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TERCEIRIZAÇÃO, Vantagens e desvantagens.

Cleiton Costa Alves


Faculdade de Direito de Porto Alegre
Centro Universitário Metodista - IPA
10° semestre - Direito

A terceirização vem sendo uma fonte de escape das empresas como um meio de

desviar, ou pelo menos minimizar, as crises econômicas que estão em andamento no

primeiro mundo e que atingem os mais diversos seguimentos econômicos, e também

como forma de aumentar à lucratividade e a produção, melhorando o desempenho das

fases intermediárias de sua produção, descentralizando ou desverticalizando a empresa,

buscando um aperfeiçoamento qualificado à finalidade precípua do objeto da empresa.

A terceirização vem sendo praticada há cerca de meio século, tendo origem na

indústria norte-americana, em especial pelas indústrias bélicas que, devida à alta

demanda, passaram a delegar seus serviços a terceiros1.

O advento deste novo sistema de contratação de serviços acarretou a mudança

dos modelos de produção tradicionais até então conhecidos. Assim, na busca de uma

otimização das empresas, passou-se do tradicional modelo intitulado fordismo que é:

"Conjunto de métodos de racionalização da produção elaborados pelo industrial

norte-americano Henry Ford, baseado no princípio de que uma empresa deve

dedicar-se apenas a um produto. Para isso, a empresa deveria adotar a

verticalização, chegando até a dominar as fontes de matéria-prima (borracha, ferro,

carvão) e o sistema de transporte de mercadorias. Para diminuir os custos, a

produção deveria ser em massa, a mais elevada possível e aparelhada com tecnologia

1
BUENO, Jorge Liiz da Rocha, Monografias jurídicas 10,: v. 1, Santa Cruz do Sul. Instituto Padre Réus,
2005, p. 37.
capaz de desenvolver ao máximo a produtividade por operário. O trabalho deveria

ser também altamente especializado, cada operário realizando determinada tarefa. E

para o operário ter boa produtividade, deveria ser bem remunerado e não ter uma

jornada de trabalho muito prolongada” 2,

Com a noção de centralização de todas as etapas da produção sob um comando único,

passando-se ao “toyotismo”3, com a descentralização industrial, com o conseqüente

enxugamento das empresas, mantendo apenas o foco no negócio principal. A infra-

estrutura das empresas horizontalizou-se com o objetivo de concentrar as forças da

empresa em sua atividade principal (esta sim verticalizou-se), propiciando maior

especialização, competitividade e lucratividade, culminando com o aparecimento de

novas empresas especializadas, girando em torno da empresa principal.

Com o aumento da utilização das empresas prestadoras de serviços terceirizados

e no intuito de prevenir possíveis fraudes à legislação trabalhista, buscou-se a

normatização para a criação e o funcionamento das agências de colocação e

intermediação de mão-de-obra.

A terceirização é, na verdade, um assunto polêmico que divide opiniões. Com a

globalização e os esforços dos países para ocuparem um lugar de destaque no mercado

mundial, o fenômeno da terceirização vem se expandindo a cada dia, trazendo

controvérsias e causando muita polêmica na seara do Direito, principalmente para o

2
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 10. Ed. São Paulo: Ed. Best Seller, 2002, p.
240.
3
Toyotismo: i) É um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da
globalização do capitalismo na década de 1950. Surgiu na fábrica da Toyota no Japão após a II
Guerra Mundial, e foi elaborado por Taiichi Ohno mas só a partir da crise capitalista da década de
1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês),
adquirindo uma projeção global. (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Toyotismo – acesso em 25/10/2008) ii)
Criado na fábrica da Toyota, como via japonesa de expansão e consolidação do capitalismo monopolista
industrial, é uma forma de organização do trabalho que nasce na Toyota, no Japão-pós 1945 e que,
rapidamente, se propaga para as grandes companhias daquele país. BERGAMANN, Luiz Felipe. A
responsabilidade pelos créditos trabalhistas nos principais contratos de terceirização entre empresas
privadas. In: Direito do Trabalho Contemporâneo: flexibilização e efetividade. Coordenador: José
Affonso Dallegrave Neto. São Paulo: LTr, 2003, p. 279.
Direito do Trabalho. Para manter condições de competitividade, as empresas hoje optam

pela contratação de mão-de-obra terceirizada, especializada e de baixo custo.

A globalização traz um conjunto de transformações no interior da própria

organização capitalista internacional, que interfere profundamente na estrutura da

legislação trabalhista brasileira. No processo de globalização da economia, a

reestruturação produtiva, que se desenvolveu em escala mundial, representou uma

resposta à crise do padrão de desenvolvimento capitalista baseado no fordismo e

resultou num conjunto de transformações no mundo do trabalho, incluindo a utilização

de novos padrões de gestão e de organização do trabalho.

No caso brasileiro, a crise industrial (crise do fordismo) ocorreu no final dos

anos 70 com a crise e o fechamento dos mercados internacionais. Na busca de soluções

para conter a crise, as empresas criaram planos de política de gestão, organização do

trabalho e da produção baseado na difusão do “modelo japonês” (toyotismo) nas

décadas de 80 e 90.4

Com o avanço cada vez maior do uso da terceirização pelas empresas brasileiras

e frente aos casos em que tal prática era utilizada com o objetivo de mascarar o vínculo

empregatício, o legislador viu-se obrigado a normatizar o assunto conforme as

possibilidades legalmente previstas na legislação trabalhista.

Com isso, o presente estudo visa analisar as vantagens e as desvantagens da

terceirização ante o ordenamento brasileiro.

Serão abordados os aspectos legais, jurisprudenciais, analisando-se o liame

estreito entre sua legalidade e os possíveis desvios que acarretam a sua ilegalidade.

4
DRUCK, M. G. - Flexibilização, Terceirização e Precarização: A Experiência dos Sindicatos. In:
FRANCO, T. (org.). Trabalho, Riscos Ambientais e Meio Ambiente: Rumo ao Desenvolvimento
Sustentável?, Salvador, Ed. EDUFBA, 1997, p. 117-158.
Sabe-se que a terceirização está difundida em todo o mundo, no Brasil, devido à

falta de legislação especifica sobre o tema, o tratamento legal mais específico outorgado

é a Súmula 3315, oriunda do Tribunal Superior do Trabalho.

O grande problema a ser enfrentado pelo direito trabalhista é quanto à

conseqüência gerada pela atividade terceirizada irregular que pode acarretar a formação

de vínculo de emprego diretamente com a tomadora de serviços e a responsabilidade

subsidiária quando da relação jurídico-trabalhista, a exemplo do que ocorre no campo

privado, também responsabilizar a Administração Pública pelo inadimplemento das

obrigações trabalhistas para com o empregado quando em um dos pólos figura um ente

público, contudo, há de se ressaltar o inciso III da súmula 331 do TST que adverte sobre

a não formação de vinculo trabalhista com a Administração Pública, observar a regra

art. 37, II, da CF/886, que dispõe sobre a necessidade de aprovação em concurso público

para a investidura em cargo ou emprego público.

5
331 - Contrato de prestação de serviços. Legalidade (Revisão da Súmula nº 256 - Res. 23/1993, DJ
21.12.1993. Inciso IV alterado pela Res. 96/2000, DJ 18.09.2000).
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente
com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego
com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102,
de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados a atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de
economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo
judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). Disponível em:
http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/tst/Sumulas.htm- acesso em 21/09/2007.
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"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:II - a investidura em cargo ou emprego público depende
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37 –acesso em
21/09/2007.
Bibliografia:

BUENO, Jorge Liiz da Rocha, Monografias jurídicas 10,: v. 1, Santa Cruz do Sul. Instituto Padre 
Réus, 2005.

SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 10. Ed. São Paulo: Ed. Best Seller, 2002.
DRUCK, M. G. - Flexibilização, Terceirização e Precarização: A Experiência dos Sindicatos. In:
FRANCO, T. (org.). Trabalho, Riscos Ambientais e Meio Ambiente: Rumo ao Desenvolvimento
Sustentável?, Salvador, Ed. EDUFBA, 1997
MARTINS, Sergio pinto. A terceirização e o direito do trabalho. 9º ed. São Paulo: Atlas S.A, 2009

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