A terceirização vem sendo uma fonte de escape das empresas como um meio de
dos modelos de produção tradicionais até então conhecidos. Assim, na busca de uma
produção deveria ser em massa, a mais elevada possível e aparelhada com tecnologia
1
BUENO, Jorge Liiz da Rocha, Monografias jurídicas 10,: v. 1, Santa Cruz do Sul. Instituto Padre Réus,
2005, p. 37.
capaz de desenvolver ao máximo a produtividade por operário. O trabalho deveria
para o operário ter boa produtividade, deveria ser bem remunerado e não ter uma
intermediação de mão-de-obra.
2
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 10. Ed. São Paulo: Ed. Best Seller, 2002, p.
240.
3
Toyotismo: i) É um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da
globalização do capitalismo na década de 1950. Surgiu na fábrica da Toyota no Japão após a II
Guerra Mundial, e foi elaborado por Taiichi Ohno mas só a partir da crise capitalista da década de
1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês),
adquirindo uma projeção global. (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Toyotismo – acesso em 25/10/2008) ii)
Criado na fábrica da Toyota, como via japonesa de expansão e consolidação do capitalismo monopolista
industrial, é uma forma de organização do trabalho que nasce na Toyota, no Japão-pós 1945 e que,
rapidamente, se propaga para as grandes companhias daquele país. BERGAMANN, Luiz Felipe. A
responsabilidade pelos créditos trabalhistas nos principais contratos de terceirização entre empresas
privadas. In: Direito do Trabalho Contemporâneo: flexibilização e efetividade. Coordenador: José
Affonso Dallegrave Neto. São Paulo: LTr, 2003, p. 279.
Direito do Trabalho. Para manter condições de competitividade, as empresas hoje optam
décadas de 80 e 90.4
Com o avanço cada vez maior do uso da terceirização pelas empresas brasileiras
e frente aos casos em que tal prática era utilizada com o objetivo de mascarar o vínculo
estreito entre sua legalidade e os possíveis desvios que acarretam a sua ilegalidade.
4
DRUCK, M. G. - Flexibilização, Terceirização e Precarização: A Experiência dos Sindicatos. In:
FRANCO, T. (org.). Trabalho, Riscos Ambientais e Meio Ambiente: Rumo ao Desenvolvimento
Sustentável?, Salvador, Ed. EDUFBA, 1997, p. 117-158.
Sabe-se que a terceirização está difundida em todo o mundo, no Brasil, devido à
falta de legislação especifica sobre o tema, o tratamento legal mais específico outorgado
conseqüência gerada pela atividade terceirizada irregular que pode acarretar a formação
obrigações trabalhistas para com o empregado quando em um dos pólos figura um ente
público, contudo, há de se ressaltar o inciso III da súmula 331 do TST que adverte sobre
art. 37, II, da CF/886, que dispõe sobre a necessidade de aprovação em concurso público
5
331 - Contrato de prestação de serviços. Legalidade (Revisão da Súmula nº 256 - Res. 23/1993, DJ
21.12.1993. Inciso IV alterado pela Res. 96/2000, DJ 18.09.2000).
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente
com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego
com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102,
de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados a atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de
economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo
judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). Disponível em:
http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/tst/Sumulas.htm- acesso em 21/09/2007.
6
"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:II - a investidura em cargo ou emprego público depende
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37 –acesso em
21/09/2007.
Bibliografia:
BUENO, Jorge Liiz da Rocha, Monografias jurídicas 10,: v. 1, Santa Cruz do Sul. Instituto Padre
Réus, 2005.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 10. Ed. São Paulo: Ed. Best Seller, 2002.
DRUCK, M. G. - Flexibilização, Terceirização e Precarização: A Experiência dos Sindicatos. In:
FRANCO, T. (org.). Trabalho, Riscos Ambientais e Meio Ambiente: Rumo ao Desenvolvimento
Sustentável?, Salvador, Ed. EDUFBA, 1997
MARTINS, Sergio pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 9º ed. São Paulo: Atlas S.A, 2009