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In G. A. R. Melo & I.

Alves-dos-Santos, Apoidea Neotropica: Homenagem


mtDNA aos 90 Anos de Jesus Santiago Moure. Editora UNESC, Criciúma, 2003.
em meliponíneos 305

O DNA mitocondrial em estudos populacionais e


evolutivos de meliponíneos
Maria Cristina Arias
Flávio de Oliveira Francisco
Daniela Silvestre

ABSTRACT. The present work briefly reports some of our data concerning the application of different mtDNA analysis in
population and evolutionary studies of stingless bees. The utility of the data obtained from this small genome is
illustrated by the characterization of populations of Plebeia remota, by phylogenetic analysis among species belonging
to the genera Plebeia, Melipona and Schwarziana, and by the characterization of Melipona bicolor mitochondrial
genome showing tRNA genes translocation.

RESUMO. Esse trabalho relata, de maneira sucinta, os resultados obtidos em alguns estudos realizados pelo nosso
grupo de pesquisa. O objetivo é ressaltar a importância do genoma mitocondrial, e as diferentes análises a ele
aplicadas, para resolver questões de caráter populacional e evolutivo em abelhas sem ferrão. Os exemplos apresentados
abordam a análise populacional de Plebeia remota, análise filogenética entre espécies do gênero Plebeia, Melipona
e Schwarziana, e caracterização do genoma mitocondrial de Melipona bicolor por seqüenciamento evidenciando
translocações de genes para RNA transportador.

KEYWORDS. mtDNA; stingless bees; molecular markers.

INTRODUÇÃO raramente possui seqüências espaçadoras,


seqüências repetitivas, pseudogenes e introns.
Desde as décadas de 70-80, do século passado, a 6. O conteúdo gênico é bastante conservado, e a ordem
molécula do DNA mitocondrial (mtDNA) passou a fazer em que esses genes se encontram organizados no
parte de muitos, senão da maioria dos estudos envolvendo genoma costuma ser também conservada.
estrutura populacional, relações filogenéticas e o 7. A taxa evolutiva, ou seja, de substituições de base é
entendimento de vários aspectos biológicos e evolutivos muito alta, quando comparada a do genoma nuclear.
de uma grande variedade de organismos (WILSON et al.
1985; AVISE et al. 1987; MORITZ et al. 1987; AVISE 1993). O O emprego do mtDNA em estudos populacionais e
que atraiu e ainda tem atraído os pesquisadores em utilizar evolutivos se vale principalmente do fato dele possuir uma
esse genoma em tais estudos, vem de suas caracte- alta taxa de substituições de base, apresentar alterações
rísticas genéticas e estruturais extremamente peculiares no tamanho total da molécula devido a inserções e
e únicas. Dentre essas características podemos citar: deleções, principalmente na região rica em A+T, e mais
recentemente, do fato de que translocações de genes
1. É um genoma pequeno (com aproximadamente 16 kb codificadores de tRNA parecem ser mais freqüentes do
nos animais) e circular, com raras exceções. que se imaginava, acarretando assim em alterações na
2. Apresenta herança materna e ausência de recom- ordem gênica entre organismos filogeneticamente
binação, embora exceções também sejam descritas. relacionados.
3. Possui poucos genes, 37 no total (13 genes Várias metodologias têm sido aplicadas com o intuito
codificadores de proteínas, 22 para RNA transpor- de se caracterizar esse genoma e/ou encontrar
tadores e 2 para as subunidades ribossômicas). Esse variabilidade genética entre populações ou espécies.
número de genes codifica para apenas 5% dos produtos Dentre os métodos de análise, os principais são: análise
necessários para o funcionamento da mitocôndria. com enzimas de restrição (RFLP-“Restriction Fragment
4. Possui uma região não codificadora, conhecida como Length Polymorphism”); construção de mapa de restrição
D-loop (em vertebrados e equinodermas) ou região rica para todo o genoma; amplificação via PCR seguido de
em A+T (invertebrados), que parece exercer o controle digestão com endonucleases; clonagem; e seqüencia-
da replicação e transcrição do mtDNA. mento.
5. É considerado como um genoma compacto, pois Dentre os Hymenoptera, somente o genoma
306 Arias et al.

mitocondrial de Apis mellifera está completamente encontram-se isoladas, ou seja, estruturadas. As análises
seqüenciado (CROZIER & CROZIER 1993) e, em termos de distância genética mostraram que a população de
moleculares esse genoma é rico em bases adenina e Prudentópolis é a que mais se distancia das outras,
timina, como também observado em outros insetos. principalmente da de São Paulo (Fig. 1). Os mesmos
Estudos populacionais e evolutivos em abelhas têm resultados, em termos de estruturação populacional e
utilizado RFLP e seqüenciamento desse genoma, os distância genética, também foram obtidos em análises
resultados têm sido muito efetivos na caracterização de com outro marcador molecular, agora de origem nuclear,
populações, subespécies e espécies, no entanto, esses os microssatélites. Em geral, as evidências populacionais
estudos se restringem quase que na totalidade às abelhas e evolutivas obtidas nesse estudo vieram corroborar os
do gênero Apis (MORITZ et al. 1986; SMITH 1988; ARIAS et dados de comportamento e estrutura de ninho, observados
al. 1990; GARNERY et al. 1991; SHEPPARD et al. 1991; por pesquisadores do Laboratório de Abelhas do IB-USP,
GARNERY et al. 1992; OLDROYD et al. 1992; ARIAS & indicando diferenças marcantes entre ninhos coletados
SHEPPARD 1996; ARIAS et al. 1996; MEIXNER et al. 2000; em Cunha e Prudentópolis (Imperatriz-Fonseca,
SMITH et al. 2000). comunicação pessoal). As evidências moleculares e
Em meliponíneos os estudos empregando o mtDNA comportamentais, sugerem que as abelhas P. remota
como marcador molecular em estudos populacionais e provenientes de Prudentópolis e Cunha possam constituir
evolutivos e em estudos de caracterização desse genoma duas unidades evolutivas independentes, e que
ainda são recentes. Temos trabalhado um pouco nesse possivelmente estejam passando por um processo de
sentido, e a seguir descrevemos alguns exemplos de como especiação.
esse genoma pode acrescentar novas informações e O potencial informativo do RFLP do mtDNA para a
funcionar efetivamente como uma excelente ferramenta verificação de estruturação populacional em abelhas da
no entendimento da biologia e evolução desse grupo de espécie P. remota abriu-nos a perspectiva de estudar
abelhas. outras espécies de abelhas. Atualmente estão sendo
caracterizadas populações de Partamona mulata,
CARACTERIZAÇÃO DE POPULAÇÕES Partamona helleri e Melipona quadrifasciata.

Freqüentemente, estudos populacionais utilizando o CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES E FILOGENIA


mtDNA como marcador envolvem a caracterização desse
genoma por enzimas de restrição. A análise do número A construção de mapas de restrição nos fornece uma
de sítios gerados por enzima e a posição relativa destes primeira caracterização do genoma mitocondrial, como
no mapa de restrição, são os parâmetros utilizados para por exemplo, o tamanho completo do genoma, número
a determinação do que chamamos de haplótipos de sítios de restrição por enzima, posição relativa desses
mitocondriais. Em meliponíneos, foi realizado um estudo sítios, e em comparação com outras espécies, a
(FRANCISCO 2002) envolvendo quatro populações de Plebeia determinação de regiões mais ou menos conservadas
remota provenientes dos estados de São Paulo (Cunha), desse genoma. A posição de sítios de restrição nesse
Paraná (Curitiba e Prudentópolis) e Santa Catarina mapa serve como um marcador que pode auxiliar na
(Blumenau e vizinhança), totalizando 70 ninhos. Para cada definição de espécies e na determinação das relações
um dos ninhos, haplótipos mitocondriais foram filogenéticas entre espécies próximas.
determinados utilizando-se 15 enzimas de restrição. A Em meliponíneos temos trabalhado com 13 espécies,
técnica de Southern Blot foi empregada para a detecção sendo 5 do gênero Plebeia, 7 de Melipona e Schwarziana
dos fragmentos de DNA clivados. Foram encontrados 15 quadripunctata. Os mapas de restrição para todas essas
haplótipos diferentes: 4 em São Paulo, 4 em Prudentópolis, espécies foram determinados, utilizando-se 17 enzimas
5 em Curitiba e 2 em Santa Catarina, podendo-se de restrição e a técnica de Southern Blot para a
considerar esses haplótipos como local-específicos, dada identificação dos fragmentos. Para um melhor
à exclusividade dos mesmos por região. No entanto, dois posicionamento dos sítios de restrição, utilizamos também
haplótipos presentes em São Paulo também foram a técnica de PCR+RFLP, o que permitiu também localizar
encontrados em Curitiba. Embora a amostragem dessa os sítios de restrição com relação aos genes presentes
última localidade (5 ninhos) seja pequena, podemos inferir no fragmento amplificado. O conhecimento do conteúdo
que esse resultado seja um reflexo de um isolamento gênico dos fragmentos amplificados é possível, pois sabe-
recente entre essas duas populações, onde esses dois se em Apis mellifera a posição dos primers utilizados
haplótipos compartilhados fossem os mais freqüentes ou nos nossos estudos e, em conseqüência, o conteúdo
ainda podemos interpretar esse resultado como decorrente desses trechos. O tamanho total do genoma mitocondrial
da ação humana, através do transporte de ninhos entre dos meliponíneos estudados é de aproximadamente 18.500
essas regiões. Apesar do compartilhamento de dois pares de bases (pb), cerca de 2000 pb maior que o de
haplótipos entre São Paulo e Curitiba, as análises Apis mellifera. Tal diferença de tamanho parece residir na
estatísticas mostraram que as quatro populações região rica em A+T.
mtDNA em meliponíneos 307

Prudentópolis. Esse resultado corrobora os obtidos nas


PRc PRc
análises populacionais de P. remota, novamente indicando
SC que as abelhas dessas duas regiões encontram-se
isoladas e muito possivelmente passando por um processo
SP SP SC de especiação.

EVOLUÇÃO DO GENOMA MITOCONDRIAL


0,0005 0,05
Uma das características mais intrigantes do genoma
mitocondrial diz respeito à sua origem. Embora ainda
controversa, a teoria do endossimbionte tem sido a mais
aceita para a explicação da origem da mitocôndria e do
A PRp B PRp
seu genoma. Essa teoria baseia-se em que uma célula
Fig. 1. Fenogramas obtidos pelo método de Evolução Mínima eucariótica teria fagocitado uma α-protobactéria e esta
relacionando as quatro populações de P. remota: SP (São Paulo), se diferenciado em mitocôndria; durante esse processo,
PRp (Prudentópolis, PR), PRc (Curitiba, PR) e SC (Santa Catarina). A. parte do genoma da α-protobactéria teria sido transferido
Fenograma obtido a partir dos valores de δ. B. Fenograma obtido a
partir dos valores de FST. para o núcleo celular e o inverso também teria ocorrido
(GRAY et al. 2001).
A origem da mitocôndria parece ter ocorrido uma única
vez na história evolutiva dos organismos; tal evidência é
Os dados obtidos para as 5 espécies de Plebeia apoiada pelo fato de que o conteúdo gênico mitocondrial
(FRANCISCO et al. 2001), mostraram a existência de sítios é altamente conservado entre os mais diversos
de restrição espécie específicos e outros conservados organismos. Essa conservação de conteúdo em uma
entre essas espécies e também em relação à Apis ampla gama de organismos dificilmente seria explicada
mellifera, como o sítio Pst I localizado no gene da por convergência evolutiva.
subunidade ribossômica 16S. Foram mapeados no total Uma outra característica importante do genoma
28 sítios de restrição, porém o número de sítios por espécie mitocondrial é a ordem em que os genes estão arranjados
variou de 16 a 23. nesse genoma. Essa ordem é muito conservada,
O mesmo tipo de estudo foi realizado para as espécies principalmente em se tratando dos genes codificadores
de Melipona (WEINLICH et al. no prelo) e do mesmo modo de proteínas e das subunidades ribossômicas. Alterações
foram verificados sítios espécie específicos e outros na ordem desses genes maiores só são verificadas entre
conservados entre essas espécies e Apis mellifera, como organismos filogeneticamente distantes, como por
também o sítio Pst I no gene 16S. Foram mapeados no exemplo entre insetos e mamíferos.
total 27 sítios de restrição, variando de 12 a 19 entre as O genoma mitocondrial completo de Apis mellifera foi
espécies. obtido em 1993 (CROZIER & CROZIER 1993) e a ordem dos
Os dados obtidos de presença ou ausência de sítio de principais genes (genes codificadores de proteínas) é
restrição em determinada posição do mapa, nos extremamente conservada quando comparada com
permitiram construir uma matriz e submetê-la a programas Drosophila. No entanto, 8 translocações de genes de tRNA
computacionais de análise filogenética. Os dados do mapa são verificadas. Dentre os genes mitocondriais, sabe-se
de restrição para a espécie Schwarziana quadripunctata na literatura que estes últimos são os mais passíveis de
foram incluídos, embora o mapa de restrição ainda não sofrerem rearranjos (CUROLE & KOCHER 1999).
esteja publicado. A Fig. 2 contém a árvore obtida com os A necessidade de conhecermos a seqüência de um
dados de RFLP do mtDNA para as 13 espécies de genoma mitocondrial de uma abelha nativa brasileira para
meliponíneos. servir como referência para o desenho de primers, e
A resolução das relações filogenética obtida nesse evidências indiretas de diferenças de tamanho de produtos
exemplo mostra que subespécies como Melipona de PCR em relação ao esperado em Apis mellifera, nos
quadrifasciata quadrifasciata e M. q. anthidioides levaram a desenvolver o projeto de seqüenciamento do
apresentam distância genética menor do que a observada genoma mitocondrial de Melipona bicolor (SILVESTRE 2002).
entre as espécies do gênero, conforme esperado. Tal O tamanho total desse genoma já havia sido estimado,
resultado é um forte indicativo de que a metodologia de por RFLP, em 18.500 pb. Desse total, aproximadamente
análise de sítios de restrição pode fornecer dados 15.000 pb foram seqüenciados e anotados. Características
consistentes para esses estudos. É interessante notar como propriedades físico-químicas das proteínas
que a distância genética entre as duas amostras de codificadas, uso de códons, conteúdo de A+T, tamanho
Plebeia remota é maior do que a verificada entre todas as dos genes, estrutura secundária dos tRNAs, regiões
outras 4 espécies desse gênero. Vale ressaltar que P. intergênicas, e ordem gênica foram analisadas.
remota 1 é originária de São Paulo e P. remota 2 é de Assim como o genoma de Apis mellifera, o de Melipona
308 Arias et al.

P. droryana uma única região do genoma, que parece ser um “ponto


P. emerina quente”, do inglês hot spot, para esse tipo de alteração.
P. saiqui
Plebeia sp.
Os mecanismos moleculares que poderiam levar a esses
P. remota
1 rearranjos já foram descritos (CANTATORE et al. 1987;
2
P. remota LEVINSON & GUTMAN 1987; MACEY et al. 1997; DOWTON &
M. bicolor AUSTIN 1999), porém o fato deles ocorrerem com maior
M. compressipes
M. quadrifasciata anthidioides freqüência em abelhas e vespas é ainda um campo aberto
M. quadrifasciata quadrifasciata para pesquisas.
M. subnitida
M. melanoventer
M. rufiventris CONCLUSÃO
Schwarziana quadripunctata
Apis mellifera Os exemplos descritos acima ilustram o potencial
desse pequeno genoma em acrescentar informações
Fig. 2. Árvore filogenética obtida a partir de matriz gerada pela relevantes a respeito da biologia e evolução dessas
presença/ausência de sítios de restrição, usando o método de Neighbor
espécies, assim como sobre a própria evolução do genoma
joining (vide texto para detalhes adicionais).
mitocondrial em abelhas. Estudos complementares, com
a utilização de outros marcadores moleculares, como
microssatélites, e comparações multidisciplinares,
bicolor, apresentou alto conteúdo de bases adenina e certamente contribuirão para a construção de um cenário
timina (84,3% e 86,6%, respectivamente). A região mais significativo a respeito da biologia das nossas
intergênica presente em Apis mellifera entre os genes abelhas sem ferrão.
COI e COII e que parece desempenhar a função de uma
segunda origem de replicação e transcrição desse genoma Agradecimentos. Dedicamos este trabalho ao Padre Moure por
nessa espécie (CORNUET et al. 1991), está ausente em todo o seu incentivo e interesse nos estudos moleculares e pelas
ricas discussões sempre repletas de muitas novas idéias.
Melipona bicolor. Evidências indiretas, obtidas por Gostaríamos de agradecer à Susy Coelho pelo serviço técnico;
amplificação in vitro (PCR) dessa região do genoma em ao Ricardo Weinlich e à Daniela Rimoldi Cunha pelo desenvolvimento
outras espécies de meliponíneos (15 espécies, totalizando experimental de alguns desses trabalhos; e à Dra Vera Lúcia
5 gêneros), também indicaram a ausência da região Imperatriz-Fonseca pelo fornecimento de amostras e pelo grande
apoio e incentivo. À FAPESP e CNPq pelos auxílios financeiros.
intergênica. Se a presença ou ausência dessa região, e
seu possível papel funcional, estão relacionados com o
comportamento ou outros aspectos da biologia dessas
espécies, ainda é motivo de especulação. A. mellifera
A ordem dos genes codificadores de proteínas é
idêntica entre essas duas abelhas, no entanto pelo menos E S M OA I CYW K T
nove translocações de genes de tRNA foram verificadas
(Fig. 3). Esse número de translocações é maior do que o
verificado dentre os insetos da ordem Diptera até o
momento seqüenciados.
O fato desses eventos de translocações serem
considerados raros entre organismos filogeneticamente
próximos faz dessa marca molecular uma forte ferramenta
S, O, C?
em estudos de caráter evolutivo dentro da família Apidae,
pois essas nove translocações foram verificadas entre IAKM WY E T
espécies pertencentes a duas tribos diferentes. Mais
interessante ainda é o fato de que essas duas tribos são M. bicolor
as únicas nessa família a apresentarem somente espécies
com alto nível de eussocialidade. O estudo da ordem dos Fig. 3. Representação esquemática da ordem gênica mitocondrial de
genes mitocondriais em outras espécies de abelhas, A. mellifera e M. bicolor. Somente estão representados os genes
pertencentes a outras tribos, poderá acrescentar novas para tRNA que apresentaram posições diferentes no genoma das
duas espécies. As setas finas indicam as translocações e as setas
informações a respeito da origem e evolução do grossas circulares indicam inversões do sentido de transcrição dos
comportamento social nas abelhas corbiculadas. genes. As letras são as abreviações padrão para os aminoácidos
De um modo geral parece que o genoma mitocondrial transportados por cada um dos tRNA, conforme a legenda: E: ácido
dos Hymenoptera apresenta maior plasticidade em termos glutâmico; S: serina; M: metionina; O: glutamina; A: alanina; I: isoleucina;
C: cisteína; Y: tirosina; W: triptofano; K: lisina; T: treonina. Em M.
de acúmulo desse tipo de rearranjo gênico. DOWTON & bicolor, a região assinalada “S, O, C?” não foi seqüenciada, mas
AUSTIN (1999) verificaram alterações na ordem de genes esses genes devem ocupar essa posição, não necessariamente
de tRNA entre vespas de uma mesma família, estudando nessa ordem.
mtDNA em meliponíneos 309

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