PRÁTICAS E SABERES
LATINO-AMERICANOS
Haydée Caruso
Jacqueline Muniz
Antônio Carlos Carballo Blanco
Organização
Haydée Caruso
Jacqueline Muniz
Antonio Carlos Carballo Blanco
Pesquisa
Raphael Millet Camarda Corrêa
Rachel Maître
Tradução
Aitor J. A. Echeverria
Carola Mittrany
José Cláudio dos Santos Júnior
Lenin Pires
Lucía Eilbaum
Luisa Lamas
Maria Blanco Alvite
Maria Paz Pizarro Portilla
Miren Josune Marco Oqueranza
Paz Iturrieta Serra
Revisão
Aline Gatto Boueri
Shelley de Botton
Editora
Publit Soluções Editoriais
Realização
Apoio
Foundation Open Society Institute
À Sisa Rezende, fica o nosso agradecimento final por traduzir na forma de uma
imagem apresentada na capa deste livro a idéia central da Rede, que é promover
o intercâmbio entre policiais e sociedade civil na América Latina.
SUMÁRIO
Prefacio. ................................................................................ 11
Apresentação. ..................................................................... 14
Ficha técnica. ....................................................................... 17
f. Policia e Juventudes
Artigos
· Policia e Juventude na Era da Globalização
Alba Zaluar ........................................................................... 531
Comunicação
· Prevenção do Delito e Violência entre Adolescência e Juventude
Leslie Sequeira Villagrán ........................................................ 557
· Diálogos de uma juventude vigiada e vigilante
Aline Gatto Boueri ................................................................. 567
· Um relato sobre a Polícia Nacional e o Controle da Delinqüência
Juvenil na Nicarágua
Marco A. Valle Martínez ........................................................ 573
Relatos Policiais
· A Relação com a Comunidade na Policia de Investigação de
Chile
Carlos Pino Torres .................................................................. 589
· Dualidade entre Segurança Pública e Privada em Espetáculos
Públicos
Guillermo Nicolás Zalaya ...................................................... 597
· A Atuação da Policia no Bairro Popular Restinga, Breve Analise
Carmen Isabel Andreola ........................................................ 603
Anexo
Metodologia do Curso para reprodução. ..................... 607
10
POLÍCIA, ESTADO E SOCIEDADE: PRÁTICAS E
SABERES LATINO-AMERICANOS
PREFÁCIO
11
Prefácio
12
Prefácio
Civil, iniciativa que foi realizada pela ONG Viva Rio, com o apoio da
Fundação Open Society Institute. Durante seus dois primeiros anos de
funcionamento, a rede foi desenvolvida conjuntamente com as seguintes
instituições latino-americanas: FUNDAR (Argentina), CRISP (Brasil), Guayí
(Brasil), FLACSO (Chile), MILENIO (Colômbia), FESPAD – CEPES (El
Salvador), IEPADES (Guatemala) e INSYDE (México), Universidad
Centroamericana (Nicarágua) Instituto de Defensa Legal (Peru), Red de
Apoyo por la Justicia y la Paz (Venezuela).
13
APRESENTAÇÃO
O livro Policia, Estado e Sociedade: práticas e saberes latino-americanos
foi elaborado a várias mãos. Resulta de um trabalho conjunto que reúne
mais de 50 autores que fazem parte de centros de estudos, ONGs e
agências policiais dos 10 países que atualmente compõem a Rede de Policiais
e Sociedade Civil na América Latina: Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, El
Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Venezuela.
14
Apresentação
15
Apresentação
Boa leitura!
Antonio Carlos Carballo Blanco
Haydée Caruso
Jacqueline Muniz
(Organizadores)
16
FICHA TÉCNICA
· Equipe Viva Rio
Rubem Cesar Fernandes - Diretor Executivo
Ilona Szabó de Carvalho - Coordenadora do Programa em Segurança Humana
Florencia Fontán Balestra – Idealizadora da Rede de Policiais e Sociedade Civil na
América Latina
Haydée Glória Cruz Caruso - Coordenadora da Rede
Raphael Millet Camarda Corrêa – Pesquisador
Rachel Maître – Pesquisadora
Mayra Jucá – Coordenadora do Portal Comunidade Segura
· Consultores
Tenente Coronel Antonio Carlos Carballo Blanco – PMERJ
Jacqueline de Oliveira Muniz – UCAM - GEE/UFRJ
· Parceiros Institucionais
17
· Policiais membros da Rede
19
20
S IL
B RA
Artigo
DA ACCOUNTABILITY SELETIVA À PLENA
RESPONSABILIDADE POLICIAL1
Profa. Dra. Jacqueline de Oliveira Muniz*
Prof. Dr. Domício Proença Júnior**
1. INTRODUÇÃO
21
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
22
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
2. O QUE É ACCOUNTABILITY?
23
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
24
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
25
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
26
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
27
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
28
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
29
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
Com tudo isso, a accountability pode ter muitos usos, mas não
serve a qualquer propósito. Alcança somente o que foi realizado, as
escolhas que foram feitas e as conseqüências destas escolhas no
cumprimento de um determinado mandato. É por isso que não se pode
tratar o (processo de) account como sinônimo dos diversos usos que
podem ser dados aos seus resultados (accountability). Da mesma forma,
não se pode confundir accountability com alguma forma de gestão.
Accountability pode orientar as tomadas de decisão. Pode subsidiar a
elaboração de novas normas ou sugerir o emprego de certos instrumentos
de gestão ao invés de outros, por exemplo. Mas isto não quer dizer que
se administre por accountability. Ao contrário, se faz account sobre como
se administrou. A accountability reporta-se, exclusivamente, ao repertório
de respostas a questões e implicações oriundas das escolhas feitas em
prol dos fins estabelecidos na delegação ou incumbência recebida. Toda
accountability tem, portanto, dois limites insuperáveis que circunscrevem
sua realização: o que decorre da natureza de qualquer account e o que
corresponde aos conteúdos pelos quais se é accountable.
30
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
31
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
Por exemplo, o socorro aos banhistas nas praias públicas é, ou pode ser,
compartilhado por salva-vidas, paramédicos, policiais ou até pelos próprios
cidadãos; mas é o salva-vidas que tem precedência no salvamento no mar,
como entre os salva-vidas há precedência sobre quem irá agir num
determinado caso.
32
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
33
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
34
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
35
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
36
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
3. ACCOUNTABILITY POLICIAL
37
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
38
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
39
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
Vê-se, assim, como o uso de força que uma polity admite, ou pode admitir,
no exercício do mandato policial depende do que ela espera de, e consente
a, seus procuradores.
40
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
3.2 Discricionariedades
41
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
42
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
3.3.1. Âmbito
43
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
3.3.2. Alcance
44
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
45
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
3.3.3. Contornos
46
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
47
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
48
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
49
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
50
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
51
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
52
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
53
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
54
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
55
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
conta de todas as situações em que o policial agiu quando não devia agir,
mas da forma como devia agir. Neste caso, tem-se uma iniciativa policial
inadequada e uma tática policial adequada.
Isso significa que pode existir latitude tanto numa quanto noutra
decisão. Para uma polícia, pode haver situações diante das quais tanto a
iniciativa de agir quanto a de não agir são igualmente oportunas. Para uma
polícia, pode haver uma diversidade de alternativas de condução, de táticas
policiais. Estas podem ter diversos enquadramentos, sendo mais ou menos
hierarquizadas como formas de agir aceitáveis, recomendáveis,
obrigatórias. Em termos de formas de agir, o que é apropriado expressa
um determinado estado da arte da tática policial, conformada pelos
contornos do mandato policial concreto de uma polícia, numa determinada
polity, num determinado momento do tempo.
Cada uma destas caracterizações supõe que uma ação policial já teve
lugar, já produziu resultados e se conhece suas conseqüências, e que esta
ação foi objeto de questionamento, fazendo-se necessário produzir
accountability sobre ela, do ponto de vista de oportunidade e propriedade.
Isso significa, ainda, que previamente a seu enquadramento nestas
categorizações, existe um determinado juízo, mais ou menos impressionista,
mais ou menos tácito, mais ou menos fundamentado, sobre se essa ação
“deu certo” ou “deu errado”, se ela foi mais um “sucesso” ou um “fracasso”.
56
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
57
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
58
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
59
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
60
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
61
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
62
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
63
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
nota inicial que abre o texto. O fato simples é que, como dizem os italianos,
traduttore tradittore, toda tradução é (alguma) traição. E o acervo de alguns
desvios apresentou-se como demasiado para os propósitos do texto.
64
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
65
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
66
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
67
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
exercício mesmo deste mandato. Dito de outra forma: uma polícia que
avalia a maneira pela qual exerce o seu mandato, como se pratica
discricionariedade em seu patrulhamento ou sua investigação ou sua análise
forense com vistas à melhora de seu desempenho, está fazendo
accountability, mesmo que não a chame assim. Porque é desta forma que
se pode apreciar as escolhas, resultados e conseqüências do exercício do
mandato.
Notas
1
Texto originalmente apresentado no Primer Curso Internacional em Rendición de Cuentas de
la Policía, 14 a 18 de maio de 2007, cidade do México, organizado por INSYDE (México), com
apoio do CESC (Chile) e da rede Altus.
2
Somos devedores das lúcidas observações de Vargas (2005) em sua nota de título (p. 19).
3
Como explicado na nota inicial, foram mantidos diversos termos em inglês, como forma de
poupar a exposição do trabalho de uma revisão dos esforços anteriores de tradução. Essa adesão
circunstancial a termos em idioma estrangeiro como vocábulos em um idioma latino necessita
de uma breve explicação de sua flexão. Sem embargo, para além da imposição de um gênero (a
“accountability”, o “account”), estes termos são tratados como palavras de pleno curso no
idioma do texto. Assim diz-se “a accountability” quando se referencia a classe, “uma
accountability” uma instância da classe, como em “o mandato” e “um mandato”. Note-se que
isso é um pequeno ganho em relação à língua inglesa que não tem este uso para, por exemplo,
“accountability”. “The accountability”, a “accountability” de alguma coisa é uma construção
rara, “an accountability”, uma construção em desuso. Em inglês se usa, de fato, “accountability
tanto para a classe geral quanto para o caso específico sem artigo, como em “police accountability”
ou até só “accountability” como sujeito de uma oração.
4
A responsibility é full, é-se plenamente responsabilizável, porque se responde, sempre, pelos
resultados dos atos e omissões. Não há, nem se pretende imunidade de quem quer que seja e
muito menos da polícia. Tudo o que decorre de um mandato é accountable em termos dos
diagnósticos, prognósticos e por extensão do desempenho de uma determinada ação; por outro
lado, o diagnóstico, o prognóstico e a justificativa de uma determinada inação. Isso inclui até
mesmo a consideração do account de atos presumidamente decorrentes do mandato, mas cuja
pertinência à atenção de quem detém o mandato pode vir a ser questionada.
5
É precisamente porque a accountability corresponde à responsabilização por escolhas que não
há contradição ao se afirmar que vai de full responsibility para selective accountability. A
68
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
Referências Bibliográficas
Banton, Michael (1964), The policeman in the community. Basic Books.
Bayley, David H & Bittner, Egon (1989), ‘Learning the Skills of Policing’, Law and Contemporary
Problems, 47: 35—59. now in Roger G. Dunham and Geoffrey P. Alpert, eds., Critical Issues in
Policing – contemporary readings – 4th edition, 82—106. Prospect Heights, Ill.: Waveland
Press.
Bayley, David H. (1985), Patterns of Policing: A Comparative International Perspective. New
Haven: Rutdgers University Press.
——— (1994), Police for the Future. New York and Oxford: Oxford University Press.
——— (1996). “Measuring Overall Effectiveness” In: Hoover, Larry H (1996): Quantifying
Quality in Policing (PERF): 37-54.
——— (1998a), What Works in Policing. New York and Oxford: Oxford University Press.
69
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
——— (1998b), ‘Patrol’, in David H. Bayley, ed., What Works in Policing, 26—30. New York
and Oxford: Oxford University Press.
Bayley, David H. and Shearing, C. (1996), ‘The Future of Policing’, Law and Society Review, 30/
3: 585-606.
——— (2001a), The New Structure of Policing: description, conceptualization and research
agenda. Washington, DC: National Institute of Justice.
——— (2001b), Democratizing Police Abroad: what to do and how to do it. Washington:
National Institute of Justice.
Bittner, Egon (1967), ‘The Police in Skid Row: a study in peacekeeping’, American Sociological
Review, 32/5: 699—715 now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 131—156.
Boston, Mass: Northeastern University Press.
——— (1970), The Functions of the Police in Modern Society: a review of background
factors, current practices, and possible role models. Rockville, MD: Center for the Study of
Crime and Dellinquency. now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 89—232. Boston,
Mass: Northeastern University Press.
——— (1974), ‘Florence Nightingale in pursuit of Willie Sutton: a theory of the police’, in
Herbert Jacobs, ed., The Potential for Reform of Criminal Justice, vol 3. Beverly Hills, CA:
Sage. now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 233—268. Boston, Mass: Northeastern
University Press.
——— (1983), ‘Urban Police’, in Encyclopedia of Crime and Justice. New York: The Free
Press. now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 19-29. Boston, Mass: Northeastern
University Press.
——— (1990a), Aspects of Police Work. Boston, Mass: Northeastern University Press.
——— (1990b), ‘Introduction’, in Egon Bittner, Aspects of Police Work, 3—18. Boston, Mass:
Northeastern University Press.
Blumberg, Mark (2001), “Controlling Police Use of Deadly Force – assessing two decades of
progress” in Dunham, Roger G & Alpert, Geoffrey P, ed (2001): Critical Issues in Policing –
contemporary readings. Waveland Press, 4th Edition: 559-582.
Brooks, Laure Weber (2001), “Police Discretionary Behavior – a study of style” in Dunham, Roger
G & Alpert, Geoffrey P, ed (2001): Critical Issues in Policing – contemporary readings (Waveland
Press, 4th Edition): 117-131.
Chalon, Maurice; Leónard, Lucie; Vanderschureren, Franz and Vézina, Claude (2001), Urban
Safety and Good Governance: the role of the police. Nairobi: International Centre for the
Prevention of Crime.
Clarke, Ronald V (1992), “Introduction” in CLARKE, Ronald V, ed (1992): Situational Crime
Prevention: Successful Case Studies. Harrow & Heston: 1-42
Cordner, Gary W. (1996), ‘Evaluating Tactical Patrol’, in Larry T. Hoover, ed., Quatifying Quality
in Policing, 185—206. Washington, D.C.: Police Executive Research Forum (PERF).
Cordner, Gary W.; Gaines, Larry K. and Kappeller, Victor E., eds. (1996), Police Operations:
analysis and evaluation. Cincinnati, OH: Anderson Publishing Co.
Couper, David C. (1983). How to Rate Your Local Police. Washington, PERF.
Crank, John P. (2003), ‘Institutional theory of the police: a review of the state of the art’, Policing:
an international journal of police strategies and management, 26/2: 186-207.
Cusson, Maurice (1999), ‘Qu’est-ce que la securité intérieure?’ (What is internal security?),
electronic document, University of Montreal, [crim.umontreal.ca], 22 pages.
Dziedzic, Michael J. (1998), ‘Introduction’ in Robert B Oakley, Michael J Dziedzic and Eliot M
Goldberg, eds., Policing the New World Disorder: peace operations and public security, 3—
70
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
71
Da Accountability Seletiva à Plena Responsabilidade Policial
——— (2002), Managing Police Operations – implementing the New York Crime Control
Model – CompStat New York: Wadsworth.
Muir Jr, William Ker (1977). Police: Streetcorner politicians. Chicago: The University of
Chicago Press.
Muniz, Jacqueline (1999) “Ser policial é sobretudo uma razão de ser”. Tese de Doutorado. Rio de
Janeiro: IUPERJ.
——— (2001), ‘A Crise de identidade das polícias’ (The polices’ identity crisis), REDES 2001
Meeting, Washington, DC, electronic document, 42 pp.
Muniz, Jacqueline & Proença Jr, Domício (2003), “Police Use of Force: The Rule of Law and Full
Accountability”, Comparative Models of Accountability Seminar. INACIPE, Ciudad de Mexico,
29-30 October, 10 pp.
Muniz, Jacqueline; Proença Jr, Domício; Diniz, Eugenio (1999). Uso da força e ostensividade.
Boletim de Conjuntura Política. Belo Horizonte, Departamento de Ciência Política, Universidade
Federal de Minas Gerais.
Neocleous, Mark (2000a), ‘Social Police and the Mechanisms of Prevention’, British Journal of
Criminology, 40: 710—726.
——— (2000b), The Fabrication of Social Order: a critical theory of police power. London:
Pluto Press.
Proença Jr, Domício (2003a), “O enquadramento das Missões de Paz (PKO) nas teorias da
guerra e teoria de polícia”, in Esteves, Paulo Luiz (org.), 2003. Instituições Internacionais:
Comércio, Segurança e Integração. Belo Horizonte: Editora PUC Minas.
——— (2003b). “Some Considerations on the Theoretical Standing of Peacekeeping Operations”.
In: Low Intensity Conflict and Law Enforcement 9(3): 1-34. Frank Cass Co.
Proença Jr, Domício. & Muniz, Jacqueline (2006a), “Rumos para a Segurança Pública no Brasil
- o desafio do trabalho policial”, in Bartholo, R. e Porto, M.F. Sentidos do Trabalho Humano. Rio
de Janeiro: E-Papers: 257-268.
——— (2006b) “‘Stop or I’ll call the Police!’ The Idea of Police, or the effects of police encounters
over time”, British Journal of Criminology 46: 234-257.
Rahtz, Howard (2003), Understanding Police Use of Force. Monsey: Criminal Justice Press.
Reiner, Robert (1996) “Processo ou Produto? Problemas de avaliação do desempenho policial
individual” in Brouder, Jean-Paul, ed (2002): Como reconhecer bom policiamento. São Paulo:
EdUSP: 83-102.
Robinson, Cyril D.; Scaglion, Richard and Olivero, J. Michael (1994), Police in Contradiction:
the evolution of the police function in society. Westport, Conn: Greenwood Press.
Sacco, Vincent F (1996) “Avaliando Satisfação” in BROUDER, Jean-Paul, ed (2002): Como
reconhecer bom policiamento. Rio de Janeiro: EdUSP: 157-174.
Schmidl, Erwin A. (1998), ‘Police Functions in Peace Operations’ in Robert B Oakley, Michael J
Dziedzic and Eliot M Goldberg, eds., Policing the New World Disorder: peace operations and
public security, 19—40. Washington: National Defense University Press.
Skolnick, Jerome H. (1994 [1966]). Justice Without Trial: Law Enforcement in Democratic
Society. New York: Macmillan College Publishing Company, 3rd ed.
Vizzard, William J. (1995), ‘Reassessing Bittner’s thesis: understanding coercion and the police
in light of Waco and the Los Angeles riots’, Police Studies: International Review of Police
Development, 18/3: 1—18.
Varenick, Robert O. (2005), Accountability: sistema policial de rendicion de cuentas. Ciudad
de Mexico: Instituto para la Seguridad y la Democracia.
Vargas, Ernesto López Portillo (2005), “Accountability: modelos distintos, lecciones comunes” in
72
Jacqueline de Oliveira Muniz & Domício Proença Júnior
73
I NA
NT
GE
Artigo AR
A PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA.
O CASO BRADFORD E A EXPERIÊNCIA BRITÂNICA FRENTE AOS
DESAFIOS DO RACISMO, DA EXCLUSÃO SOCIAL E DO
TERRORISMO.
Gastón Hernán Schulmeister*
INTRODUÇÃO
75
A participação comunitária
Esses são alguns dos aspectos que, a partir das reflexões sobre a
participação comunitária no caso extra-regional de Bradford, serão
importantes para as correspondentes reproduções a serem promovidas
na América Latina.
CONTEXTO
76
Gastón Hernán Schulmeister
77
A participação comunitária
DESENVOLVIMENTO
Por sua vez, vale lembrar que dentro a bibliografia sobre o tema
outros tipos de classificações mais completas costumam levar em conta
por um lado quem participa (distinguindo entre participação direta e
indireta, através dos vizinhos ou dos dirigentes da comunidade) e, por
outro, o tipo de participação desenvolvido (ativo ou passivo, estando
vinculado o primeiro mais com o formato e/ou com a própria
implementação das iniciativas)10.
O Caso BRADFORD
78
Gastón Hernán Schulmeister
79
A participação comunitária
80
Gastón Hernán Schulmeister
81
A participação comunitária
82
Gastón Hernán Schulmeister
83
A participação comunitária
84
Gastón Hernán Schulmeister
85
A participação comunitária
86
Gastón Hernán Schulmeister
87
A participação comunitária
88
Gastón Hernán Schulmeister
89
A participação comunitária
90
Gastón Hernán Schulmeister
91
A participação comunitária
92
Gastón Hernán Schulmeister
CONCLUSÃO
93
A participação comunitária
94
Gastón Hernán Schulmeister
Notas
1
Na data do fechamento da publicação da primeira revista da Rede 14 “Segurança Cidadã na
Cidade” do programa Urb-Al, no Chile, participavam 19 comunidades e, em nível mundial,
existam 29 países sócios, com um total de 189 cidades. Para visitar o portal da rede dirija-se a
http://www.urbalvalparaiso.cl/p4_urbalred14/site/edic/base/port/portada.html
2
O Documento Base foi a publicação de fundação da Rede 14, que definiu a problemática da
segurança cidadã na Europa e na América Latina, com o objetivo de estabelecer critérios comuns
de análise. Rede-14 Programa URB-AL da Comissão Européia; “Documento Base. Segurança
Cidadã na Cidade”; Valparaíso, Chile; outubro de 2003. Disponível em espanhol em http://
w w w. u r b a l v a l p a r a i s o . c l / p 4 _ u r b a l r e d 1 4 / s i t e / a r t i c / 2 0 0 3 1 1 1 9 / a s o c f i l e /
ASOCFILE120031119195112.pdf
3
DAMMERT, Lucía (ed.); Segurança Cidadã: Experiências e Desafios; I. Municipalidade de
Valparaíso, Rede 14 Segurança Cidadã na Cidade, URB-AL; Valparaíso, o Chile; 2004; 377 p.
Disponível em http://www.urbalvalparaiso.cl/p4_urbalred14/site/artic/20031119/pags/libro.html
4
DAMMERT, Lucía, PAULSEN, Gustavo (eds.); Cidade e Segurança na América Latina; FLACSO-
Chile, Rede 14 Segurança Cidadã na Cidade, I. Municipalidade de Valparaíso, URBAL; Santiago,
Chile, Série Livros FLACSO-Chile; 2005, 230 p. Disponível em http://www.urbalvalparaiso.cl/
p4_urbalred14/site/artic/20031119/asocfile/libro_ciudad_y_seguridad.pdf
5
DAMMERT, Lucía; Prevenção comunitária do delito na América Latina: Discurso ou
possibilidade?, em Pessoa e Sociedade (Chile); N°.1; 2005; pp.215/230.
6
DAMMERT, Lucía; A construção de cidadania como estratégia para o fomento da convivência
e a segurança; El Salvador, Seminário permanente sobre violência; setembro 2005. Disponível em
http://www.violenciaelsalvador.org.sv/documentos/Dammert__El_Salvador_20051.pdf
7
DAMMERT, Lucía, BAILEY John (coords.); Segurança e reforma policial nas Américas:
experiências e desafios; o México; FLACSO-Chile, as Nações Unidas-ILANUD, Século XXI Editores;
2005; 379p.
8
Sobre tipos de participação comunitária, seus problemas de conceitualização e temas implicados,
ver DAMMERT, Lucía; “Participação comunitária em prevenção do delito na América Latina”,
em DAMMERT, Lucía (ed.); Segurança Cidadã: Experiências e Desafios; op. cit.; p. 161.
9
Segundo Lucía Dammert, na América Latina as iniciativas de prevenção comunitária
desenvolvidas se vinculam a quatro âmbitos específicos: a relação polícia-comunidade aludida,
a organização comunitária de segurança, o trabalho em espaços públicos e a associação público-
privado. Ver DAMMERT, Lucía; A construção de cidadania como estratégia para o fomento da
convivência e a segurança; op. cit.; pp. 15-16.
10
Ver “Enfoques participativos” em DAMMERT, Lucía; A construção de cidadania como estratégia
para o fomento da convivência e a segurança; op. cit.; pp. 14-15. Sobre os enfoques participativos
e os âmbitos de participação, ver também DAMMERT, Lucía; “Associação município-comunidade
na prevenção do delito”, em DAMMERT, Lucía, PAULSEN, Gustavo (eds.); Cidade e segurança na
América Latina; op. cit. 61/64.
95
A participação comunitária
11
O projeto B-equal (Bradford Employment Equality Project) é, em parte, financiado pelo Fundo
Social Europeu e procura o desenvolvimento de opções inovadoras para superar barreiras das
minorias étnicas ao emprego. Site na web: http://www.b-equal.com/
12
British Broadcasting Corportation (BBC). “a Grã-Bretanha: Calma após distúrbios raciais”,
em BBC Mundo.com, 9 de julho de 2001. http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/news/newsid_1430000/
1430199.stm
13
Calcula-se que no Reino Unido haja um milhão e meio de muçulmanos que vivem em diferentes
assentamentos distribuídos no território britânico, com diferentes formas de organização e
herança cultural. Embora exista certa crença generalizada que os muçulmanos residentes no
Reino Unido chegaram ao país a partir do sudeste asiático na década de 60, os antecedentes
históricos indicam que começaram a se estabelecer há mais de um século e que emigraram de
diferentes regiões no mundo, incluindo o norte e o este da África, Chipre, Turquia e Oriente
Médio.
14
CRAMPHORN, Colin (2006); Chief Constable’s Annual Report 2005/2006; West Yorkshire
Police. Disponível em http://www.westyorkshire.police.uk/files/docs/annualreport20052006.pdf
15
Ibid. Para mais informações dirigir-se também a “County Profile”, na seção institucional
(“About Us”) no site na web da WYP: http://www.westyorkshire.police.uk/section-
item.asp?sid=2&iid=136
16
CRAMPHORN, Colin (2006); op. cit..
17
A apenas duas semanas dos episódios do 7 de julho de 2005, no dia 21 de junho entre as
12h35min e as 13h05min, três incidentes ocorreram novamente em Londres no sistema
subterrâneo —ao redor das estações Warren Street, Oval e Shepherd’s Bush—, mais um quarto
incidente na parte superior de um London Bus na Hackney Road. MURPHY, Paul; “Intelligence
and Security Committee Report into the London Terrorist Attacks on 7 July 2005. Presented to
Parliament by the Prime Minister by Command of Her Majesty”, Mai 2006. Disponível em
http://news.bbc.co.uk/2/shared/bsp/hi/pdfs/11_05_06_isc_london_attacks_report.pdf
18
The House of Commons; “Report of the Official Account of the Bombings in London on 7th July
2005”; London; The Stationery Office (TSO); Mai 2006. Disponível em http://news.bbc.co.uk/2/
shared/bsp/hi/pdfs/11_05_06_narrative.pdf
19
Com respeito à terminologia no momento de fazer referências ao terrorismo, no relatório sobre
inteligência e segurança depois dos episódios do 7/7, o mesmo refere-se ao “terrorismo islamita”.
Um termo utilizado pelos serviços de segurança e pela polícia para descrever a ameaça de
indivíduos que alegam uma justificação religiosa para o terrorismo, cuja alegação é, além disso,
rejeitada pela maioria dos muçulmanos britânicos, cujos líderes se encarregam de assinalar que
o Islã não é uma religião violenta. Além disso, entre a comunidade contra-terrorista mais ampla
do governo especifica-se que a ameaça é também referenciada como “terrorismo internacional”.
MURPHY, Paul; “Intelligence and Security Committee Report into the London Terrorist Attacks
on 7 July 2005. Presented to Parliament by the Primer Minister by Command of Her Majesty”;
Mai 2006.
20
The House of Commons; “Report of the Official Account of the Bombings in London on 7th July
2005”; op. cit.; p. 26-27.
21
Ibid.
22
“Annex A: The evolution of the modern international terrorist threat”, em The House of
Commons; “Report of the Official Account of the Bombings in London on 7th July 2005”; London;
The Stationery Office (TSO); Mai 2006.
23
“Muçulmanos sob a lupa”, BBC Mundo.com, 13 de julho de 2005. http://news.bbc.co.uk/hi/
spanish/international/newsid_4679000/4679677.stm
96
Gastón Hernán Schulmeister
24
“Four men held after terror raid”, em BBC News, 6 March 2006. http://news.bbc.co.uk/2/hi/
uk_news/4777472.stm
25
“Police search after terror arrest”, em BBC News, 7 June 2006. http://news.bbc.co.uk/2/hi/
uk_news/5054466.stm
26
Os debates em torno da comunidade muçulmana no Reino Unido se estenderam também a
discussões sobre como os políticos e os próprios líderes das comunidades deveriam responder ao
fenômeno do descontentamento entre os jovens muçulmanos e sua possível radicalização.
27
“O que motivou os atacantes?, em BBC Mundo.com, 14 de julho de 2005. http://news.bbc.co.uk/
hi/spanish/international/newsid_4682000/4682621.stm
28
“A veia racista da Grã-Bretanha”, em BBC Mundo.com, 5 de agosto de 2005. http://
news.bbc.co.uk/hi/spanish/misc/la_columna_de_miguel/newsid_4125000/4125942.stm
29
“Webchat: Professor Paul Rogers”, em BBC News, 18 July 2005. http://www.bbc.co.uk/leeds/
content/articles/2005/07/14/messageboard_paul_rogers_webchat_feature.shtml
30
“Noite de violência racial na G. Bretanha”, em BBC Mundo.com, 8 de julho de 2001. http://
news.bbc.co.uk/hi/spanish/news/newsid_1428000/1428513.stm
31
No caso da Irlanda do Norte, por exemplo, a preocupação em melhorar a imagem e a
confiança da polícia perante a comunidade é evidente, entre outras coisas, na criação de um
Ombudsman especial para lidar com as queixas contra a polícia (The Police Ombudsman for
Nothern Ireland). O mesmo não é equivalente a um departamento de assuntos internos, mas um
interlocutor entre a sociedade e a polícia, encarregado de canalizar as denúncias da população
e que atua como um mecanismo de resolução de controvérsias. Tal iniciativa se ocupou de temas
como a má imagem da instituição policial (e a correspondente confiança que deveria melhorar
para seu desempenho), com uma particular atenção do accountability que mostra-se útil (da
mesma forma que com a canalização de demandas no caso Bradford) ao melhoramento do
funcionamento das instituições de segurança. Para mais informações sobre The Police Ombudsman
for Nothern Ireland , dirigir-se a seu site na web: http://www.policeombudsman.org/
32
“Terceira noite de violência racial”, em BBC Mundo.com, 10 de julho de 2001. http://
news.bbc.co.uk/hi/spanish/news/newsid_1431000/1431319.stm
33
“ Inglaterra: o porquê do verão da ira”, em BBC Mundo.com, 11 de dezembro de 2001. http:/
/news.bbc.co.uk/hi/spanish/news/newsid_1703000/1703347.stm
34
“R. Unido: nova onda de violência racial?”, em BBC Mundo.com, 24 de junho de 2003. http:/
/news.bbc.co.uk/hi/spanish/news/newsid_3016000/3016508.stm
35
HENDERSON, N.J., DAVIS, R.C., and MERRICK, C., “Community Policing: Variations on the
Western Model in the Developing World”, Police Practice and Research, Vera Institute of Justice;
2003; Vol. 4, Nº. 3; 16 p..
36
Emblemático de tal política é o programa denominado The Bradford District Safer Communities
Partnership, o qual inclui uma ampla gama de ações e trabalha para reduzir o crime, o
comportamento anti-social, os problemas de abusos de drogas e do medo do crime, e para
assegurar que todas as pessoas no distrito se beneficiem do clima de segurança reinante. Para
mais informações dirigir-se ao site na web: http://www.saferbradford.org.uk
37
“Community Forums”, correspondente à seção “Department Profiles” no site na web da WYP:
http://www.westyorkshire.police.uk/section-item.asp?sid=6&iid=99
38
Ibid.
39
Ibid.
40
CALL, Charles T.; “Challenges in Police Reform: Promoting Effectiveness and Accountability”;
IPA Policy Report; International Peace Academy; 2004. Disponível em http://www.ipacademy.org/
PDF_Reports/CHALLENGES_IN_POLICE.pdf
97
A participação comunitária
41
“Community Forums”, no site da WYP, op. cit.
42
Lucía Dammert, por exemplo, insistindo no papel mais ativo que o governo local deveria
assumir comprometido com a participação da cidadania, reconhece a participação da
comunidade nas iniciativas de prevenção da violência e a delinqüência como um pilar a ter em
mente para o formato e implementação de políticas de segurança em nível local, fazendo com
que a comunidade se transforme em um ator decisivo no espaço local. DAMMERT, Lucía;
“Associação município-comunidade na prevenção do delito”, em DAMMERT, Lucía, PAULSEN,
Gustavo (eds.); Cidade e Segurança na América Latina; op. cit.; pp. 51/83.
43
Bradford Hate Crime Alliance (BHCA) na web: http://www.hatecrimealliance.co.uk
44
GROENEWALD, Hesta and PEAKE, Gordon; “Police Reform Through Community-based Policing:
Philosophy and Guidelines for Implementation”; International Peace Academy (IPA) Saferworld;
New York; September 2004. Disponível em http://www.saferworld.org.uk/images/pubdocs/
police%20reform.pdf
45
“Londres: depois dos conspiradores”, BBC Mundo.com, 10 de agosto de 2006. http://
news.bbc.co.uk/hi/spanish/international/newsid_4781000/4781927.stm
46
“Police fears of threat to Muslims”, em BBC News, 11 August 2006. http://news.bbc.co.uk/2/
hi/uk_news/4783099.stm
47
“Questions over London terror raid”, em BBC News, 10 June 2006. http://news.bbc.co.uk/2/hi/
uk_news/5066846.stm; “Terror raid pair may sue police”, em BBC News, 11 June 2006. http://
news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/5068500.stm
48
“Counter Terrorism”, seção “Policy Statements”, na web da WYP: http://
www.westyorkshire.police.uk/section-item.asp?sid=48&iid=1365
49
Ibid.
50
Ibid.
51
National Policing Plan Priorities 2004/07.
52
CRAMPHORN, Colin (2005); Chief Constable’s Annual Report 2004/2005; West Yorkshire
Police. Disponível em http://www.westyorkshire.police.uk/files/docs/annualreport20042005.pdf
53
CRAMPHORN, Colin (2005), op. cit. p. 4.
54
Para mais informações ver SCHULMEISTER, Gastón Hernán, “A segurança segundo a visão
britânica. Um enfoque holístico para reformas no setor”, Boletim do Instituto de Assuntos
Estratégicos e Assuntos Internacionais (ISIAE), Conselho Argentino para as Relações Internacionais
(CARI), ano 9, número 38, abril 2006. Disponível em http://www.cari1.org.ar/pdf/boletin30.pdf
55
WULF, Herbert; “Brief 15. Security Setor Reform”; Bonn (Germany); Bonn International
Center for Conversion (BICC); 2000.
56
Organization for Economic Co-operation and Development (OECD); “Security System Reform
and Governance”; DAC Guidelines and reference Series; Paris (France); 2005.
57
BALY, Dick; “Understanding and Supporting Security Sector Reform”; London, United Kingdom;
Department for International Development (DFID); 2002.
58
Neste sentido, embora o presente trabalho se ocupe apenas do caso Bradford, não se pode fugir
pelo menos à menção da aplicação do mesmo enfoque ao processo de reforma acontecido nos
últimos anos na Irlanda do Norte. Ver “A New Beginning: Policing in Northern Ireland. A report
of the Independent Commission on Policing for Northern Ireland”; September 1999. Disponível
em http://www.belfast.org.uk/report/fullreport.pdf
59
Na América Latina, por exemplo, são recorrentes os debates sobre se é preciso ampliar ou não
as missões das Forças Armadas em matéria de segurança interna. Ver CA, Lucía e BAILEY, John;
“Reforma policial e participação militar no combate à delinqüência: análise e desafios para a
América Latina”; em Forças Armadas e Sociedade; FLACSO-Chile; Nº.1; 2005; pp.133-152.
Disponível em http://www.fasoc.cl/files/articulo/ART43622189c08b8.pdf
98
B IA
L ÔM
CO
Comunicação
REFORMA POLICIAL E USO LEGÍTIMO DA FORÇA
EM UM ESTADO DE DIREITO.
UM OLHAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DA COLÔMBIA
Hugo Acero*
1. INTRODUÇÃO
*
Sociólogo, consultor internacional em temas de segurança cidadã, segurança nacional, manejo
de crise e terrorismo. 99
Reforma Policial e uso legítimo da força em um Estado de Direito
100
Hugo Acero
101
Reforma Policial e uso legítimo da força em um Estado de Direito
102
Hugo Acero
•Afastamento polícia-comunidade.
•Participação da comunidade.
•Desenvolvimento gerencial.
103
Reforma Policial e uso legítimo da força em um Estado de Direito
104
Hugo Acero
105
Reforma Policial e uso legítimo da força em um Estado de Direito
4. CONCLUSÕES
106
Hugo Acero
Notas
1
UPRIMNY YÉPEZ, INÉS MARGARITA. Limites da polícia na perseguição do delito. Defensoria
do povo. Bogotá 2003.
2
Artigo 93 da Constituição Política Nacional
3
Assembléia Geral das Nações Unidas. 17 de dezembro de 1979. Normativa e Prática dos
Direitos Humanos para a Polícia Manual ampliado de direitos humano para a polícia.
4
POLÍCIA NACIONAL: A FORÇA DA MUDANÇA. Cartilha N° 2. Pág.14.
5
POLÍCIA NACIONAL: A FORÇA DA MUDANÇA. Cartilha N° 2.
6
GRUPO DE ESTRATEGISTAS PARA A MUDANÇA. Transformação cultural e melhoramento
institucional. Polícia Nacional. Editorial Retina. Bogotá: 1995.
7
Plano de Direcionamentos Estratégicos da Polícia Nacional.
8
Ibid. UPRIMNY YÉPEZ, INÉS MARGARITA. Limites da polícia na perseguição do delito. Defensoría
do povo. Bogotá 2003. Pág. 25
9
Ibid., UPRIMNY YÉPEZ, INÉS MARGARITA. Limites da polícia na perseguição do delito.
107
Reforma Policial e uso legítimo da força em um Estado de Direito
108
RU
PE
Comunicação
ESTRATÉGIAS POLICIAIS PERANTE NOVAS
AMEAÇAS E RELAÇÕES SEGURANÇA PÚBLICA–
DEFESA NACIONAL
Gustavo Gorriti*
A principal ameaça que viveu o Peru em termos de segurança pública
e nacional foi a insurreição do Sendero Luminoso. Desde seu início,
enganosamente simples, até o momento, no final da década de 1980 e
começo de 90, quando o Sendero afirmou haver alcançado a paridade
estratégica e iniciado a etapa dirigida a conquistar o poder, o Peru viveu uma
guerra interna na qual morreram dezenas de milhares de pessoas e sofreu
uma destruição material de bilhões de dólares.
Para fins práticos, a guerra interna terminou há alguns anos. O Sendero
Luminoso mantém grupos armados em algumas regiões do país, mas o que
restou não constitui mais uma ameaça estratégica, como foi, e muito, até
fins de 1992.
Por que trazer para discussão o caso no contexto desse estudo?
Porque aquela ameaça sem precedentes no Peru pôs em jogo todo tipo de
reações e respostas por parte de um Estado confuso, que viu como
fracassavam, um após outro, seus esforços, enquanto a situação piorava até
tornar-se quase insustentável.
Uma vez que a polícia foi derrotada em 1982, na primeira área em
estaqdo de emergência (a de Ayacucho, na serra centro-sul do país), as
Forças Armadas assumiram a tarefa contra-insurgente, pondo em prática
as doutrinas de contra-insurgência que haviam sido empregadas poucos
anos antes, frente às insurreições guerrilheiras na América do Sul,
especialmente no Cone Sul, e que em todos os casos terminaram com a
supressão da democracia, a instauração de ditaduras e a prática de
atrocidades contra dezenas de milhares de pessoas.
Essa doutrina, herdada da guerre révolutionnaire francesa,
essencialmente contrária à democracia, foi aplicada no Peru, inicialmente,
nas áreas provincianas onde se deu com maior força o crescimento da
organização maoísta. Apesar do grande número de vítimas, (mortos,
desaparecidos, refugiados), a insurreição, além de não ser dominada,
continuou crescendo e difundindo-se por novas regiões do país.
*
Jornalista, Diretor da Área de Segurança Cidadã do Instituto de Defensa Legal.
109
Estratégias policiais perante novas ameaças e
relações Segurança Pública–Defesa Nacional
110
Gustavo Gorriti
111
Estratégias policiais perante novas ameaças e
relações Segurança Pública–Defesa Nacional
112
Gustavo Gorriti
113
Estratégias policiais perante novas ameaças e
relações Segurança Pública–Defesa Nacional
de uma doutrina operacional que pode ser resumida nos seguintes aspectos:
pelo Colina. De qualquer forma, o estudo já havia sido realizado por ambos.
114
Gustavo Gorriti
Por sua vez, o GEIN só disparou duas vezes nesse período, uma
vez para o ar e outra acidentalmente, sem ferir nem bater em ninguém.
Mas, no dia 12 de setembro de 1992, depois de uma longa vigilância a
várias casas, invadiram uma academia de balé em um distrito de classe
média de Lima e, no segundo andar, capturaram a Abimael Guzmán. Esse
foi o golpe mortal que destruiu o Sendero Luminoso.
O paradoxal dessa captura foi que esse grupo de policiais que atuou
dentro de uma impecável legalidade e que teve como norte defender a
democracia, ajudou Fujimori a receber o crédito da captura e alcançasse
com isso um tremendo apoio, o que justificou seu golpe de estado e a
derrocada da democracia.
115
Estratégias policiais perante novas ameaças e
relações Segurança Pública–Defesa Nacional
Nota
1
Alteração sanguínea caracterizada por grande aumento da quantidade de hemácias circulantes
116
B IA
L ÔM
CO
Relato Policial
RESPONSABILIDADE DA POLÍCIA NACIONAL NA
SEGURANÇA URBANA E RURAL, FRENTE AO
CONFLITO E PÓS-CONFLITO COLOMBIANO
Major Julio Cesar Sánchez Molina*
INTRODUÇÃO
*
Oficial da Polícia Nacional de Colômbia, assessor do Escritório de Gestão Institucional da
Direção Geral da Polícia Nacional
117
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
1. O CONFLITO COLOMBIANO:
EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS
118
Major Julio Cesar Sánchez Molina
119
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
120
Major Julio Cesar Sánchez Molina
121
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
3.2 O conflito
fronteiras do país.
122
Major Julio Cesar Sánchez Molina
4.1.1 Os objetivos
123
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
124
Major Julio Cesar Sánchez Molina
125
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
OBJETIVO
ESTRATÉGICO PRIORIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
126
Major Julio Cesar Sánchez Molina
OBJETIVO
ESTRATÉGICO PRIORIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
127
Responsabilidade da Polícia Nacional na Segurança Urbana e
Rural, frente ao Conflito e Pós-conflito Colombiano
Notas
1
Mayor CIRO CARVAJAL CARVAJAL, La Policía Nacional en el Post- Conflicto, artículo Revista de
Criminalidad Policía Nacional de Colombia, 2004 / artigo Revista de Criminalidade. Polícia
Nacional da Colômbia.
2
Autodefesas Unidas da Colômbia
3
MY. MARTHA FRANCISCA ALVAREZ BUITRAGO, MY. CIRO CARVAJAL CARVAJAL, MY. LUCY
MARIELA LEMUS MURCIA, Ensaio “Cambio Cultural de la Policía en el Postconflicto”, Escola de
Estudos Superiores de Polícia, Especialização em segurança, 2005.
4
Projeto Plano Estratégico Institucional 2007-2010, Polícia Nacional.
128
C O
É XI
M
Relato Policial
TRÁFICO DE SERES HUMANOS
Juan Sonoqui Martinez *
129
Tráfico de seres humanos
Causas:
· o desenvolvimento econômico desigual de certas
regiões e países;
· a procura de mão de obra barata ou dócil para que
realize trabalhos perigosos ou em condições inumanas;
· o aumento da indústria baseada na venda de sexo;
· a existência de pessoas intermediárias e de redes
muito organizadas, que têm feito desta modalidade de
tráfico uma atividade que proporciona múltiplos ganhos
econômicos;
· a inexistência ou a falta de sanções penais adequadas
para os traficantes.
Fatores de risco:
· pelas condições de pobreza extrema em que vivem
muitas pessoas e a falta de políticas sociais dirigidas a toda
130
Juan Sonoqui Martinez
a população;
131
Tráfico de seres humanos
132
Juan Sonoqui Martinez
· pessoas indiretamente.
É verdade que...
· as vítimas não escolheram essa atividade, são
envolvidas por pessoas inescrupulosas, que se
aproveitam de suas necessidades econômicas;
· nenhuma pessoa menor de idade pode consentir ou
autorizar sua exploração;
· nenhuma pessoa gosta de ser abusada;
· a maior parte do dinheiro que recebem é deixada
para seus proxenetas e para as pessoas intermediárias;
· as vítimas não perdem seus valores morais,
simplesmente vêem desrespeitados seus direitos
humanos.
133
Tráfico de seres humanos
Tráfico de pessoas:
· os deslocamentos podem ser legais ou ilegais;
· utiliza-se documentos originais ou falsos;
· a pessoa tratante busca ganhar através do traslado de
uma pessoa com fins de exploração;
· obriga-se ou engana-se a vítima, não há consentimento;
· restringe-se ou limita-se o movimento da vítima com
o fim de submetê-la a exploração;
· o bem comercial é a pessoa;
· comete-se um crime contra a pessoa vítima de trata.
134
Juan Sonoqui Martinez
135
Tráfico de seres humanos
136
Juan Sonoqui Martinez
137
Tráfico de seres humanos
138
L A
UE
N EZ
Relato Policial VE
CASO: EVITAR UM LINCHAMENTO. UM ASSUNTO
DE CONFIANÇA
Delegado Jorge Sará*
INTRODUÇÃO
UM POUCO DE HISTÓRIA.
GERAR CONFIANÇA
140
Delegado Jorge Sara
· comunicação transparente.
· coerência na ação
EDUCANDO
· cursos curtos ou oficinas de interesse para a
comunidade e para a polícia.
ATUANDO
· estrito apego à lei.
· uso adequado da força
· cumprir os compromissos assumidos
· discricionariedade a favor da comunidade
· proteção irrestrita à fonte de informação.
FORMAÇÃO POLICIAL
· alto nível de profissionalismo
· clara política de uso da força
· valores éticos e comportamentos que os qualificam
como modeladores de conduta.
PROCEDIMENTO
· contatos com grupos de vizinhos organizados
· instrução em técnicas básicas de inteligência
· elaboração de planos conjuntos de trabalho
141
Caso: Evitar um linchamento. Um assunto de confiança
resultado de uma série de fatores gerados pela política aberta que o Polisur
aplica, baseada em seu lema “Para nós primeiro vem você”.
142
I LE
CH
Artigo
DILEMAS DA REFORMA POLICIAL NA AMÉRICA
LATINA
Lucía Dammert*
143
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
144
Lucía Dammert
145
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
146
Lucía Dammert
147
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
148
Lucía Dammert
149
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
150
Lucía Dammert
151
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
152
Lucía Dammert
153
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
Novas polícias
154
Lucía Dammert
Reformas parciais
Argentina
155
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
156
Lucía Dammert
Colômbia
Peru
157
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
Polícia Comunitária
158
Lucía Dammert
Outras Inovações
159
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
160
Lucía Dammert
Referências Bibliográficas
Bayley, David H. 1990. Patterns of Policing: A Comparative International Analysis (New Brunswick:
Rutgers University Press).
——. 2001. Democratizing the Police Abroad: What to Do and How to Do It (Washington, D.C.:
U.S. Department of Justice, National Institute of Justice, Publicado em , http://www.ojp.usdoj.gov/nij).
Cruz, José Miguel (no prelo) “Violencia, Inseguridad Ciudadana y las Maniobras de las Elites: La
Dinámica de la Reforma Policial en El Salvador” Em Bailey, John e Dammert, Lucía (org.).
Public Security and Police Reform in the Americas. University of Pittsburgh Press.
161
Dilemas da Reforma Policial na América Latina
Mesquita Neto (no prelo) “Asociaciones Públicas-Privadas para la Reforma Policial en Brasil:
Instituto de São Paulo Contra la Violencia”. Em Bailey, John e Dammert, Lucía (org). Public
Security and Police Reform in the Américas. University of Pittsburgh Press.
Rowland, Allison (no prelo) “Respuestas Locales a la Inseguridad en México: la Policía Comunitaria
de la Costa Chica y la Montaña de Guerrero”. Em Bailey, John e Dammert, Lucía (org). Public
Security and Police Reform in the Américas. University of Pittsburgh Press.
Rico, Jose María e Chinchilla, Laura (2003) Seguridad ciudadana en América Latina. SXXI,
México.
Frühling, Hugo (2003), Policía Comunitaria y Reforma Policial en América Latina. ¿Cuál es
el impacto?. Série Documentos do Centro de Estudios en Seguridad Ciudadana, Instituto de
Asuntos Públicos de la Universidad de Chile.
Frühling, Hugo (2001), La Reforma Policial y el Proceso de Democratización en América
Latina. CED, Santiago.
Llorente, M.V (no prelo) “¿Demilitarización en Tiempos de Guerra? La Reforma Policial en
Colombia”. Em Bailey, John e Dammert, Lucía (edit). Public Security and Police Reform in the
Américas. University of Pittsburgh Press.
Costa, Gino (2004) “Nuevo enfoque de seguridad ciudadana post Fujimori: Desafíos, realizaciones
y tareas pendientes” Em: Dammert, Lucía (Edit). Seguridad Ciudadana: Experiencias y desafíos.
Programa URBAL, Valparaíso.
Notas
1
Córdoba é uma província (estado) da Argentina. (N.T.)
2
Juzgados, no original (N.T.)
3
No Brasil é conhecido por “teoria das janelas quebradas”, segundo a qual uma janela quebrada
observável em uma rua pode influir para uma possível representação de desordem em uma
região (NT).
4
Bayley (2001, p. 25) enfatiza que “se a incidência do crime e a desordem se percebe como
inaceitável ou crescente, a reforma policial será inibida”. A reforma nestes casos pode ser vista
como uma distração da aplicação efetiva da lei.
5
Ambas as categorias correspondem as duas hierarquias mais altas da carreira policial. (N.T.)
162
I L
AS
BR
Comunicação
“A POLÍCIA QUE QUEREMOS”: CONSIDERAÇÕES
SOBRE O PROCESSO DE REFORMA DA POLÍCIA
MILITAR DO RIO DE JANEIRO1.
Haydée Caruso*, Luciane Patrício** e Elizabete R. Albernaz***
APRESENTAÇÃO
*
Antropóloga, Coordenadora da Rede de Policiais e Sociedade Civil da América Latina, Doutoranda
do Programa de Pós-Graduação em Antropologia – PPGA/UFF.
**
Antropóloga, Pesquisadora e Consultora em Segurança Pública, Doutoranda em Antropologia
pela UFF, especialista em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública pela UFF,
Professora de Sociologia, Sociologia Jurídica e Criminologia da Universidade Candido Mendes -
UCAM.
***
Antropóloga, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – PPGAS/
UFRJ, Pesquisadora e Consultora em segurança pública. 163
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
164
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
165
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
166
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
167
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
168
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
169
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
170
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
tem sido discutido em âmbito federal nessa matéria. Além de pensar cada
setor estratégico da polícia militar a partir do debate em torno dos 10
eixos apresentados12, a metodologia proposta no evento pôde evidenciar
que, para desencadear um processo de modernização, seria preciso levar
em consideração não apenas aspectos estritamente comuns ao universo
policial, mas sua relação com as demais áreas e órgãos diretamente
interessados na promoção da segurança pública.
171
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
172
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
173
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
174
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
175
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
176
Haydée Caruso, Luciane Patrício e Elizabete R. Albernaz
Bibliografia
ARAÚJO FILHO, Wilson. 2003. Ordem pública ou ordem unida? Uma análise do curso de
formação de soldados da Polícia Militar em composição com a política de segurança pública
do governo do Estado do Rio de Janeiro. In: Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança
Pública. EDUFF.
BRETAS, Marcos Luiz. 1997. A Guerra das ruas: povo e polícia na cidade do Rio de Janeiro. Rio
de Janeiro. Arquivo Nacional.
FRÜHLING, Hugo. 2003. “Policía Comunitaria y Reforma Policial en América Latina. ¿Cuál
es el impacto?”. Série Documentos do Centro de Estudios en Seguridad Ciudadana, Instituto de
Asuntos Públicos de la Universidad de Chile.
HOLLOWAY, Thomas H. 1997. Polícia no Rio de Janeiro. Repressão e resistência em uma
cidade do século XIX. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas.
KANT DE LIMA, Roberto. 1995. A polícia na cidade do Rio de Janeiro. Ed.Forense.
MUNIZ, Jacqueline. 2001. “A Crise de Identidade das Polícias Militares Brasileiras: dilemas
e paradoxos da formação educacional”. Security and Defense Studies Review. Vol. 1. Washington,
DC.
MUNIZ, Jacqueline. Ser Policial é sobretudo uma razão de ser. Cultura e cotidiano da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro. Tese de Doutoramento em Ciência Política. IUPERJ. 1999.
_______________. 2002. “Recomendações para a Reforma Policial na América Latina”.
PONCIONI, Paula. 2004. Tornar-se policial: a construção da identidade profissional do policial
do estado do Rio de Janeiro, Tese de doutoramento em Sociologia, USP.
DA SILVA, Jorge. 2005. Violência e identidade social: um estudo comparativo sobre a atuação
policial em duas comunidades no Rio de Janeiro. Tese de doutoramento, UERJ.
Centro de Estudos de Segurança Cidadã – CESC, Santiago, Chile.
Diagnóstico Institucional da PMERJ. Viva Rio, 2005. (no prelo)
Plano Nacional de Segurança Pública. Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da
Justiça, 2003.
Seminário “A Polícia que queremos! Compartilhando a visão e construindo o futuro”. Relatório
final consolidado. PMERJ, 2006
Notas
1
O relato aqui apresentado foi originalmente apresentado na coletânea Cadernos Adenauer,
Brasil: O que resta a fazer? Vol 3. Rio de Janeiro, 2006.
2
Vide exemplos: Projeto “Integração e Gestão da Segurança Pública” (IGESP), desenvolvido pelo
Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública (CRISP-UFMG); Formação Integrada
de Policiais Militares e Policiais Civis da Polícia Militar do Estado de Pernambuco (PMPE), da
Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
(PMERJ), através do Curso de Políticas Públicas em Justiça Criminal e Segurança Pública da
Universidade Federal Fluminense (UFF); iniciativas de interlocução comunitária como os
Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAE-PMERJ), o Grupo Especializado de
Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR-PMMG); iniciativas de valorização policial como o
“Prêmio Policia Cidadã”, realizado pelo Instituto Sou da Paz.
177
“A Polícia que queremos”: considerações sobre o processo de
reforma da Polícia Militar do Rio de Janeiro
3
Projeto financiado pela Fundação Konrad Adenauer no período de 2005/2006.
4
A PMERJ possui 37502 policiais na ativa e 23 mil inativos. Fonte: PMERJ/PM1-2006.
5
O Conselho Diretor é constituído por integrantes de diversos segmentos representativos da
sociedade fluminense, tais como: empresários, acadêmicos, jornalistas, lideranças comunitárias,
esportistas, artistas entre outros.
6
Importantes referências de estudos sobre a PMERJ são Bretas (1997), Holloway (1997), Muniz
(1999), Araújo Filho (2003), Poncioni (2004), Caruso (2004) e Silva (2005).
7
As reuniões ocorreram na Assessoria de Planejamento, Organização e Modernização – APOM
sob a coordenação logística do chefe deste setor e coordenação operacional do CEL PM Ubiratan
Ângelo, então Diretor de Ensino e Instrução, atual Comandante Geral da corporação.
8
Foi publicada a criação do Grupo de Trabalho em Boletim Interno da PMERJ, principal
instrumento de comunicação da Instituição.
9
Destaca-se nesta coleção o último volume, publicado após a morte do Cel Cerqueira, e intitulado:
“O futuro de uma ilusão: o sonho de uma nova polícia”. Esta obra encerra prematuramente a
carreira de um dos mais respeitáveis oficiais de Polícia Militar no Brasil.
10
Os praças da PMERJ (soldados, cabos e sargentos) correspondem a 93% do efetivo da corporação.
Fonte: PM1/PMERJ-2005.
11
Foram consultados policiais médicos e também profissionais civis que atuam na área de
saúde.
12
Eixo 01: Pessoal; Eixo 02: Ensino e Instrução; Eixo 03: Inteligência; Eixo 04: Operacional; Eixo
05: Comunicação Social; Eixo 06: Apoio Logístico; Eixo 07: Orçamento e Finanças; Eixo 08:
Saúde; Eixo 09: Controle Interno; Eixo 10: Modernização Administrativa e Tecnológica e Eixo 11:
Visão do Cliente. Vale destacar que sobre o eixo 11, a proposta era levantar junto à sociedade
civil sugestões acerca de todos os eixos previamente elencados.
13
O endereço eletrônico para acessar o formulário foi www.apoliciaquequeremos.com.br. A
divulgação do mesmo foi realizada através da confecção de spots de serviço com duração de 30
segundos, veiculado pela TV Globo e algumas emissoras de TV. Foram recolhidas cerca de 5.000
propostas pela internet.
14
Foram formados grupos temáticos compostos, tanto por representantes da sociedade civil,
quanto por membros da corporação policial militar. Embora tenham sido concebidos enquanto
grupos mistos, a representatividade da sociedade civil em alguns temas foi limitada, bem como
de representantes do círculo dos praças.
178
L A
UE
N EZ
Comunicação VE
INTRODUÇÃO
179
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
180
Soraya El Achkar
181
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
CONTEXTO
182
Soraya El Achkar
são os dados que foram lançados nos últimos 16 anos pelos relatórios de
PROVEA. Uma média ponderada anual de 15 pessoas falecidas
mensalmente nas mãos de funcionários policiais1.
Pesquisa própria
183
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
184
Soraya El Achkar
185
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
186
Soraya El Achkar
A COMISSÃO
187
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
PROPÓSITOS
188
Soraya El Achkar
Corrupção
Cultura organizacional
189
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
uma cultura organizacional, muitas vezes não escrita, mas que tem grande
incidência no comportamento de seus membros. A cultura organizacional
da polícia foi analisada levando em consideração temas como: as políticas
de disciplina; a supervisão, a obediência e a discricionariedade dos
funcionários e das funcionárias; o sentido de camaradagem e o apego
institucional; a autonomia e a permanência diante das mudanças de governo.
Carreira policial
Gestão e eficiência
Prestação de contas
190
Soraya El Achkar
Atenção às vítimas
Estrutura e competências
Mecanismos de consulta
A consulta difusa:
Uma página da Web que tinha espaços para fóruns virtuais, outros
para responder uma pesquisa semi-aberta e espaços para que a Comissão
informasse sobre todas as suas atividades e os resultados prévios.
191
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
A consulta concentrada:
192
Soraya El Achkar
193
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
194
Soraya El Achkar
195
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
ESTUDOS DIAGNÓSTICOS
196
Soraya El Achkar
30 institutos de formação.
5. um Relatório de Análise do Orçamento das Corporações Policiais
Estatais e Municipais da Venezuela, realizado com base em uma amostra
de 18 corporações estaduais e 48 municipais.
6. um inventário de normas jurídicas reguladoras das corporações
policiais da Venezuela.
7. um relatório de Compromissos Internacionais do Estado com
organismos de direitos humanos
8. um relatório de caracterização do Corpo Técnico da Polícia Judicial
(CICPC)
9. uma pesquisa feita com cada uma das 126 polícias do país com
mais de 80 perguntas diferentes.
197
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
Entre 1990 e 2006, foram criadas 105 novas polícias, o que supõe
um aumento de 363,64%. Contamos no país com uma taxa de 457,18
funcionários por cem mil habitantes cumprindo funções de polícia
ostensiva e, no entanto, não resolvemos os problemas de segurança
pública e a distribuição dos funcionários não é a mais adequada. 17 dos
24 estados têm uma taxa menor que o padrão de 350,19 por cada
100.000 habitantes.
198
Soraya El Achkar
199
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
MEDIDAS IMEDIATAS
200
Soraya El Achkar
201
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
202
Soraya El Achkar
O MODELO DE POLÍCIA
203
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
204
Soraya El Achkar
205
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
206
Soraya El Achkar
207
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
CONSIDERAÇÕES FINAIS
208
Soraya El Achkar
209
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
210
Soraya El Achkar
211
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
Notas
1
O Relatório anual de PROVEA traz um registro estatístico das pessoas vulneradas em seu
direito à vida (entre outros) que nos permitiu estabelecer a média em um período de 16 anos
(1988-2006).
2
Cabe indicar que, apesar da campanha para a eleição presidencial (dezembro 2006), os donos
dos meios de informação e os candidatos (em geral) respeitaram o acordo de evitar que a
Comissão, como uma instância ministerial fosse desprestigiada em uma sorte de estratégia do
debate eleitoral.
Referências bibliográficas:
EL ACHKAR Soraya, Gabaldón Luis Gerardo. Comissão Nacional para a Reforma Policial
(2006) Reforma policial. Um olhar de fora e de dentro. Ministério do Interior e da Justiça na
Venezuela.
EL ACHKAR Soraya, Riveros Amaylin. Comissão Nacional para a Reforma Policial (2007). A
consulta Nacional sobre reforma policial na Venezuela. Uma proposta para o diálogo e o consenso.
Ministério do Interior e da Justiça da Venezuela.
EL ACHKAR, Soraya (2000) “Educação em direitos humanos na Venezuela (1983-1999)”
Em: Experiências de Educação em direitos humanos na América Latina. Edita o Instituto
Interamericano de direitos Humanos. San José de Costa Rica.
GABADÓN Luis Gerardo e Antillano Andrés. Comissão Nacional para a Reforma Policial
(2007) A polícia venezuelana. Desenvolvimento institucional e perspectivas de reforma no início
do terceiro milênio. Ministério do Interior e da Justiça da Venezuela.
PROVEA (1990-1991) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas,
PROVEA (1991-1992) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1992-1993) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
212
Soraya El Achkar
Caracas.
PROVEA (1993-1994) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1994-1995) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1995-1996) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1996-1997) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1997-1998) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1998-1999) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (1999-2000) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (2000-2001) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (2001-2002) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (2002-2003) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
PROVEA (2003-2004) “Situação dos Direitos Humanos na Venezuela. Relatório anual”.
Caracas.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (1985-1993) “Venezuela: Horror e impunidade.
Inventário 1”. Caracas.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (1993-1994) “Venezuela: Horror e impunidade.
Inventário 1”. Caracas.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (1994-1995) “Venezuela: Horror e impunidade.
Inventário 1”. Caracas.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (1995-1996) “Venezuela: Horror e impunidade.
Inventário 1”. Caracas.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (2000) “Relatório de atividades Janeiro
Dezembro 2000” Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (2001) “Relatório de atividades Janeiro
Dezembro 2001” Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (2002) “Relatório de atividades Janeiro
Dezembro 2002” Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA LA PAZ (2002) “Relatório sobre a situação dos
direitos civis durante a presidência de Hugo Chávez Frías no período 1999-2002. Série de
Relatórios Nº4. Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (2003) “Relatório de atividades Janeiro
Dezembro 2003” Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA LA PAZ (2003) “Relatório sobre a situação de
direitos civis durante a presidência de Hugo Chávez Frías no período 1999-2003. Série de
Relatórios Nº5. Caracas, Venezuela.
REDE DE APOIO PELA JUSTIÇA E PELA PAZ (2004) “1985-1999 Quinze Anos De
Impunidade Na Venezuela”. Pesquisa documental. Padrões das violações aos direitos humanos
213
Reforma Policial na Venezuela: uma Experiência em Curso
214
D OR
LVA
SA
EL
Comunicação
A POLÍCIA EM SOCIEDADES PÓS-CONFLITO
Edgardo A. Amaya Cóbar*
INTRODUÇÃO
CONTEXTOS
Existem casos em que as dimensões dos conflitos fragmentam ou
dividem as sociedades. Assim, parte do processo de pacificação requer
a geração de medidas que, como premissa para a desativação da
conflagração, garantam a segurança dos integrantes dos grupos em divisão
ou discórdia. Por exemplo, diversos países, como El Salvador ou Ruanda,
tiveram que realizar, em maior ou menor medida, reformas no setor de
segurança como parte de seus respectivos processos de paz, para
minimizar a inércia oriunda do período do conflito ou a sua manipulação
por grupos sediciosos remanescentes.
Uma vez iniciada uma transição política que vise superar esse estado
prévio e que seja orientada para a adoção de um regime democrático, é
necessário suplantar ou minimizar a influência dos atores autoritários
pré-transição e a potencialidade desses em bloquear ou sabotar o
processo, como, por exemplo, através da capacidade de controle da
população (Cruz 2005: 242). É por isso que a reforma do setor
segurança é um aspecto fundamental da transição, não só pela mudança
216
Edgardo A. Amaya Cóbar
DESAFIOS
217
A polícia em sociedades pós-conflito
Legitimidade e credibilidade
218
Edgardo A. Amaya Cóbar
Violência pós-conflito
219
A polícia em sociedades pós-conflito
220
Edgardo A. Amaya Cóbar
221
A polícia em sociedades pós-conflito
Responsabilidade democrática
CONCLUSÕES
222
Edgardo A. Amaya Cóbar
Notas
1
O setor de segurança: “Engloba aquelas instituições públicas com atribuição de ‘produzir’
segurança, junto com aquelas que asseguram seu controle democrático, gerência e supervisão
(…) Deve-se assinalar que isto se refere a um tipo ideal de como as estruturas do Estado foram
tradicionalmente ajustadas para fornecer segurança pública. Isto pode diferir grandemente das
realidades das situações nas quais muitos processos de reformas estão sendo levados a cabo. Há,
certamente, aqueles atores como vigilantes, forças de defesa civil e companhias de segurança
privadas, que são, em certos aspectos, um sintoma do fracasso das instituições do Estado em
fornecer segurança pública, lei e ordem (…) Estas não necessariamente devem ser excluídas do
setor de segurança, mas colocam perguntas cruciais sobre seu controle e regulação, para assegurar
que podem prestar contas.” Lilly, Damian; Robin Luckham e Michael von Tangen Page.
Governabilidad y reforma del sector seguridad: Un enfoque orientado a metas. Londres,
International Alert, 2002. Pág. 9
2
No caso salvadorenho, o processo de incorporação de antigos elementos dos corpos de segurança
foi objeto de duras críticas, devido a seus vínculos com graves violações aos direitos humanos.
Posteriormente, membros desse pessoal participaram de graves atos de violência política, que
geraram uma crise no processo de paz, ver: Costa, Gino. La Policía Nacional Civil de El Salvador
(1990-1997), San Salvador, UCA Editores, 1999. Por isso a lição aprendida é que a criação de
um novo corpo necessita dos melhores e maiores filtros possíveis, para evitar o ingresso de
elementos nocivos que possam rachar a confiança na nascente polícia.
3
Neild, Rachel. Sosteniendo la reforma: Policía democrática en América Central. Boletín Enfoque:
seguridad ciudadana, WOLA, Washington, outubro, 2002. Pág. 3
4
Washington Office on Latin América. Desmilitarizar el Orden Público. La Comunidad
Internacional, la Reforma Policial y los Derechos Humanos en Centromérica y Haití. Wola,
Washington, 1996. Pág. 1.
5
Neild, Rachel. Sosteniendo la reforma: Policía democrática en América Central. Boletín Enfoque:
223
A polícia em sociedades pós-conflito
Bibliografia e Referências
Amaya Cóbar, Edgardo. “Políticas de Seguridad en El Salvador 1992-2002”. In: Bayley, John y
Lucía Dammert (Eds.) Seguridad y Reforma Policial en las Américas: Experiencias y desafíos,
México, Siglo XXI editores, 2005.
Candina, Azun, 2005. “Carabineros de Chile: una mirada histórica a la identidad institucional”.
In: Bayley, John y Lucía Dammert (2005) Seguridad y reforma policial en las Américas. Experiencias
y desafíos. México, Siglo XXI editores, 2005. Págs. 145-167.
Costa, Gino. La Policía Nacional Civil de El Salvador (1990-1997), San Salvador, UCA Editores,
1999.
Cruz, José Miguel. “Violencia, inseguridad ciudadana y las maniobras de las élites: la dinámica
de la reforma policial en El Salvador”. In: Bayley, John y Lucía Dammert (Coord.) (2005)
Seguridad y reforma policial en las Américas. Experiencias y desafíos. México, Siglo XXI editores,
2005, Págs. 239-270.
Lilly, Damian; Robin Luckham y Michael von Tangen Page. Gobernabilidad y reforma del sector
seguridad: Un enfoque orientado a metas. Londres, International Alert, 2002.
Neild, Rachel. Sosteniendo la reforma: Policía democrática en América Central. Boletín Enfoque:
seguridad ciudadana, Washington, WOLA, outubro, 2002.
Palmieri, “Gustavo. Reflexiones y perspectivas a partir de la reforma policial en El Salvador”. En
Revista Pena y Estado Nº 3 Policía y sociedad democrática, Buenos Aires, Programa
Latinoamericano de investigación conjunta en política criminal (PLIC/PC),1998.
Washington Office on Latin America (WOLA). Desmilitarizar el Orden Público: La Comunidad
Internacional, la Reforma Policial y los Derechos Humanos en Centroamérica y Haití. Washington,
WOLA, setembro, 1996.
224
D OR
LVA
SA
Relato Policial EL
A PLATAFORMA DO MODELO DE POLÍCIA
COMUNITÁRIA DE EL SALVADOR
Olga Alfaro de Pinto*
Antecedentes:
Em síntese a proposta é:
226
Olga Alfaro de Pinto
227
228
PARTE II - POLÍCIA E POLÍCIA
229
S IL
B RA
Artigo
1. INTRODUÇÃO
231
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
232
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
Por que é a polícia que é chamada quando a força pode ser útil? O
que distingue o uso de força pela polícia do uso de força por quaisquer
outros atores? A polícia é uma resposta ao desafio de produzir enforcement
sem que este leve à tirania ou passe a servir interesses particulares. Por
esta razão, o uso de força pela polícia tem um propósito político distintivo
e invariante: produzir alternativas pacíficas de obediência sob consentimento
social, no Império da Lei. Isto corresponde a uma destinação do uso da
força para fins restritos e transparentes, de tais maneiras e com tais
controles, que o salvaguarde de se converter numa ferramenta de opressão
ou num instrumento a serviço de indivíduos ou grupos de poder.
233
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
234
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
235
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
236
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
237
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
238
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
239
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
em relação à sua polícia. Vê-se, assim, como o uso de força que a polícia
faz e pode fazer depende do que se espera e consente do que ela seja e
faça. Depende, enfim, da idéia de polícia numa comunidade política.
240
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
241
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
242
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
243
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
244
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
245
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
uma polícia pode ser útil e aceite os custos de sua reinstituição, pode
inaugurar, ou refundar, a organização a quem confiar o mandato policial.
246
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
247
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
não é possível isolar, e muitas vezes nem identificar, o processo pelo qual
se produz esse resultado.
248
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
249
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
3.1. Eficácia
3.2. Proficiência
250
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
Para medir alguma coisa, é preciso antes saber por que uma
determinada medida é útil para um determinado fim, estabelecendo o que
se quer medir. Sabendo o que se quer medir, pode-se então considerar
como medir.
251
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
252
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
253
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
254
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
255
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
256
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
competente, então ele faz parte da missão policial, e sua métrica passa
ser puramente qualitativa, de cumprimento ou não-cumprimento. Com
estes elementos, pode-se então expressar a definição operacional de
eficácia como a combinação da missão atribuída e dos seus resultados
da seguinte forma (Figura 5):
Eficácia = M+RT2PC
257
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Prioridade Política
Resultados
( quanto a..) Priorizados Não priorizados
Recalcitrante R r
Terreno T t
Tempo T t
Agentes Policiais P p
Cautelas C c
258
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
259
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Cada ação policial pode durar mais ou menos tempo. Mas cada
ação tem que ser resolvida satisfatoriamente com presteza, para que a
polícia possa se fazer disponível antes, durante ou depois de sua ação,
ou para que ela possa agir em outra parte. Por sua própria natureza, a
polícia é um recurso escasso já que os eventos sobre os quais pode vir
a ser chamada a atuar podem ser simultâneos, ou descontínuos e
dispersos tanto no espaço quanto no tempo. Em razão disso, qualquer
composição de eficácia policial tem que considerar o atendimento da
presteza da ação policial, priorizando a variável tempo (T). Com isso
tem-se uma redução das composições de eficácia potencialmente válidas
para a realidade policial, cujo escopo passa a corresponder a quatro
tipos lógicos onde as variáveis cautelas (C), policiais (P) e tempo (T)
aparecem grafados em maiúsculo.
260
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
261
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Prioridade de Resultados
Tempo
Recalcitrante Terreno Policiais Detalhamento
Cautelas
262
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
263
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
264
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
265
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
uso potencial de força pode levar ao seu uso concreto, com tudo que isso
se arrisca em termos de externalidades, quando ele é simplesmente
supérfluo. Isto se torna ainda mais grave quando a própria organização
policial tem dificuldades de compreender e avaliar os efeitos da presença
policial e do uso de força potencial, o que estimula o uso concreto de
força de forma equivocada, comprometendo a proficiência policial e, por
sua vez, a eficácia.
266
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
267
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
268
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
269
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
270
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
271
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
272
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
273
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Notas
1
Este texto se beneficia do trabalho de pesquisa desenvolvido em conjunto com Mauro Guedes
Mosqueira Gomes (DSc), Érico Esteves Duarte (MSc) e Tiago Cerqueira Campos (MSc), financiado
pelo prêmio do Concurso Nacional de Pesquisas Aplicadas da SENASP/MJ em 2005 (Proc. No.
08020.0001500/2003-93, ref. 170-C-6), cujo informe final se encontra disponível no site
www.mj.gov.br/senasp
2
Couper [1983], Whitaker [1996], Bayley [1998], Hoover [1998].
3
Para uma breve introdução ao caso brasileiro, ver Lima [1994], Garotinho et al. [1998], VVAA
[1998], Muniz [2001], Proença Jr & Muniz [2006a].
274
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
4
Ver Bayley [1994], Bayley & Shearing [1996, 2001], Feltes [2003].
5
Um panorama inicial incluiria Vizzard [1995], Cusson [1999], Manning [1999a], Fielding
[2002], Jones & Newburn [2002], Crank [2003], Feltes [2003], Manning [2004].
6
Esta apresentação expõe resultados baseados em Blumberg [2001], Halberstadt [1994], Heal
[2000], Hunt [1999], Manning [1999c], Mijares et al. [2000], Muniz [1999] e Muniz, Proença
Jr & Diniz[1999].
7
Todas as sociedades humanas, sejam tribais ou complexas, desenvolveram, de acordo com suas
características históricas e culturais, mecanismos de regulação coletiva do comportamento
dos indivíduos, de modo a garantir a coesão social na experimentação da diversidade humana,
e, com isso, a sua própria possibilidade de existência e reprodução simbólica e material. A
ordem social é uma expressão concreta da operação destes mecanismos de coesão. A ordem
social é, antes de tudo, o entrecruzamento das diversas expectativas de ordem construídas pelos
mais distintos grupos sociais que compõem uma sociedade. A ordem social é construída pela
diversidade de territórios simbólicos, morais, físicos, etc. Se apresenta como cenário do encontro
complexo da multiplicidade de fluxos sociais, dos eventos voláteis e das interações descontínuas.
Ela é a expressão de uma gramática ampliada e multicultural que possibilita a experimentação
de interesses divergentes e a emergência de concepções plurais, de percepções distintas e
demandas diversas de ordem e segurança públicas. Cf. Kappeler [2000a, b] e, mais amplamente,
Kappeler [1999], Bayley [1998b].
8
A escolha do termo “recalcitrante”, e por extensão “recalcitrância”, busca circunscrever a
oposição de vontades de indivíduos diante da paz social, da obediência à leis e o desafio ao
comandamento implícito ou explícito de agentes policiais. Por um lado, sua adoção busca dar
conta das diversas possibilidades, potenciais ou concretas, de conflitos, violações ou violências
nos quais a polícia pode vir a ter um papel. Por outro, restringe-se esta caracterização a atos ou
atitudes em um determinado contexto. Desse modo, recusa juízos estigmatizantes e
discriminatórios que incriminam trajetórias, estilos de vida ou comportamentos sociais.
9
Ainda que o rumo da apresentação seja original dos autores, prenunciado em Proença Jr &
Muniz [2006b], é oportuno contrastá-lo com Clarke [1992], que se limita ao crime; Chalon et
al [2001], que aponta, corretamente, para o horizonte da governança e Neocleous [2000a] que
situa corretamente o que é a questão central da prevenção.
10
Este texto reconsidera e avança sobre Gomes [2001], Gomes & Proença Jr [2001] e os termos
do relatório referenciado na nota 1. Dá sentido específico aos elementos de enquadramento
propostos (ainda que não especificamente ao desempenho) em Reynolds [1997] e Blanchard
[1998].
11
Esta apresentação se beneficia e atualiza trabalhos anteriores, especialmente Gomes [2001]
e Gomes & Proença Jr [2001], ainda que tome um rumo particular à luz da temática policial.
A discussão de métricas e indicadores no campo policial é bem mais fragmentária do que se
poderia imaginar à luz da visibilidade de experimentos como o Compstat, que pode ser apreendido
com mais detalhe e rigor do que em outras fontes em McDonald [2001, 2002]. Para métricas e
padrões de medida, veja-se Burge [1996], com a cautela de que o trajeto expositivo deste texto
remete às bases da possibilidade de mensurar de maneira significativa, e não a alguma forma de
medida pragmaticamente instituída.
12
Em todo processo de medida existem considerações prévias que dão conta da magnitude, da
resolução e da viabilidade de se mensurar o que se deseja medir, assim como do propósito da
medida, ou seja, a sua utilidade social. Os três primeiros aspectos relacionam-se com a questão
da escolha das unidades e escalas de medida, que resultam diretamente das métricas adotadas,
subordinando-se aos fins da medida em termos de significado, discriminando o que se pode
275
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Referências
Banton, Michael (1964), The policeman in the community. Basic Books.
Bayley, David H & Bittner, Egon (1989), ‘Learning the Skills of Policing’, Law and Contemporary
Problems, 47: 35—59. now in Roger G. Dunham and Geoffrey P. Alpert, eds., Critical Issues in
Policing – contemporary readings – 4th edition, 82—106. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press.
Bayley, David H. (1985), Patterns of Policing: A Comparative International Perspective. New
Haven: Rutdgers University Press.
——— (1994), Police for the Future. New York and Oxford: Oxford University Press.
——— (1996). “Measuring Overall Effectiveness” In: Hoover, Larry H (1996): Quantifying
Quality in Policing (PERF): 37-54.
276
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
——— (1998a), What Works in Policing. New York and Oxford: Oxford University Press.
——— (1998b), ‘Patrol’, in David H. Bayley, ed., What Works in Policing, 26—30. New York
and Oxford: Oxford University Press.
Bayley, David H. and Shearing, C. (1996), ‘The Future of Policing’, Law and Society Review, 30/
3: 585-606.
——— (2001), The New Structure of Policing: description, conceptualization and research
agenda. Washington, DC: National Institute of Justice.
Bittner, Egon (1967), ‘The Police in Skid Row: a study in peacekeeping’, American Sociological
Review, 32/5: 699—715 now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 131—156. Boston,
Mass: Northeastern University Press.
——— (1970), The Functions of the Police in Modern Society: a review of background factors,
current practices, and possible role models. Rockville, MD: Center for the Study of Crime and
Dellinquency. now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 89—232. Boston, Mass:
Northeastern University Press.
——— (1974), ‘Florence Nightingale in pursuit of Willie Sutton: a theory of the police’, in
Herbert Jacobs, ed., The Potential for Reform of Criminal Justice, vol 3. Beverly Hills, CA: Sage.
now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 233—268. Boston, Mass: Northeastern
University Press.
——— (1983), ‘Urban Police’, in Encyclopedia of Crime and Justice. New York: The Free Press.
now in Egon Bittner (1990), Aspects of Police Work, 19-29. Boston, Mass: Northeastern University
Press.
——— (1990a), Aspects of Police Work. Boston, Mass: Northeastern University Press.
——— (1990b), ‘Introduction’, in Egon Bittner, Aspects of Police Work, 3—18. Boston, Mass:
Northeastern University Press.
Blanchard, Benjamin S. (1998), System Engineering Management. New York: John Wyley &
Sons.
Blumberg, Mark (2001), “Controlling Police Use of Deadly Force – assessing two decades of
progress” in Dunham, Roger G & Alpert, Geoffrey P, ed (2001): Critical Issues in Policing –
contemporary readings. Waveland Press, 4th Edition: 559-582.
Brooks, Laure Weber (2001), “Police Discretionary Behavior – a study of style” in Dunham, Roger
G & Alpert, Geoffrey P, ed (2001): Critical Issues in Policing – contemporary readings (Waveland
Press, 4th Edition): 117-131.
Burge, Albert R. (1996). “Test and Evaluation Based on Metrics, Measures, Thresholds and
Indicators” (Publication and Documents (US DoD) <http://acq.osd.mil/te/pubdocs/bmmti.htm>,
11 January 2005.
Chalon, Maurice; Leónard, Lucie; Vanderschureren, Franz and Vézina, Claude (2001), Urban
Safety and Good Governance: the role of the police. Nairobi: International Centre for the Prevention
of Crime.
Clarke, Ronald V (1992), “Introduction” in CLARKE, Ronald V, ed (1992): Situational Crime
Prevention: Successful Case Studies. Harrow & Heston: 1-42
Cordner, Gary W. (1996), ‘Evaluating Tactical Patrol’, in Larry T. Hoover, ed., Quatifying Quality
in Policing, 185—206. Washington, D.C.: Police Executive Research Forum (PERF).
Cordner, Gary W.; Gaines, Larry K. and Kappeller, Victor E., eds. (1996), Police Operations:
analysis and evaluation. Cincinnati, OH: Anderson Publishing Co.
Couper, David C. (1983). How to Rate Your Local Police. Washington, PERF.
Crank, John P. (2003), ‘Institutional theory of the police: a review of the state of the art’, Policing:
an international journal of police strategies and management, 26/2: 186-207.
277
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
Cusson, Maurice (1999), ‘Qu’est-ce que la securité intérieure?’ (What is internal security?),
electronic document, University of Montreal, [crim.umontreal.ca], 22 pages.
Dziedzic, Michael J. (1998), ‘Introduction’ in Robert B Oakley, Michael J Dziedzic and Eliot M
Goldberg, eds., Policing the New World Disorder: peace operations and public security, 3—18.
Washington: National Defense University Press.
Feltes, Thomas (2003), ‚Frischer Wind und Aufbruch zu neuen Ufern? Was gibt es Neues zum
Thema Polizeiforschung und Polizeiwissenschaft?’ (Fresh winds and a departure to new coasts?
What is new in police research and police science?), eletronic document, [www.thomasfeltes.de/
Literatur.htm], 9 pages.
Fielding, Nigel G. (2002), ‘Theorizing Community Policing’, British Journal of Criminology, 42:
147—163.
Fletcher, Connie (1990), What Cops Know. New York: Pocket Books.
Garotinho, Anthony et al (1998), Violência e Criminalidade no Estado do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: Editora Hama.
Gomes, Mauro Guedes F. M. & Proença Jr., Domício (2001), “Tactical Performance Evaluation:
a conceptual framework” ITEA Journal September/October: 16-24.
Gomes, Mauro Guedes F. M. (2001), Método para a obtenção de Padrões de Medidas de
Desempenho de Unidades da Força Terrestre. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: GEE/PEP/
COPPE/UFRJ.
Halberstadt, Hans (1994), Swat Team: Police Special Weapons and Tactics. Motorbooks
International.
Hansen, A.S. (2002), From Congo to Kosovo: Civilian Police in Peace Operations. London: IISS /
Oxford University Press.
Heal, Charles “Sid” (2000). Sound Doctrine: a tactical primer. New York: Lantern Books.
Hoover, Larry T. (coord.) (1998). Police Program Evaluation. Washington DC: Police Executive
Research Forum and Sam Houston State University.
Hunt, Jennifer (1999) “Police Accounts of Normal Force” (in Kappeler, Victor E, ed (1999): The
Police and Society – touchstone readings. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press, 2nd Edition:
306-324.
Jones, Trevor and Newburn, Tim (2002), “The transformation of policing? understanding current
trends in policing systems”, British Journal of Criminology, 42: 120-146.
Kappeler, Victor E et al (2000a) “The Social Construction of Crime Myths” in Kappeler, Victor E
et al (2000): The Mythology of Crime and Criminal Justice. Prospect Heights, Ill.: Waveland
Press: 1-26.
——— (2000b), “Merging Myths and Misconceptions of Crime and Justice” in KAPPELER,
Victor E et al (2000): The Mythology of Crime and Criminal Justice. Prospect Heights, Ill.:
Waveland Press: 297-310.
Kappeler, Victor E., ed. (1999), The Police and Society – touchstone readings, 2 nd Edition.
Prospect Heights, Ill.: Waveland Press.
Kelling, Geroge L (1996) “Defining the bottom line in policing – organizational philosophy and
accountability” in Hoover, Larry H (1996): Quantifying Quality in Policing. Wahsington DC,
PERF: 23-36.
Kelly, Michael J. (1998), ‘Legitimacy and the Public Security Function’ in Robert B Oakley,
Michael J Dziedzic and Eliot M Goldberg, eds., Policing the New World Disorder: peace operations
and public security, 399—432. Washington DC: National Defense University Press.
Klockars, Calr B (1985), The Idea of Police. London: Sage.
Lima, Roberto Kant (1994), A Polícia da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora
278
Jacqueline de Oliveira Muniz e Domício Proença Júnior
Forense.
Manning, Peter K (1999a) “Mandate, Strategies and Appearances” in Kappeler, Victor E, ed
(1999): The Police and Society – touchstone readings. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press, 2nd
Edition: 94-122.
——— (1999b) “Economic Rethoric and Policing Reform” in Kappeler, Victor E, ed (1999): The
Police and Society – touchstone readings. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press, 2nd Edition:
446-462.
——— (1999c) “Violence and Symbolic Violence” in Kappeler, Victor E, ed (1999): The Police
and Society – touchstone readings. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press, 2nd Edition: 395-401.
Manning, Peter K. (2004), ‘Some Observations Concerning a Theory of Democratic Policing’
(Draft), Conference on Police Violence, Bochom, Germany, April. 8 pp.
McDonald, Phyllis Parshall (2001), “COP, COMPSTAT, and the New Profissionalism – mutual
support or counterproductivity?” in Dunham, Roger G & Alpert, Geoffrey P, ed (2001): Critical
Issues in Policing – contemporary readings. Prospect Heights, Ill.: Waveland Press, 4th Edition:
255-277.
——— (2002), Managing Police Operations – implementing the New York Crime Control
Model – CompStat New York: Wadsworth.
Mijares, Tomas, McCarthy, Ronald M. & Perkins, David B. (2000). The Management of Police
Specialized Tactical Units. London: Charles C Thomas Pub Ltd.
Muir Jr, William Ker (1977). Police: Streetcorner politicians. Chicago: The University of Chicago
Press.
Muniz, Jacqueline (1999) “Ser policial é sobretudo uma razão de ser”. Tese de Doutorado. Rio de
Janeiro: IUPERJ.
——— (2001), ‘A Crise de identidade das polícias’ (The polices’ identity crisis), REDES 2001
Meeting, Washington, DC, electronic document, 42 pp.
Muniz, Jacqueline & Proença Jr, Domício (2003), “Police Use of Force: The Rule of Law and Full
Accountability”, Comparative Models of Accountability Seminar. INACIPE, Ciudad de Mexico,
29-30 October, 10 pp.
Muniz, Jacqueline; Proença Jr, Domício; Diniz, Eugenio (1999). Uso da força e ostensividade.
Boletim de Conjuntura Política. Belo Horizonte, Departamento de Ciência Política, Universidade
Federal de Minas Gerais.
Neocleous, Mark (2000a), ‘Social Police and the Mechanisms of Prevention’, British Journal of
Criminology, 40: 710—726.
——— (2000b), The Fabrication of Social Order: a critical theory of police power. London: Pluto
Press.
Proença Jr, Domício (2003a), “O enquadramento das Missões de Paz (PKO) nas teorias da
guerra e teoria de polícia”, in Esteves, Paulo Luiz (org.), 2003. Instituições Internacionais:
Comércio, Segurança e Integração. Belo Horizonte: Editora PUC Minas.
——— (2003b). “Some Considerations on the Theoretical Standing of Peacekeeping Operations”.
In: Low Intensity Conflict and Law Enforcement 9(3): 1-34. Frank Cass Co.
Proença Jr, Domício. & Muniz, Jacqueline (2006a), “Rumos para a Segurança Pública no Brasil
- o desafio do trabalho policial”, in Bartholo, R. e Porto, M.F. Sentidos do Trabalho Humano. Rio
de Janeiro: E-Papers: 257-268.
——— (2006b) “‘Stop or I’ll call the Police!’ The Idea of Police, or the effects of police encounters
over time”, British Journal of Criminology 46: 234-257.
Rahtz, Howard (2003), Understanding Police Use of Force. Monsey: Criminal Justice Press.
Reiner, Robert (1996) “Processo ou Produto? Problemas de avaliação do desempenho policial
279
Bases Conceituais de Métricas e Padrões de
Medida do Desempenho Policial
individual” in Brouder, Jean-Paul, ed (2002): Como reconhecer bom policiamento. São Paulo:
EdUSP: 83-102.
Reynolds, Matthew T. (1997). Test and Evaluation of Complex Systems. John Willey & Sons.
Robinson, Cyril D.; Scaglion, Richard and Olivero, J. Michael (1994), Police in Contradiction: the
evolution of the police function in society. Westport, Conn: Greenwood Press.
Sacco, Vincent F (1996) “Avaliando Satisfação” in BROUDER, Jean-Paul, ed (2002): Como
reconhecer bom policiamento. Rio de Janeiro: EdUSP: 157-174.
Schmidl, Erwin A. (1998), ‘Police Functions in Peace Operations’ in Robert B Oakley, Michael J
Dziedzic and Eliot M Goldberg, eds., Policing the New World Disorder: peace operations and
public security, 19—40. Washington: National Defense University Press.
Skolnick, Jerome H. (1994 [1966]). Justice Without Trial: Law Enforcement in Democratic
Society. New York: Macmillan College Publishing Company, 3rd ed.
Vizzard, William J. (1995), ‘Reassessing Bittner’s thesis: understanding coercion and the police
in light of Waco and the Los Angeles riots’, Police Studies: International Review of Police
Development, 18/3: 1—18.
VVAA (1998) Crime Organizado e Política de Segurança Pública no Rio de Janeiro, Arché no. 19.
Walker, Samuel (2004), ‘Science and Politics in Police Research: reflections on their tangled
relationship’, The Annals of the American Academy of Political and Social Science, 593/1: 137—
155.
Whitaker, Gordon P (1996) “What is Patrol Work?” in Cordner, Gary W et al, ed (1996): Police
Operations – analysis and evaluation. Prospect Heights, Ill.: Anderson Pub Co.: 55-70.
280
C O
É XI
M
Comunicação
EXPERIÊNCIAS DE INTERCÂMBIO POSITIVO
O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE INDICADORES DE AVALIAÇÃO
DE DESEMPENHO COM A SECRETARIA DE SEGURANÇA CIDADÃ
DO ESTADO DE QUERÉTARO (SSC)
Ernesto López Portillo Vargas*
Ernesto Cárdenas Villarello**
ANTECEDENTES
*
Ernesto López Portillo é vice-presidente e diretor executivo do Instituto para a Segurança e a
Democracia Insyde, e consultor internacional em reforma policial.
**
Ernesto Cárdenas Villarello é pesquisador da área de Prestação de Contas e Supervisão da
Polícia do Insyde. 281
Experiências de Intercâmbio Positivo
PROBLEMÁTICA
282
Ernesto López Portillo Vargas e Ernesto Cárdenas Villarello
283
Experiências de Intercâmbio Positivo
284
Ernesto López Portillo Vargas e Ernesto Cárdenas Villarello
285
Experiências de Intercâmbio Positivo
286
Ernesto López Portillo Vargas e Ernesto Cárdenas Villarello
287
Experiências de Intercâmbio Positivo
Police
planner
288
Ernesto López Portillo Vargas e Ernesto Cárdenas Villarello
Notas
1
Na página www.insyde.org.mx se poderá obter uma cópia desse estudo com a autorização da
SSC.
2
Os resultados desse projeto contaram com a abertura do Ing. Edgar Mohar Kuri, secretário de
Segurança Cidadã do estado de Querétaro que nos permitiu entrar nas instalações da SSC com
absoluta liberdade e confiança.
3
Relatório sobre prestação de contas em código de gerência policial. Secretaria de Segurança
Cidadã do estado de Querétaro. Insyde. México. 2006. pp. 105 – 119 (inédito)
289
S IL
B RA
Relato Policial
SISTEMA INFORMATIZADO DE
ACOMPANHAMENTO CRIMINAL- SIAC
Marco Antônio Bicalho*
1. ANTECEDENTES
290
Marco Antônio Bicalho
291
Sistema informatizado de Acompanhamento Crimilnal- SIAC
2. O SURGIMENTO DO SISTEMA
292
Marco Antônio Bicalho
293
Sistema informatizado de Acompanhamento Crimilnal- SIAC
294
Marco Antônio Bicalho
295
Sistema informatizado de Acompanhamento Crimilnal- SIAC
4. OS PRIMEIROS RESULTADOS
296
Marco Antônio Bicalho
QUADRO DE INCIDÊNCIA DE
HOMICÍDIO TENTADO
NA SUBÁREA DA 128ª CIA PM
NOS ANOS DE 2003 A 2006
297
Sistema informatizado de Acompanhamento Crimilnal- SIAC
QUADRO DE INCIDÊNCIA DE
HOMICÍDIO CONSUMADO
NA SUBÁREA DA 128ª CIA PM
NOS ANOS DE 2003 A 2006
INCIDÊNCIA DE HOMICÍDIOS
MÉDIA MENSAL POR ANO
298
Marco Antônio Bicalho
5. PERSPECTIVAS
299
I NA
NT
GE
Relato Policial AR
ANÁLISE DELITIVA E UTILIZAÇÃO DE
FERRAMENTAS PARA A PREVENÇÃO DO DELITO
Ruben Adrian Rodríguez*
300
Ruben Adrian Rodriguez
301
Análise Delitiva e Utilização de
Ferramentas para a Prevenção do Delito
302
Ruben Adrian Rodriguez
Destacamento Feminino
Delegacia Oeste 4ª: San Alberto
303
Análise Delitiva e Utilização de
Ferramentas para a Prevenção do Delito
304
Ruben Adrian Rodriguez
305
Análise Delitiva e Utilização de
Ferramentas para a Prevenção do Delito
306
Ruben Adrian Rodriguez
307
Análise Delitiva e Utilização de
Ferramentas para a Prevenção do Delito
308
I NA
E NT
G
Relato Policial AR
PLANEJAMENTO OPERACIONAL: A EXPERIÊNCIA
NEUQUINA
Rubens Fabian Rebuffo*
310
Rubens Fabian Rebuffo
311
Planejamento Operacional: a Experiência Neuquina
APRESENTAÇÃO DA PROBLEMÁTICA
No ano de 2005, foram denunciados na jurisdição da Direção de
Segurança de Neuquén um total de 850 roubos com arma, isto nos dá
uma média de mais de duas ocorrências por dia.
312
Rubens Fabian Rebuffo
313
Planejamento Operacional: a Experiência Neuquina
Para seguir com o mesmo exemplo, o da Delegacia 1ª, esta tem uma
jurisdição claramente delimitada, dentro da qual essa unidade é a responsável
pelo que ali acontece, e nenhuma outra unidade jurisdicional, por exemplo,
a Delegacia 2ª vai operar dentro da Jurisdição da 1ª. Esta situação territorial
nos assegura que não vai haver duplicação de tarefas, ou falta de coordenação
em alguma ação que se desenvolva na Jurisdição.
314
Rubens Fabian Rebuffo
A solução que foi pensada para terminar com esta falta de processo
na informação, foi a de interligar os cinco departamentos por meio de
uma rede informática, que contaria com um servidor onde se classificaria
e armazenaria a informação. A implementação técnica desta ferramenta
não era demasiado complicada, já que quatro dos cinco departamentos
se encontravam dentro de um mesmo quarteirão postal, e o quinto
departamento seria vinculado através de uma conexão sem fio. Seriam
necessários cinco computadores que cumpririam a função de terminal e
o servidor central de dados que antes mencionamos. Como vemos, a
implementação não requereria grandes investimentos econômicos.
315
Planejamento Operacional: a Experiência Neuquina
316
Rubens Fabian Rebuffo
Notas
1
Neuquén-Cipolletti, ambas as cidades conformam a primeira área metropolitana da Patagônia,
separadas pelo rio Neuquén, mas unidas por uma ponte viária e outra ferroviária. Cipolletti,
pertenecente à província de Río Negro, tem agroindústrias e usinas frigoríficas. Neuquén possui
indústrias diversificadas e é um importante centro comercial. Ambas estão ligadas pela estrada
nacional 22 e pelo corredor ferroviário de Ferrosur Roca S.A
2
Divisão Jurisdicional realizada pela Polícia de Neuquén, integrada pela totalidade da cidade
de Neuquén Capital, juntamente com as cidades de Centenario, Plottier e El Chañar, que se
encontram geograficamente próximas da Capital. Por suas siglas D.S.N.
3
Podemos citar como exemplo, para ilustrar esta situação, o desaparecimento do comerciante
Julio Venegas em 06/10/2006, um fato que teve uma grande difusão jornalística desde o segundo
317
Planejamento Operacional: a Experiência Neuquina
dia de ocorrência da mesma, suspeitando-se que seu desaparecimento foi desencadeado a partir
de um roubo, já que desapareceu juntamente com seu veículo. Na data, nem Venegas nem o
veículo utilitário no qual se deslocava foram encontrados.
4
Área geográfica que apresenta um nível de delitos ou desordem mais elevado que a média da
Jurisdição.
5
A Superintendência de Investigações é uma das três superintendências que conformam o
organograma da polícia de Neuquén, as outras duas são a Superintendência de Segurança e a
Superintendência de Apoio e Serviços.
6
Nome com o qual é conhecido no ambiente delituoso a pessoa que se dedica especificamente
a roubar o veículo. Geralmente são jovens, e o único que fazem é roubá-lo e conduzi-lo até o
comprador, que paga um preço insignificante em comparação ao valor do veículo.
7
Por suas siglas em inglês Sistemas de Informação Geográfica
318
L A
UE
N EZ
Relato Policial VE
*
Subcomissário do Corpo de Segurança e Ordem Pública do estado de Aragua, chefe da Comisaria
policial de Magdaleno.
319
Aplicação de estratégias similares de Segurança em
duas áreas com diferentes resultados
320
Luis Alberto Pacheco
321
Aplicação de estratégias similares de Segurança em
duas áreas com diferentes resultados
322
Luis Alberto Pacheco
As metas alcançadas:
323
Aplicação de estratégias similares de Segurança em
duas áreas com diferentes resultados
324
Luis Alberto Pacheco
325
R U
PE
Relato Policial
A COMISARÍA DE CRUZ BLANCA: UMA
EXPERIÊNCIA DE GESTÃO POLICIAL
Julio Diaz Zulueta*
ANOS 2002-2003
I. Primeira parte
B. Diagnóstico criminal
· havia gangues de jovens que causavam, diariamente,
danos materiais à propriedade pública e privada nos
distritos de Hualmay e Santa Maria, da província de
Huacho;
· cometiam-se arrombamentos da propriedade pública
e privada utilizando diversas armas de fogo, o que era
feito em bandos;
· as pessoas eram assaltadas na saída de suas residências
ou na via pública. Eram bandos conhecidos na jurisdição;
· drogas eram comercializadas no varejo em diversos
setores.
327
A Comisaría de Cruz Blanca: uma Experiência de Gestão Policial
D. Organização da população
328
Julio Diaz Zulueta
INFRA-ESTRUTURA
LOGÍSTICA
PESSOAL
329
A Comisaría de Cruz Blanca: uma Experiência de Gestão Policial
A. Criação e imaginação
330
Julio Diaz Zulueta
B. Aliados da Comisaría
· Prefeitos
· Empresários
· O clero
· A população em geral
· orçamento participativo:
331
A Comisaría de Cruz Blanca: uma Experiência de Gestão Policial
Hualmay 700 m2
CONCLUSÕES
Nota
1
O sol é a moeda nacional do Peru. (N.T.)
332
A
MAL
E
UAT
Relato Policial G
IDENTIFICAÇÃO GERAL
JUSTIFICATIVA
Embora seja certo que a maioria dos atos violentos são registrados
no perímetro da metrópole, talvez pelas dificuldades socioeconômicas, em
nível nacional cada vez mais estados são atingidos pelo surgimento de grupos
juvenis que se dedicam a cometer assaltos, extorsões e tráfico de drogas.
*
Subcomissário da Polícia Nacional Civil.
333
A aplicação de Plano de Prevenção de Delitos
em três municípios guatemaltecos
OBJETIVOS
EXECUÇÃO
334
Edwin Chipix
335
A aplicação de Plano de Prevenção de Delitos
em três municípios guatemaltecos
RESULTADOS OBTIDOS
LIÇÕES APRENDIDAS
336
Edwin Chipix
337
RU
PE
Relato Policial
CHEFIA E LIDERANÇA POLICIAL: O CASO DA
PROVÍNCIA CONSTITUCIONAL DE CALLAO-LIMA
Eduardo Guillermo Arteta Izarnótegui*
1 INTRODUÇÃO
*
Coronel da Polícia Nacional do Peru - PNP, mestre em Administração, diretor da Central de
Operações Policiais da Direção Geral.
338
Eduardo Guillermo Arteta Izarnótegui
2.1 Antecedentes
339
Chefia e Liderança Policial: O caso da província constitucional de Callao-Lima
Por tais considerações, e nos termos da lei N°. 27933, que regula
o sistema nacional de segurança cidadã, foi programado um conjunto de
ações a favor da Instituição Policial, uma vez que a província do Callao
tornara-se a quarta cidade de maior índice delitivo em nível nacional.
340
Eduardo Guillermo Arteta Izarnótegui
341
Chefia e Liderança Policial: O caso da província constitucional de Callao-Lima
342
Eduardo Guillermo Arteta Izarnótegui
343
Chefia e Liderança Policial: O caso da província constitucional de Callao-Lima
344
Eduardo Guillermo Arteta Izarnótegui
Outros aspectos:
a) atribuiu-se uma credencial emitida pela Polícia
Nacional às pessoas que colaboraram nessas tarefas,
estabelecendo programas de estímulo à participação
da vizinhança;
b) estimulou-se, por intermédio dos policiais
comunitários, em sua respectiva área de vigilância, a
participação de jovens em atividades comunitárias,
esportivas, culturais e de prevenção do consumo
indevido de drogas, organizados da seguinte forma,
- cada área de vigilância possuía núcleos de dez
(10) jovens.
- doze (12) núcleos formavam uma equipe de
trabalho, cuja assessoria esteve a cargo de um
oficial de polícia; as reuniões destes grupos eram
realizadas nos sábados e domingos, entre as 10h
e 14hs.
345
Chefia e Liderança Policial: O caso da província constitucional de Callao-Lima
Nota
1
Designa-se chalaca àquele que é natural da Província do Callao
2
Esta modalidade é denominada no Peru de secuestro al paso
3
Vulgarmente conhecida no Brasil como “saidinha bancária”
4
Modalidade de roubo no qual o infrator golpeia ou ameaça com objeto perfurante o pescoço da
vítima
5
Modalidade de roubo no qual o infrator golpeia a vítima com a coronha do revólver, ou, por
extensão, com qualquer objeto contundente.
6
Entende-se o arrebato no Peru como sendo o roubo rápido de relógio, carteira, telefone, celular,
e outros bens similares, conduzidos pela vítima durante um deslocamento.
346
S IL
B RA
Relato Policial
A VIOLÊNCIA CONTRA OS POLICIAIS: PERCEBER,
PROBLEMATIZAR E ATUAR (?)
Martim Cabeleira de Moraes Júnior*
INTRODUÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
348
Martim Cabeleira de Moraes Júnior
349
A violência contra os policiais: perceber, problematizar e atuar(?)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca aqui é por uma progressão dialética, onde cada tese possa
originar novas antíteses e sínteses, as quais servirão como novas teses,
seguindo um ciclo evolutivo de pensamentos e práticas em prol do bem
estar social, conforme já descrito no artigo anterior sobre o tema.
Referências Bibliográficas
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Relatório Final da Comissão
Especial de Segurança Pública, 2003.
BORDIEU, P.; PASSERON, J.C. A reprodução. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.
DORNELLES, O que é crime (Coleção primeiros passos). São Paulo: Brsiliense, 2ª Edição, 1992.
DÜRKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. Martin Claret. São Paulo. 2002.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA.
Sujeitos e instituições: modos de cuidar e tratar. Programa de saúde mental para os trabalhadores
da segurança púbica – uma visão cartográfica. Gráfica da UFRGS. 2002
MICHAUD, Yves. A violência. São Paulo. Ática, 1989.
MUNIZ, Jaqueline. Mapeamento da vitimização de policiais no Rio de Janeiro. Ministério da
Justiça. 1998.
350
Martim Cabeleira de Moraes Júnior
351
L A
UE
N EZ
Relato Policial VE
353
A formação policial: um desafio democrático
Nesta lógica, onde cada governador pode decidir sobre sua polícia,
fui designada desde 1997 para me dedicar à área da formação de polícias
e gostaria de apresentar minha experiência para que possamos pensar
juntos qual é a concepção mais correta para a formação de um policial
para a democracia.
354
Comissária Aimara Aguilar
355
A formação policial: um desafio democrático
(bacharelado);
3. Continuidade: A falta de continuidade na formação
é um sério problema por que não há exigências
acadêmicas para que o funcionário possa ascender
dentro da instituição.
4. Espaço físico: A formação se realiza em espaços
não adequados para o treinamento requerido, pois em
alguns lugares nem sequer existem áreas desportivas
nem espaços para o treinamento de tiro e em ocasiões
estão amontoados nos dormitórios, salas de aula,
refeitórios, entre outros.
5. Perfil dos professores. Os professores não têm
nível acadêmico, não têm componente pedagógico,
muitos não têm domínio do tema sobre os direitos
humanos e muito menos das áreas vinculadas com a
ação policial.
6. Transversalidade dos direitos humanos: até
agora os direitos humanos são uma disciplina, mas não
foram transversalizados em todas as outras disciplinas
nas quais podem ser tratados.
7. Crescimento pessoal. Nem sempre se agrega nos
programas de formação o aspecto do crescimento
pessoal, porém é muito importante para que ele crie
sentido de pertencimento e seja coerente entre o que
diz, o que sente e suas ações.
8. Recursos. Um dos maiores problemas que enfrenta
a formação é a falta de recursos para a) o salário digno
para professores, b) a aquisição de equipamentos
didáticos e telemáticos, c) a atualização de tecnologia,
d) bibliotecas, e) salões ou locais de simulação (abertos
ou fechados) que façam mais vivencial e prática a
formação baseada em experiências, f) a destinação de
equipamento policial.
9. Estágios. Os estágios se realizam em comisarias,
356
Comissária Aimara Aguilar
357
A formação policial: um desafio democrático
Referências bibliográficas
GABADÓN Luis Gerardo y Antillano Andrés. Comisión Nacional para la Reforma Policial
(2007) La policía venezolana. Desarrollo institucional y perspectivas de reforma al inicio del
tercer milenio. Ministerio de Interior y Justicia en Venezuela.
EL ACHKAR Soraya e GONZALEZ Humberto Comisión Nacional para la Reforma Policial
(2007). La formación policial: perspectiva histórica y realidad actual. Ministerio de Interior y
Justicia en Venezuela.
358
U A
ÁG
C AR
Relato Policial NI
O ENFOQUE DE GÊNERO NA FORMAÇÃO DA
POLÍCIA NACIONAL DA NICARÁGUA
Elizabeth Rodriguez Obando*
I. INTRODUÇÃO
359
O Enfoque de Gênero na Formação da Policia Nacional da Nicarágua
360
Elizabeth Rodriguez Obando
361
O Enfoque de Gênero na Formação da Policia Nacional da Nicarágua
362
Elizabeth Rodriguez Obando
mãe por que deixava seu filho (a) sob o cuidado de outras pessoas,
que não tinha boa reputação por não ter uma relação estável, portanto
não era recomendável para entrar na polícia. No entanto, no caso dos
homens nunca se registrou um caso parecido.
363
O Enfoque de Gênero na Formação da Policia Nacional da Nicarágua
V. LIÇÕES APRENDIDAS
364
C O
É XI
M
Artigo
CONTROLES INTERNOS POLICIAIS OU COMO A
POLÍCIA VIGIA A POLÍCIA.
Ernesto López Portillo Vargas*
e Verónica Martínez Solares**
I. INTRODUÇÃO4
366
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
367
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
Ramparts scandal which in many ways was more harmful to the police
and the criminal justice in Los Angeles1 (Varenik 2006).
368
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
369
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
fundamentais.
Figura 1.
370
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
371
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
Características
372
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
· liderança
373
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
374
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
acesso
Figura 2.
375
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
376
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
CIP e democracia
377
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
378
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
IV. CONCLUSÕES
379
Controles internos policiais ou como a polícia vigia a polícia.
Notas
1
Este texto foi elaborado para discussão no curso Questões Contemporâneas da Ação Policial:
Desafios para a América Latina. Curso de Liderança para o Desenvolvimento Institucional
Policial, realizado entre 6 e 10 de novembro de 2006 na sede da ONG Viva Rio, Rio de Janeiro,
Brasil. É uma plataforma básica e descritiva sobre os controles internos da polícia no fórum
internacional. Está previsto discutir a validade da teoria frente à experiência policial concreta
por meio de debates com os policiais que participem do curso, oriundos de cinco países (Argentina,
Brasil, Colômbia, Chile e México.
2
Bayley, 2001:40. Neste Sentido Neild (s/a) destaca que as CIP devem ser criados e entrar em
operação na primeira etapa no processo da reforma policial.
3
O Instituto para a Segurança e a Democracia mantém uma ampla discussão interna sobre o
conceito e os alcances do termo accountabilty, assim como sobre sua melhor tradução para o
espanhol, no contexto temático da reforma policial democrática.
4
Este texto foi elaborado para discussão no curso Questões Contemporâneas da Ação Policial:
Desafios para a América Latina. Curso de Liderança para o Desenvolvimento Institucional
Policial, realizado entre 6 e 10 de novembro de 2006 na sede da ONG Viva Rio, Rio de Janeiro,
Brasil. É uma plataforma básica e descritiva sobre os controles internos da polícia no fórum
internacional. Está previsto discutir a validade da teoria frente à experiência policial concreta
por meio de debates com os policiais que participem do curso, oriundos de cinco países (Argentina,
Brasil, Colômbia, Chile e México).
5
O relatório está disponível em http://www.parc.info/reports/pdf/chistophercommision.pdf
6
O papel do diretor de polícia é considerado como "… the key to changing any aspect of
policing."
7
Okudzeto, 2005:24
Referência Bibliográfica
Alemika, E.E.O., Chukwuma, I.C., ed. (2003). Civilian Oversight and Accountability of Police in
Nigeria. Lagos: Centre for Law Enforcement Education (CLEEN).
Bayley, David H. (1985). Patterns of Policing. New Brunswick, N.J: Rutgers University Press.
Bayley, David H. (2001). Democratizing the police abroad: what to do and how to do it.
380
Ernesto López Portillo Vargas e Verónica Martínez Solares
381
I NA
E NT
G
Comunicação AR
MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
INTERNO
UM OLHAR DA ARGENTINA
Santiago Veiga* e Ignacio Romano**
INTRODUÇÃO
382
Santiago Veiga e Ignacio Romano
inclui uma gestão mais eficaz e eficiente por parte dos operadores do
sistema, o que supõe –imediatamente- contar com os meios humanos e
materiais necessários para esse fim.
Assuntos Internos
383
Mecanismos e procedimentos de controle interno
Um olhar da Argentina
384
Santiago Veiga e Ignacio Romano
385
Mecanismos e procedimentos de controle interno
Um olhar da Argentina
386
Santiago Veiga e Ignacio Romano
387
Mecanismos e procedimentos de controle interno
Um olhar da Argentina
Esse trabalho não pode ser concluído sem refletir sobre um fator
freqüentemente ignorado na Argentina, e certamente em toda a região.
Quando se analisam os mecanismos de avaliação de resultados, geralmente
se faz referência a sistemas desenhados para impor sanções a quem não
388
Santiago Veiga e Ignacio Romano
389
Mecanismos e procedimentos de controle interno
Um olhar da Argentina
Nota
1
É prática comum na Argentina que os detidos denunciem os policiais que os detiveram com a
esperança de que o processo seja anulado e as causas anuladas por supostas falhas e abusos dos
policiais no procedimento. Por outro lado, o policial que trabalha nos escritórios, em funções
administrativas, não é afetado por esse problema e pode cumprir seu trabalho sem medo de
denúncias. Assim, quando se comparam históricos profissionais sempre é beneficiado quem
exerce uma função administrativa, afastado da tarefa propriamente policial.
390
C O
É XI
M
Relato Policial
“ORDENS GERAIS” PARA O CONTROLE INTERNO
NO ESTADO DE QUERÉTARO
Luis Gabriel Salazar Vázquez *
INTRODUÇÃO
*
Criminólogo, Comandante da Polícia Turística do Estado de Querétaro.
391
“Ordens Gerais” para o controle interno no Estado de Querétaro
DESENVOLVIMENTO
392
Luis Gabriel Salazar Vázquez
CONCLUSÃO
393
“Ordens Gerais” para o controle interno no Estado de Querétaro
394
A
MAL
E
UAT
Relato Policial G
395
Assédio sexual na Polícia Nacional Civil da Guatemala
mulheres, o que faz com que sejam mais vulneráveis ao assédio de seus
companheiros. Mas nenhum agente considerou nunca que isto podia ser
motivo de destituição.
“Este foi o ponto mais polêmico que tivemos que discutir com os
delegados; a negociação quase ficou paralisada por isso”, comentou
396
Rosa María Juárez Aristondo
397
Assédio sexual na Polícia Nacional Civil da Guatemala
Notas
1
Publicação de Prensa Libre de 24 de outubro de 2005.
2
Projeto equidade de gênero, pág. 6.
3
Gabinete de Equidade de Gênero da PNC/MINUGUA, A discriminação e o assédio atentam
contra a dignidade da mulher, pág. 45.
4
Relatório de Verificação, Ob, Cit; pág. 7.
5
MINUGUA, Processo de negociação da paz na Guatemala, pág. 347.
6
Relatório de Verificação, Ob. Cit; pág. 20.
398
PARTE III - POLÍCIA E SOCIEDADE
399
400
I LE
CH
Artigo
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NA PREVENÇÃO
DO CRIME NA AMÉRICA LATINA
DE QUE PARTICIPAÇÃO FALAMOS? 1
Lucía Dammert *
1. INTRODUÇÃO
401
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
402
Lucía Dammert
403
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
404
Lucía Dammert
405
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
3. ANÁLISE COMPARATIVA
406
Lucía Dammert
407
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
408
Lucía Dammert
409
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
410
Lucía Dammert
(a)
Faz referência ao plano quadrante
Fonte: Elaboração própria, 2001.
411
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
4. CONCLUSÕES
412
Lucía Dammert
413
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
414
Lucía Dammert
geral. Esta abertura deve estar ligada a uma flexibilização dos regulamentos
estabelecidos para cada uma das experiências de participação.
Evidentemente, a busca de financiamento próprio soma um notável
problema naquelas comunidades empobrecidas nas quais seus habitantes
colaboram com seu tempo como recurso principal. Desta maneira, o
Estado deve garantir os fundos necessários para que estas iniciativas
tenham assegurado seu desenvolvimento no tempo. Finalmente, é preciso
desestimular a estigmatização do “outro”, do “delinqüente”, do “esquisito”,
já que o problema da segurança cidadã é um tema que envolve a todos e
onde não é possível estimular a divisão e a estigmatização social. Desta
maneira, é importante encorajar a participação do cidadão considerado
diferente, cuja visão das necessidades e problemas da comunidade é
essencial para a definição de políticas públicas bem-sucedidas.
Referências Bibliográficas
Araya Moya, J. (1999), “Experiencias de participación ciudadana en la prevención local del
delito. Exitos y dificultades”. Cadernos CED, N. 30, CED, Santiago.
Crawford, A. (1997), The Local Governance of Crime: Appeals to Community and Partnerships,
Clarendon Press, Oxford.
Dammert, L. (2001), La geografía del crimen en las principales ciudades argentinas: diagnóstico
y perspectivas. Artigo apresentado no VI Seminario Internacional de la Red Iberoamericana de
415
Participação comunitária na prevenção do crime na América Latina
Notas
1
O presente artigo é uma versão resumida do texto de mesmo título, publicado pelo Centro de
Estudos do Desenvolvimento, Santiago (2003). www.policiaysociedad.org
2
São as instituições, relações e normas que dão corpo à qualidade e à quantidade de interações
sociais. Diversos estudos enfatizaram este conceito e sua relação com o crime. Assim, por
exemplo, um recente estudo concluiu que “as comunidades com pouco ou deficiente capital
social deveriam ser mais suscetíveis à violência” (BID, 1999). Para maiores detalhes, ver:
Durston, 2000; Fajnzylber, 1997.
3
É importante mencionar a existência de experiências de participação em prevenção do crime
que foram impulsionadas pela comunidade, sem participação governamental. Para maiores
detalhes, ver: Smulovitz, 2001.
4
Informação da Secretaria de Justiça e Segurança Cidadã, Cidade de Buenos Aires, Argentina.
5
As mudanças institucionais aprovadas em janeiro de 2001 ainda não foram implementadas na
sua totalidade, motivo pelo qual não é possível avaliar o sucesso desta política.
416
S IL
B RA
Artigo
A BUSCA POR DIREITOS: POSSIBILIDADES E
LIMITES DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA
DEMOCRATIZAÇÃO DO ESTADO
Ana Paula Mendes de Miranda*
INTRODUÇÃO
processo que tanto pode ser influenciado por conflitos provocados pelas
mudanças, quanto por conflitos advindos da manutenção de modelos e
práticas sociais. Não se trata, portanto, de uma reflexão sobre a história
dos movimentos sociais1, mas sim sobre as possibilidades e limites da
mobilização social na construção do Estado Democrático de Direito.
418
Ana Paula Mendes de Miranda
Avzriter & Costa (2004) afirmam que, nos últimos anos, o debate
sobre a participação da sociedade civil se processou em consonância
com o debate mundial sobre o tema, de modo que a construção de uma
“teoria da sociedade civil latino-americana” e seus usos analíticos
ocorreram num contexto de uma interpretação sociológica da
democratização e das novas democracias7.
419
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
420
Ana Paula Mendes de Miranda
421
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
422
Ana Paula Mendes de Miranda
423
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
424
Ana Paula Mendes de Miranda
425
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
426
Ana Paula Mendes de Miranda
427
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
428
Ana Paula Mendes de Miranda
Por sua vez, a abordagem das Ciências Sociais acerca dos conselhos,
a partir dos anos 90, tem enfatizado a noção de governança democrática
como a possibilidade de interação entre instituições governamentais,
agentes do mercado e atores sociais visando a ampliação da participação
social nos processos decisórios das políticas públicas22. A preocupação
de cientistas sociais está não apenas na capacidade de governar, mas na
possibilidade de inclusão e participação social como elementos básicos
do exercício da cidadania.
429
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
430
Ana Paula Mendes de Miranda
431
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
432
Ana Paula Mendes de Miranda
Limites Possibilidades
Dificuldade de reverter a centralidade A existência do Conselho já é uma
e o protagonismo do Estado na importante vitória na luta pela
definição de políticas e prioridades democratização dos processos de
sociais. decisão. Desempenha uma função
pedagógica, a reinvenção de padrões de
sociabilidade democrática.
A obrigatoriedade da paridade: a A busca pelo equilíbrio deve ser
igualdade numérica entre os construída no cotidiano das práticas e
representantes da sociedade e do das articulações dos conselhos, já que a
governo não é suficiente para garantir diversidade possibilita várias interações
o equilíbrio das decisões e deliberações.
Há resistência das organizações sociais A criação de redes de solidariedade e
em reconhecer as demais como mobilização social em torno de temas
representações legítimas. específicos deve intensificar os canais de
comunicação entre as organizações.
Existência de vínculo frágil entre os Necessidade de publicidade das ações
representantes governamentais e os por parte do Estado, bem como da
órgãos de origem. Geralmente incorporação do princípio da
defendem suas opiniões pessoais, e não descentralização.
as posições discutidas com as suas
instituições.
Falta de capacidade dos conselheiros, É preciso qualificar os movimentos e as
governamentais e não-governamentais, entidades, combinando conteúdos
para uma atuação mais ativa no diálogo técnicos com políticos, visando o
deliberativo. enfrentamento da dificuldade cultural de
assumir uma negociação com o Estado,
que também precisa se capacitar e rever
suas práticas.
Dificuldade de explicitação de A presença de câmaras técnicas cumpre
interesses, do reconhecimento da a função de estudar/aprofundar temas
existência e legitimidade dos conflitos que vão legitimar as intervenções e
e das trocas de idéias como instrumento posições assumidas no Conselho.
de tomada de decisão.
433
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
As ações estão mais voltadas para sua Formular políticas públicas significa
própria estruturação do que para a estabelecer as diretrizes norteadoras e
definição de diretrizes e a discussão de definir as prioridades a partir das
políticas. necessidades da população.
Há grande recusa do Estado em A autonomia dos conselhos está
partilhar as decisões. vinculada à sua capacidade de
mobilização.
Baixa capacidade de articulação, É preciso criar uma correlação de forças
pressão e mobilização dos setores favorável no âmbito da sociedade civil.
organizados da sociedade civil.
Tendência de “burocratização” e de se A pauta deve ser construída
transformar em instâncias de projeção coletivamente. As atas de reunião não
de propostas particulares. são meros procedimentos burocráticos,
mas um instrumento importante no
acompanhamento das decisões e de
reconhecimento dos conselheiros a
respeito de suas ações.
Dificuldade de alcançar a capacidade O sucesso do conselho pode se dar no
deliberativa dos conselhos. controle social do Estado ou na eficiente
vocalização das demandas aos órgãos
públicos.
434
Ana Paula Mendes de Miranda
435
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
436
Ana Paula Mendes de Miranda
ação do Estado não esteja voltada apenas para este fato, mas sim que busque
administrar e reduzir o impacto das transgressões na vida social, que pode:
· levar à autodestruição daqueles que as cometem;
· gerar violência física, seja quem for o agente e o alvo;
· afetar a ordem social e política.
437
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
Notas
1
Os movimentos sociais são ações sociais de caráter sócio-político e cultural, cujos processos
sociais criam identidades, revelando formas distintas de indivíduos e grupos se organizar e
expressar suas demandas. Assim, indivíduos que antes estavam dispersos e desorganizados ao se
integrarem a grupos para manifestar seus pleitos, passam a compartilhar um sentimento de
pertencimento social. Na prática, observam-se diferentes estratégias que variam da denúncia,
passando pela pressão direta (mobilizações, marchas, concentrações, etc.) até às pressões
indiretas (lobby, promoção de ações judiciais, etc.). Na atualidade, observa-se a composição de
redes sociais, que podem ser locais, regionais, nacionais e internacionais, sendo comum a
utilização dos meios de comunicação (Gohn, 2003).
438
Ana Paula Mendes de Miranda
2
O sujeito social é entendido como o processo de disputas no espaço político e social para
proteger a memória, a liberdade e a identidade cultural, que caracterizam os movimentos
sociais.
3
O conceito de classe social foi a base de múltiplas correntes e expressões da esquerda para
explicar os problemas e defender a organização da classe operária na América Latina. Olvera
(2006) destaca o modo pelo qual esta abordagem contribuiu para criar uma cultura política
autoritária, em função do que considera uma idéia leninista da centralidade dos partidos como
instâncias dirigentes das organizações sociais, bem como a transformação de algumas pautas
reivindicatórias em assuntos sem importância, em especial, a demanda por direitos civis de
grupos minoritários.
4
A sociedade civil pode ser representada por vários tipos de movimentos sociais, setores da
sociedade com níveis de organização mais frágeis (usuários de serviços públicos), partidos políticos,
universidades, ONG, igrejas, etc.
5
No Brasil, o final da década de 70 e parte dos anos 80 foram marcados por movimentos sociais
contra o regime militar, dos quais destaco os comitês de anistia, as entidades de familiares dos
desaparecidos na ditadura, as Comissões de Justiça e Paz, a Ordem dos Advogados do Brasil e a
Associação Brasileira de Imprensa. A partir de 1990, começaram a surgir outras formas de
organização popular institucionalizadas, como fóruns de luta pela moradia, pela reforma urbana.
Outros movimentos que surgiram foram os de mulheres, homossexuais, afro-brasileiros, jovens,
indígenas, funcionários públicos e ecologistas. Sobre a história dos movimentos sociais, ver Gohn
(2004).
6
A influência da Teologia da Libertação também foi observada no Peru, em El Salvador, na
Guatemala e na Nicarágua.
7
Ver, entre outros, Alvarez et al (2000) Avritzer (1996); Dagnino, (2002); Olvera (1999) e
(2003).
8
O neoliberalismo econômico propaga a idéia da mundialização das trocas, reforçando a
supremacia do mercado, o que deixa o Estado em segundo plano. A globalização dos mercados
de consumo traz várias conseqüências: o fim de barreiras alfandegárias beneficia as grandes
potencias econômicas; a desregulamentação da legislação impõe limites à exploração capitalista,
coloca os trabalhadores numa situação de vulnerabilidade frente ao capital; a privatização de
empresas estatais e a perda de mecanismos de controle da economia pelos estados nacionais; a
concentração crescente de capital nas grandes multinacionais e a redução do número de
trabalhadores regulamentados; a distribuição cada vez mais desigual e injusta das riquezas; o
avanço crescente da tecnologia representa um aumento do desemprego e uma redução dos
salários (Santana & Ramalho, 2003).
9
Evelina Dagnino (2002) tem demonstrado em suas pesquisas que a sociedade civil está formada
por uma diversidade de atores, o que inclui os conservadores, com formatos distintos (sindicatos,
associações, redes, etc.), e uma pluralidade de práticas e projetos políticos, com várias formas de
relação com o Estado. Um bom exemplo de pesquisa sobre grupos conservadores pode ser visto em
Crapanzano (1985), retratando as representações da minoria branca na África do Sul.
10
Um marco para análise do conceito de cidadania é Marshall (1967), cujo significado está
vinculado diretamente ao estabelecimento de direitos, em especial, aos direitos civis, que
representavam a sua base formal. Sua abordagem rompeu com a noção clássica de cidadania
política, que dava destaque ao voto como elemento fundamental da participação dos indivíduos
nos processos de poder. Posteriormente, Marshall foi criticado por Giddens (1982) por sua
abordagem evolutiva e homogeneizadora dos direitos. Tal crítica também foi feita por Evelina
Dagnino (2004), que ressalta como fato negativo a idéia de um processo civilizatório implícito ao
439
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
conceito de cidadania. Para superar este problema, a autora defende a necessidade de que
sejam contextualizadas as noções de direitos, da relação público/privado, de representação e de
sociedade civil. Isso é necessário para enfatizar a dimensão histórica e cultural da cidadania,
que é definida por conflitos reais. Ver também Appadurai (1994).
11
Uma visão homogênea e amorfa do terceiro setor contribui para difundir a idéia dicotômica de
que este se constitui num pólo de virtude, em oposição ao Estado, que é um inimigo a ser
enfrentado. Para uma discussão sobre o papel do terceiro setor, ver Santos (2006).
12
Com relação ao meio ambiente, observa-se a maior diferença de abordagens entre os países.
13
No caso dos feminismos, observa-se conflitos num campo plural que buscava transformar a
situação das mulheres na sociedade, relegadas ao espaço familiar e excluídas da vida pública,
que tem sido marcada por um dilema, manter sua autonomia ou articular-se com o Estado. Ver
Bonacchi & Groppi (1995).
14
Em geral, as primeiras organizações foram formadas por familiares e amigos de vítimas, como
algumas tinham vinculação com partidos políticos de esquerda e foram acusadas de subversão,
porque se opunham ao regime militar.
15
A teoria crítica representa um conjunto de teorias reflexivas que visam a emancipação e o
esclarecimento para enfrentar a ciência positivista. A teoria crítica estava preocupada com a
reforma social e política. Ver Lallement (2004).
16
A esfera pública é tomada como “o universo discursivo onde normas, projetos e concepções de
mundo são publicizadas e estão sujeitas ao debate público” à la Habermas (Cardoso de Oliveira,
2002: 12).
17
O espaço público pode ser entendido como “o campo de relações situadas fora do contexto
doméstico ou da intimidade onde as interações sociais efetivamente têm lugar” (Cardoso de
Oliveira, 2002, p. 12), ou ainda como “o espaço físico de propriedade do Estado a ser utilizado
pela coletividade” (Kant de Lima, 2001:106).
18
Sobre o conceito jurídico de igualdade ver também Amorim et al (2005).
19
No caso brasileiro, as relações sociais expressam uma grande confusão entre direitos e privilégios.
Ver Kant de Lima (2004).
20
A análise de políticas públicas deve buscar explicar quando e porque elas se modificam, bem
como compreender como uma decisão política modifica o ambiente. Ver Santos (1994).
21
Alexis de Tocqueville e Robert Putnam, apud Kerstenetzky (2003).
22
Santos Junior, Ribeiro & Azevedo (2004); Silva (2005).
23
Assumi a direção do Instituto de Segurança Pública em 2004, quando começou este projeto,
que contou com a participação de policiais (tenente coronel da Polícia Militar Robson Silva;
tenente coronel da Polícia Militar Paulo Augusto de Souza Teixeira; major da Polícia Militar
Alexandre Campos), de cientistas sociais (Marcella Beraldo de Oliveira, Mestre em Antropologia;
Fábio Reis Motta, Mestre em Antropologia) e de bacharel em direito (Marcus Vinicius da Paixão
Veloso), além de estagiárias de direito, ciências sociais, história e comunicação social (Marianne
Ximenes Apoliano, Isabella Trindade Menezes, Juliana Lopes Latini, Marina Schneider, Marcelle
Rodrigues Ribas, Marcella de Mello Morais de Souza, Bianca Soares Carl).
24
A reestruturação foi feita a partir de um diagnóstico dos problemas dos Conselhos Comunitários
de Segurança e da realização de dois Fóruns, onde foram discutidos os seguintes pontos:
necessidade de mobilização das comunidades; divulgação ampla e rodízio das reuniões;
institucionalização dos Conselhos; maior participação de autoridades de órgãos municipais e
estaduais nas reuniões; intercâmbio e integração entre os Conselhos; organização de pautas e
estabelecimento de calendários fixos para as reuniões. Ver Resolução SSP nº 781, de 08 de agosto
de 2005 e Teixeira (2006).
440
Ana Paula Mendes de Miranda
25
No Rio de Janeiro também existe o “Café Comunitário”, que foi criado oficialmente em 19 de
maio de 2003, pela Resolução da Secretaria de Segurança Pública no. 629. Funciona como um
encontro menos formalizado entre a polícia e a sociedade, cuja organização cabe à polícia
militar, possuindo formatos mais flexíveis com objetivos, funções e procedimentos variáveis e
permeáveis às correlações de forças vigentes em cada caso, principalmente no que se refere aos
atores envolvidos. A informalidade do encontro dificulta a participação dos agentes do Estado,
que não sejam policiais (diferentes níveis do Executivo, o Legislativo e as agências estatais
específicas), que não se vêem “obrigados” a participar. Com relação à dificuldades de participação
da sociedade civil, geralmente seus representantes alegam não se sentir à vontade de entrar em
unidades das polícias.
26
Com relação aos integrantes dos conselhos, com exceção dos membros do Conselho Tutelar, a
função de conselheiro não deve ser remunerada por ser definida como atividade de “relevância
pública”. Este ponto é altamente polêmico entre os conselheiros, já que os mais pobres afirmam
não poder arcar com as despesas de locomoção e alimentação.
27
Por isso não pode ser chamado de conselho popular. É preciso distinguir também o conselho
comunitário do conselho de notáveis, que se caracteriza pela presença exclusiva de especialistas,
como é o caso do Conselho Nacional de Justiça.
28
Galdeano (2007); Hussein (2007); Sento Sé (2005); Silva (2005).
29
É comum que seja solicitada a retirada definitiva de mendigos e “meninos de rua” das vias
públicas, prisões ilegais ou ainda o extermínio desses grupos.
Referências Bibliográficas
ALVAREZ, Sonia; DAGNINO, Evelina & ESCOBAR, Arturo (org.). Cultura e política nos movimentos
sociais latino-americanos: novas leituras. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
APPADURAI, Arjun. Disjunção e diferença na economia cultural global. FEATHERSTONE, Mike
(coord.). Cultura Global: Nacionalismo, globalização e modernidade. Petropólis: Vozes, 1994.
AMORIM, Maria Stella; KANT DE LIMA, Roberto & MENDES, Regina Lúcia Teixeira. Ensaios sobre
a Igualdade Jurídica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
ARENDT, Hannah. Crises da República. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.
AVRITZER, Leonardo & COSTA, Sérgio. Teoria Crítica, Democracia e Esfera Pública: Concepções e Usos
na América Latina. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 47, 4, 2004, p. 703-728.
AVRITZER, Leonardo. A Moralidade da Democracia. São Paulo/Belo Horizonte, Perspectiva/Editora
da UFMG, 1996.
BONACCHI, Gabriella & GROPPI, Ângela (org.) O dilema da cidadania: direitos e deveres das
mulheres. São Paulo: UNESP, 1995.
CARDOSO, Ruth. A trajetória dos movimentos sociais. In: DAGNINO, Evelina (org). Anos 90: política
e sociedade no Brasil. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. Racismo, direitos e cidadania. Estudos Avançados, São Paulo,
18, 50, 2004, p. 81-93.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. Direito legal e insulto moral — Dilemas da cidadania no
Brasil, Quebec e EUA. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2002.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2003.
441
A Busca por Direitos: Possibilidades e Limites da
Participação Social na Democratização do Estado
CEFAÏ, Daniel. Qu’est-ce qu’une arène publique? Quelques pistes pour une approche prgamatiste.
CEFAÏ, D. & JOSEPH, I. (org.) L’Heritage du prgamatisme: conflits d’urbanité et épreuves de
civisme. Coloque de Cerisy, Editions de L’ Aube, 2002.
CRAPANZANO, Vincent. Waiting: the Whites of South Africa. New York: Random House, 1985.
DAGNINO, Evelina (org). Anos 90: política e sociedade no Brasil. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
DAGNINO, Evelina (org.). Sociedade civil e espaços públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GADEA, Carlos & SCHERER-WARREN, Ilse. A contribuição de Alain Touraine para o debate sobre
sujeito e democracia latino-americanos. Revista Sociologia e Política, Curitiba, 25, nov. 2005, p.39-
45.
GALDEANO, Ana Paula. Representações da violência e da segurança pública em São Paulo: o que
pensam, querem e fazem os participantes de Conselhos Locais de Segurança. VII Reunião de
Antropologia do Mercosul, Porto Alegre/RS, 23-27 julho 2007.
GIDDENS, Anthony. Profiles and critiques in social theory. London: Macmillan, 1982.
GOHN, Maria da Glória. Teorias dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos.
São Paulo: Loyola, 2004.
GOHN, Maria da Glória. (org). Movimentos Sociais no Início do Século XXI. Petrópolis: Vozes,
2003.
GOHN, Maria da Glória. O papel dos conselhos gestores na gestão urbana. In: Repensando a
Experiência Urbana da América Latina: Questões, Conceitos e Valores. Buenos Aires: Clacso,
2000.
GRAMSCI, Antonio & BORDIGA, Amadeo. Conselhos de Fábrica. São Paulo: Brasiliense, 1981.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Rio de Janeiro, 1997.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Investigações quanto a uma categoria
da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,1984.
HUSSEIM, Saima. In war, those who die are not innocent: human rights implementation, policing
and public security reform in Rio de Janeiro, Brazil. Amsterdam: Rozemberg, 2007.
KANT DE LIMA, Roberto. Direitos Civis e Direitos Humanos: uma tradição judiciária pré-republicana?
São Paulo em Perspectiva, São Paulo, SP, v. 18, p. 49-59, 2004.
KANT DE LIMA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis: o dilema brasileiro no espaço público.
GOMES, Laura Graziela; BARBOSA, Lívia & DRUMMOND, José Augusto. Carnavais, malandros e
heróis, 20 anos depois. 2ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
KANT DE LIMA, Roberto. Polícia e exclusão na cultura judiciária. Revista de Sociologia da USP, São
Paulo, v.9, n.1 p. 169-183, maio 1997.
KANT DE LIMA, Roberto. A Polícia da Cidade do Rio de Janeiro: Seus Dilemas e Paradoxos. (2ª
ed.). Rio de Janeiro, Forense, 1995.
KERSTENETZKY, Celia Lessa. Sobre associativismo, desigualdades e democracia. Revista Brasileira
de Ciências Sociais, vol. 18, n. 53, out. 2003, p.131-180.
LALLEMENT, Michel. História das idéias sociológicas: de Parsons aos contemporâneos. Petrópolis:
Vozes, 2004.
MARSHALL, T. H. (1967) Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar.
MIRANDA, Ana Paula Mendes de. Arquivo público: um segredo bem guardado. Antropolítica, v.17,
442
Ana Paula Mendes de Miranda
443
I LE
CH
Comunicação
RELAÇÃO POLÍCIA-COMUNIDADE
ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PLANO QUADRANTE NO CHILE
Javiera Diaz*
ANTECEDENTES
445
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
446
Javiera Diaz
447
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
1. Conhecimento do Plano
449
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
450
Javiera Diaz
451
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
453
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
454
Javiera Diaz
455
Relação Polícia-Comunidade: Análise da experiência do Plano Quadrante
Notas
1
NT: os municípios, no Chile, são denominados por Comuna. Logo, quando pertinente, utilizaremos
esta designação, particularmente quando o contexto fizer menção ao termo comunidade.
2
NT: Uma Comisaría se distingue por servir de sede a uma polícia que se ocupa de atividades
investigativas ostensivas, na maioria dos países do Cone Sul. No Brasil, diferentemente, as
delegacias de polícia civil abrigam profissionais que se ocupam das investigações criminais,
enquanto os batalhões de Polícia Militar são sedes dos profissionais que cuidam do policiamento
preventivo e ostensivo. Por isso, a categoria foi mantida no original.
3
NT: Questionário Nacional de Segurança Cidadã.
4
Este capítulo foi redigido com base nas informações proporcionadas pelo Secretário Técnico do
município, Abraham Abugattas.
5
Programa preventivo pertencente ao Ministério do Interior e aplicado em diversos municípios do
país que apresentam problemas de criminalidade importantes. Sua execução é coordenada em
nível local pelo município.
6
Composto por autoridades municipais, policiais, representantes da sociedade civil e do mundo
privado, entre outros.
7
Programa de prevenção do consumo de drogas do Conselho Nacional de Controle de
Entorpecentes (Conace), implementado no nível municipal.
Referências Bibliográficas
Dammert, Lucia (2003). El gobierno de la seguridad en Chile 1973-2003. In: Dammert, (org)
Seguridad ciudadana: experiencias y desafíos. Red 14 URB-AL, Valparaíso, Chile
Frühling, Hugo (2001) Las estrategias policiales frente a la inseguridad ciudadana en Chile. In:
Frühling, Hugo y Candina, Azun (org) Policía, Sociedad y Estado. Modernización y reforma
policial en América del Sur. CED, Santiago
Ministerio del Interior Chile (2006). Informe anual de estadísticas nacionales y regionales. In:
www.interior.cl
Carabineros de Chile (2006). Sitio web: www.carabineros.cl
456
S IL
B RA
Comunicação
GRUPO ESPECIALIZADO EM ÁREAS DE RISCO (GEPAR)
OS DILEMAS DE UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA DE PREVENÇÃO
E CONTROLE DE TRÁFICO DE DROGAS E HOMICÍDIOS EM
FAVELAS VIOLENTAS EM BELO HORIZONTE, BRASIL.
Elenice de Souza*
INTRODUÇÃO
458
Elenice de Souza
OS POLICIAIS DO GEPAR
O Gepar reúne policiais voluntários, com no mínimo um ano de
experiência em atividade operacional, devendo permanecer no grupo por
um período mínimo de dois anos. Esses policiais são treinados pela Academia
de Polícia Militar num curso com duração de 40 horas que abrange diversas
disciplinas entre elas: direitos humanos aplicados à atividade policial; polícia
comunitária; mobilização comunitária; prevenção e controle de drogas, entre
outras. Além disso, os policiais ingressam num curso especial promovido
pelo Crisp/UFMG denominado Estudos Técnicos. Esse curso é direcionado
para os representantes das diversas instituições que integram o Grupo de
Intervenção Estratégica do Fica Vivo! que reúne: policiais do Gepar, policiais
da Polícia Investigativa, policiais da Delegacia Especializada de Homicídios,
além de ter como convidados profissionais do Ministério Público e do Poder
Judiciário. Esse curso treina esses profissionais no uso da metodologia de
solução de problemas; no tratamento, uso, e troca de informações para
fins de planejamento estratégico e monitoramento das atividades que serão
desenvolvidas pelo grupo de intervenção estratégica ao nível de cada
comunidade onde o programa Fica Vivo! é implementado (Estudos Técnicos,
2005). Além desse curso, os policiais do Gepar também participam do
459
Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR)
OS DESAFIOS DO GEPAR
Um dos grandes desafios do Gepar tem sido o de construir sua
identidade social como parte integrante da comunidade local, desenvolver
sua atividade tanto preventiva quanto repressiva, alcançando assim a
460
Elenice de Souza
461
Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR)
Referencia Bibliográfica
Beato, Cláudio Filho (2002) Programa de Controle de Homicídios – FICA VIVO! Centro de
Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.
_________________ (2003) Homicide Control Project in Belo Horizonte. CRISP – Study
Center on Crime and Public Safety, Federal University of Minas Gerais, www.crisp.ufmg.br.
Estudos Técnicos (2005). Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, Universidade
Federal de Minas Gerais.
Instrução 002/05, Comando Geral da Polícia Militar de Minas Gerais.
Souza, Elenice de (2007) Relatórios Estudos Técnicos. CRISP – Centros de Estudos de Criminalidade
e Segurança Pública, Universidade Federal de Minas Gerais.
_______________ (1999). Polícia Comunitária: Avaliação de um Programa de Segurança
Pública em Belo Horizonte, Minas Gerais. www.crisp.ufmg.br
462
S IL
B RA
Comunicação
UMA POLÍTICA ALTERNATIVA DE SEGURANÇA
COM PARTICIPAÇÃO SOCIAL: A EXPERIÊNCIA DE
PORTO ALEGRE
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
*
Socióloga - Coordenadora da Guayí
**
Oficial Superior da Reserva da Brigada Militar/RS - coordenador do Núcleo Violência, Segurança
e Direitos Humanos da Guayí 463
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
464
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
465
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
466
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
467
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
468
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
469
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
470
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
471
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
472
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
473
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
474
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
475
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
476
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
477
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
478
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
479
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
480
Helena Bonumá* e Luiz Antônio Brenner Guimarães**
481
Uma Política Alternativa de Segurança com Participação Social:
a Experiência de Porto Alegre
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nota
1
Guayí, Democracia, Participação e Solidariedade (www.guayi.org.br)
482
I LE
CH
Relato Policial
CARABINEROS DO CHILE COMO
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA NO CONTEXTO
DO CONFLITO MAPUCHE
Hernando Hevia Hinojosa*
*
Tenente-Coronel dos Carabineros do Chile.
483
Carabineros do Chile como garantia da ordem
pública no contexto do conflito mapuche
484
Hernando Hevia Hinojosa
IV CONCLUSÃO
485
S IL
B RA
Relato Policial
O MUNICÍPIO DE RESTINGA SECA E AS
RELAÇÕES DE SUA POPULAÇÃO COM A POLÍCIA
CIVIL EM CONTRAPONTO AOS REGISTROS
POLICIAIS REALIZADOS
Jun Sukekava*
1. INTRODUÇÃO
No momento em que a sensação de insegurança se alastra em todas
as comunidades, principalmente em razão da divulgação sensacionalista
de fatos policiais ocorridos nos grandes centros urbanos, a repercussão
dessa sensação ocorre em maior grau nas pequenas comunidades, ainda
mais se ocorre um delito violento que vitima um dos seus componentes.
O fato de a vítima ser conhecida, com história, familiares na comunidade,
introjeta na população a sensação de ser a próxima vítima da violência.
Em municípios pequenos, onde é quase sempre deficitário o número
de policiais, quando ocorre esse tipo de delito, ou mesmo para fazer frente
às demandas das ocorrências policiais corriqueiras, torna-se imprescindível
que a polícia se torne parceira da comunidade; com os policiais perfeitamente
integrados com ela, ensinando-a que a segurança pública deve ser
responsabilidade de todos e não apenas dos órgãos policiais.
O caso ora em exame refere-se ao município de Restinga Seca,
localizado na região central do estado do Rio Grande do Sul, com uma
área territorial de 961,80 km2, com uma população de 17.492 habitantes,
sendo que destes, cerca de 40% da população vive na área rural1. Entre
os dois lados mais distantes do município – Jacuí e localidade de São José
– há uma distância de cerca de 70 quilômetros, o que dificulta os trabalhos
de Polícia Judiciária, que necessita de bastante tempo para fazer as
intimações ou diligências nesses locais.
Para agravar a situação, nos últimos anos, ocorreu o pedido de
concordata por parte do maior empregador do município – uma fábrica
de móveis demitiu cerca de 300 empregados; operando, atualmente, com
133 empregados, incluindo aqueles que trabalham no setor administrativo
- gerando um grave problema social na cidade, o que sempre traz reflexos
nos trabalhos policiais2.
*
Delegado de Polícia do Município de Restinga Seca.
486
Jun Sukekava
487
O Município de Restinga Seca e as Relações de sua População com a
Polícia Civil em Contraponto aos Registros Policiais Realizados
488
Jun Sukekava
489
O Município de Restinga Seca e as Relações de sua População com a
Polícia Civil em Contraponto aos Registros Policiais Realizados
3. CONCLUSÃO
O momento atual, no qual a sensação de insegurança atinge a todos
torna imperioso que a questão de segurança pública não fique restrita
apenas às instituições encarregadas da repressão (polícias, ministério
público, poder judiciário e sistema penitenciário), ou seja, não seja tratada
apenas pelo viés repressor. É preciso, como afirma GUIMARÃES (2003)
que seja ensinado para a sociedade enxergar o conjunto das causas que
geram a violência e, com isso, estabelecer a possibilidade de encontrar as
melhores soluções, evitando-se a concentração em partes isoladas do
sistema e que é geradora de incompreensão e solução inadequada.
Quando a atuação da polícia visa a demonstrar aos cidadãos a
importância deles na prevenção da criminalidade, com o fortalecimento
das medidas de controle social (escola, família, igreja, comunidade) ou
mesmo na resolução de delitos com informações, tal parceria é
extremamente proveitosa em favor de todos, uma vez que firma uma
relação antes e depois do evento criminoso.
Embora não haja pesquisa nesse sentido, a partir do momento de
implementação dessas práticas, a imagem dos policiais perante a
comunidade não sofreu mudança de opinião6 e, pelo contrário, a maioria
dos casos de delitos graves (homicídios, latrocínios, estupros, roubos)
sem autoria foram solucionados e os autores presos, sendo quase a
totalidade deles através de denúncias anônimas feitas pelos cidadãos, o
que, de certa forma, torna-os co-responsáveis por estes atos.
É difícil modificar o senso comum da população de que é preciso
buscar alternativas para o combate à violência e criminalidade e que apenas
a repressão, ainda mais com o bombardeio midiático quase que diário de
uma imprensa sensacionalista que prega somente essa alternativa, mas
490
Jun Sukekava
Notas
1
Conforme dados estatísticos contidos em www.fee.tche.br
2
A indústria em questão pediu concordata e reduziu drasticamente a sua produção, com
demissão de cerca de 2/3 dos seus empregados, tendo tal fato ocorrido no ano de 2004.
3
Dados extraídos dos arquivos da DP de Restinga Seca
4
No ano de 2006 a proposta para obtenção de equipamentos para a Polícia Civil obteve o
segundo lugar e, neste ano, em votação realizada no dia 22/08/2007, embora sem campanha
com pedido de apoio ou mesmo esclarecimento por parte dos policiais e com pouca divulgação
por parte dos organizadores a compra de equipamentos para a Policia Civil ficou em quarto
lugar, atrás de propostas regionais na área de educação, saúde e esportes
5
Bureau of Justice Assistance, “Understanding Community Policing: A Framework for Action”.
Monografia, Community Policing Consortium, EUA, agosto de 1994.
6
ROLIM (2006, 100) cita pesquisa realizada em 2000, pelo Ilanud, em São Paulo, em que,
embora a população considerasse a experiência dos policiais comunitários como mais educados,
mais prestativos, menos violentos, menos corruptos, também eram menos eficientes.
Referências Bibliográficas
1. CANO, I.SOARES, G. D., As Teorias sobre a causa da criminalidade, Rio de Janeiro: IPEA, 2002,
mimeo.
2. GUIMARÃES, Luiz A. Brenner, Prefeitura de Porto Alegre e a Segurança Urbana: uma
forma alternativa e cidadã de construir soluções para a segurança, Porto Alegre, Prefeitura
Municipal, 2003, p. 69.
3. PEZIN, L. Criminalidade Urbana e Crise Econômica, São Paulo: IPE/USP, 1986.
ROLIM, Marcos, A síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurança pública no
Século XXI/Marcos Rolim, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., Oxford, Inglaterra: Uiversity of Oxford,
Centre for Brazilian Studies, 2006.
3.www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/resumo/pop impressao
mun.php?malha=nao&nomemunicipio=...23/08/2007
Dados de arquivos de mapas estatísticos mensais da DP de Restinga Seca – RS referentes ao número
de ocorrências mensais registradas na DP e as chanceladas registradas na Brigada Militar.
491
RU
PE
Relato Policial
ESTRATÉGIAS DE APROXIMAÇÃO À COMUNIDADE NO
DISTRITO DE VILLA EL SALVADOR, PERU
Lucas Nuñez Córdova*
493
Estratégias de aproximação à Comunidade no
Distrito de Villa El Salvador, Peru
494
Lucas Nuñez Córdova
495
Estratégias de aproximação à Comunidade no
Distrito de Villa El Salvador, Peru
Nota
1
N.T. O termo comisaría é mantido no original em espanhol. Refere-se às unidades
descentralizadas de trabalho da polícia. Da mesma forma, o termo comisarío refere à autoridade
responsável por essas unidades.
496
L A
MA
ATE
Relato Policial GU
ESTAÇÃO DE POLÍCIA MODELO
Marlon Esteban*
498
Marlon Esteban
499
I A
Ô MB
L
CO
Relato Policial
MODELO DE VIGILÂNCIA COMUNITÁRIA NA
COLÔMBIA
Yed Milton Lopez Riaño 1
501
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
502
Yed Milton Lopez Riaño
2. OPERACIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO
2.1. Disposição do Talento Humano
503
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
504
Yed Milton Lopez Riaño
2.2. Capacitação
505
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
2.3.1. Setorização
506
Yed Milton Lopez Riaño
3. METODOLOGIAS DE TRABALHO
507
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
3.2. Priorização
508
Yed Milton Lopez Riaño
509
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
• DIAGNÓSTICO
• PRIORIZAÇÃO
• FORMULAÇÃO
• PLANO DE AÇÃO
POLÍCIA
(MÉDICO)
BAIRRO (PACIENTE)
PROCESSOS (REMÉDIOS)
• DIAGNÓSTICO DE SEGURANÇA CIDADÃ
• GESTÃO COMUNITÁRIA
• GESTÃO INTERINSTITUCIONAL
• EDUCAÇÃO CIDADÃ
• TRATAMENTO DE CONFLITOS
• DISSUASÃO DA INFRAÇÃO
• QUEIXAS, RECLAMAÇÕES E SUGESTÕES
4.1. Essenciais
510
Yed Milton Lopez Riaño
4.2. De Suporte
511
Modelo de Vigilância Comunitária na Colômbia
Notas
1
Regulamento de Vigilância urbana e rural para a Polícia Nacional. Resolução No. 9960 de 13
de novembro de 1992. Título II. Art. 36.
2
Lei 62 de l993. Título V: Sistema Nacional de Participación Ciudadana.
512
S IL
B RA
Relato Policial
O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO DO BAIRRO
DE HIGIENÓPOLIS, RIO DE JANEIRO -
ORGANIZANDO A SOCIEDADE E QUALIFICANDO
AS DEMANDAS POR SEGURANÇA PÚBLICA.
Robson Rodrigues da Silva*
*
Tenente Coronel da Policia Militar do Estado de Rio de Janeiro, cursando mestrado em Antropologia,
Coordenador dos Conselhos Comunitários de Segurança do Estado de Rio de Janeiro, no Instituto
de Segurança Pública – ISP.
513
O Planejamento Participativo do Bairro de Higienópolis - Organizando a
sociedade e qualificando as demandas por segurança pública.
514
Robson Rodrigues da Silva
515
O Planejamento Participativo do Bairro de Higienópolis - Organizando a
sociedade e qualificando as demandas por segurança pública.
516
Robson Rodrigues da Silva
517
R
E L DO
VA
S AL
Relato Policial
A ORGANIZAÇÃO DOS COMITÊS LOCAIS DE
PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E DELINQÜÊNCIA
EM EL SALVADOR
Hugo Armando Ramírez Mejía*
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Geral
*
Subinspetor, Chefe da Divisão de Serviços de Juventude e Família da Policia Nacional Civil de El
Salvador
518
Hugo Armando Ramírez Mejía
Específicos
INÍCIO DO PROCESSO
519
A Organização dos Comitês Locais de Prevenção da Violência e
Delinqüência em El Salvador
520
Hugo Armando Ramírez Mejía
OBJETIVOS ALCANÇADOS
1. Elevar os níveis de organização nos municípios e comunidades
LIÇÕES APRENDIDAS
521
A Organização dos Comitês Locais de Prevenção da Violência e
Delinqüência em El Salvador
CONCLUSÃO
522
G UA
RÁ
CA
Relato Policial NI
INTRODUÇÃO
523
O Controle Social e a Polícia: aliança
contra o tráfico ilícito de armas de fogo
524
Xavier Antonio Dávila Rueda
525
O Controle Social e a Polícia: aliança
contra o tráfico ilícito de armas de fogo
2. Estratégia de intervenção
3. Metodologia
526
Xavier Antonio Dávila Rueda
RESULTADOS OBTIDOS
527
O Controle Social e a Polícia: aliança
contra o tráfico ilícito de armas de fogo
528
Xavier Antonio Dávila Rueda
529
O Controle Social e a Polícia: aliança
contra o tráfico ilícito de armas de fogo
CONCLUSÕES
530
S IL
B RA
Artigo
POLÍCIA E JUVENTUDE NA ERA DA
GLOBALIZAÇÃO
Profa. Dra. Alba Zaluar*
532
. Alba Zaluar
Mas são os atores no varejo do tráfico, que ficam na ponta final das
extensas redes de envolvidos nessa atividade econômica, os que continuam
sendo o alvo principal das políticas de segurança pública repressivas levadas
a cabo nos estados brasileiros.
533
Polícia e Juventude na Era da Globalização
de agir das polícias militar e civil em cada estado brasileiro. Não adianta,
porém, implementar projetos modelos em uma comunidade apenas. É
preciso que tais projetos atinjam todas as áreas das cidades que se
encontram dominadas por traficantes armados, cada vez mais tirânicos
para com os moradores locais.
534
. Alba Zaluar
535
Polícia e Juventude na Era da Globalização
536
Alba Zaluar
537
Polícia e Juventude na Era da Globalização
538
Alba Zaluar
539
Polícia e Juventude na Era da Globalização
HIPERMASCULINIDADE E VIOLÊNCIA
540
. Alba Zaluar
sempre o ato criminoso, nas suas palavras, como se fosse “um vício”2.
Desenvolvem igualmente um estilo de chefia truculento, que aproxima
a quadrilha da gangue americana. Para segurar uma boca de fumo, o
chefe não pode mais “vacilar”, ou seja, trair, hesitar ou ter medo na
hora da luta contra rivais, comparsas, clientes em dívida ou alcagüetes
(Lins, 1997). A figura do chefe ou do “homem de frente” é construída
imaginariamente como aquele que mantém os seus comandados na
linha, controla o crescimento dos seus concorrentes nas vendas ou no
número de pessoas armadas na quadrilha.
AS POLÍCIAS E AS ARMAS
541
Polícia e Juventude na Era da Globalização
542
Alba Zaluar
543
Polícia e Juventude na Era da Globalização
AGRESSÃO POR PM
Nos dados sobre as experiências e a avaliação que a população de
15 anos ou mais têm sobre as polícias, o quadro difere substancialmente
do encontrado em outras cidades brasileiras e no mundo.
A agressão física perpetrada por policiais militares contra pessoas
morando nos domicílios dos entrevistados chega a ser o dobro do
percentual de pessoas agredidas na cidade: 4,4% para 2% de agredidos
nos últimos doze meses em toda a cidade. E o padrão é muito claro,
diferente do encontrado nos outros crimes: a agressão atinge várias vezes
mais pessoas negras, pobres e faveladas.
As pessoas pretas e pardas são mais vítimas deste tipo de violência
do que as brancas e quando se considera a variável escolaridade, verifica-
se que mais pessoas de ensino fundamental assinalaram mais agressões
cometidas por policiais militares do que universitários. As mulheres pretas
em proporção três vezes mais (7%) do que as brancas (2,2%) e duas
544
Alba Zaluar
545
Polícia e Juventude na Era da Globalização
546
Alba Zaluar
Nem
concorda
Concorda nem Discorda
Masculino Concorda em parte discorda em parte Discorda
15 a 19 73,0% 5,4% 5,4% 2,7% 13,5%
20 a 29 63,6% 15,2% 3,0% 0,0% 18,2%
30 a 39 72,9% 10,4% 2,1% 6,3% 8,3%
40 a 49 68,2% 15,9% 2,3% 4,5% 9,1%
50 a 59 61,7% 8,5% 4,3% 6,4% 19,1%
60 a 69 51,9% 7,4% 0,0% 14,8% 25,9%
70+ 37,5% 25,0% 0,0% 12,5% 25,0%
Nem
concorda
Concorda nem Discorda
Feminino Concorda em parte discorda em parte Discorda
15 a 19 75,0% 2,8% 5,6% 5,6% 11,1%
20 a 29 75,9% 13,0% 0,0% 0,0% 11,1%
30 a 39 80,0% 9,2% 1,5% 4,6% 4,6%
40 a 49 65,4% 23,1% 3,8% 1,9% 5,8%
50 a 59 69,4% 10,2% 6,1% 2,0% 12,2%
60 a 69 65,7% 22,9% 2,9% 2,9% 5,7%
70+ 50,0% 12,5% 0,0% 0,0% 37,5%
547
Polícia e Juventude na Era da Globalização
Nem
concorda
Concorda nem Discorda
Masculino Concorda em parte discorda em parte Discorda
15 a 19 72% 14% 6% 0% 8%
20 a 29 73% 12% 3% 3% 9%
30 a 39 77% 6% 4% 4% 9%
40 a 49 64% 18% 2% 5% 11%
50 a 59 60% 9% 6% 9% 17%
60 a 69 52% 4% 7% 15% 22%
70+ 38% 38% 0% 0% 25%
Nem
concorda
Concorda nem Discorda
Feminino Concorda em parte discorda em parte Discorda
15 a 19 92% 3% 0% 3% 3%
20 a 29 75% 19% 0% 0% 6%
30 a 39 80% 11% 5% 3% 2%
40 a 49 69% 23% 4% 2% 2%
50 a 59 71% 17% 4% 2% 6%
60 a 69 64% 24% 0% 3% 9%
70+ 64% 5% 0% 0% 32%
548
Alba Zaluar
549
Polícia e Juventude na Era da Globalização
Policiais
extorquindo 46,8% 40,3% 3% 12% 5,9% 10% 8,3%
ou intimidando
Policiais
46,8% 42,3% 3% 6% 1,5% 6% 4%
disparando
sem
provocação
Pessoas
armadas 46,8% 38,2% 15,7% 20,4% 5,9% 12,9% 10,8%
brigando
Vizinhos que
foram 15,6% 22% 0% 8,4% 0% 3,6% 4,7%
assassinados
Legenda:
TPG - TRAFICANTES PAGOS
TNP - TRAFICANTES NÃO PAGOS
MPG - MORADORES PAGOS
MNP - MORADORES NÃO PAGOS
SU - EMPREGADOS DE EMPRESAS DE SEGURANÇA UNIFORMIZADOS
SNU - VIGILANTES NÃO UNIFORMIZADOS PAGOS
550
Alba Zaluar
Já viu na
vizinhança AP1 AP2 AP3 AP4 AP5
Pessoas agredindo 31,2% 30,3% 40,6% 17,2% 20%
fisicamente a outras
Pessoas consumindo 47,3% 44,7% 55,7% 9,6% 38,1%
drogas ilegais
Pessoas vendendo 47,3% 44,7% 47,5% 5,6% 20,0%
drogas ilegais
Pessoas sendo 1,8% 1,3% 5,0% 1,5% 6,7%
assaltadas
Pessoas sendo 7,3,% 10,5% 16,9% 3,0% 15,2%
assassinadas por armas
de fogo (45% viu mais
de 10 vezes)
Policiais extorquindo ou 10,9% 7,9% 20,5% 2,0% 9,5%
intimidando(82% viu
entre 10 e 100 vezes)
Policiais disparando sem 7,3% 6,6% 20,1% 2,0% 6,7%
provocação (80% viu
entre 10 e 100 vezes)
Pessoas armadas 9,1% 11,8% 24,2% 5,1% 16,2%
brigando
Vizinhos assassinados 3,6% 0% 8,2% 5,1% 7,6%
nos últimos doze meses
551
Polícia e Juventude na Era da Globalização
Notas
1
O s d a d o s d a p e s q u i s a d e v i t i m i z a ç ã o d o N U P E V I ( Z a l u a r, 2 0 0 6 ) s ã o
impressionantes: o barulho de tiros é ouvido sempre e freqüentemente por 45% dos
entrevistados e está concentrado nas áreas de planejamento 1, 2 e 3, de urbanização
mais antiga na cidade do Rio de Janeiro e onde há muitas favelas. Conflitos armados
são vistos por 13% dos entrevistados e também estão mal distribuídos na cidade:
maiores proporções nas áreas 1, 3 e 5, onde há maior concentração de pobres.
2
Por causa da facilidade e nível de lucros, aqueles que se envolvem no tráfico, seja
qual for a classe social, o gênero e o nível de renda, os policiais brasileiros afirmam:
“Quem trafica uma vez, sempre volta”. Mas isso não quer dizer que não haja quem
trafique “por necessidade”. No tráfico capilarizado nas pontas nos bairros pobres e
nos centros de boemia, muitas mulheres, mais comumente ex-prostitutas ou de
profissões de baixa qualificação, como manicuras, faxineiras, etc são também
vendedoras comuns. Também não quer dizer que não haja quem deixe para sempre
as atividades ilegais do tráfico.
3
A Polícia Militar mata muito no Brasil. No estado do Rio de Janeiro, foram mortas
6218 pessoas entre 2000 e 2006. Mas muitos policiais são assassinados também. No
mesmo período foram 1034 policiais mortos, dos quais 80% na folga (ISP/SSP-RJ).
www.isp.rj.gov.br
4
O universo da pesquisa foi a população de 15 anos e mais na cidade do Rio de
Janeiro. Sobre este universo foi calculada uma amostra aleatória nos três estágios
da pesquisa. Primeiro foram sorteados 200 setores censitários mapeados segundo as
características socioeconômicas de cada um para que nenhum setor da população
552
Alba Zaluar
Referências Bibliográficas
BAUMAN, Zigmunt. (2007) Miedo Líquido, la sociedad contemporánea y sus
temores. Barcelona: Paidós.
BOURGOIS, Phillipe. (1996) In Search of Respect, selling crack in el barrio.
Cambridge e New York: Cambridge University Press.
CASTELS, Manoel & MOLLENKOPF, John. (ed.). (1992) Dual City: Restructuring
New York. Nova Iorque: Russel Sage Foundation.
FAGAN, Jeffrey. (2005) “Guns and Youth Violence”, Em Children, Youth, and Gun
Violence, Volume 12, Number 2, www.futureofchildren.org.
GEFFRAY, Christian. (2001) “Effects sociaux, economiques et politiques de la
penetration du narcotrafic en Amazonie Bresiliene”. Em International Social Science
Journal, UNESCO, v. LIII, no. 3: Londres e Paris.
LINS, Paulo. (1997) Cidade de Deus, 1 a. edição. São Paulo: Cia das Letras.
MYERS, G. P.; MCGRADY, G. A.; MARROW, C.; MUELLER, C. W. (1997) “Weapon
carrying among Black adolescents: A social network perspective”. Em American
Journal of Public Health, 1038, American Public Health Association.
PROENÇA Jr, D & J MUNIZ. (2007), “‘Stop or I’ll call the Police!’ The Idea of Police,
or the effects of police encounters over time”, British Journal of Criminology 46:
234-257.
SASSEN, Saskia. (1991) The Global City. Princeton: Princeton University Press.
SCHIRAY, Michel. (1994) “Les filières-stupéfiants: trois niveaux, cinq logiques”. Em
Futuribles, no. 185, Paris, mars.
VAN DER VEEN, H. T. (1998) “The International Drug Complex: When the visible
hand of crime fractures the strong arm of the law ”, European University Institute,
www.unesco.org/most.
ZALUAR, Alba (1994): Condomínio do Diabo, Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.
(2000): “Perverse Integration: Drug trafficking and youth in the favelas of Rio de
Janeiro”, Journal of International Affairs, , v. 53, n. n. 2, p. 654-671: New York.
(2001): “Violence in Rio de Janeiro: styles of leisure, drug use, and trafficking”
International Social Science Journal, UNESCO, v. LIII, n. no. 3, p. 369-379: Londres
e Paris.
(2006): Relatório Executivo da Pesquisa Domiciliar de Vitimização da Cidade do
Rio de Janeiro (2005-2006), NUPEVI, Rio de Janeiro www.ims.uerj.br/nupevi
553
Polícia e Juventude na Era da Globalização
ANEXO: GRÁFICOS
Gráfico 1
Gráfico 2
554
Alba Zaluar
Gráfico 3
Gráfico 4
Gráfico 5
555
Polícia e Juventude na Era da Globalização
Gráfico 6
556
ALA
M
ATE
Comunicação GU
PREVENÇÃO DO DELITO E DA VIOLÊNCIA ENTRE
ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE
Leslie Sequeira Villagrán*
558
Leslie Sequeira Villagrán
A maior:
· População jovem fora do sistema escolar
· Nível de desemprego
· Menor consumo per capita
· Maior iniqüidade na distribuição da renda
· Mais urbanização
559
Prevenção do Delito e da Violência entre Adolescência e Juventude
560
Leslie Sequeira Villagrán
561
Prevenção do Delito e da Violência entre Adolescência e Juventude
562
Leslie Sequeira Villagrán
ANEXO
Prevenção Estatal:
· Estabelecer alianças estratégicas com os Ministérios de
Família, Juventude, Educação, Cultura e Esportes, Saúde e
prefeituras municipais, com o propósito de harmonizar as
políticas e a ação estatal em função de garantir a efetiva
563
Prevenção do Delito e da Violência entre Adolescência e Juventude
Da comunidade
· Articulação dos esforços da Sociedade por meio do
Conselho Distrital de Prevenção Social do Delito, organismo
que rege a prevenção social e no qual estão representados
diversos setores da sociedade.
· Impulsionar a participação de todos os setores da
sociedade na prevenção social do delito, por meio das
diferentes comissões de trabalho que integram o Conselho
Distrital de Prevenção Social do Delito.
· Controle social não coercivo sobre agentes policiais com
tendência no conhecimento de atos delitivos, jovens em
situação de alto risco social, lojas de bebida alcoólica que
causem conflito, pontos de concentração de jovens
564
Leslie Sequeira Villagrán
Da polícia
565
Prevenção do Delito e da Violência entre Adolescência e Juventude
Notas
1
Instituto Latino-americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e o Tratamento da
Delinqüência.
2
Décimo Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente,
Viena 10 a 17 de abril de 2000, Tema 5: Prevenção eficaz do delito: adaptação às novas
situações: 2-3
3
Polícia Nacional da Nicarágua “Alcançando um Sonho” Modelo de Prevenção Social da Polícia
5 6 6 da Nicarágua. Manágua, Nicarágua 2006.
S IL
B RA
Comunicação
DIÁLOGOS DE UMA JUVENTUDE VIGIADA E
VIGILANTE
Aline Gatto Boueri*
Somos cinco. Cada um tem a sua turma, a sua tribo, os seus projetos
de vida. Não somos amigos, parentes ou vizinhos e nunca sentamos juntos
em uma mesa de bar. Entre a favela e o asfalto, somos familiares e estranhos
uns aos outros. Nossas vidas se cruzam diariamente na periferia da região
metropolitana do Rio de Janeiro. Somos jovens. E nos encontramos aqui
para falar de polícia.
567
Diálogos de uma juventude vigiada e vigilante
568
Aline Gatto Boueri
569
Diálogos de uma juventude vigiada e vigilante
Tiago acredita que um dia foi diferente. Para ele, há alguns anos –
quando precisou se valer de conhecidos na polícia para se livrar da
apreensão de sua moto – havia mais respeito pela figura da autoridade
vestida com uma farda. “Quando víamos um policial, tentávamos ao
máximo nos apresentar de forma insuspeita. Hoje o cara é parado com
moto sem documentação, sem capacete e ainda reclama de ser parado”,
avalia. Havia realmente mais respeito, mais dignidade?
570
Aline Gatto Boueri
Foi a primeira vez em que Leonardo foi parado pela polícia. Ele
acha que a atuação na favela onde mora tem relação direta com a corrupção.
“Quando eles esperam receber um dinheiro e não vem, então eles vêm
com tudo, dão tiro para o alto, se o pessoal correr, jogam bomba de gás.
Tem hora que os caras do tráfico também dão tiro, aí fica aquele tiroteio,
e quem está procurando lazer acaba ficando no meio disso tudo. Sai um
problema e entra outro”, diz.
571
Diálogos de uma juventude vigiada e vigilante
572
G UA
Á
C AR
Comunicação NI
1. APRESENTAÇÃO
coisas não acontecem em 100%, mas o menciono agora para evitar ter
de repetir sempre que existem as exceções para o cumprimento da
política, da estratégia e da tática institucional.
574
Marco A. Valle Martínez
Certamente, esta visão policial é a que incide para que quem esteja
cumprindo tarefas de prevenção e controle da delinqüência juvenil aprecie, à
primeira vista, os jovens como o são, ou seja, jovens e o seu mundo, e não
delinqüentes sem mais nem menos. Este ponto foi analisado com profundidade
em torno de 2002-2003, quando se estava projetando criar uma estrutura
especializada para atender os problemas produzidos pela violência juvenil;
nesse momento se pensava que era necessário mudar a estigmatização dos
jovens, que tínhamos que trabalhar com eles e elas, que se devia melhorar a
relação da PN com os jovens e, mais ainda, que a instituição devia promover
uma coordenação interinstitucional que ajudasse a melhorar as condições de
vida da juventude em risco, em vez de reprimi-los. A estrutura Direção de
Assuntos Juvenis (DAJ) foi criada em 22 de setembro de 2003 pela Disposição
Administrativa No.025 – 03 do Diretor Geral da PN.
575
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
576
Marco A. Valle Martínez
577
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
578
Marco A. Valle Martínez
Los Culiolos, Los Pelones, Los Chilamates, Los Cabros, Los Chibolones,
Los Arroyeros, Las Gárgolas del Fox, etc. Estes tipos de nomes indicam
que houve pouca influência de gangues ou facções de outros países centro-
americanos ou dos Estados Unidos. Mais ainda, em todas as intervenções
sobre violência juvenil que participamos escutamos poucas expressões
dos jovens delinqüentes que denotem admiração e desejos de chegar a
ser como os “modelos” salvadorenhos, hondurenhos ou guatemaltecos.
Em algum momento, foram percebidas pequenas influências estrangeiras
nas cidades de Estelí e Chinandega (ambas próximas da fronteira norte),
mas não tiveram maior significado. Um ponto em aberto na agenda de
pesquisas e intervenções é encontrar os fatores que explicam o
“nacionalismo” da gangue nicaragüense, sua ação amadora com relação às
gangues de outros países e o porquê de, sendo a Nicarágua um dos países
com índices mais baixos de desenvolvimento humano, é um dos países
mais seguros da América Central.
Que não se pense que essas categorias sempre existiram e que são
estáticas e que as suas fronteiras são cristalinas. Pelo contrário, estas são
o resultado de um processo de reflexão e busca com base na prática
policial em inter-relação com profissionais e organismos cuja missão é a
prevenção da violência e o delito. Sobre esse aspecto, em sessões de
análise que efetuamos com oficiais que trabalham diretamente a
delinqüência juvenil, se destacaram muitos exemplos de jovens que
começaram em grupos de risco, passaram para gangues e que hoje são
delinqüentes que estão presos, sendo procurados e alguns estão mortos
devido a sua vida violenta. Do mesmo modo, existem os que conseguiram
superar os momentos de participação em gangues e se integraram à vida
social, ou outros que conseguiram sair dos grupos e da vida arriscada.
579
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
580
Marco A. Valle Martínez
581
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
especialmente na capital.
582
Marco A. Valle Martínez
583
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
584
Marco A. Valle Martínez
585
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
586
Marco A. Valle Martínez
587
Um Relato sobre a Polícia Nacional e o Controle
da Delinqüência Juvenil na Nicarágua
dia mais se consente a idéia na polícia de que a missão policial tem assegurado
o seu cumprimento efetivo e eficiente desde que seja executada passo a
passo com a comunidade.
9. CONCLUSÃO
Notas
1
Site Web da PN: www.policia.gob.ni ; Polícia Nacional “Constituição Política. Leis.
Regulamentos. Doutrina Policial, 1ª.Ed., Manágua, El Amanecer S.A.1998, 360 p.; Instituto
Interamericano de Direitos Humanos (IIDH) e Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional
(ASDI), “Diagnóstico Institucional”, Três tomos e sete anexos, Projeto Modernização,
Desenvolvimento e Capacitação da Academia de Polícia e a Polícia Nacional da Nicarágua,
1999.
2
Valle Martinez, Marco A. “Diagnóstico de Segurança Cidadã da Nicarágua”, Projeto Apoio à
implementação de uma estratégia de segurança cidadã na Nicarágua, NIC/02/MO2, PNUD e
Ministério de Governo, 2002. Manágua, Nicarágua.
3
Ver trabalho da DAJ condensado no livro “Alcançando um sonho”, assinado pelo Primeiro
Comissionado na inatividade, Edwin Cordero, Comissionado Major Haymin Gurdian, Chefe da
DAJ, e Carlos Emilio López., Save Children, Editorial Criptos, Manágua, 2006, 200p.
4
Valle Martínez, Marco A. “Desenho da emergência policial 118 em Manágua”, Instituto
Interamericano de Direitos Humanos (IIDH), Manágua, 2001.
5
Informação sobre o Plano Gangues está na documentação da Delegação Departamental de
Manágua, entrevistas que efetuamos e, no texto citado na nota de rodapé 4.
6
Projeto “Segurança Cidadã na América Central”, IIDH, 1999.
7
Informação geral sobre o projeto se pode encontrar em IIDH, Segurança Cidadã na América
Central: Diagnósticos da situação, Equipamento de Pesquisa do IIDH. San José, Costa Rica.
2000
8
Informe sobre las Relaciones Policía – Comunidad. 1999.
9
Policías de Centroamérica, “Informe especial del estudio y evaluación de la actividad delictiva
de las pandillas y maras en Centroamérica”, Diciembre 2003. Informe en power point; BID,
“Crimen y violencia en Centroamérica”, Washington, Seminario Mayo 24, 2007.; WOLA,
“Pandillas juveniles en Centroamérica”, Octubre 2006, Washington.
588
I LE
CH
Relato Polcial
A RELAÇÃO COM A COMUNIDADE NA POLÍCIA
DE INVESTIGAÇÕES DO CHILE
Carlos Pino Torres*
590
Carlos Pino Torres
591
A Relação com a Comunidade na Polícia
de Investigações do Chile
592
Carlos Pino Torres
593
A Relação com a Comunidade na Polícia
de Investigações do Chile
594
Carlos Pino Torres
595
A Relação com a Comunidade na Polícia
de Investigações do Chile
Notas
1
HERRERA V., Arturo y TUDELA P., Patricio, “Modernización Policial: La relación de la policía
con la comunidad como campo de gestión y referente de cambio en la Policía de Investigaciones
de Chile”, publicado en Persona y Sociedad, Volumen XIX, N° 1, Abril 2005, Santiago de Chile.
2
Op. Cit.
3
Op. Cit
4
Op. Cit.
596
I NA
NT
GE
Relato Policial AR
*
Comissário da Polícia da Província de Córdoba.
597
Dualidade entre Segurança Pública e Particular
em Espetáculos Públicos
598
Guillermo Nicolas Zalaya
Muitos dos países que realizam adicionais nesse tipo de eventos têm
dificuldades para a correta interpretação destes códigos de convivência e
atuam a partir do preconceito e, mesmo sendo a sua função a de dissuadir,
dispersar, evitar males maiores, às vezes, a sua conduta fomenta, de forma
inconsciente (entendendo por conduta desde a postura corporal, os gestos
que acompanham a mesma, comentários etc.), reações ou condutas
inapropriadas.
599
Dualidade entre Segurança Pública e Particular
em Espetáculos Públicos
proteger, mas sim o contrário: ele é visto como a figura persecutória, que
só tenta cercear a sua liberdade e capacidade de ócio. Essa atitude está
presente a partir do próprio momento da entrada.
600
Guillermo Nicolas Zalaya
CONCLUSÃO
601
Dualidade entre Segurança Pública e Particular
em Espetáculos Públicos
602
I L
AS
BR
Relato Policial
A ATUAÇÃO DA POLÍCIA NO BAIRRO RESTINGA
BREVE ANÁLISE
Carmen Isabel Andreola*
*
Oficial da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
603
A atuação da polícia no bairro Restinga
604
Carmen Isabel Andreola
605
A atuação da polícia no bairro Restinga
Referências Bibliográficas
Gonçalves, Cleber J. S. Violência urbana e a função social da polícia - Uma rediscussão sociológica
necessária. Revista Unidade, nº 3, p 46 a 56, Jul/ Set 1999. Dal Molin, Fábio – Resumo da tese
Redes sociais micropolíticas da juventude UFRGS – 2007
Mattona, Cláudio e outros. O custo da violência urbana tem relação com a eficiência da
polícia?. Revista Unidade. Nº 61- p.05 a 18 –nº Jan/abr 2007.
Guimarães, Luiz Antônio Brenner. A prefeitura de Porto Alegre e a Segurança Urbana. Pág 06 a
09. 2ª impressão. Nov de 2004
606
ANEXO
RECOMENDAÇÕES PARA O USO DIDÁTICO DESTE LIVRO
607
Anexo
608
Recomendações para o uso didático deste livro
Notas
1
Listados na apresentação deste livro.
2
Os roteiros destas visitas são organizados com a colaboração dos membros da rede que são
visitados e que atuam como cicerones de seus pares. Como contrapartida, os policiais selecionados
para o intercâmbio realizam palestras, conferências etc. Assim como elaboram um diário de
viagem com suas observações e, ao final da viagem, produzem um breve relatório técnico de suas
impressões, que é distribuído a todos os integrantes da Rede.
609