1
adolescentes em situação de violência constatada.
2
casos de abuso sexual, a maioria dos agressores permanece da
impunidade. Morales e Schramm (2002) discorrem sobre o fato de
que uma baixa efetividade dos procedimentos de atenção à
criança contribuem para impunidade e para a dificuldade de
identificação dos casos de abuso sexual. Alguns exemplos
apontados pelos autores relacionam-se a quando a criança
decide contar para alguém depois de muito tempo ocorrido,
meses ou até anos; quando se realiza a denúncia a
autoridades e estas tão somente recebem a denúncia e
remetem a vítima aos cuidados de um médico legista; quando
o médico envia o resultado de seu exame à autoridade
solicitante. E esta inicia um processo judicial depois de algum
tempo ao ocorrido, implicando assim na perda de provas e
indícios fundamentais para a incriminação do agressor;
quando a instituição que recebe não é adequada para realizar
exames e interrogatórios com crianças, conduzindo a mesma
a uma situação de revitimização; quando as investigações são
deficientes em função de informações pouco relevantes, e
indícios pouco significativos ou mal interpretados e
finalmente quando não existe qualquer apoio à família
investigada.” (destaques nossos)
3
órgãos encarregados para que possam atuar, na apuração dos fatos, com
informações e orientações técnicas adequadas, sob os aspectos jurídico,
médico e psicossocial, de forma apta a gerar um resultado verdadeiro e
substancial.
4
avalanche de pressões psicológicas recaem sobre a criança ou adolescente e
sua família, será imprescindível resguardar seus fundamentais direitos, agindo
de forma efetivamente protetora, tal como, resguardar a sua identidade frente
aos colegas, familiares, vizinhos, etc.; identificar eventual pacto de silêncio
mantido pelos membros da família, buscando contorná-lo através da
localização de parentes ou amigos que possam colaborar e apoiar a vítima;
atuar no afastamento da vítima ou do agressor do lar, se for o caso; ter
consciência que esta teme sofrer agressões, ser desacreditada ou julgada
culpada pelos fatos, ou mesmo ser retirada ou excluída do grupo familiar,
dentre outras tantas mazelas psicológicas sofridas, auxiliando-a por meio de
acompanhamento médico e/ou terapêutico.
5
Em outras palavras, Ministério Público, Magistratura,
Conselhos Tutelares e de Direitos, gestores públicos, profissionais da área da
educação e saúde, família, comunidade e outros, devem mobilizar-se e
trabalhar alinhados na construção de caminhos que possam trazer a essas a
superação dos males e traumas precocemente vivenciados.
6
Há, enfim, programas aptos à defesa da infância e da
juventude? E se for negativa a resposta: porque não existem?””
1- O QUE É REDE?
7
Durante o processo de construção da rede, pode-se
perceber que faltam algumas peças, que não existiam na cidade, por exemplo,
programas específicos para determinados grupos, inexistência de ações
voltadas para determinados direitos das crianças e adolescentes, déficit de
atendimentos. A percepção dessa ausência só é possível quando se dispõe
com clareza de todos os dados possíveis acerca dos diferentes agentes que
compõe o “fazer social” de atenção à criança e ao adolescente. Num conjunto
desorganizado de entidades e ações, torna-se difícil identificar a falta ou a
ineficiência de algum elemento, entretanto, ao organizá-los, é possível observar
com clareza a totalidade e a abrangência de tudo o que existe na cidade.
8
Atualmente, rede como ferramenta de gestão vem sendo
muito difundida tanto no âmbito da iniciativa privada, quanto na administração
pública. Francisco Whitaker9 esclarece que uma rede pode interligar tanto
unicamente pessoas, como unicamente entidades, como pessoas e entidades.
As pessoas e/ou entidades interligadas numa rede podem ser do mesmo tipo
ou inteiramente heterogêneas, dependendo dos objetivos que a rede se propõe
alcançar. As redes podem ser também de diferentes tamanhos – de uma
equipe que trabalhe em rede, a uma rede de bairro ou de sala de aula, até uma
rede internacional. Podem existir igualmente redes de redes e dentro de uma
rede podem se formar sub redes, com objetivos específicos.
9
uma certa “omissão compartilhada” de diferentes atores sociais, pode-se
buscar atuar de maneira integrada e intersetorial por meio da organização em
REDE. Uma atuação em rede supõe valores e a declaração dos propósitos do
coletivo (missão): por que, para que e fundamentada em quê a rede existe? Há
alguns parâmetros que norteiam a interação e devem ser considerados por
quem queira trabalhar colaborativamente; uma espécie de código de conduta
para a atuação em rede aos quais devemos atentar:10
Pactos e Padrões de Rede: sem intencionalidade uma rede não consegue ser
um sistema vivo, mas apenas um amontoado de possibilidades. A
comunicação e a interatividade se desenvolvem a partir dos pactos e dos
padrões estabelecidos em comunidade. Uma rede é uma comunidade e, como
tal, pressupõe identidades e padrões a serem acordados pelo coletivo
responsável. É a própria rede que vai gerar os padrões a partir dos quais os
envolvidos deverão conviver. É a história da comunidade e seus contratos
sociais.
10
organizações mantêm uma rede.
11
rede pode se estruturar em torno de três linhas de ação fundamentais
essenciais:
12
grupo que elaborou o projeto, com participação essencial do CMDCA
(Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e da Secretaria
Municipal responsável pela Política de Proteção Social Básica e Especial de
crianças e adolescentes no município.
13
dias depois. É o momento de canalizar as expectativas geradas para as
atividades práticas coletivas, de transformar a motivação em ação.
6 – A FORMAÇÃO CONTINUADA
• Planejamento estratégico
14
Esta sugestão de conteúdos pode ser modificada e
adaptada à realidade e necessidades locais de cada município. O fundamental
é que todos eles contenham atividades práticas e resultem em produtos,
decisões ou consensos, tirados imediatamente ou ao final do processo.
15
Municipal.
7 - O DIAGNÓSTICO
16
ações diretamente voltadas para solucioná-los, assim poderemos iniciar EM
REDE ações de Prevenção.
17
em relação ao diagnóstico.
18
8- A AVALIAÇÃO
19
que eventualmente não preencherem o cadastro e não participam de nenhum
Comitê Gestor Local precisarão ser contatadas, para que seja identificado o
problema, oferecido apoio, buscadas soluções.
9 – O PROMOTOR DE JUSTIÇA
20
aprovado oficialmente no CMDCA e norteará as decisões e as destinações de
recursos do FMDCA. Por isso, há aqui uma duplicidade que precisará ser
trabalhada e superada: o Comitê Gestor Municipal e o CMDCA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
21
Centro de Desenvolvimento Sustentável / Universidade de Brasília Artigo
publicado na Revista Permear, fev. / mar 2005
22