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Escola Superior Dom Hélder Câmara

Curso: Direito – 7o período


Disciplina: Psicologia Jurídica

INSTRUÇÕES:
Avaliação Múltipla: atividade a ser realizada em grupos de quatro a cinco
alunos. Em caso de ausência, realizá-la individualmente.

Data de entrega: dia 25/04/2011 (hoje) ou dia 02/05/2011 (próxima segunda-


feira).
Valor: 04 pontos

ATIVIDADE 1: Ler os artigos 26, 96 e 97 do Código Penal Brasileiro e


responder as seguintes questões:

1) Quais os dois critérios previstos para que um agente seja considerado


inimputável?
2) Quais as duas espécies de medida de segurança previstas no referido
Código?
3) Qual o tempo mínimo previsto para a vigência da medida de segurança?
4) Qual o tempo máximo previsto para a vigência da medida de segurança?
5) Qual a condição estabelecida para o término dessa sanção penal?
6) Sobre a perícia médica, responda:
a) A primeira perícia médica deverá ser realizada em qual interstício de
tempo?
b) De quanto em quanto tempo novas perícias médicas devem ser
realizadas?
7) Qual a condicionante imposta quando da desinternação ou da liberação do
tratamento ambulatorial?

ATIVIDADE 2: Comentar criticamente cada um dos procedimentos


psiquiátrico-jurídicos descritos nos casos A e B, a seguir, tendo como base
os artigos 26, 96 e 97 do Código Penal, outros dispositivos legais e, ainda,
a percepção pessoal do grupo que deve ser fundamentada.

Estudo de Casos – Internos no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico


de Ribeirão das Neves. Referência: MATTOS, Virgílio de. Crime e Psiquiatria:
uma saída. Preliminares para a desconstrução das medidas de segurança.
Rio de janeiro: Revan, 2006.

CASO A:
V.P., semi-analfabeto, ingressou no sistema manicomial/prisional em 23 de
maio de 1991 para cumprir medida de segurança por tempo indeterminado.
Nessa situação permanece até hoje. Seu prontuário relata cometimento de um
crime de homicídio, sendo diagnosticada Esquizofrenia Hebefrênica e
“inteligência definidamente inferior à média”. Consta, ainda, que, no período
em que esteve na cadeia da comarca de origem, recusava-se a fazer a higiene
pessoal e manipulava fezes. À época do cometimento do homicídio, como
consta em seu prontuário, era andarilho e não se localizou qualquer parente
que pudesse acolhê-lo, tendo em vista o laudo que atesta a cessação de sua
periculosidade. V.P. assim relata o crime cometido:

Periciando hoje relata o fato criminoso: diz que a vítima


estava mexendo com ele e ele a empurrou, tendo ela
caído e batido a cabeça no passeio, vindo a falecer (Laudo
no. 7.679/2001, item I, Histórico da Internação).

Segundo o saber psiquiátrico, sua periculosidade encontra-se cessada, tendo


melhora em seu quadro clínico que se encontra estabilizado. “Possui condições
de convívio social e capacidade laborativa, desde que sob a supervisão de
terceiros, por não possuir condições de autosubsistência e por necessitar
permanecer em controle psiquiátrico ambulatorial constante e ter assistência
social”. Compulsando os registros de V.P., nota-se a seguinte decisão, de
agosto de 1999, quando já se encontrava com laudo positivo para cessação de
periculosidade.

[...] Não se compreende uma pessoa recém-desinternada


e carente de assistência ambulatorial, solta, sem destino
e sem rumo pelas ruas desta ou de qualquer cidade,
porquanto certamente ficaria ao desamparo e sem a
proteção devida. Sem falar na possibilidade de vir
novamente a delinqüir. Desta forma, como medida de
prevenção para a sociedade e de bem-estar do próprio
paciente, a internação do sentenciado deverá ser mantida
até que seja encontrado algum familiar ou instituição
disposta a recebê-lo e prestar-lhe a assistência devida,
sendo que novas diligências deverão ser empreendidas
nesse sentido.

Em decisão posterior, em junho de 2001, o magistrado é bastante claro:

Ora, V.P. não mais está na condição de réu inimputável


cumprindo medida de segurança, pois que, segundo os
laudos apresentados nos autos, sua periculosidade está
cessada. Todavia, seria um ato no mínimo impensado
liberar tal paciente, tendo-se consciência de que o mesmo
está a carecer de acompanhamento especializado. E se
ele voltasse a delinqüir? De quem seria a
responsabilidade? Certamente não deste juiz, que, por
cautela, em favor da sociedade e também dele próprio
(paciente), entende de melhor alvitre que o mesmo
somente seja desinternado após garantida a sua
reinserção social. Do contrário, melhor que o paciente
permaneça sob o abrigo da instituição estatal que ora o
acolhe. Bem ou mal, V.P.está em segurança, bem
alimentado e higienizado, sob os cuidados de pessoas
competentes [...].
CASO B:

A.C.R. é solteiro, lavrador, de escolaridade elementar, um parricida preso em


flagrante em 08 de agosto de 1996. Conforme relato de A.C.R.,
Eu fui preso devido a uma fraqueza na memória. Eu até
nem sei explicar [...]. Eu sentia um calor na cabeça, eu
sentia a cabeça quente. Passava tudo o que era ruim.
Passava que eu precisava matar uma pessoa. [...] na
verdade eu tinha que matar uma pessoa, eu acho que era
o destino. Na hora ele respondeu para mim, me ofendeu e
eu dei três machadadas na testa dele. Eu estava com uma
depressão forte, que eu tinha que fazer aquilo. Eu contei
para a mulher do meu irmão que eu tinha matado meu
pai. Desci para a casa do vizinho. Meu irmão foi socorrer o
meu pai, já sem chance.

Tendo cessada sua periculosidade, atestada por laudo psiquiátrico, o Ministério


Público apresentou o seguinte parecer sobre sua desinternação condicionada:
“embora leigo no assunto, parece-nos temerária a sua liberação, devendo-se,
salvo melhor juízo, mantê-lo internado por mais tempo” (Processo no. 2.926/96
da Comarca de Bueno Brandão). A decisão do magistrado é transcrita, a seguir:
Assim, com a devida vênia, o laudo de fls. 249/252 não
merece ser acolhido, pelo menos por ora, visto que não é
detalhado e este Juiz não restou nem um pouco
convencido quanto à cessação da periculosidade de A.C.R.
que, consoante se vê nos autos, matou o próprio pai,
prometeu matar outras pessoas, é temido pelos
habitantes do bairro em que residia, além de ser portador
de profunda, e talvez irreversível, anomalia psíquica.

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