Para Ernst Egli a cidade é formada por elementos estruturais, são eles a casa,
a rua, a praça, os edifícios públicos e os limites responsáveis por defini-la.
Assim, o conjunto desses elementos é responsável por obedecer as
necessidades da comunidade e do cidadão.Sendo parte de um conjunto,os
elementos estruturais de determinado lugar tem características
comuns,obedecendo uma concepção unitária que foi formada ao longo da
história,obedecendo ao processo de criação de determinado
espaço.Assim,cada estrutura formada por esses elementos é também
essencialmente unitária.
Segundo Egli,a idéia fundamental de uma cidade é a idéia da casa individual
nessa cidade.Porém,a cidade não é apenas um aglomerado de casas e sim
uma determinada organização funcional destas.A casa portanto,significa a
necessidade individualizada e a rua representa uma ordem geral submetida ao
capricho ou a vontade individual.
Nas civilizações mais próximas, por sua vez, percebe-se a constituição de três
tipos de cidades: A pública do mundo clássico (romana), a doméstica nórdica e
a privada religiosa do Islão. Assim, percebe-se que é extremamente complexo
resumir de maneira sucinta, um termo tão abrangente e, portanto há a
predominância da contradição e para cada definição há a predominância de
uma determinada perspectiva.
A partir dessa análise, conclui-se que o caráter da vida pública não é capaz
de definir uma cidade, já que alguma não o tem. Para Spengler,as cidades são
distinguidas pela existência de uma alma.Essa alma é o conjugados de casas
individuais que na forma coletiva assume uma forma e uma história
próprias,capaz de viver e crescer. Essa alma, pode então pode substituir a
dialética da cidade clássica. Algumas aglomerações ainda, não constituem uma
cidade, pois não existe nela nenhuma essência ou alma representando-as.