elementar da natureza e dividem-se:
OBI (noz de cola) - ar, fôlego.
ÒRÍ - fogo, sensação,
ILÉ - terra, chão, corpo, matéria e
OLÓKUN - água, rios, oceanos, fazendo com a união dos 4
elementos, o equilíbrio de todo o Sistema.