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O documento descreve a evolução do papel da mulher na sociedade, desde a Idade Média até os tempos atuais. Na Idade Média, as mulheres eram vistas como inferiores e submissas aos maridos, destinadas a serem donas de casa. A partir da Revolução Industrial, as mulheres começaram a trabalhar e reivindicar direitos. Hoje em dia, as mulheres conquistaram igualdade e podem ser encontradas em todas as áreas profissionais.
Deskripsi Asli:
Judul Asli
O PERFIL DA MULHER DO SÉCULO XXI VERSUS A MULHER MEDIEVAL
O documento descreve a evolução do papel da mulher na sociedade, desde a Idade Média até os tempos atuais. Na Idade Média, as mulheres eram vistas como inferiores e submissas aos maridos, destinadas a serem donas de casa. A partir da Revolução Industrial, as mulheres começaram a trabalhar e reivindicar direitos. Hoje em dia, as mulheres conquistaram igualdade e podem ser encontradas em todas as áreas profissionais.
Hak Cipta:
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O documento descreve a evolução do papel da mulher na sociedade, desde a Idade Média até os tempos atuais. Na Idade Média, as mulheres eram vistas como inferiores e submissas aos maridos, destinadas a serem donas de casa. A partir da Revolução Industrial, as mulheres começaram a trabalhar e reivindicar direitos. Hoje em dia, as mulheres conquistaram igualdade e podem ser encontradas em todas as áreas profissionais.
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DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS CURSO DE LETRA – PORTUGUÊS DISCIPLINA: LITERATURA PORTUGUESA I PROFESSORA: Drª BELIZA ÁUREA DE ARRUDA MELO GRADUANDA: ISABELLA MAGNA PAREDES OLIVEIRA MATRÍCULA – 10923683
O PERFIL DA MULHER MEDIEVAL VERSUS A MULHER DO SÉCULO XXI
Historicamente, a mulher sempre ocupou uma posição inferior em relação ao
homem. Sendo submissas aos seus maridos, que eram arranjados pela sua família e sua função na sociedade medieval era ser dona de casa. Segundo Le Goff (1989), a mulher no esquema da sociedade medieval, não tinha direitos, ela não é definida por distinções profissionais, mas pelo seu corpo, pelo seu sexo, pelas suas relações com determinados grupos. Na sociedade medieval, a mulher que vivia fora do estigma de má e pecadora eram as que se definiam como esposa, viúva ou virgem, sendo uma personagem fundamental das alianças que se contraem no interior da aristocracia feudal. Pois, ela oferecia a oportunidade de ascensão social para o seu futuro marido, vê-se, em geral, relegada para uma condição inferior a que possuía em virtude dos casamentos resultantes dessa estratégia. A mulher da Idade Média é definida por Le Goff (1989, p. 22) pelas funções que ela exerce no seio da família. A priori, é vista como um ser de pecado e mal, um aliado do demônio, pela figura de Eva, que na Bíblia Sagrada é julgada como culpada pelo pecado ter entrado no mundo. Por causa disso, o homem foi castigado e está condenado a sofrer até os últimos dias. Essa figura da mulher, como objeto do Demônio, só é apagada quando Maria dá luz a Jesus Cristo, e através desse mal necessário, a mulher passa a ser vista como o ser que irá manter o funcionamento da família, da procriação. Entretanto, o homem medieval cristão, deve fugir dela, já que ela é objeto de sexualidade (LE GOFF, 1989, p. 10). A maior preocupação da Igreja Católica era manter as mulheres virgens para que não disseminassem o pecado na Terra. Dessa forma, foi criada uma maneira de evitar essa disseminação baseando-se em três modelos da Bíblia Sagrada: Eva (a pecadora), Maria, mãe de Jesus (modelo de perfeição) e Maria Madalena (a pecadora arrependida), a instituição do casamento. O casamento foi a forma encontrada para controlar o desejo feminino, já que as mulheres eram más por natureza e portadoras de demônio. Devendo ser afastadas do clérigo para que não os tentasse e só não eram consideradas formas de pecado as virgens, casadas e mães. Mas para que o casamento cumprisse o papel instituído pela igreja, as mulheres tinha que se casar muito jovens com homens que tinham até mais do dobro da sua idade. O seu papel era ser uma esposa fiel, que deveria cuidar da casa, do marido e dos filhos, e ainda por cima, era tida com um ser reprodutor, passando assim, a maior parte da sua vida grávida. Já as camponesas ou citadinas trabalhavam muito: cuidavam das crianças, fiavam a lã, teciam e ajudavam a cultivar as terras. Tinham papel ativo no provimento de alimentos para a família. Mas a conquista do trabalho fora de casa só foi uma conquista dos tempos modernos, com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII. A partir de então, as mulheres começaram a reivindicar seus direitos por igualdade social, política e econômica. Ingressaram no mercado de trabalho e passaram a exigir o direito do voto, o direito de estudar e trabalhar e passaram a auxiliar seus maridos na manutenção da casa. As mulheres apesar de trabalharem com a mesma carga horária e exercendo o mesmo cargo que os homens, ganhavam salários inferiores. Mesmo assim, não desistiram dos seus ideais e conquistaram um grande espaço na sociedade, não só o direito trabalhista, mas a independência política e tiveram a oportunidade de estudar e se especializarem em qualquer área de estudo. Aliou o perfil da mulher mãe, dona de casa e esposa à sua vida profissional, ganhando assim, um papel importante e fundamental na história. Logo, a concepção de família mudou. Com as mudanças ocorridas ao longo dos séculos, o homem pós-moderno sofreu diversas mudanças no âmbito social, político e econômico. As conquistas e adaptações ao novo tempo ainda estão sendo feitas pouco a pouco. Depois da Declaração Universal dos Direitos do Homem, as mulheres passaram a exigir direitos iguais e a família é reestruturada. Como a mulher conquista o direito ao voto e alcança o mesmo direito de seus maridos, e começam a ocupar o mesmo patamar dentro da família e perante a sociedade. Forma-se assim, a nova família, compreendendo mãe, pais e filhos. Entretanto, na década de 70, há mais uma evolução no conceito de família. Surgem os primeiros casos das famílias monoparentais, que compreendem as famílias formadas por um dos genitores e a prole. As mulheres conseguiram a tão almejada igualdade social, e como tiveram que sair de casa para trabalhar, seus filhos passaram a ser criados por empregados ou familiares, para que pudessem realizar seu objetivo profissional. Houve um aumento no índice de desempregos e, em alguns casos, os homens desempregados começaram a ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos, enquanto sua esposa estava trabalhando. Havendo uma inversão de papéis. As mulheres atuais sofrem com o conflito entre trabalhar, conquistar sua independência financeira e pessoal, e cuidar de seus filhos. Enquanto os homens sentem-se inferiorizados por suas mulheres estarem trabalhando fora de casa, e muitas vezes, ganhando mais do que eles. Os valores, a respeito da família, na sociedade contemporânea, foram mudando conforme as mudanças sociais. A sociedade contemporânea tornou-se uma sociedade individualista, onde homens e mulheres lutam todos os dias em busca da felicidade, sendo movidos pelo sucesso e/ou fracasso. Esquecendo-se dos filhos, como eles estão sendo educados e por quem. Vale ressaltar, que o número de lares chefiados por mulheres está crescendo vertiginosamente no Brasil, revelando uma posição social cada vez mais ocupada por mulheres no contexto atual das famílias brasileiras: a de provedoras do sustento da família totalmente o oposto dos primeiros modelos de família. Atualmente encontramos mulheres em todas as áreas profissionais seja na vida militar (exército, marinha, aeronáutica), seja nas indústrias, política, comércio, multinacionais, galgando cargos, que anteriormente eram de exclusividade masculina. As mulheres vêm conseguindo mostrar sua capacidade e eficiência nos mesmo cargos desempenhados pelo sexo masculino. Vale ressaltar, a atual gestão do Brasil, a qual ocupa a cadeira da Presidência da República uma mulher. Até algumas décadas, essa posição era inimaginável e inatingível, atualmente é um sonho concretizado e se havia alguma dúvida da independência e potencial da classe feminina no Brasil, esta foi descartada. Esta luta ainda não terminou, estamos em processo de mudança, é um caminho árduo, mas não impossível. A luta das mulheres pelo respeito, direito de trabalhar e de exercer seus direitos ainda não acabou. Apesar de tantas mudanças, a violência contra mulher, no Brasil, é assustadora. As leis que protegem as mulheres estão sendo criadas e aplicadas com rigor, de forma que se estima que o índice de violência contra mulher diminua. Apesar de todo sofrimento, lágrimas e suor, a mulher mostrou que tem capacidade intelectual assim como o homem. No mercado de trabalho, atualmente são mais solicitadas que o sexo oposto, mostrando sua criatividade, eficiência e eficácia na práxis de suas atividades. O mito sobre Eva, a mulher má por natureza e motivo de pecado dos homens, ainda existe. Afinal, séculos vivendo sob um jugo desigual, de forma submissa e humilhante não são apagados tão facilmente, mas a atuação da mulher no trabalho, em casa e em sua vida social tem mostrado a magnitude do ser feminino.
REFERÊNCIAS LE GOFF, Jacques. O homem medieval. Lisboa: Presença, 1989.