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Domingo, Junho 03, 2007

A exploração dos recursos minerais em Portugal


A exploração dos recursos mineralógicos num qualquer território, pressupondo a sua
existência, depende da tecnologia disponível, das facilidades de transporte, das
possibilidades financeiras e da visão desenvolvimentista prevalecente no momento. O
seu carácter não renovável, o impacte ecológico provocado pela sua extracção, a
concorrência de outros locais com jazidas mais ricas e/ou de maior facilidade de
operação, a instabilidade das cotações nos mercados internacionais, são factores de peso
no aparecimento de obstáculos temporais à exploração destas riquezas.O recenseamento
de recursos mineralógicos em Portugal revela uma grande dispersão, quanto à sua
existência e variedade.A extracção de minérios metálicos vem de longínquos tempos;
sabe-se, por exemplo, que os romanos exploraram, entre outras, algumas jazidas de
ouro; mas actualmente o seu significado não é relevante. A actividade nas jazidas de
minerais energéticos é muito antiga; mas o carvão que se extraía esteve sempre longe de
ser, pela quantidade e qualidade, competitivo com outras jazidas, mesmo europeias. A
produção máxima, em pouco ultrapassando as 600 000t/ano ocorreu em 1959,
acompanhando um surto industrial que então se verificava e, embora as reservas tenham
sido avaliadas em mais de 80 milhões de toneladas, pelos anos 90 do século passado já
laborava uma só mina (Pejão), com uma produção da ordem das 200 000t/ano,
actualmente encerrada. Portugal, com reservas de urânio relativamente importantes, em
particular no centro interior, e destaque para as áreas de Viseu e Portalegre, foi um dos
primeiros países a explorá-lo, logo após a sua descoberta nas jazidas da Urgeiriça, em
1907, embora o fizesse para extracção de rádio e o urânio fosse rejeitado como ganga.
Só com o advento da II Guerra Mundial se dá valor a este recurso, matéria-prima para a
energia nuclear, actualmente produzida por fissão dos seus átomos; a sua exploração, a
princípio descontrolada, passou a ser, a partir de 1962, dirigida pelo Estado. Entretanto
a exploração na Urgeiriça terminou, em sequência do encerramento da empresa em
finais de 1993.Os minerais ferrosos, indispensáveis para diversas indústrias
metalúrgicas e metalomecânicas, apresentam reservas consideráveis, nomeadamente em
Moncorvo, Marvão, Cercal do Alentejo e na área de Cuba-Vidigueira; mas, mais uma
vez, a qualidade pouco satisfatória torna a sua exploração de pouco interesse. Dos
minerais não ferrosos mais importantes, como cobre, tungsténio, estanho e até ouro, só a
exploração de pirites no Sul do País, para indústrias químicas, resistiu até aos nossos
dias mas, mesmo assim, até a mina de Neves Corvo, uma das principais, já esteve
fechada.Restam como actividades extractivas de sucesso, a exploração de rochas
industriais e ornamentais principalmente ligadas à construção civil – granitos, xistos,
calcários – que ganharam fama no estrangeiro e contribuem para melhorar o valor das
exportações. O Alentejo é o maior produtor de rochas ornamentais, principalmente
mármores e granitos. As águas minerais têm boas potencialidades de desenvolvimento,
dada a riqueza e variedade de recursos, utilizadas nas estâncias termais e na
alimentação, evidenciando-se o Norte e o Centro do Continente onde se registam perto
de três quartos dos recursos hidrominerais.Apesar de uma base diversificada, a
exploração de recursos mineralógicos tem um interesse económico
limitado, o mesmo acontecendo em relação ao valor estratégico, aqui, à excepção do
urânio.

Fonte:http://62.48.187.117/atlas/Cap3/Cap3b_8.html
Publicada por João Miguel em Domingo, Junho 03, 2007

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