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1- Introdução

Luís de Camões é considerado o maior poeta português.


Escreveu Os Lusíadas, a sua principal obra que retrata
na sua maioria os descobrimentos.
A sua cultura é caracterizada por uma convicta adesão
aos modelos renascentistas e parte da sua grande
experiência foi adquirida nas viagens por mares e
continentes desconhecidos.

O grupo escolheu este tema porque lhe pareceu


interessante pesquisar e desenvolver um trabalho sobre a
vida e a obra deste grande poeta português, Luís de Camões.
Com este trabalho pretendemos adquirir novos
conhecimentos sobre este poeta e temos como objectivo
desenvolver este tema: a vida e a obra de Luís de Camões.
Este trabalho destina-se à disciplina de Estudo
Acompanhado.

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2- A vida de Luís de Camões

2.1- A infância

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Luís Vaz de Camões, filho único de Simão Vaz de
Camões e de Ana Sá Macedo, terá nascido por volta de 1524
provavelmente em Lisboa.
Pertencia a uma família da pequena nobreza, de origem
galega que veio para Portugal no reinado de D. Fernando,
século XIV.
Em 1527, devido à grande epidemia da peste, D. João
III e a Corte foram para Coimbra, e Simão Vaz de Camões
acompanhou o rei, com a sua mulher e o seu filho que tinha
apenas 3 anos. Quando D. João III regressou a Lisboa, esta
família manteve-se em Coimbra em companhia de um
familiar, D. Bento de Camões, cónego de Santa Cruz.. Mais
tarde devido ao estado precário da sua casa, Simão Vaz de
Camões partiu para a Índia em busca de melhor fortuna,
deixando a sua mulher sozinha com o filho, sendo ela
auxiliada pelo cunhado, que se tornou protector do seu
sobrinho. Há quem diga que ele morreu em e também há quem
afirme que ele regressou a Portugal.
Dos seus estudos não se sabe nada de concreto, mas
contudo há referências que o poeta deixou na sua obra que
faz crer que Luís de Camões terá estudado em Coimbra,
onde foi despertado para os ideais do Humanismo.

Fig. - Coimbra
no século XVI

Aos 10 anos, em 1534, Luís de Camões foi matriculado


num dos colégios de Santa Cruz, onde seguiu o curso de
artes. Nesta altura a Universidade tanto se localizava ora

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em Lisboa ora em Coimbra, por isso quando ela voltou para
Coimbra, em 1537, Luís Vaz, que era como o poeta era mais
conhecido entre os escolares, matriculou-se em Teologia.

2.2- A juventude

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A sua vida de estudante tornou-se muito desordeira e
irrequieta. O seu tio D. Bento andava muito desgostoso,
porque desejava que o sobrinho seguisse a vida eclesiástica,
e via-o muito galanteador de damas, mostrando assim pouca
vocação para a igreja.
Chegando aos 17 anos, em 1541, conseguiu licença para
deixar as aulas de Teologia, e seguir o curso de Filosofia. Já
então se revelava poeta, e compôs uma elegia à paixão de
Cristo, que ofereceu ao tio, que lhe agradou muito,
reconhecendo o grande estro poético do sobrinho.
Camões terá frequentado centros aristocráticos, onde
teve acesso às obras de Petrarca - a quem tomou por modelo
-, Bembo, Garcilaso, Ariosto, Tasso, Bernardim Ribeiro,
entre outros.
Dominava a literatura clássica da Grécia e Roma, sabia
ler latim e italiano e sabia escrever castelhano.

2.3- A fase adulta

Entre 1542 e 1545 foi para Lisboa, despedindo-se da


sua mãe e do seu tio que ficaram pesarosos com essa

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separação, trocando os estudos pelo ambiente de culta
galanteria existente na corte de D. João III, conquistando
rapidamente a fama de bom poeta e a sua superioridade e o
seu feitio de altivo e brigão não deixaram de suscitar.
No Paço conheceu Dona Catarina de Ataíde, dama da
Rainha, por quem se apaixonou e devido a essa paixão teve de
abandonar a corte. Também se diz que Camões se terá
atrevido a levantar os olhos de amor à Infanta D. Maria,
irmã do rei.
Em 1548 alistou-se no Ultramar. E em 1549
seguiu para Ceuta, o que era comum na carreira
dos jovens militares, e por aí ficou durante dois
anos vendo a decadência portuguesa, e num
combate contra os mouros perdeu o olho direito.
Regressou a Lisboa, em 1551 e voltou à vida de boémia.
Em 1552, no dia do Corpo de Deus, envolveu-se numa
briga durante a procissão na qual feriu um rapaz do Paço,
chamado Gonçalo Borges, e por isso foi preso no Tronco da
cidade. A sua mãe súplica de perdão ao agredido e passados
alguns meses é libertado por carta régia de perdão sendo
inteiramente desculpado pelo agredido e pelo rei.
Em 1553 embarcou para a Índia na armada de Fernão
Álvares Cabral, na nau S. Bento que largou de Lisboa.
Chegou a Goa, capital portuguesa na Índia, seis meses
depois e tomou parte da expedição organizada pelo Vice-Rei
D. Afonso de Noronha contra o Rei de Chembé.

Fig.- Goa, capital


portuguesa na Índia

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Na Índia não era feliz. Goa decepcionou-o. Tomou parte
em várias expedições e patrulhou o Mar Vermelho, ora servia
como soldado ora como funcionário.
Passou-se então para Macau, onde exerceu o cargo de
provedor-mor de defuntos e ausentes e aí escreveu seis dos
Cantos da sua grande obra.
Na viagem de regresso a Goa, por fins de 1558, a sua
embarcação naufragou na foz do rio Mecom, salvou-se
nadando com um braço e erguendo com o outro o manuscrito
d’Os Lusíadas, então certamente já em adiantada fase de
elaboração. No naufrágio viu morrer a sua “Dinamene”,
rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado.
Por entre numerosas dificuldades chegou a Goa em
1560.
A sua situação era tão precária que pede a protecção do
Vice-Rei D. Constantino num longo poema. Esse poema não lhe
serviu de nada. Foi para a prisão devido a dívidas,
conseguindo libertar-se devido a várias súplicas em verso ao
novo Vice-Rei D. Francisco Coutinho.
Em 1567 foi para Moçambique, onde vivia pobre.
Trabalhava na revisão d’Os Lusíadas e na composição de um
livro que continha muita poesia, filosofia e outras ciências ao
qual chamou Parnaso de Luís de Camões. Esse livro foi-lhe
roubado e nunca mais apareceu.
Voltou para Lisboa em 1569, quando reinava D. Manuel I,
tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o
passaporte. Trouxe um escravo que comprou em
Moçambique.

Fig. – Lisboa no
século XIV

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Em 1572 publicou pela primeira vez Os Lusíadas. Esta
publicação melhora um pouco as suas condições de vida.
Como retribuição pelos serviços prestados na Índia e
pela redacção da epopeia nacional, D. Sebastião concede-lhe
uma tença anual de 15.000 reis.
O resto da vida viveu miseravelmente junto da sua mãe
e do escravo, pois o seu pai e o seu tio já tinham falecido.
Assim morreu Camões, a 10 de Junho de 1580, numa
casa pobre da calçada de Santana, sendo enterrado numa
campa rasa onde um fidalgo seu amigo mandou inscrever: “
Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo.
Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.”
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos.

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3- A obra de Luís de Camões

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3.1- A obra épica

Os Lusíadas são o famoso poema épico de Camões


publicado pela primeira vez em 1572.
Dessa obra fazem parte os poemas heróicos, onde se
celebra uma acção grandiosa ou uma série de grandes
acontecimentos.
Os Lusíadas falam sobre os descobrimentos e os feitos
dos portugueses nessa época. N'Os Lusíadas o herói é, como
o título indica, colectivo - o povo português.
Os Lusíadas, que, à imitação de Homero e Virgílio,
traduz em verso toda a história do povo português e suas
grandes conquistas, tomando, como motivo central, a
descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da
Gama em 1497/99.

Fig. - Os Lusíadas Fig. - Os Lusíadas


(edição de 1572) (edição de 1999)

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As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino , que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas


Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando;
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte .

Cessem do sábio Grego e do Troiano


As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano ,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
(…)

Os Lusíadas (Canto I)

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Os Lusíadas estão divididos em dez cantos, cada um deles
com um número variável de estrofes, que, no total, somam
1102 e 8816 versos. Essas estrofes são todas oitavas de
decassílabos heróicos, obedecendo ao esquema rimático
"abababcc" (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e
emparelhada, nos dois últimos).

1ª parte: ocupa os dezanove primeiros versos do poema,


compreendendo:

• Introdução – nela Camões invoca as Tágides para ajudá-


lo nessa tarefa. As Tágides seriam musas do rio Tejo.
• Oferecimento – a obra é oferecida ao Rei D. Sebastião

2ª parte: é a narração, que ocupa a maior parte do poema


– do verso 19 do canto I ao final do canto X. Compreende a
viagem de Vasco da Gama à Índia. Em meio às peripécias da
viagem, são relatados os episódios importantes da história
de Portugal. Camões narra a viagem de ida e a de volta. A
narrativa não segue a ordem cronológica, linear, pois quando
se inicia o poema, os navegantes já estão no meio do oceano,
em plena viagem.

3ª parte: é o epílogo, que ocupa uma pare do canto X.


No epílogo, Camões refere-se à pátria que caminha
rapidamente para a inevitável ruína. Predomina um tom
melancólico e quase profético, pois em 1580 – oito anos após
a publicação da obra – Portugal passa ao domínio dos
espanhóis.

Camões respeitou com bastante fidelidade a estrutura


clássica da epopeia. N'Os Lusíadas são claramente

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identificáveis quatro partes: a proposição, a invocação, a
dedicatória e a narração.
A narração d'Os Lusíadas tem uma estrutura muito
complexa, o que decorre dos objectivos que o poeta se
propôs. Desenvolve-se em quatro planos diferentes, mas
estreitamente articulados entre si: o plano da viagem, o
plano mitológico, o plano da história de Portugal e o plano das
considerações do poeta.

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3.2- A obra lírica

A obra lírica divide-se em:

 Redondilhas

 Sonetos

 Éclogas

 Odes

 Sextinas

 Oitavas

 Elegias

 Canções

Da obra lírica faz parte a poesia subjectiva que exprime


os sentimentos delicados da alma do poeta. Camões conciliou
a tradição renascentista com alguns aspectos maneiristas.
Noutras composições aproveitou elementos da tradição lírica
nacional, numa linha que vinha já dos trovadores e da poesia
palaciana. É no tom pessoal que conferiu às tendências de
inspiração italiana e na renovação da lírica avultam os poemas
de temática amorosa.

Conhecem-se várias obras líricas do poeta: a ode Aquele


único exemplo, dedicada ao Conde do Redondo, o soneto Vós,
ó ninfas da gangética espessura e a elegia Despois que
Magalhães teve tecida.

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As Rimas são a primeira edição da lírica, feita a partir
de cancioneiros manuscritos, em 1595.

Fig. – As Rimas

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3.3- A obra dramática

Na obra de Camões, a parte dramática é aquela que é


escrita para ser representada em peças teatrais, ou seja, os
autos.
Escreveu três autos, onde se nota a influência, quer do
teatro vicentino, quer do teatro clássico: Enfatriões,
Filodemo e El-rei Seleuco. As duas primeiras peças foram
publicadas em 1587 e a terceira apenas em 1645.

Fig.- Enfatriões Fig.- Filodemo

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4- Conclusão

O nosso trabalho foi feito a partir de pesquisa na


Internet, em livros e em CDs. Servimo-nos também de
conhecimentos que já tínhamos sobre este tema.
O trabalho foi realizado com sucesso, pois havia muita
informação sobre o poeta Luís de Camões, que nos foi muito
útil.
Contudo tivemos dificuldade em seleccionar a
informação necessária porque apesar de haver muita
informação havia muitas contradições sobre a vida do poeta.
Gostámos de realizar o trabalho e ficámos a conhecer
melhor a vida e a obra de Luís de Camões, os
descobrimentos, o modo de vida das pessoas no século XVI,
cidades de Portugal como Coimbra e Lisboa e outras como
Ceuta e Goa.

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5- Bibliografia
 Breve História da Literatura Portuguesa – Autores:
Vida e Obra, Lisboa, Texto Editora, Outubro 1999
 Dicionário da Língua Portuguesa, Porto, Porto Editora,
1964
 http://www.rede-nonio.min-
edu.pt/1cic/agrup_ovar/historia _ camoes.htm
 http://www.instituto-
camoes.pt/escritores/camoes/vida.htm
 http://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htm
 http://www.arqnet.pt/dicionario/camoesluisvaz.html
 http://www.vidaslusofonas.pt/luis_de_camoes.htm
 http://www.geocities.com/atoleiros/Camoes.htm
 Diciopédia 2001 – o poder do conhecimento, Porto,
Porto Editora

6- Anexos

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Fig. 1- “A morte de Camões” segundo Fig. 2- monumento de
a pintura de Domingos Sequeira Camões em Lisboa

Fig. 3- Luís de Camões

Fig. 4- Nau S. Bento

Fig. 5- Lisboa no Fig. 6- Ceuta no


século XVI século XVI

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