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TEORIA GERAL DO CONHECIMENTO (Resumos/Resenhas de aulas/textos)

Atenção para as considerações básicas (somente para fins didáticos)


NOÇÃO: Uma explicação ou interpretação filosófica do conhecimento humano.
OBJETO: A análise do fenômeno do conhecimento centrada na correlação sujeito-objeto.
PROBLEMAS FUNDAMENTAIS:
da Possibilidade
da Origem
da Essência
da Forma
os critérios da Verdade
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
fundamentalmente metafísico ( N. Hartmann )
fundamentalmente crítico ( Kant )
culmina numa ontognoseologia ( M. Reale )
PROBLEMATIZAÇÕES BÁSICAS:
Onde reside o conhecimento? - Na íntima correlação entre sujeito e objeto.
Qual a função do sujeito? - Consiste em apreender o objeto.
Qual a função do objeto? - Em ser apreendido pelo sujeito.
Do ponto de vista do sujeito: - Na apreensão, o sujeito se projeta para o objeto, penetrando na sua
esfera.
Do ponto de vista do objeto: - Ao ser apreendido pelo sujeito, o objeto continua como algo exterior
ao sujeito.
AS FASES DO PROCESSO DINÂMICO DO CONHECIMENTO:
A projeção do sujeito em relação ao objeto;
A penetração, por parte do sujeito, na esfera do objeto;
A captação das propriedades do objeto;
O retorno do sujeito a si mesmo, surgindo a consciência do objeto captado através da imagem.
Atenção:
As determinações do objeto não se modificam pelo fato de haver sido captado.
O objeto não é imanente ao sujeito.
No sujeito acrescenta-se algo que o modifica, a imagem do objeto.
A consciência do objeto consiste na determinação , através da imagem, no sujeito, das
propriedades primárias do objeto.
O índice de objetividade que permanece no objeto continua exterior ao sujeito.
O sujeito ao apreender o objeto não se comporta passivamente, sua atitude é ativa, dinâmica.
Há uma participação criadora da consciência na construção da imagem.
A imagem sofre o fluxo da subjetividade.
O PROBLEMA DO CONHECIMENTO: QUESTÕES FUNDAMENTAIS
Pode o espirito humano conhecer o real?
Pode o sujeito apreender o objeto?
Já estamos diante do primeiro problema da Teoria do Conhecimento. Verificaremos as posições
epistemológicas ou correntes filosóficas e suas principais teses.
I - A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO
DOGMATISMO : Doutrina fixada . Dogmatikós em grego significa que se funda em princípios ou é
relativo a uma doutrina
Caracteriza a infância da humanidade; da razão humana; sem suspeitar sequer, de seus limites ou
condições para obter o conhecimento e alcançar verdades universais quanto ao ser, a existência e
a conduta.
Posição epistemológica para a qual não existe ainda o problema do conhecimento ( a relação entre
sujeito e objeto ).
Suprime o problema do conhecimento, pelo desconhecimento de que ele reside na relação entre
sujeito cognoscente e objeto conhecido.
Os objetos do conhecimento nos são dados absolutamente - os objetos se impõe ao sujeito.
O dogmático se apega á certeza de uma doutrina (atingiu uma certeza nela permanece )
DIVISÃO: Dogmatismo - Ético: trata-se do conhecimento moral.
Dogmatismo Religioso: trata-se do conhecimento religioso
CETICISMO : Skeptikos, em grego, significa, que observa ; que considera ; concluindo pela
impossibilidade do conhecimento.
O sujeito não pode apreender o objeto.
O objeto é como se não existisse para o sujeito.
Não devemos formular qualquer juízo, mas sim abster-nos totalmente de julgar.
O cético conclui pela impossibilidade de toda certeza e, nesse sentido, considera inútil esta busca
infrutífera que não leva a lugar nenhum.
Não há nenhuma verdade - Posição essencialmente negativa.
DIVISÃO: Ceticismo geral : Quando abrange um conhecimento geral.
Ceticismo Parcial : Apenas um conhecimento relativo a um setor da realidade.
Outros exemplos : Metafísico, Ético, Religioso.
ATENÇÃO: O ceticismo absoluto ou radical encerra a sua própria contradição, pois afirmando a
impossibilidade do conhecimento já está admitindo a existência de um conhecimento expresso
nesse juízo.
RELATIVISMO E SUBJETIVISMO:
Constituem uma modalidade do ceticismo, pois negam a verdade - não há qualquer verdade
universalmente válida (verdade absoluta) .
Relativismo: Toda verdade é relativa ao sujeito que conhece e julga .
Sublinha a dependência de fatores externos. Considera a influência do meio.
Representantes: Os sofistas ( Protágoras )
Subjetivismo : O conhecimento humano depende de fatores que residem no sujeito cognoscente.
um juízo só é válido unicamente para o sujeito individual que o formula.
Contradições: Relativismo - Toda verdade é relativa .
Subjetivismo - Toda verdade é subjetiva .
OBS.: Verifique que os juízos são universais.
PRAGMATISMO :
Estabelece um novo conceito de verdade;
Verdadeiro significa útil, valioso, fomentador da vida.
O homem é essencialmente um ser prático, um ser de vontade e de ação.
Fundador: WILLIAN JAMES
Representantes: SCHILLER E NIETZSCHE.
CRITICISMO : Significa examinar .
O seu comportamento não é dogmático nem cético, mas reflexivo e crítico.
O Criticismo é o método de filosofar que consiste em investigar as fontes das próprias afirmações e
objeções e as razões em que as mesmas assentam. Método que dá a esperança de chegar a
certeza .
Única posição justa na questão da possibilidade do conhecimento.
POSITIVISMO
I - Comte e sua época:
Isidore Auguste Marie Xavier Comte (1798-1857) - Representante principal do positivismo
Formação: Matemática e Ciências Naturais.
Dois encontros: Saint Simon (1760-1825) e Clotilde de Vaux
Influência marcante: Condorcet (1743-1794)
Principais Obras: Curso de Filosofia Positiva ( 1830 - 1948 ); Curso de Política Positiva (1851 -
1854 ); Catecismo Positivista ( 1850 ); Síntese subjetiva ( 1856 ).
Em sua obra Discurso Preliminar Sobre o Espírito Positivo , Comte define os vários sentidos do
termo positivo :
Positivo designa aquilo que é real em oposição ao quimérico ( irreal, fantasioso ), este novo espírito
filosófico irá excluir de suas investigações os mistérios impenetráveis (como a busca das causas
primeiras e últimas), com as quais os homens se ocupavam em sua infância histórica .
Da utilidade do conhecimento positivo : O termo Positivo designa o contraste entre o útil e o ocioso
- o conhecimento científico tem por finalidade o melhoramento contínuo de nossa verdadeira
condição individual e coletiva e não a curiosidade estéril .
OBS.: O caráter utilitário do conhecimento está ligado a defesa do princípio da perfectibilidade do
homem (sustentado pelo Iluminismo ) enquanto capacidade do homem de aperfeiçoar-se, de ser
educado ( entendendo a educação como o instrumento e permanente exercício de
aprimoramento ).
A certeza do conhecimento positivo: A Filosofia Positiva deixa de lado as dúvidas indefinidas , os
debates intermináveis e a indecisão que caracterizam os outros sistemas filosóficos.
A precisão do conhecimento Positivo: O novo espírito filosófico busca um grau de precisão
compatível com a natureza dos fenômenos, opondo-se ao caráter impreciso da moda antiga de
filosofar, que conduzia necessariamente à opiniões vagas.
O termo positivo designa o contrário de negativo: Para Comte a verdadeira Filosofia moderna
estaria destinada por natureza, não a destruir, mas a organizar .
Lembre-se sempre que a ordem apresenta-se como um dos conceitos-chaves do positivismo e ao
mesmo tempo um objetivo a defender. Segundo Comte todos os seus predecessores foram
apenas críticos.
II. - A instituição de um novo campo do saber:
Este novo campo de saber vai ser chamado, de início, de Física Social. Segundo Comte a Física
social é uma ciência que tem pôr objetivo o estudo dos fenômenos sociais, considerados no
mesmo espírito que os fenômenos astronômicos, físicos, químicos e fisiológicos . É bom saber que
o termo SOCIOLOGIA foi utilizado por Comte somente em 1839, em sua obra Curso de Filosofia
Positiva .
III- Pressupostos básicos do Positivismo :
3.1 - Rigorosa identidade entre os processos naturais e os processos sociais : A sociedade é
regida por leis semelhantes àquelas que regem a natureza, isto é, leis invariáveis, independentes
da ação e da vontade humana.
3.2 - Homogeneidade epistemológica entre ciências sociais e ciências naturais: A sociedade deve
ser estudada através dos mesmos métodos empregados pelas ciências da natureza, baseados em
modelos matemáticos e nos preceitos da observação metódica dos fatos.
A identidade metodológica resulta da identidade afirmada entre natureza e sociedade.
3.3 - Objetividade e neutralidade como princípios fundamentais do conhecimento científico :
A . A noção de objetividade implica em tomar os fatos sociais como coisas . Esta proposição
fundamental do método Positivo, defendida por Durkeim em As Regras do Método Sociológico ,
tem sido simplificada, distorcida e mesmo caricaturada. Continua Durkeim : não afirmamos que os
fatos sociais sejam coisas materiais e sim que contituem coisas ao mesmo título que as coisas
materiais, embora de maneira diferente . Durkeim defende a materialidade dos fenômenos sociais,
da própria sociedade, recusando-se a tratar esta última como simples idéia ou mera projeção da
subjetividade.
Duas condições são necessárias para o conhecimento sociológico:
1 - A inteligência deve sair de si mesmo ( pela observação e experimentação ), ou seja , o
investigador não pode atingir a compreensão dos fenômenos sociais pelo simples processo de
análise mental, introspectiva;
2 - O investigador deve partir do princípio de que se ignora completamente o que são fenômenos
sociais , evitando cair na mesma especulação.
B - A noção de neutralidade : Já suficientemente criticada pelas Ciências Sociais contemporâneas (
questionavam inclusive a utilização e o significado do próprio termo ciência ), tem o positivismo o
significado de uma postura de isenção e imparcialidade a ser sustentada pelo pesquisador.
O princípio da neutralidade se ancora em dois pressupostos:
1 - O estudo dos fatos humanos e sociais não pode fundamentar nenhum juízo de valor, que
implica a afirmação / imposição de um julgamento moral , ( do tipo bom ou mau ). Acontece que a
própria sociologia de Comte e Durkheim está repleta de juízos de valor. (Devemos lembrar os ditos
fenômenos normais e patológicos , o apelo comteano à reforma da sociedade com vistas a
manutenção da ordem e da harmonia social).
2 - O pesquisador deve procurar evitar toda deformação de seu objetivo de conhecimento,
deformação esta provocada por simpatias ou antipatias, em relação ao objeto estudado.
Observe agora com atenção: Embora se possa e deva concordar com a necessidade de o
pesquisador distanciar-se (razoavelmente) de seus preconceitos e opiniões, de suas simpatias e
antipatias, o sujeito do conhecimento, na Sociologia, não é nunca um sujeito imparcial . Em virtude
de ser um sujeito ativo e social, tem interesses e posições, estudando a sociedade de uma dada
perspectiva.
IV- OS DOIS GRANDES TEMAS DA TEORIA COMTEANA:
A Filosofia da História e a Classificação das Ciências.
- A Filosofia da História : Pode ser considerada sinteticamente pela Lei dos Três Estados. Se
fundamenta numa concepção contínua e progressiva da história humana.
1º- Estado: Teológico ou Religioso:
Faculdade humana básica: A imaginação
Classes dirigentes: Sacerdotes e Guerreiros;
Formação política : A monarquia aliada ao militarismo;
Fases : Fetichismo ou animismo, politeísmo e monoteísmo.
Procure compreender: Durante o estado teológico ou religioso o mundo é explicado através da
natureza intima das coisas, desde a sua origem até o seu destino último. O universo é
compreendido pela intervenção dos seres sobrenaturais.
2º- Estado: Metafísico ou Abstrato:
Faculdade humana básica : Pensamento racional e argumentação lógica.
Classes Sociais : Predomínio dos filósofos e juristas.
Forma Política: Os reis são substituídos pelos juristas. O estado é baseado na soberania do povo.
É bom ressaltarmos que, assim como no estado teológico, o estado metafísico, busca soluções
absolutas ou eternas para os problemas do homem. Mas, substitui a imaginação pelo pensamento
racional e argumentação lógica. Substitui a crença em seres sobrenaturais por idéias abstratas
(como força vital ).
3º- Estado: Positivo ou Científico
Faculdade humana Básica: A principal fonte do conhecimento passa a ser a observação . Cada
posição deve corresponder ao fato ou a própria razão.
Classes dirigentes : O poder espiritual passa as mãos dos sábios e cientistas e o poder material
para o controle dos industriais.
Forma política : O Estado passa a ser dirigido pelos cientistas e industriais.
Nessa fase o conhecimento deixa de buscar as causas dos fenômenos, origem e fim de tudo que
existe para investigar suas leis enquanto relações constantes entre fenômenos. Os fenômenos
deixam de ser reduzidos a um só princípios ( Deus ou natureza ). A experiência irá mostrar uma
limitada interconexão entre determinados fenômenos. O conhecimento científico baseia-se na
observação e na previsibilidade dos fenômenos. O preconceito do ver para prever ( observação
aliada a previsão) implica em um desenvolvimento da técnica, correspondendo aos requisitos de
planificação racional exigidos pela era industrial.
V- Classificação das Ciências :
Os critérios de classificação das ciências são os de níveis de complexidade crescente e
generalidade decrescente.
O processo de surgimento das ciências tende a caminhar no início a partir de conhecimentos e
teorias mais gerais, até teorias que estudam apenas uma área ou setor da realidade.
Comte admitia que a ciência jamais atingia a compreensão absoluta dos seus objetos de estudos
respectivos.
Ordem de classificação das Ciências : Matemática , Astronomia, Física, Química, Biologia e
Sociologia.
A sociologia engloba para Comte parte da psicologia e toda a economia política, a ética e a
Filosofia da História.
Para Comte a sociologia se apresenta como O fim essencial de toda filosofia positiva , já que a
totalização do saber somente poderia ser alcançada através da sociologia, na qual tudo culminaria
com a formulação de um sistema verdadeiramente indivisível onde toda decomposição é
radicalmente artificial(.) tudo relacionando-se com a humanidade, única concepção completamente
universal.
A sociologia se divide, para Comte, numa Estática Social e numa Dinâmica Social.
Estática ou Teoria da ordem natural da sociedade: Estuda as condições constantes das
sociedades, as relações de equilíbrio das diversas instituições.
Dinâmica ou teoria Geral dos Processos da humanidade: Investiga as leis do progressivo
desenvolvimento da humanidade. O processo fundamental deste ramo da Sociologia é o
progresso.
OUTROS TEMAS: A Moral (ciência), Religião, Política e Economia.
A Moral e suas teses: - Exaltação do sentimento e do Altruísmo (viver para outrem);
- Negação dos direitos em favor dos deveres;
- Crítica à liberdade de consciência.
A Moral e a Religião: Funda uma nova religião : A Religião da Humanidade ( O Grande Ser).
A Moral e a Política: - Desperta nos súditos sentimento de obediência e sujeição.
- Desperta nos governantes sentimentos de responsabilidade no exercício da autoridade.
A Moral e a Economia : - Tornar os ricos perfeitos administradores de seus bens.
- Tornar os pobres dependentes e satisfeitos com a sua posição social.
CONSEQÜÊNCIAS:
O surgimento do cientificismo: exaltação da ciência como forma mais adequada de conhecer,
criticar o conhecimento mítico, religioso ou metafísico, por não se fundarem na experiência do fato
positivo.
O reducionismo ( do cientificismo positivista ): reduziu o objeto próprio das ciências à natureza
observável, ao fato positivo. Reduz a Filosofia aos resultados das ciências. Reduz as ciências
humanas às ciências da natureza.
Criação de mitos : O mito da cientificidade; O mito do especialista; O mito da tecnocracia; O mito
do progresso.
II - A ORIGEM DO CONHECIMENTO:
Há dois polos no processo do conhecimento: O sujeito cognoscente (que é o sujeito que conhece)
e o objeto conhecido.
Cabe perguntar: A consciência cognoscente apoia-se de preferência, ou mesmo exclusivamente,
no pensamento ou na experiência? Onde reside a origem do conhecimento?
Vejamos o que acontece agora: As soluções apresentadas a essas questões vão originar duas
correntes, o Racionalismo e o Empirismo.
RACIONALISMO ( de ratio = razão ): Posição epistemológica que vê no pensamento, na razão, a
fonte principal e verdadeira do conhecimento humano.
Na Idade Antiga: A forma mais antiga do Racionalismo encontra-se em Platão.
PLATÃO (século IV a. C.) e o Racionalismo Transcendente:
Os sentidos não podem nunca conduzir-nos a um verdadeiro saber.
Tem que haver, além do mundo sensível outro supra-sensível, do qual tire a nossa consciência
cognoscente os seus conteúdos. Platão chama a esse mundo supra-sensível, ou mundo das Idéias
.
Todo conhecimento é uma reminiscência (Teoria da Anamnésis): A alma contemplou as idéias
numa existência pré-terrena e recorda-se delas na ocasião da percepção sensível.
O Esquema dos Dois Mundos: BEM
Idéias Dialética
MUNDO INTELIGÍVEL (Noésis)
Objetos matemáticos Conhecimento matemático Ciência (EPISTEME)
R E A L I D A D E V E R D A D E I RA
Objetos sensíveis Crença (pistis) Opinião (DOXA)
Sombras / Ilusão Conjecturas
MUNDO SENSÍVEL
REALIDADEAPARENTE
Na Antiguidade: Filosofia Patristica
SANTO AGOSTINHO (século IV d. C.) e o Racionalismo Teológico (Teoria da Iluminação Divina ).
As Idéias convertem-se nas idéias criadoras de Deus;
Colocou o mundo flutuante das idéias platônicas no Espírito Divino;
O conhecimento tem lugar sendo o espírito humano iluminado por Deus;
Idade Moderna:
DESCARTES e o Racionalismo Imanente - Teoria das Idéias Inatas ( ideae innatae ):
O autor constrói o Racionalismo dando prioridade ao sujeito sobre o objeto.
Descartes é o pái da Filosofia Moderna e com ele a Célebre fórmula : cogito, ergo sum = penso,
logo existo .
Para Descartes, as idéias inatas, são idéias da razão, independentes das idéias que vem de fora ,
formadas pela ação dos sentidos, e das outras que nos dadas pela imaginação. São idéias claras e
distintas, portanto, verdadeiras.
CONCLUSÃO CRÍTICA: O mérito do Racionalismo consiste em ter visto e feito sobressair com
energia o significado do fator racional no conhecimento humano. Mas é exclusivista ao fazer do
pensamento a fonte única ou própria do conhecimento.
Outro defeito do Racionalismo consiste em respirar o espírito do Dogmatismo.
EMPIRISMO ( Experiência ):
Opõe -se a tese do Racionalismo.
A única fonte do conhecimento humano é a experiência.
A consciência cognoscente não tira os seus conteúdos da razão; tira-os exclusivamente da
experiência.
Todos os nossos conceitos, incluindo os mais gerais e abstratos, procedem da experiência.
O empirismo parte dos fatos concretos.
Fundador: JOHN LOCKE ( 1632 - 1704 ):
Combateu com toda a decisão a Teoria das idéias inatas . Para ele, a alma é um papel em branco (
tábua rosa ) , que a experiência cobre pouco a pouco com os traços de sua escrita.
LOCKE , admite uma experiência externa ( sensação ) e não descarta a experiência interna
( reflexão ) .
DAVID HUME ( 1711 - 1776 ):
Também defende o princípio fundamental do empirismo. Segundo o qual a conscência
cognoscente tira os seus conteúdos , sem exceção, da experiência.
CONDILLAC ( 1715 - 1780 ):
Transformou o empirismo no sensualismo.
Condillac critica Locke por ter admitido uma dupla fonte de conhecimento: a experiência externa e
a experiência interna. Para ele só há uma fonte de conhencimento : a sensação.
JOHN STUART MILL ( 1806 -1873 ):
Não há proposição a priori, válidas independentemente da experiência. Reduziu também o
conhecimento matemático à experiência como única base de conhecimento.
INTELECTUALISMO: ( intelligere, de intus ligere = ler no interior ).
Primeira tentativa de mediação entre Racionalismo e Empirismo.
Enquanto que o Racionalismo considera o pensamento como a fonte e a base do conhecimento e
o Empirismo a experiência, o Intelectualismo é da opinião que ambos os fatores tomam parte na
prudução do conhecimento.
Fundador : Aristóteles - encontrou-se sob a influência do Racionalismo platônico e como
naturalista, inclina-se, pelo contrário, para o Empirismo.
Na Idade Média:
SÃO TOMÁS DE AQUINO:
Começamos recebendo das coisas concretas imagens sensíveis.
O que se percebe: O intelectualismo se aproxima do empirismo.
APRIORISMO: A segunda tentativa de mediação entre o Racionalismo e o Empirismo. .
Nosso conhecimento apresenta fatores (elementos) a priori , independentes da experiência
( opinião do Racionalismo ).
Estes fatores são formas do conhecimento que recebem o seu conteúdo da experiência
( aproxima-se do Empirismo ) .
Princípio do Apriorismo : Os conceitos sem as intuições ( conhecimento imediato ) são vazios , as
intuições sem os conceitos são cegas .
Fundador : IMMANUEL KANT - Toda a sua Filosofia está dominada pela intenção de mediar entre
o Racionalismo de Leibnitz e Wolff e o Empirismo de Locke e Hume.
Para Kant : A matéria ( sensações ) do conhecimento procede da experiência e a forma procede do
pensamento .
III - A ESSÊNCIA DO CONHECIMENTO.
O verdadeiro problema do conhecimento consiste no problema da relação entre o sujeito e o objeto
.
Problema : Qual é o fator determinante no conhecimento humano ? Tem este o seu centro de
gravidade no sujeito ou no objeto ?
1 - Soluções pré - metafísicas:
a. O objetivismo : O objeto determina o sujeito. Este tem de reger-se por aquele .
Para o objetivismo, o centro de gravidade do conhecimento reside no objeto/ o reino
objetivo das idéias ou essências é, por assim dizer , o fundamento que assente o edifício do
conhecimento .
Edmund Husserl : Distingue rigorosamente a intuição sensível da intuição não sensível .
Aquela tem por objeto as coisas concretas, individuais, esta, pelo contrário, as essências gerais
das coisas.
b. O subjetivismo : procura fundamentar o conhecimento humano no sujeito.
Santo Agostinho : A verdade já não está fundada num reino de realidades supra- sensíveis,
num mundo espiritual objetivo, mas num sujeito superior transcendente .
2 - Soluções Metafísicas:
a. O Realismo : Posição epistemológica segunda a qual há coisas reais independentes da
consciência ( desenvolveremos esta tese quando investigarmos os problemas filosóficos do
Materialismo Dialético ).
b. O Idealismo:
b.1. Idealismo Metafísico : Chamamos idealismo metafísico à convicção de que a realidade
tem por fundamento forças espirituais, potências ideais .
b.2. Idealismo Epistemológico : Sustenta a tese de que não há coisas reais independentes
da consciência .
b.2.1. Idealismo Subjetivo ou Psicológico : Objeto de consciência ( as representações, os
sentimentos, etc. ), toda realidade está encerrada na consciência do sujeito .
A nossa consciência, com os seus vários conteúdos, é a única coisa real .
b.2.2. Idealismo Objetivo ou lógico ( Os objetos da lógica e da matemática ) : Toma por
ponto de partida a consciência objetiva da ciência, tal como se exprime nas obras científicas .
O idealismo lógico reduz toda a realidade a algo lógico.
A concepção fundamental da tese idealista : O objeto do conhecimento não é nada real,
mas algo ideal .
Apontaremos aqui uma contradição
A idéia de um objeto independente da consciência é contraditória, pois no momento em
que pensamos num objeto fazemos dele um conteúdo da nossa consciência; se afirmarmos
simultaneamente que o objeto existe fora da nossa consciência, contradizemo-nos com isso a nós
próprios, portanto, não há objetos reais extra-conscientes, mas toda a realidade acha-se contida na
consciência .
Deste modo, se expressou Berkeley : O que eu sublinho é que as palavras existência
absoluta das coisas sem o pensamento, não tem sentido ou são contraditórias .
c. O Fenomenalismo ( de phaenomenon = fenômeno, aparência ) = É a teoria segundo a
qual não conhecemos as coisas como são em si, mas como se nos apresentam .
Para o fenomenalismo há coisas reais, mas não podemos conhecer a sua essência .
Kant, também procurou conciliar o realismo com o idealismo .
O fenomenalismo coincide com o realismo quando admite coisas reais; mas coincide com
o idealismo quando limita o conhecimento à consciência, ao mundo da aparência, do que resulta
imediatamente a impossibilidade de conhecer as coisas em si .
A teoria do fenomenalismo - em Kant - Resume-se a três proposições :
1 - A coisa em si é incognoscível;
2 - O nosso conhecimento permanece ilimitado ao mundo fenomênico;
3 - Este surge na nossa consciência porque ordenamos e elaboramos o material sensível
em relação as formas a priori da intuição e do entendimento .
MATERIALISMO DIALÉTICO DE KARL MARX
1. A Dialética
1.1. Histórico do termo
1.2. Referências : Hegel e Feuerbach ( idealista e Materialista )
2. O método dialético marxista :
Crítica à Metafísica ( pois esta tenta explicar a natureza dos seres, a sua essência, as suas
causas, recorrer a entidades abstratas que lhe conferem o nome de Ontologia ) :
Características :
a. A Dialética olha a natureza como um todo unido e coerente :
- Nenhum fenômeno da natureza pode ser compreendido isoladamente, fora dos
fenômenos que o rodeiam ;
- Em contraposição à metafísica que olha a natureza como um amontoado acidental de
objetos, de fenômenos destacados uns dos outros .
- Na natureza tudo se relaciona . Nada pode ser excluído . Tudo está inserido .
b. A Dialética olha a natureza como um estado de movimento e transformação perpétuos,
de renovação e desenvolvimento incessantes .
- A Metafísica nega a transformação .
c. A Dialética considera o processo de desenvolvimento que passa de mudanças
quantitativas e latentes a mudanças evidentes e radicais, a mudanças qualitativas .
d. A Dialética parte do princípio que os objetos e os fenômenos da natureza encerram
contradições internas .
Problematização: Qual a importância do método dialético ao estudo da vida social, ao
estudo da história da sociedade ?
3. O materialismo filosófico Marxista:
Pressuposto básico:
- O mundo material ( para o materialismo ) é anterior ao espírito e este deriva daquele;
- Crítica ao Idealismo ( que considera o mundo material como a encarnação da idéia
absoluta , da consciência ):
Para Platão a realidade material não era mais do que o reflexo do mundo ideal .
Para Hegel a natureza e o desenvolvimento social nada mais era do que a encarnação do
pensamento absoluto e universal .
Características:
a. O mundo, pela natureza, é material .
b. A matéria, a natureza, o ser, é uma realidade objetiva existindo fora e independente da
consciência .
- Se a matéria é um dado primário, então, a consciência é um dado secundário.
c. O mundo e as suas leis são perfeitamente cognoscíveis.
Problematização: Qual a importância dos princípios do materialismo filosófico ao estudo da
vida social ?
FENOMENOLOGIA : Uma filosofia e um método
Intróito: No século XIX e no decorrer do nosso século, Husserl inicia o método
fenomenológico, pelo qual tenta superar a dicotomia entre o racionalismo e o empirismo .
Representantes : Heidegger, Jasper e Merleau-Ponty
Os filósofos existencialistas : Sartre, Marcel e Camus
Destaque : Edmund Husserl formulou as principais linhas desta abordagem do real .
A Dicotomia: Racionalismo : enfatiza o papel atuante do sujeito que conhece .
Empirismo : privilegia a determinação do objeto conhecido .
Solução : A Fenomenologia propõe a superação desta dicotomia (Razão e Experiência)
afirmando que TODA CONSCIÊNCIA É INTENCIONAL, ou seja, é consciência de alguma coisa :
Noção de intencionalidade.
Não há pura consciência separada do mundo, mas toda consciência tende para o mundo .
Não há objeto em si , independente da consciência que o perceba .
Fenomenologia e sua etimologia : Fenômeno: que em grego significa o que aparece e
Logia : estudo, descrição, discurso .
ATENÇÃO : Fenomenologia gera-se de duas expressões gregas, PHAINOMENON e
LOGOS .
PHAINOMENON ( FENÔMENO ): Significa aquilo que se mostra por si mesmo, o
manifesto .
LOGOS: é tomado aqui com o significado de discurso esclarecedor. Desta maneira ,
Fenomenologia significa DISCURSO ESCLARECEDOR A RESPEITO DAQUILO QUE SE
MOSTRA POR SI MESMO
Preocupação Central : A descrição da realidade colocando como ponto de partida de sua
reflexão o próprio homem, num esforço de encontrar o que realmente é dado na experiência e
descrevendo o que se passa efetivamente do ponto de vista daquele que vive determinada
situação concreta . Nesse sentido a fenomenologia é uma filosofia de vivência .
O século XX e a Fenomenologia :
Características marcantes :
- Multiplicidade de doutrinas e sistemas filosóficos que tentam explicar a condição
humana . Esse é o século da polêmica, das doutrinas que se chocam, das doutrinas que revelam
interesses de classes, de grupos, etc.
Conseqüências marcantes : A filosofia abandona o campo histórico-filosófico e passa a
discutir o homem hoje na sua situação e no seu contexto;
- A filosofia passa a denunciar a tecnização e desumanização do homem .
Edmund Husserl e a Fenomenologia :
Objetivo : Construir uma ciência das essências
Pontos fundamentais :
a. A dimensão lógica e objetiva da vida humana ;
b. A descoberta da intencionalidade da consciência .
A FENOMENOLOGIA : A crítica ao Positivismo .
A primeira oposição : Não há fatos com a objetividade pretendida;
Não percebemos o mundo como um dado bruto , desprovidos de significados; o mundo
que percebo é o mundo para mim . Dai a importância dada ao sentido; à rede de significações que
envolvem os objetos percebidos - a consciência vive imediatamente como doadora de sentidos .
Ao analisarmos os próprios conceitos de fenômeno em grego que significa o que aparece ,
podemos compreender melhor, que fenomenologia aborda os objetos do conhecimento tais como
se apresentam a consciência humana . Isso significa que deve ser desconsiderada toda indagação
a respeito de uma realidade em si , separada da relação com o sujeito que conhece . Não há puro
ser escondido atrás das aparências ou do fenômeno . Conhecer é um processo que não acaba
nunca, é uma exploração exaustiva do mundo. O olhar do homem sobre o mundo é o fato pelo qual
o homem experiência o mundo, percebendo, imaginando ,julgando, temendo, etc.
Consideraremos algumas categorias e/ou características fundamentais:
1 Fenomenologia significa: conhecimento daquilo que se manifesta para nossa
consciência, daquilo que está presente para a consciência ou para a razão, daquilo que é
organizado e explicado a partir da própria estrutura da consciência.
2 O fenômeno (PHAINOMENON) é o que se manifesta para a consciência. Conhecer os
fenômenos e conhecer a estrutura e o funcionamento necessário da consciência são uma só e
mesma coisa, pois é a própria consciência que constitui os fenômenos.
3 Conhecer é conhecer o sentido ou a significação das coisas tal como esse sentido foi
produzido ou essa significação foi produzida pela consciência. O Sentido, ou a significação,
quando universal e necessário, é a essência das coisas.
4 A verdade é o conhecimento das essências universais e necessárias ou o conhecimento
das significações constituídas pela consciência reflexiva ou pela razão reflexiva. A verdade se
refere aos fenômenos e os fenômenos são o que a consciência conhece. A verdade será o
encadeamento interno e rigoroso das significações, sua coerência lógica e sua necessidade. A
verdade é um acontecimento interno ao nosso intelecto ou à nossa consciência.
5 A Fenomenologia (como método e Filosofia) foi criada por Edmund Husserl (1859-1938)
e trata da intuição intelectual de essências ou significações. Pois toda consciência, diz Husserl, é
sempre consciência de ou consciência de alguma coisa, isto é, toda consciência é um ato pelo qual
visamos um objeto, um fato, uma idéia.
6 Edmund Husserl manteve o Inatismo, mas com as contribuições trazidas pelo Kantismo.
Em outras palavras, a Fenomenologia considera a razão uma estrutura da consciência (como
Kant), mas cujos conteúdos são produzidos por ela mesma, independentemente da experiência
( diferentemente do que dissera Kant).
7 A consciência representa os objetos, os fatos, as pessoas. Cada representação pode ser
obtida por um passeio ou um percurso
que nossa consciência faz à volta de um objeto. Essas várias representações são
psicológicas e individuais, e o objeto delas, o representado, também é individual ou singular.
8 Quando colocamos de lado a singularidade psicológica de cada uma de nossas
representações e a singularidade de cada um dos representantes, ficando apenas com a idéia ou
significação, como uma universalidade ou generalidade, temos uma intuição da essência.
9 A intuição da essência é a apreensão intelectual imediata e direta de uma significação,
deixando de lado as particularidades de minha representação e as particularidades dos
representantes que indicam empiricamente a significação.
10 O mundo ou a realidade é um conjunto de significações ou de sentidos que são
produzidos pela consciência ou pela razão. A razão é doadora do sentido e ela constitui a realidade
enquanto sistemas de significações que dependem da estrutura da própria consciência.
11 As significações não são pessoais, psicológicas, sociais, mas universais e necessárias.
Elas são essenciais, isto é, o sentido impessoal, intemporal, universal e necessário de toda a
realidade, que só existe para a consciência e pela consciência.
12 A razão é razão subjetiva que cria o mundo como racionalidade objetiva,Isto é, o mundo
tem sentido objetivo porque a razão lhe dá sentido.
13 A Fenomenologia não admite que as formas e os conteúdos da razão mudem no tempo
e com o tempo. Elas se enriquecem e se ampliam no tempo, mas não se transformam por causa
do tempo.
14 Percepção é sempre uma experiência dotada de significações, isto é, o percebido é
dotado de sentido e tem sentido em nossa história de vida, fazendo parte de nosso mundo e de
nossas vivências.
15 O próprio mundo exterior não é uma coleção ou uma soma de coisas isoladas, mas está
organizado em formas e estruturas complexas dotadas de sentido.
16 A percepção é assim uma relação do sujeito com o mundo exterior e não uma reação
físico-fisiológica de um sujeito físico-fisiológico a um conjunto de estímulos externos (como suporia
o empirista, nem uma idéia formulada pelo sujeito (como suporia o intelctualista).
A relação dá sentido ao percebido e ao pecebedor, e um não existe sem o outro.
17 O mundo percebido é qualitativo, significativo, estruturado e estamos nele como sujeitos
ativos, isto é, damos às coisas percebidas novos sentidos e novos valores, pois as coisas fazem
parte de nossas vidas e interagimos com o mundo.
18 O mundo percebido é um mundo intercorporal, isto é, as relações se estabelecem entre
nosso corpo, os corpos dos outros sujeitos e os corpos das coisas, de modo que a percepção é
uma forma de comunicação que estabelecemos com os outros e com as coisas.
19 A percepção é uma conduta vital, uma comunicação, uma interpretação e uma
valoração do mundo, a partir da estrutura de relações entre nosso corpo e o mundo;
20 A percepção envolve toda nossa personalidade, nossa história pessoal, nossa
afetividade, nossos desejos e paixões, isto é, a percepção é uma maneira fundamental de os seres
humanos estarem no mundo.
21 A percepção envolve nossa vida social, isto é, os significados e os valores das coisas
percebidas decorrem de nossa sociedade e do modo como nela as coisas e as pessoas recebem
sentido, valor ou função.
22 Percepção é uma maneira de ter idéias sensíveis ou significações perceptivas.
23 A memória não é um simples lembrar ou recordar, mas revela uma das formas
fundamentais de nossa existência, que é a relação com o tempo, e, no tempo, com aquilo que está
invisível, ausente e distante, isto é, o passado. A memória é o que confere sentido ao passado
como diferente do presente (mas fazendo ou podendo fazer parte dele e do futuro (mas podendo
permitir esperá-lo e compreendê-lo).
24 A imaginação (consciência imaginativa) é a capacidade da consciência para fazer surgir
os objetos imaginários ou objetos-em-imagem. Pela imaginação relacionamo-nos com o ausente e
com o inexistente.
25 Não pensamos sem palavras, não há pensamentos antes e fora da linguagem, as
palavras não traduzem pensamentos, mas os envolvem e os englobam. É justamente por isso que
a criança aprende a falar e a pensar ao mesmo tempo, pois, para ela, uma coisa se torna
conhecida e pensável ao receber um nome.
A linguagem é o corpo do pensamento. (Merleau-Ponty)
26 A Fenomenologia considera que cada campo do conhecimento deva ter seu método,
determinado pela natureza do objeto, pela forma como o sujeito do conhecimento pode aproximar-
se desse objeto e pelo conceito de verdade que cada esfera do conhecimento define para si
própria. No caso das Ciências Humanas, particularmente da Psicologia, o método é chamado
compreensivo-interpretativo, porque seu objeto são as significações ou os sentidos dos
comportamentos, das práticas e das instituições realizadas ou produzidas pelos seres humanos.
EM QUE A FENOMENOLOGIA CONTRIBUI PARA A EDUCAÇÃO OU Como ver a
educação sob o olhar fenomenológico:
Três vertentes a considerar:
1)concepção de realidade e de conhecimento e como aparecem na prática pedagógica;
2)procedimentos de investigações de temas educacionais;
3)a práxis educacional.
A educação é compreendida e praticada segundo as atitudes natural e fenomenológica.
Na atitude natural, a educação é tratada como um objeto natural (passível de ser
conhecido mediante as representações manifestas por signos e por sinais)
A educação como a própria prática pedagógica, o ensino, alunos e professores, conteúdos
programáticos são decompostos, separados, em pedaços, vistos como objetos naturais, imutáveis.
Na atitude fenomeológica a educação é entendida como cuidado com o pro-jeto do
humano.
Esse projeto se realiza numa intersubjetividade, numa relação eu-outro. Neste sentido
cada aluno, que é um Ego, é um polo de intencionalidade, de identidade, é corpo-encarnado em
movimento, é desejo, um ponto-zero a partir do qual traça sua perspectiva de mundo, é
comunicação com o Outro (professores ou outros alunos).
Esse estar-com no mundo-vida (campo universal das experiências vividas) é que dá
sentido ao que fazemos, dizemos ou pensamos.
No mundo-vida escolar se trabalha, se ensina, se aprende, se avalia, se deseja, se quer,
se repudia. E isso tudo é veiculado pela linguagem falada, escrita, pelas imagens e sons, gestos e
etc.
A fenomenologia trabalha o pro-jeto educacional nesse cotidiano. Busca o sentido do que
se apresenta a cada aluno, professor e demais presentes a essa comunidade.
Uma didática fenomenológica considera o mundo em sua concretude e as experiências aí
vivenciadas.
A fenomenologia ao enfatizar a percepção, o trabalho pedagógico põe em destaque o
momento presente, possibilitando que o aluno e professor fiquem atentos ao passado, ao futuro e
às suas vivências. Isto é, que se percebam sentido, raciocinando, lembrando, falando do
percebido, movendo-se; enfim, agindo.
EXISTENCIALISMO DE JEAN PAUL SARTRE ( 1905 - 1980 ).
I - Definição: É uma doutrina filosófica que tem como empenho pensar o indivíduo
concreto, a partir de sua existência cotidiana.
II - A frase que tornou famosa essa doutrina : A existência precede a essência
2.1 - Significações: Não existe uma natureza humana, uma definição do que seja o homem
anterior ao ato de existir: Não há uma essência precedente, que determinaria aquilo que cada
indivíduo vai ser ou deve ser.
III - O método:
3.1 - Três fases fundamentais:
1) Adotou o método fenomenológico;
2) Inspirou-se nas preocupações de ordem marxista;
3) Nunca abandonar a incessante inquietação do indivíduo concreto.
IV - As teses fundamentais
- O existencialismo deve ser um humanismo;
- A consciência é o núcleo instantâneo de minha existência.
- A consciência só existe por aquilo do qual ela tem consciência.
- O ser e o nada :
a) O ser é o objeto, é tudo aquilo do qual tenho consciência.
b) A consciência precisa do objeto, sem o objeto ela não vai além do próprio vazio.
c) O sujeito é o nada , é consciência.
d) A consciência é necessariamente consciência de alguma coisa = consciência intencional
( Husserl ).
Para Sartre: O ser é chamado de em-si e a consciência é chamada de Para-si .
V - A Intersubjetividade.
- Ligação fundamental entre o eu e o tu.
- A relação intersubjetiva só se realiza necessariamente com o recurso da dicotomia entre
sujeito - objeto .
5.1 - Objeções: Não há relação objeto -objeto , o objeto é exterior a si próprio.
- Não se verifica nenhuma relação entre o sujeito - sujeito .
- Sendo assim, o confronto ( sujeito e objeto ) é necessário.
VI - A liberdade
6.1 - Fórmula máxima: A liberdade é absoluta ou não existe .
- Sartre recusa-se ao determinismo e também a qualquer condicionamento.
6.2 - O ateísmo de Sartre:
- Se Deus existe, tudo sabe, tudo prevê e determina. Então, a liberdade não é absoluta.
6.3 - Recusa-se ao determinismo materialista:
Se tudo se reduzisse à matéria, não haveria consciência e não haveria liberdade .
PROBLEMA DA VERDADE
I - Preliminar : Todo o esforço do pensamento humano se exerce no sentido de descobrir a
verdade .
II - Questão inicial : O que é a verdade ?
1 - Conceito material da verdade : A verdade se estabelece sempre como relação entre
uma enunciação conceitual e uma situação externa à mesma .
2 - Conceito formal ou imanente :. Como verdade a conformidade do pensamento consigo
mesmo .
Objeção : O juízo pode ter validade lógica e não ser verdadeiro do ponto de vista material .
III - Definições e/ou características :
A verdade será sempre a conformidade do juízo com a situação objetiva a que ele se
aplicar .
A verdade é sempre absoluta ( existe ou não existe ).
A verdade surgirá , somente , quando se operar a conformidade do juízo com a situação
verificada na realidade e não na aparência .
IV- O critério da verdade : A evidência ( característica fundamental ).
4.1- Para o idealismo : Ausência de contradição, pois a verdade brota fundamentalmente
do pensamento ( objeto ideal ) .
4.2- Para o Realismo : Relação entre o pensamento e a situação objetiva que ele deve
exprimir ( objeto real ou natural ) .
4.3 - Outros critérios ( Não considerados como tais ):
4.3.1- O critério de autoridade; 4.3.2- O critério de assentimento universal; 4.3.3- o critério
do senso comum; 4.3.4- O critério da experiência .

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