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DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I

Professor: Adair Coutinho

1. VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. – art. 101 a 104 CTN


1.1. Vigência das leis.

• A vigência de uma norma diz respeito exatamente à sua validade formal.


• À prontidão que deverá ter a norma para ser imposta, exigida, aplicada, na
sociedade juridicamente organizada.
• Uma lei está em vigor quando FORMALMENTE apta para aplicação

1.2. Vigência no tempo.

VIGENCIA NORMAL
• Lei Complementar nº 95/98 – Dispõe sobre a elaboração, redação, alteração e a
consolidação das leis, conforme determinação da CF no art. 59:

Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma expressa e de


modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de
sua publicação" para as leis de pequena repercussão.

§ 1o A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que


estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia
subseqüente à sua consumação integral.

§ 2o As leis que estabeleçam período de vacância deverão


utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número
de) dias de sua publicação oficial’

• Lei de Introdução ao Código Civil (Decreto Lei nº 4.657/42)

Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo


o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,


quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente
publicada

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§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de
seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até


que outra a modifique ou revogue.

§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o


declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a


par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura


por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a


conhece.

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato


jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei


vigente ao tempo em que se efetuou.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou


alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do
exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de


que já não caiba recurso.

VIGENCIA EXCEPCIONAL
• CTN – Art. 103 e 104

Art. 103 - Salvo disposição em contrário, entram em vigor:


I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100,
na data da sua publicação;
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100 quanto a
seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua
publicação;
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100 na data
neles prevista.

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Art. 104 - Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei,
referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no
Art. 178.

1.3. Vigência no espaço. – Art. 102 CTN

• Permite a EXTRATERRITORIALIDADE da legislação tributária, sempre que


houver lei determinante ou convênios entre as unidades da Federação
interessada.

EX 1: Município que se desmembra – o novo município utiliza a legislação do


que lhe deu origem, ate que surja a própria legislação. (Por Lei – art. 120 CTN)

EX 2: Substituição Tributária – Por Convenio – Industria recolhe o ICMS local e


do Estado onde vai a mercadoria, embora o ICMS 2 seja devido no outro
Estado, pela legislação do outro Estado.

VIGENCIA X EFICÁCIA X APLICABILIDADE

- VIGÊNCIA – É vigente no instante em que é lançada no mundo jurídico, conforme


processo legislativo previsto.

- EFICÁCIA – Mesmo em vigor, para terem eficácia, devem obedecer ao princípio da


anterioridade/noventena (A LEI CRIADORA OU MAJORADORA DO TRIBUTO,
SEJA ANTERIOR AO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE INCIDÊNCIA DO TRIBUTO)

EX: Se criada em Março/2010, Vigência em 45 dias. Eficácia exercício seguinte.


EX: Se criada em Dezembro/2010. Vigência em 45 dias. Eficácia obedecendo 90
dias.

- APLICABILIDADE – OCORRÊNCIA DE FATO GERADOR – Faixa de Isenção do


IRPF

1.4. Aplicação da lei tributária.

Vigência diz respeito à validade FORMAL das normas jurídicas

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Aplicação diz respeito ao uso efetivo.

REGRA BASICA: A legislação Tributária não deve ser aplicada retroativamente.


(art.105 CTN – Fatos Geradores FUTUROS, PENDENTES E COMPLEXIVOS -
IRPF)
EXCEÇÕES: Art. 106 CTN – Retroatividade Benigna em Matéria de infrações.

Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,


excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:


a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática.

2. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.


• Noção de interpretação e integração.

INTEGRAÇÃO – Preenchimento de lacunas existentes na legislação.


INTERPRETAÇÃO – permite à autoridade fiscal aplicar os preceitos legais aos fatos
oferecidos à sua decisão.

• INTEGRAÇÃO (art. 108 CTN)

Art. 108 - Na ausência de disposição expressa, a autoridade


competente para aplicar a legislação tributária utilizará
sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a eqüidade.
§ 1º - O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de
tributo não previsto em lei.
§ 2º - O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do
pagamento de tributo devido.

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• INTERPRETAÇÃO – Desenvolver um processo Intelectual no sentido de
descobrir o conteúdo e o alcance da Norma, para aplicar em situações
concretas.

- Uso da HERMENEUTICA, relacionando vários métodos de interpretação:


* Método Gramatical – Interpretação somente pela luz do próprio texto da
norma;
* Método Histórico – a utilização da lei, o interprete deve examinar os
elementos, as circunstancias, as causas que implicaram a criação da lei sob
exame.
* Método Teleológico – a interpretação da norma deve ser feita mediante
apuração da finalidade objetivada pela mesma.
* Método lógico-sistemático – todas as regras jurídicas devem ter, entre si,
um nexo, pois são parte de um só sistema jurídico.
* Método Benigno – determina que em caso de dúvida deve-se favorecer o
acusado.

Art. 111 CTN- Interpreta-se literalmente a legislação tributária que


disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Art. 112 CTN- A lei tributária que define infrações, ou lhe comina
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado,
em caso de dúvida quanto:
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza
ou extensão dos seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

Se a legislação dispor sobre infração e houver qualquer dúvida sobre qualquer que
seja o assunto, interpreta-se favoravelmente ao sujeito passivo (in dúbio pro réu)

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3. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E FATO GERADOR.

Obrigação corresponde um vinculo, um dever a ser cumprido e derivado da relação


entre duas pessoas, onde uma possui o direito a exigir e a outra o dever de cumprir
uma obrigação, a coisa devida.

SUJEITO ATIVO X SUJEITO PASSIVO

No Direito Tributário não é diferente, onde a obrigação é seu verdadeiro núcleo, o


sujeito ativo é o Estado (Pessoa Jurídica de Dir. Publico titular da competência para
cobrar) e o cidadão-contribuinte o sujeito passivo.

Conceito de Obrigação Tributária: A relação Jurídica que tem por objetivo uma prestação,
positiva ou negativa, prevista na legislação tributária, a cargo de um particular e a favor do
Estado, traduzida em pagar tributo ou penalidade ou em fazer alguma coisa no interesse do
Fisco.

3.1. Obrigação principal. – Artigo 113 §1° Surge com a ocorrência do fato gerador, e
tem por objeto o PAGAMENTO de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
Ex: Tributo / Penalidade Pecuniária (multa)

3.2. Obrigação acessória. – Artigo 113 §2 – A obrigação acessória decorre da


legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

Ex: fazer ou não fazer alguma coisa – falta de documento fiscal na venda de uma
mercadoria. Declaração de bens, exibição de livros, não destruir documentos, etc)

OBS: A não observância da obrigação acessória a converte em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária.(§3 do art 113)

ELEMENTOS QUE COMPÕEM A ESTRUTURA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

LEI + FATO GERADOR + SUJ. ATIVO + SUJ. PASSIVO

LEI (ART. 97 CTN)- é o ato que cria ou institui o tributo, determina o aumento de
alíquotas, outorga isenções, vedações, não incidência, define fato gerador, etc.

FATO GERADOR (art. 114 a 118 CTN) – Elemento nuclear da Obrigação Tributária
ou sua própria natureza jurídica, sem o qual não há de se falar em obrigação.
SUJ. ATIVO (art. 119 e 120 CTN)– Credor da Obrigação
SUJ. PASSIVO (art. 121 ao 123 CTN) – Devedor da Obrigação

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3.3. FATO GERADOR. - o momento em que ocorre o fato gerador é aquele mesmo em
que se concretiza a obrigação tributária.

3.3.1. Noção e espécies do fato gerador.

- FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL


* Situação definida em LEI como necessária E suficiente para o surgimento
da obrigação tributária.
* Tem que está previsto em Lei

EX: A saída de mercadoria de uma fabrica ou comércio por si so gera o fato


gerador.

- FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA


* Qualquer situação que, na forma da LEGISLAÇÃO APLICÁVEL, impõe a
prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal.
* Pode estar na legislação (leis, tratados e convenções internacionais,
decretos, etc)

EX: Ato de Secretário da Fazenda Municipal (norma complementar), não cria a


obrigação de pagar IPTU, mas pode exigir o preenchimento de formulário ao se
pagar o tributo (obrigação acessória)

3.3.2. Elementos que constituem o fato gerador do tributo e quanto à sua


periodicidade.
• INSTANTÂNEOS – Se iniciam e se completam em um só momento, um só
instante (IPI, ICMS, II, IE, etc)
• CONTÍNUOS – Levam um período para se completarem. Geralmente um ano
(IPVA, IPTU, ITR) – Esses fatos geradores são constituídos por um único
fato jurídico que é a propriedade sobre o bem, independente no número de
titulares da propriedade existente durante o ano.
• COMPLEXIVOS – Abrange um período de tempo, geralmente um ano.
Constituído por vários fatos jurídicos, que somados ao final do período
compõe um só fato gerador. (IR)

3.3.3. Efeitos do fato gerador.

a) fixa o momento em que se materializa a obrigação tributária principal prevista


abstratamente na lei (CTN, art. 113, § 1º),
b) identifica o sujeito passivo da obrigação tributária;
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c) fixa os concertos de incidência, não-incidência e isenção;
d) determina o regime Jurídico da obrigação tributária, e, assim, a lei a ser
aplicada será aquela que estiver vigorando no momento da ocorrência do fato
gerador, ainda que no momento do lançamento esteja revogada ou modificada (CTN,
art. 144);
e) distingue os tributos in genere porque é o exame do fato gerador que
determine a sua natureza jurídica específica (CTN, art. 42);
f) diferencia os impostos in specie em razão também do exame do fato
gerador, permitindo que a Constituição discrimine os impostos de competência
privativa em relação a cada ente político;
g) classifica os impostos em diretos e indiretos, porque o fato gerador do imposto
direto é uma situação com certa permanência, como a existência, a propriedade e a
profissão, enquanto o fato gerador do imposto indireto corresponde a atos ou
situações acidentais, como o consumo;
h) estabelece os princípios de atuação da discriminação constitucional de
rendas no Brasil. (bi tributação, principio da territorialidade, etc)
i) serve de índice, de medida, da capacidade contributiva do indivíduo
porque a lei tributária quando define uma dada situação como hipótese de incidência
do tributo parte da premissa de que essa situação revela uma determinada
capacidade contributiva;
j) permitir a definição da base de cálculo do tributo, porque essa sendo a
sua expressão econômica deve guardar uma certa identidade com o fato gerador.

4. SUJEITOS, ATIVO E PASSSIVO, DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.


4.1. Sujeito ativo.

“Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da


competência para exigir o seu cumprimento”, é aquele que tem o direito de exigir a
obrigação tributária imposta ao sujeito passivo, é o credor, ou seja, o que integra o
pólo ativo da relação jurídica tributária

4.2. Competência e capacidade tributária.

A competência tributária é a atribuição dada (pela Constituição Federal) aos entes


políticos do Estado (União, governos estaduais, municípios) da prerrogativa de
instituir os tributos.
A competência tributária é indelegável. Se um dos entes políticos não exercer a sua
faculdade para instituir os tributos, nenhum outro ente poderá tomar o seu lugar. Não
se pode confundir Competência com Capacidade.

Capacidade tributária é justamente o exercício da competência. Podemos dizer que


competência é atributo e capacidade é o exercício da competência

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4.3. Sujeito passivo da obrigação principal e da obrigação acessória.

No direito tributário, o sujeito passivo da obrigação acessória, conforme o artigo


122 do CTN, é a pessoa obrigada às prestações (dever de prestar) que constitui o
seu objeto, ou seja, a pessoa obrigada a fazer, a não fazer ou tolerar uma gama de
deveres no interesse da arrecadação e da fiscalização tributária, ou seja, são
componentes do objeto principal. É a pessoa à qual a legislação tributária atribui
deveres diversos do dever de pagar.

"Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de


tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único: o sujeito da obrigação principal
diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição
de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei". "a
identificação do sujeito passivo da obrigação principal (gênero) depende apenas de
verificar quem é a pessoa que, à vista da lei, tem o dever legal de efetuar o
pagamento da obrigação, não importando indagar qual o tipo de relação que ela
possui com o fato gerador". É aquele obrigado a pagar - um dar, um entregar - o
tributo ou uma penalidade pecuniária ou multa, podendo ser classificado como
sujeito passivo direito e indireto.

• O sujeito passivo direto é o contribuinte, ou seja, aquele que tem relação pessoal e
direta com a situação que constitua o fato gerador tributário - fato típico prescrito na
lei. Se o sujeito passivo direto não cumpre com a obrigação tributária, então ele (o
contribuinte) é o próprio a ser responsabilizado pelo inadimplemento da obrigação. O
contribuinte será aquele que tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o fato gerador da obrigação. Em outras palavras, o contribuinte retira
proveito econômico da situação definida como fato gerador.

O sujeito passivo indireto é o responsável pelo pagamento do tributo, ou seja,


aquele que não se reveste necessariamente na condição de contribuinte, tendo
relação indireta com o fato tributável. O responsável é aquele que não é
contribuinte, portanto, não mantém relação pessoal e direta com o fato
gerador, mas sua obrigação de adimplir a obrigação decorre de disposição expressa
de lei.

Importa destacar que o responsável possui uma relação ou vinculação com o fato
gerador, até porque, um terceiro, completamente alheio ao nascimento da obrigação
tributária, não pode ser chamado a pagar o tributo devido. Porém, a relação ou
vinculação mantida pelo responsável com o fato gerador não é pessoal e direta.

Podemos, à luz da legislação tributária em vigor, arrolar os seguintes exemplos de


sujeitos passivos na condição de responsáveis:

(a) A fonte pagadora da renda ou proventos tributáveis


(salários, remunerações, ganhos de capital, etc) responde pela
retenção do imposto de renda e recolhimento posterior aos
cofres públicos;

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(b) O adquirente de bens responde pelos tributos devidos
pelo bem adquirido;

(c) O espólio (patrimônio de alguém depois da morte)


responde pelos tributos devidos pelo falecido (de cujus) até a
data do óbito;

(d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de


fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
responde pelos tributos devidos até a data do ato pelas
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas
ou incorporadas;

(e) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir


de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, responde pelos tributos,
devidos até a data do ato, pelo fundo ou estabelecimento
adquirido, se o alienante cessar a exploração do comércio,
indústria ou atividade

4.4. Solidariedade (efeitos da solidariedade).

Solidariedade é a ocorrência de mais de um credor, ou mais de um devedor, na


mesma relação obrigacional, cada qual com direito ou obrigado à dívida toda.

A solidariedade tributária passiva ocorre quando:

(a) as pessoas tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal. Exemplo: três irmãos que são co-proprietários de um imóvel rural
são, também, co-devedores solidários do imposto territorial rural - ITR;

(b) as pessoas obrigadas são expressamente designadas em lei.

A solidariedade tributária passiva não comporta o chamado benefício de ordem,


através do qual um co-obrigado tem o direito de requerer sejam executados, num
primeiro momento, os bens do devedor principal. Havendo o tal benefício de ordem,
os seus bens somente serão executados se, para saldar a dívida, inexistam ou sejam
insuficientes os bens do devedor principal. Segundo a previsão do art. 124, parágrafo
único do Código Tributário Nacional, a Fazenda Pública competente pode escolher o
devedor mais solvente segundo a conveniência de melhor realização do crédito
tributário.

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Os efeitos da solidariedade (art. 125 CTN), salvo disposição em contrário, são:

(a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

(b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, a solidariedade pelo saldo;

(c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou


prejudica os demais.

4.5. Domicílio tributário. – art 127 CTN

Domicílio tributário é o lugar em que a pessoa física ou jurídica estabelece o centro


de suas atividades habituais. Todas as comunicações e procedimentos fiscais serão
dirigidos àquele lugar.

As regras pertinentes ao assunto podem ser assim resumidas:

(a) existem tributos cuja legislação específica exclui ou restringe a faculdade de


escolha, pelo sujeito passivo, de seu domicílio tributário;

(b) nos demais tributos, vigora a liberdade de escolha;

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(c) a liberdade de escolha não pode ser usada para impedir ou dificultar a
arrecadação ou a fiscalização do tributo, pois neste caso poderá ser recusado o
domicílio escolhido;

(d) ocorrendo essa recusa, o domicílio tributário será o do lugar da situação dos bens
ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação;

(e) na falta de escolha ou eleição, o domicílio dever ser: para as pessoas físicas ou
naturais, a residência habitual ou centro habitual das atividades, se incerta ou
desconhecida a residência; para as pessoas jurídicas de direito privado e firmas
individuais, o lugar da sede ou de cada estabelecimento, em relação aos atos ou
fatos que derem origem à obrigação e para as pessoas jurídicas de direito público,
qualquer das repartições no território da entidade tributante.

O tema domicílio tributário ganha importância crucial quando visto sob a ótica das
comunicações ou notificações dirigidas pelo Fisco ao contribuinte. Com efeito, a
legislação tributária federal reputa feitas as intimações fiscais por via postal na data
do recebimento da correspondência no domicílio tributário do contribuinte.

Pessoas Naturais – Residencia habitual, sendo incerta – centro de sua atividade


Pessoas Jurídicas de Direito Privado – Sede
PJ Direito Público – qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

4.6. Responsabilidade tributária.

• Por Substituição – Autorizadas pelo art. 128 CTN – A Obrigação Tributária já


nasce tendo como forçado o pagamento o responsável e não o contribuinte.

Previsto em Lei + De modo Expresso + 3ª Pessoa Vinculada ao Fato Gerador +


Excluir/incluir o Contribuinte supletivamente na relação obrigacional.

• Por transferência (art. 129 a 138 CTN) – A Obrigação Tributária nasce tendo como
forçado ao seu cumprimento o contribuinte e depois, por motivos diversos, a
obrigação é transferida ao responsável.
a) Solidariedade (art. 134 CTN) – Solidariedade subsidiária, não se pode
cobrar de todos, cobra-se se o contribuinte não tiver pago e o terceiro
indicado tenha contribuído para a dívida. Ex: Pais, tutores, curadores,
administradores de bens de terceiros; inventariante, sócios, etc. –
Respondem o contribuinte ou o responsável sem o benefício de ordem
b) Por Sucessão
 Imobiliária (art. 130 CTN) – Adquirente de bem Imóvel, se torna
responsável pelos tributos sobre o mesmo, SALVO se na época da
aquisição for obtida certidão negativa de débito-
 Empresarial (art. 132 e 133) – Fusão, transformação, incorporação.
Adquirir fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional.

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 Pessoal (art. 131 CTN) – Bens móveis – quem adquirir.
Tributos devidos até a morte – Contribuinte De cujos – Responsável
Espólio
Devidos ate a morte e não pagos pelo espólio até partilha – Cont. De
cujos – Responsável Sucessores e Conjuge meeiro.
Devidos após a morte – Contribuinte Espólio – Responsável
Inventariante.

• Lei de Falência (11.101/2005) Responsabilidade do arrematante de bens do falido


por dívidas – EXCLUSAO – SALVO o arrematante for sócio da sociedade falida,
parente em linha reta ou colateral ate 4 grau, consangüíneo ou afim do falido ou da
sociedade falida.
• Denúncia espontânea e Confissão de Débitos - O instituto da denúncia
espontânea, previsto no artigo 138 do CTN, constitui-se em instrumento de exclusão
da responsabilidade em função do cometimento de alguma espécie de ilícito
tributário administrativo, inserido no campo do direito tributário penal.

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