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A TEORIA GERAL DA TAXA DE JUROS: LEITURA, ANÁLISE,

INTERPRETAÇÃO E OPINIÃO SOBRE O CAPÍTULO 13 DA TEORIA GERAL


DO EMPREGO, DO JURO E DA MOEDA DE KEYNES1.

LEANDRO MOREIRA BANCKE2

1. RESUMO

O presente trabalho tem como objeto o capítulo 13 da Teoria Geral do Emprego, do Juro e
da Moeda de Keynes: “A teoria Geral da Taxa de Juros” sendo que, o objetivo é analisar
outros trabalhos relacionados com a obra e ensaiar uma opinião, desenvolvida através
destas leituras complementares e das aulas ministradas pelo Prof. Dr. Joaquim Miguel
Couto em: “Tópicos Avançados em Macroeconomia: Keynes”; sobre a natureza
revolucionária das concepções e proposições teóricas do autor, buscando compreender suas
influências sobre o capitalismo e sobre a economia moderna.

2. PALAVRAS-CHAVE

Teoria Geral, Taxa de Juros, Expectativas.

1
Paper apresentado para análise e correção na disciplina: “Tópicos Avançados em Macroeconomia: Keynes”
ministrada pelo Prof. Dr. Joaquim Miguel Couto na Universidade Estadual de Maringá – UEM.
2
Economista pós-graduado em Gestão Estratégica de Vendas Nacionais e Internacionais. E-mail:
Leandro_economista@hotmail.com
1. A TEORIA GERAL DA TAXA DE JUROS:

Se o preço de um bem é uma medida quantitativa do benefício marginal,


conjuminado socialmente, frente a incontáveis satisfações subjetivas, em contraponto com a
oferta deste bem. A taxa de juros é a variável quantitativa do benefício marginal,
conjuminada socialmente, frente à preferência pela liquidez sob variados motivos, em
contraponto com a oferta de moeda na sociedade.
É esse o entendimento que se observa, à priori, no início do capítulo 13 da Teoria
Geral. Neste passo, Keynes cita quais os motivos que levam os agentes à preferência pela
liquidez _ transação, precaução e especulação _ e critica a concepção neoclássica de que a
taxa de juros seria a variável de ajuste entre a procura de recursos para investir e a recusa
do consumo adjacente:

“[...] Deveria ser óbvio que a taxa de juros não pode ser um rendimento da
poupança ou da espera como tal [...] A taxa de juros não é o “preço” que
equilibra a demanda de recursos para investir e a propensão de abster-se
do consumo imediato. É o “preço” mediante o qual o desejo de manter a
riqueza em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda
disponível [...] O hábito de não se dar a devida atenção à relação da taxa
de juros com o entesouramento pode explicar, em parte, a razão pela qual
o juro tem sido usualmente considerado como uma recompensa por não
gastar, quando, na realidade, ele é uma recompensa por não entesourar.”
(KEYNES, 1985, p. 122-126)

Já no primeiro parágrafo Keynes fundamenta sua crítica na frase: “[...] Todavia esta
teoria vem abaixo tão logo se percebe ser impossível deduzir a taxa de juros a partir do
conhecimento destes dois fatores.” (Keynes, 1985, p. 121) e vai além ao que tange ao
comportamento das variáveis relacionadas à taxa de juros. Na Teoria Geral vemos que a
taxa de juros tem uma relação inversa com quantidade de moeda na economia (oferta) que,
como se observa não é neutra, e uma relação direta com a preferência pela liquidez. Em
outras palavras, mantendo-se constante a preferência pela liquidez, se aumenta a quantidade
de moeda na economia à taxa de juros cai, elevando o investimento e ampliando a demanda
agregada, por sinal, também o produto e o emprego. Sendo que a preferência pela liquidez
poderia variar por incertezas na ausência de um mercado organizado, neste caso em
particular, principalmente pelo motivo precaução, se aumenta a preferência pela liquidez,
eleva-se a taxa de juros, se ela cai, também cairá a taxa de juros mantendo-se constante a
quantidade ofertada de moeda na economia. Como coloca Keynes:

“Via de regra, podemos admitir que a curva de preferência pela liquidez


que relaciona a quantidade de moeda à taxa de juros é dada por uma curva
regular, a qual mostra que essa taxa vai decrescendo à medida que a
quantidade de moeda aumenta.” (KEYNES, 1985, p. 124)

O autor observa, também, que a decisão de investimento tem caráter instável, em


outras palavras, essa relação pode ter elasticidades variadas: um aumento significativo de
moeda pode ocasionar uma variação pequena na taxa de juros, ou a certeza quanto a uma
futura taxa de juros pode ser tal que uma pequena variação na taxa leve a um movimento
substancial em direção à busca da liquidez. Neste comenos, a idéia central de Keynes é
demonstrar o efeito psicológico da taxa de juros sobre os agentes econômicos, pois é ela
que influencia a expectativa deles. “O melhor seria que conhecêssemos o futuro”
(KEYNES, p. 125), mas como não é o caso, ficamos a observar as divergências ou as
anuências de opiniões dos agentes.
Quanto às políticas econômicas voltadas ao produto ou emprego, Keynes sinaliza
que o consumo depende, de maneira secundária, da taxa de juros e que o investimento
depende da expectativa do lucro do futuro dos empresários, isto é, na eficiência marginal do
capital e da taxa de juros, também. Já que, a relação entre consumo e renda é uma relação
estável, as flutuações de demanda agregada associam-se às flutuações no investimento.
Porém, mesmo observando a não-neutralidade da moeda e que poderíamos ser tentados a
considerar a moeda como “a bebida que estimula a atividade” do sistema econômico, o
autor sinaliza que há muitas variáveis em jogo no “mundo real”, como a quantidade de
moeda, a taxa de juros, a eficiência marginal do capital, a propensão marginal a consumir,
etc.; e estas se movimentam juntas, sendo a consideração “coeteris paribus” comumente
utilizada nos modelos clássicos ou neoclássicos, plausível apenas para os modelos
econômicos abstratos.

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A condição de equilíbrio das equações fundamentais e o papel da taxa de juros sobre


este equilíbrio é o foco do capítulo em questão. A retenção de moeda ou preferência pela
liquidez e a oferta de moeda afetam a taxa de juros que, por sua vez, é o principal
determinante do investimento agregado através de uma relação inversamente proporcional.
O investimento, segundo Keynes, é o maior determinante dos movimentos na Demanda
Agregada (DA), Renda, Produto e Emprego.
O próprio Keynes lançou mão de tal política econômica no pós-1929 onde propôs a
intervenção do governo para aumentar a quantidade de moeda em circulação derrubando a
taxa de juros, aumentando o investimento e dessa forma a DA, o Produto e o Emprego não
havendo inflação neste caso em particular porque a oferta estava a um nível perfeitamente
elástico. E, também, uma política anticíclica na Segunda Guerra Mundial: menos moeda em
circulação, levando a uma taxa de juros maior e com isso menos investimento, menos
demanda, menos produto e menos emprego. Contradizendo, desta forma os “clássicos”,
provando que a moeda não é neutra.
A influência de Keynes sobre o capitalismo e sobre a economia moderna é decisiva.
Incontestável entre as economias capitalistas das décadas de 1950 e 1960 volta à tona agora
nesta primeira década de 2000 dando base aos planos de Barack Obama nos EUA, Gordon
Brown na Inglaterra e Lula aqui no Brasil.
Sem dúvida, é um dos grandes da nossa ciência econômica e seu legado é a
renovação das propostas econômicas a partir da observação da realidade, trazendo a
economia, cada vez mais, ao plano prático e a seu propósito fundamental que é a solução
dos problemas econômicos da nossa sociedade.
3. BIBLIOGRAFIA

FILHO, Fernando F. As concepções teóricas e as proposições de política econômica de


Keynes. Rev. econ. contemp. vol. 10 no. 2 Rio de Janeiro May/aug. 2006 (Disponível em:
www.cielo.br)

KEYNES, John M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova
Cultural, 1985, 2a edição.

LUCENA, Helyab M.A, GAUDÊNCIO, Sale M e SILVA, Zairo J.A. Paper: um


instrumento pedagógico para a prática acadêmica. (Disponível em:
http://www.materchristi.edu.br/faculdade/repositorio/download_102.pdf)

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática para fichamentos, resumos,


resenhas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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