Índice
I – Gravidez & Maternidade: Perspectivas Históricas ............................................................................... 1
1.1. Gravidez ......................................................................................................................................... 1
1.2. Paternidade ..................................................................................................................................... 1
1.3. Constatação clínica ........................................................................................................................... 1
1.4. Sessões de Grupo ............................................................................................................................ 2
1.5. Atitudes Culturais............................................................................................................................. 2
1.5.1. A Gravidez simboliza ................................................................................................................ 3
1.6. Conclusão ....................................................................................................................................... 4
1.6.1. Reprodução ............................................................................................................................ 4
1.6.2. Fertilidade e Identidade Sexual ................................................................................................. 5
II – Gravidez & Maternidade: Conceitos Gerais ........................................................................................ 6
2.1. Introdução ...................................................................................................................................... 6
2.2. Projecto de maternidade ................................................................................................................... 6
2.3. Representações ............................................................................................................................... 6
2.4. Determinantes das representações de gravidez e maternidade ............................................................... 7
2.5. Factores determinantes das representações ......................................................................................... 7
2.5.1. Factores Genéticos .................................................................................................................. 7
2.5.2. Factores históricos e sócio-culturais ........................................................................................... 8
2.5.3. Factores desenvolvimentais ...................................................................................................... 8
2.6. Relação Conjugal ............................................................................................................................. 9
2.6.1. Representações da Gravidez e Parto .......................................................................................... 9
2.6.1.1. Gravidez e controlo do corpo ........................................................................................ 9
2.6.1.2. Maternidade e Relacionamento conjugal ......................................................................... 9
2.6.1.3. Maternidade e Família de origem................................................................................... 9
2.6.1.4. Maternidade e Relacionamento com o filho ..................................................................... 9
2.6.1.5. Maternidade e Experiências existenciais ........................................................................ 10
2.7. Tarefas desenvolvimentais da gravidez e puerpério.............................................................................. 10
7.1. Tarefas desenvolvimentais da Gravidez ........................................................................................ 10
III – Gravidez & Maternidade: Fase de Desenvolvimento Psicológico .....................................................11
3.1. Maternidade como fase de desenvolvimento psicológico ....................................................................... 12
3.1.1. Gravidez ............................................................................................................................... 12
3.1.2. Maternidade .......................................................................................................................... 12
3.2. Perspectivas Psicológicas.................................................................................................................. 12
3.3. Ciclo vital da mulher ........................................................................................................................ 12
3.4. Conceito de Crise ............................................................................................................................ 13
3.4.1. Gravidez como Situação de Crise .............................................................................................. 14
3.4.1.1. Caso de primípara ...................................................................................................... 14
3.4.1.2. Caso de multípara ...................................................................................................... 14
3.4.2. Paternidade como Situação de Crise.......................................................................................... 14
3.4.3. Redefinição de Papéis ............................................................................................................. 14
3.4.4. Factores socioeconómicos ........................................................................................................ 14
3.4.5. Novos Níveis de Integração ..................................................................................................... 15
3.5. Relação Mãe-Bebé ........................................................................................................................... 15
3.6. Casamento & Gravidez..................................................................................................................... 15
3.6.1. Gravidez como Regressão ........................................................................................................ 16
3.7. Sistema Familiar ............................................................................................................................. 16
1
Não se trata de um texto! Aqui encontram-se compiladas as sínteses teóricas apresentadas em PowerPoint, nos anos letivos de
2003-2004 a 2006-2007, nelas se abordam os conteúdos programáticos referentes à disciplina de Psicologia V (Psicologia da
Gravidez & Maternidade/Paternidade) do 3º ano do curso de Licenciatura em Enfermagem, da Escola Superior de Saúde de Faro
(ESSaF), da Universidade do Algarve (UAlg).
Duque, C. (2007). Colectânea de sínteses teóricas no âmbito da disciplina de Psicologia V (Psicologia da Gravidez &
Maternidade/Paternidade. Faro: UAlg-ESSaF.
1.1. GRAVIDEZ
A gravidez é simultaneamente uma transformação biológica, social e pessoal que coloca a pessoa em
contacto com os arquétipos universais, i.e., com os sentimentos e comportamentos e significados que
residem na parte mais escondida de todos os seres humanos.
Latentes desde o nascimento e que repentinamente são evocados por uma poderosa mudança física que se
repercute a todos os outros níveis da psiqué.
Pode ser, simultaneamente, gratificante e confusa, mas no seu âmago é criativa, uma vez que no seu termo
existe literalmente um novo ser, uma nova vida, tanto no interior dos pais como o bebé acabado de “vir à
luz”.
As queixas de ansiedade e depressão de uma mulher grávida, a sua frustração com os pais e as dificuldades
com o marido fazem parte de uma situação especial e altamente complexa.
A grávida tem que harmonizar novas questões complexas na sua vida e permanecer aberta à nova
identidade que está a crescer dentro de si:
• Não apenas a identidade do bebé;
• Mas a sua própria identidade como mãe;
• A identidade do seu companheiro como pai;
• A dos seus pais e sogros como avós.
1.2. PATERNIDADE
Actualmente, verifica-se que também os homens sofrem uma transformação psicológica semelhante à que
se observa nas mulheres.
Um homem está “grávido” à medida que o papel de pai cresce dentro de si, tal qual o ser que cresce no
interior do útero da sua companheira.
É relativamente frequente observar-se que o homem acompanha a grávida às consultas de rotina –
envolvendo-se, deste modo, no projecto de gravidez.
Tal como muitos homens acompanham a grávida às aulas de ginástica de preparação para o parto.
Muitos outros tomam a cargo a decoração do quarto do bebé, a compra dos primeiros brinquedos e
algumas vezes de uma ou outra peça de vestuário.
Apesar disso, os quadros médicos apenas davam conta do perfil físico da mãe.
Tal como a sua silhueta tinha estreitado também a sua abertura psicológica tinha diminuído.
• Parecia ter perdido o contacto com a condição partilhada pouco tempo antes.
• Dificilmente queriam recordar a experiência da gravidez, excepto quando estas recordações se prendiam com
trivialidades gerais, tranquilizadoras.
Será que uma mulher que já teve outro filho reage da mesma forma? (apesar de já se ter adaptado ao stress
do aparecimento de um novo ser)
• A mulher grávida com filhos reentra num estado psicológico e físico que lhe é familiar, cujas consequências
ela não pode esquecer.
• Já não é uma mãe estreante e ingénua, mas a gravidez continua a ser uma alteração exigente na sua vida.
1.6. CONCLUSÃO
A gravidez (re)dimensiona os papéis e as relações da mulher num novo contexto
• Torna-a mais dependente da ajuda de um sistema social de apoio,
• E cria-lhe necessidades intensas de apoio afectivo e amoroso,
Mas também de necessidade de aceitação e atenção por parte dos outros.
• O modo como a sociedade a olha pode afectar profundamente a sua experiência e
• As possibilidades são imensas e imprevisíveis.
Por vezes são vistas como:
• Poderosas e férteis.
Outras vezes
• Como frágeis, vulneráveis ou mesmo doentes.
• O significado da gravidez altera-se com a época e tempo no interior de uma cultura.
• Além disso as sub-culturas sustentam significados alternativos dentro de uma sociedade mais ampla.
1.6.1. Reprodução
No séc. XIX, a jovem Americana era educada para acreditar no “imperativo da procriação”.
A cultura dominante difundia a ideia da “realidade do destino, do direito oferecido por Deus” para povoar a
América do Norte de costa a costa.
• No seu livro sobre as perspectivas de mudança da maternidade americana, Maxine Mergolis (1984), cita
Theofore Roosevelt:
• “Se a família média... incluísse apenas dois crianças, a Nação como um todo viveria um decréscimo
populacional tão rápido, que em duas ou três gerações estaria, merecidamente, em vias de extinção. Uma
raça que praticasse tal doutrina, isto é, que praticasse o suicídio da raça, estaria assim a mostrar, de modo
conclusivo, que era inapta para existir” (Mergolis, 1984, p. 47).
Durante a grande depressão dos anos de 1930, a gravidez era frequentemente um fardo financeiro
extremo;
• Embora os valores estivessem orientados para a família, não havia comida ou dinheiro suficiente para
sobreviver;
• As pessoas adiavam o casamento e filos que não podiam sustentar;
• As mulheres eram sobrecarregadas por cada nova criança por muito que a amassem;
• Uma nova gravidez podia ameaçar a vida das crianças já nascidas.
oUma vez que já tinha em casa oito crianças, esta última cobrar-lhe-ia a sua força, a sua saúde e o
seu orçamento!
• Quando lhe perguntaram como se sentia em relação à gravidez
o Referiu não estar satisfeita.
• Quando lhe perguntaram o que sentia o marido, disse:
o “Bem ele pode ser maluco, mas está tão orgulhoso quanto um homem pode estar.”
2.1. INTRODUÇÃO
A Gravidez transcende o momento da concepção tal como a Maternidade transcende o momento do parto.
• Mais do que acontecimentos com diferentes durações temporais, a Gravidez e a Maternidade são processos.
• Do ponto de vista psicológico são processos dinâmicos de construção e desenvolvimento.
• Gravidez e Maternidade são realidades distintas, tanto em termos orgânicos como em termos psicológicos. E,
inclusive, podem não ser coincidentes.
• O facto de uma mulher estar grávida não assegura automaticamente que ela se consiga adaptar à fundamental
necessidade de realização das tarefas maternas.
A Maternidade implica que, mais do que desejar ter um filho, se deseje, acima de tudo, ser mãe.
Quando se verifica a existência de um projecto adaptativo de maternidade, a Gravidez transforma-se numa
época que permite a preparação psicológica da mulher para ser mãe.
2.3. REPRESENTAÇÕES
A forma como o ser humano age (se comporta) e sente (sentimentos) depende das representações
esquemáticas que formou da realidade.
• Verifica-se uma forte correlação (associação) entre as crenças básicas sobre gravidez e maternidade e a
decisão de se engravidar, assim como todo o comportamento, durante a gravidez, e, posteriormente, o
comportamento materno.
• A experiência da maternidade é variável, mas depende, em larga medida, do significado que lhe é atribuído.
Assim:
• É importante conhecer as representações (o conteúdo dos esquemas cognitivos) acerca de gravidez e
maternidade, para melhor compreender o comportamento de uma mulher grávida ou de uma mulher que é
mãe.
• As representações que cada mulher faz acerca da gravidez e da maternidade, dependem de inúmeros factores,
muitos deles em permanente mudança, até porque o ser humano é um ser em constante construção.
P P
Factores históricos e R
E
sócio-culturais O Decisão de engravidar:
R
S
O
C
E • Comportamento
S durante a gravidez
N
A S
O
• Comportamento
L materno
Factores genéticos I S
D
A
Representações de C
D Gravidez e O
E Maternidade G
N
I
T
I
Factores associados à história V
pessoal: O
S
• Relação com a mãe
Instinto Maternal
Maternidade natural e “instintiva”
Muitas mulheres sentiram, sentem ou sentirão que ser mãe é fundamental para a sua realização pessoal.
Mulheres que vivem num contexto social que valoriza a maternidade, podem valorizar sobremaneira a
identificação à figura materna. O desejo de ter e cuidar de uma criança pode ser tão forte e natural que
origina a sensação de ser algo de inato.
A noção de maternidade como sendo “natural e instintiva” não ajuda as mulheres a conceptualizar a
maternidade como um processo de decisão que, independentemente da opção tomada, implica um
crescimento e desenvolvimento pessoal e auto-conhecimento.
As mulheres que escolhem não utilizar a sua capacidade biológica de ser mãe, não são, obviamente, menos
“normais”, “femininas”, “naturais”, maduras” ou mais “egoístas” que as que optam por realizar esse
potencial biológico.
• Ou que sentem de forma particularmente forte a necessidade e vontade de ter e cuidar de um filho.
Considerar o desejo e capacidade de maternidade como critério de definição da condição de ser “mulher
normal” apenas conduz a equívocos.
É confundir normalidade com convencionalidade.
O sentido de normalidade para cada indivíduo deve remeter para aquilo em que acredita e o faz sentir
melhor consigo próprio.
Tirando, assim, mais partido da qualidade dos diversos momentos do seu ciclo de vida.
A relação com a mãe é uma das relações mais importantes na formação de significados sobre a gravidez
e a maternidade.
A forma como a mãe lida com a filha enquanto bebé e depois enquanto criança, constitui uma base de
criação de expectativas sobre:
• O comportamento dos outros,
• Construção do conceito de si própria, e
• Sua própria auto-regulação emocional.
A mãe é para cada mulher, o primeiro e principal modelo de comportamentos e afectos maternos;
• Sendo do mesmo “género”, a forma através da qual vive a sua vida e cuida da sua filha, vai servir de modelo.
• Comunica verbal e não-verbalmente, o que é ser mãe e, como é que uma mãe sente e se comporta.
A qualidade da relação que a mãe estabelece com os filhos adquirem algum poder de predição, em
termos do desenvolvimento das crianças, no entanto, não são o seu único determinante.
Relacionar-se implica influenciar e ser influenciado e, quanto mais próxima for a relação maior é a
probabilidade do potencial de influência.
A tomada de decisão poderá vir a corresponder à sobreposição das representações de um dos elementos,
que o outro aceita, apenas porque receia a perda.
Podem originar-se emoções disruptivas que dificultam os inevitáveis processos de adaptação.
Pela relação de dependência física que a gravidez e os primeiros meses de maternidade sugerem –
Gravidez e Maternidade adquirem, frequentes vezes, o significado de “um desafio à capacidade de se dar,
de se descentrar de si própria.
Tarefas de Desenvolvimento
Gravidez 2º Trimestre Tarefa 2: Aceitar a realidade Tarefa 3: ... a relação com os pais
do feto
3º Trimestre Tarefa 4: ... a relação com o
cônjuge/companheiro
Puerpério (aproximadamente Tarefa 5: Aceitar o bebé como Tarefa 6: ... a sua própria identidade
6 semanas) pessoa separada (para incorporar a identidade materna)
Como já foi referido a Gravidez transcende o momento da concepção tal como a Maternidade transcende o
momento do parto.
A Maternidade implica que, mais do que desejar ter um filho, se deseje, acima de tudo, ser mãe.
Quando se verifica a existência de um projecto adaptativo de maternidade, a Gravidez transforma-se numa
época que permite a preparação psicológica da mulher para ser mãe.
Permite então:
• Ensaiar os papéis e tarefas maternas, em termos cognitivos (crenças, informação);
• Iniciar o processo de reestruturação de relações afectivas para incluir o novo membro (no grupo familiar);
• Incorporar a nova presença (filho) como uma identidade própria, separada de si mesma;
• Aprender a aceitá-lo e amá-lo como pessoa única, com necessidades, desejos e vida própria.
• E isto, apesar de, num primeiro momento, e dada a enorme imaturidade física deste novo ser, do bebé,
obrigar a uma relação de grande dependência do adulto, por questões de sobrevivência.
3.1.1. Gravidez
Importância das equipas multidisciplinares:
• O Psicólogo deve captar as nuances emocionais e as suas manifestações ao nível intra e interpessoal, e ajudar o
obstetra, e os enfermeiros a aprofundar a sua compreensão do funcionamento dinâmico da grávida como um
todo integrado.
A revolução tecnológica da obstetrícia permite a realização de uma assistência pré e perinatal cada vez
mais sofisticada, reduzindo, ao mínimo os riscos maternos e do feto.
• A revolução tecnológica da obstetrícia encerra, no entanto, um grave erro:
o Resultou numa profunda dissociação entre os aspectos somáticos e emocionais no atendimento
clínico, cuja rotina convencional, tanto na gestação quanto no parto e no puerpério imediato,
raramente satisfaz as necessidades psicológicas de mãe e filho!
• Durante a gravidez iniciam-se:
o A formação do vínculo materno-filial e
o A reestruturação da rede de comunicação da família:
Ponto de partida de um novo equilíbrio dinâmico na unidade familiar.
É sem dúvida um momento que merece a confluência de esforços de prevenção por parte dos obstetras,
enfermeiros e psicólogos que resulte num atendimento mais global e satisfatório para a saúde física e
emocional da mulher e do seu filho.
3.1.2. Maternidade
• A maternidade é um momento existencial fundamental no ciclo de vital feminino.
• Pode proporcionar à mulher a oportunidade de atingir novos níveis de integração e de crescimento
(desenvolvimento) da personalidade.
o É possível ajudar qualquer pessoa a superar uma crise satisfatoriamente, independentemente das
características de personalidade ou carácter.
4.1. ADOLESCÊNCIA
− “período durante o qual, sob o efeito da maturação sexual, nos seus aspectos biológicos,
psicológicos e sociais o indivíduo reformula imagem de si próprio e dos outros e do
sistema de relação do seu Eu com o meio até à organização definitiva da
personalidade...” (Haim, s/d; op. cit. Dias Cordeiro, 1975)
4.2.CONCEITO DE CRISE
− “Toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo um
esforço suplementar para manter o equilíbrio”.
Adolescência
• Conceptualizada como uma crise de desenvolvimento
• Decorrente da aceleração do processo de maturação física e sexual.
• O adolescente é confrontado com um conjunto de tarefas de desenvolvimento que deve
realizar para passar com sucesso para a fase seguinte do seu ciclo de vida.
• Ocorrem neste período, diversas transformações, nomeadamente, ao nível:
Eu físico
Eu psicológico
Relação com a família.
Na Adolescência
• Existem factores internos e factores do meio que exercem influência, no
mesmo sentido. Estão presentes elementos como:
angústia (descarregada através da acção)
equilíbrio pulsão/defesa
conflito actividade/passividade
modificações do corpo e da linguagem
4.6.2.1. Família
• Nas famílias de delinquentes, habitualmente, encontram-se bem patentes situações
de agressividade e conflito, no relacionamento conjugal,
• Para que esses “maus modelos” sejam erradicados, e assim proporcionar aos
jovens modelos mais saudáveis, há necessidade do recurso à terapia familiar
• Prevenindo assim que se repita na geração seguinte os mesmos comportamentos de
agressividade e violência.
• Outra medida seria o visionamento de vídeos com testemunhos de vítimas de
violência familiar.
4.6.2.2. Comunidade
• Para prevenir que os primeiros comportamentos delinquentes conduzam a uma
carreira de marginalidade e de exclusão social dos pré-adolescentes propõe-se a
integração dos mesmos em actividades que permitam a sua aproximação à
comunidade.
e.g., divulgação das actividades desenvolvidas pelo grupo, através de
exposições periódicas à comunidade
• Visitas a locais onde se promova o contacto com várias profissões.
A gravidez e a maternidade na adolescência são acontecimentos, não normativos, de vida, que obrigam a
uma reorganização pessoal e relacional que garanta novos modelos e formas de expressão e realização,
adequados à nova situação.
A mãe adolescente não deve ser julgada como “culpada” ou “agente patogénico” dos “fracassos” no
desenvolvimento do filho.
Desenvolvimento
do(a) filho(a)
Maternidade
Adolescente
Recursos Psicológicos da
Adolescente
Competências
Parentais
Idade Competências
Aprendizagem
4.10. ASSOCIAÇÕES
• Doenças sexualmente transmissíveis
• IVG
• Vigilância da gravidez inadequada – risco físico e psicológico.
• Mães, aparentemente sensíveis, que respondem prontamente aos seus filhos, aparentemente “normais” ou
intactos
o Falham em atingir padrões comparáveis, quando os filhos são deficientes.
Por outro lado, os bebés portadores de handicaps falham em atingir níveis ideais de estimulação da mãe,
• o que conduz a mãe a falhar na interacção de resposta para com o seu bebé.
o Comportamento Maternos
o Comportamentos do Bebé
Estudos comparativos entre crianças “normais” e crianças com Síndroma de Down
• Demonstram uma menor frequência de comportamentos de choro e vocalizações, nas crianças com Síndroma
de Down.
Estudos do attachment efectuados em crianças com Atraso Mental
• Sugerem a presença de atrasos e perturbações no desenvolvimento do attachment.
Foram investigados aspectos da relação afectiva, em Crianças Surdas,
• Apesar das dificuldades de comunicação e dos atrasos de linguagem, que estas crianças apresentam, com
frequência, até aos 2 anos,
o Elas são capazes de estabelecer uma relação positiva, segura e recíproca com as mães, à semelhança
das crianças “intactas” em termos auditivos.
Estudos sobre attachment, em Crianças Cegas,
• Documentam que os bebés invisuais demonstram uma ausência de “linguagem visual” criando problemas às
mães na leitura dos sinais,
o O sorriso não é automático ou frequente
o Demonstram um pequeno repertório de sinais de expressões faciais
o Verificam-se diferenças na quantidade e qualidade das vocalizações espontâneas.
Foi estudado o efeito das Deformações Crânio-Faciais, na qualidade das interacções mãe-bebé,
• Concluiu-se que
o Os bebés atraentes constituem um importante factor na qualidade da interacção.
6.1. INTERVENÇÃO
• Valorizar a importância do attachment para o desenvolvimento global, saudável e harmonioso da criança;
• Informar os pais;
• Promover, através do estabelecimento de “comportamentos adaptativos”, competências nos pais que permitam
o Ultrapassar as barreiras criadas pelos handicaps dos filhos
para, deste modo, maximizar as oportunidades de interacção.
• Anomalias congénitas
Perda psicológica, do bebé normal e saudável, que era esperado
o bebé os outros
à gravidez e
maternidade/paternidade
• as perdas são consideradas
acontecimentos complexos e
multi-dimensionais.
Afectivas;
Comportamentais;
Cognitivas;
Fisiológicas.
O bebé com competências comportamentais que lhe possibilitam uma intervenção activa no seu meio
ambiente, logo a partir do nascimento, senão mesmo antes dele.
Os resultados de numerosas pesquisas conduzidas sobretudo a partir da década de 70, evidenciaram uma
concepção do Recém-Nascido que se distanciava do conceito anteriormente proposto:
• “O pobre Bebé RN, como um marinheiro naufragado, rejeitado pelas vagas, repousa nu sobre a praia”
(Gesell, 1950)
As investigações mais recentes demonstraram, inequivocamente que o RN é capaz de:
• Fixar e seguir estímulos visuais e auditivos, animados e inanimados;
• Discriminar estímulos diferentes;
• Utilizar recursos do meio e os seus próprios mecanismos para se organizar face ao stress;
• Controlar as suas respostas motoras e vegetativas;
• Isolar-se de estímulos perturbadores;
• Iniciar e terminar a interacção com a mãe.
Sendo um ser essencialmente social, o RN é não só capaz de se ajustar às condições do meio e interagir
com as pessoas, como também consegue desencadear comportamentos sociais, influenciado a relação que
os outros estabelecem consigo Mãe – papel mediador entre filho e o mundo
Individualidade – embora todos os RN possuam um repertório comportamental amplo e complexo, cada
um deles contribui para a interacção com os adultos próximos de acordo com um estilo próprio.
No contexto da avaliação comportamental do RN, Brazelton construiu um instrumento capaz de fornecer
informações relevantes sobre o modo de funcionamento do RN
• Escala de Avaliação do Comportamento Neonatal (Neonatal Behaviour Assessment Scale ou NBAS, 1973 – 1ª
edição, 1984 – 2ª edição).
• O principal objectivo da NBAS consiste em documentar o modo particular de interacção de cada RN.
• A escala é aplicada por um período de 30 minutos, durante o qual o examinador recorrendo a uma série de
procedimentos standard, tenta desencadear no RN as melhores respostas que ele é capaz, à medida que o
conduz de estádios de sono ou choro a estádios calmos vigília, de alerta.
A criança apresenta desde o nascimento um conjunto de comportamentos sensoriais que reflectem a sua
prontidão para interagir socialmente, utilizando respostas comportamentais para estabelecer os seus
primeiros diálogos.
Estas respostas aliadas ao “aspecto típico” do RN com a sua pequenez e aspecto indefeso, produzem
sentimentos de carinho, protecção e a reaviva, nos adultos, a necessidade de interagirem com a criança.
8.2.1. Visão
• Logo após o nascimento, as pupilas do RN reagem à luz e o reflexo de “pestanejar” é facilmente observável.
• Os RN têm capacidade para fixar momentaneamente um objecto ou pessoa, sendo a distância ideal de cerca de
17 a 20 cm – sensivelmente a distância, a que o RN, se encontra do rosto da mãe quando está a mamar ou a ser
embalado.
• O RN é sensível à luz, preferindo tons suaves e avermelhados relativamente a luzes fortes e brilhantes. Quando
o quarto está em semi-obscuridade, abrem muito os olhos e olham em redor.
O RN tem capacidade para seguir objectos. Se lhe for apresentado um objecto brilhante, mesmo com 15
minutos de vida, ele segue-o com os olhos, podendo inclusive voltar a cabeça. A explicação para este facto
prende-se com:
• Os olhos do ser humano são brilhantes e o RN sente-se atraído por eles.
• Com 2 semanas o RN é capaz de distinguir padrões com riscas de 3mm;
• Prefere objectos brancos e pretos, relativamente a superfícies planas de uma só cor, mesmo que esta seja forte e
alegre.
• Prefere objectos complexos a formas mais simples.
• Logo após o nascimento é capaz de olhar fixamente e contemplar intencionalmente os objectos.
• Contempla o rosto dos pais e responde a alterações da expressão facial, o que permite que pais e criança se
contemplem mutuamente, olhando-se nos olhos importante e subtil padrão de comunicação.
O contacto ocular é fundamental na interacção pais/filho.
8.2.3. Audição
• A acuidade auditiva do RN é semelhante à do adulto, logo que o ouvido fica liberto de LA.
• A exposição de sons de alta frequência (> 90 decibéis) induz na criança o reflexo do sobressalto.
• Quando exposto a sons de baixa frequência, como o batimento cardíaco ou uma canção de embalar, a resposta
do RN manifesta-se por diminuição da actividade motora ou do choro.
• A criança responde prontamente À voz da mãe reconhecimento da vida intra-uterina.
• Escuta selectiva dos sons e ritmos da voz materna durante a vida intra-uterina prepara o RN para reconhecer
e interagir imediatamente com a mãe desde o primeiro momento de vida.
• O feto está acostumado a escutar o ritmo regular dos batimentos cardíacos da mãe – perante um aparelho que
simule o ritmo cardíaco materno, a criança acalma e relaxa, cessando o choro e a agitação.
8.2.4. Tacto
• O recém-nascido é sensível ao tacto em todas as zonas do corpo.
• Apesar disso, as zonas que aparentemente são mais sensíveis são:
o A face;
o A boca;
o As mãos; e
o As plantas dos pés.
• Podem observar-se alguns reflexos se a criança for tocada de forma mais forte
• As respostas do recém-nascido ao tacto, sugerem um sistema sensorial bem preparado para
o receber e
o processar
mensagens tácteis.
• A mãe utiliza o tacto como
o Primeiro comportamento da relação, da vinculação
Toque nos dedos
Ligeiras palmadinhas na face
Massagens suaves nas costas.
8.2.5. Paladar
• O recém-nascido tem um sistema gustativo bem desenvolvido
o diferentes sabores desencadeiam diferentes expressões faciais.
Uma solução insípida não produz qualquer tipo de resposta
Uma solução saborosa desencadeia movimentos de sucção.
• O recém-nascido utiliza a boca para satisfazer
o As necessidades alimentares
o As necessidades de alívio de tensão
Chucha no dedo, na chucha, nos brinquedos, etc., para aliviar a tensão
Benedeck & Rubinstein, em 1942, procederam a investigações feitas com animais e seres humanos e
chegaram à conclusão que
• Hormonas sexuais comportamento
• Grandes alterações do nível de estrogénio e progesterona estado psicológico da gravidez
Bibring (1961) e Caplan (1964) sugerem que as oscilações entre as relações do Id e do Ego na crise da
gravidez são responsáveis pelas mudanças emocionais pela maior acessibilidade de material do processo
primário.
Colman (1969) afirma que, nesse período (gravidez) é impossível discriminar as complexas inter-relações
entre os factores hormonais e psicológicos de forma separada.
• As perturbações afectivas que acompanha as mulheres grávidas relacionam-se com alterações corporais e
psicológicas próprias da gravidez e puerpério.
• A maternidade, principalmente uma primeira maternidade, provoca uma crise de identidade que pode, contudo,
ser reforçadora do papel feminino.
A gravidez nem sempre tem um cunho de felicidade e bem-aventurança, e a patologia psiquiátrica existente
nesta fase testemunha-o.
• Para se poder proceder à prevenção de um gravidez de risco, é necessário detectar, tão precocemente, quanto
possível, os factores indicadores:
o História pessoal
o Terreno biológico
o Esrutura (Neurótica, Psicótica) ou Organização (Estado Limite) de personalidade prévia
o Factores situacionais presentes nas relações da mulher com
o seu ambiente
Família
Meio social e cultural
Têm sem dúvida um elevado peso no despoletar das situações patológicas.
Existe também a crença muito divulgada em muitos povos que o feto é a reincarnação do avô.
• Estas crenças estão ligadas a conteúdos de carácter erótico, nomeadamente fantasias de adultério e incesto.
• Nas sociedades ocidentais existe grande relutância em abordar estes temas, logo é mais difícil a sua análise.
• Sendo algumas fantasias como fecundação por via oral ou na banheira após utilização desta por algum familiar,
manifesta referência a fantasia de incesto e adultério.
• As explicações prendem-se com:
o Nas culturas primitivas os tabus, ou seja, o que a grávida deve evitar, são muito mais intensos, o que
corresponderia, segundo alguns autores, à necessidade de criar um “Super-Eu cultural”:
Esta instância supra-psicológica permitiria controlar o risco de adultério e incesto reactivado pelo
aumento das fantasias na gravidez, associado ao encorajamento da vida sexual na grávida.
• O menor recurso a tabus nas culturas ocidentais dever-se-ia ao reforço cultural da regressão oral e
desinvestimento da genitalidade, na gravidez.
9.1.2. Epidemiologia
As modificações psicológicas e comportamentais, tais como:
• Labilidade emocional;
• Disforia;
• Irritabilidade; e
• Somatizações.
São habitualmente transitórias e breves.
Devem ser distinguidos das “perturbações psicopatológicas” persistentes com eventuais repercussões na
evolução da gravidez e parto.
A incidência de hospitalizações é pouco elevada durante a gravidez.
Alguns autores consideram que a gravidez tem uma influência protectora relativamente a distúrbios
mentais graves.
• A frequência de distúrbios psíquicos ligados ao puerpério foi durante muito tempo sub-estimada.
o As formas graves, geralmente psicóticas, que necessitam de internamento, são relativamente raras
• Com uma incidência de 1 ou 2 por mil partos (segundo alguns estudos americanos e ingleses).
o Enquanto que estados neuróticos ou ansiogénico-depressivos, de ansiedade moderada, são
relativamente frequentes.
De referir ainda que os estados ansiogénico-depressivos escapam na maior parte à observação médica, ao
o
serem encarados como
• componentes das “contrariedades” da gravidez.
Os dados disponíveis apontam para um maior número de hospitalizações nos primeiros meses do pós-
parto, particularmente dos primeiros dois meses, sendo a distribuição mais irregular nos meses seguintes.
1. H. Kaplan refere que
o Das puérperes hospitalizadas:
50% - são-no na 1ª semana pós-parto;
25% - entre a 2ª e a 4ª semana
25% - durante os restantes 11 meses.
2. Segundo Henry Ey, são múltiplos os factores etiológicos dos distúrbios psíquicos na gravidez e pós-parto e
dividi-os em:
o Factores hereditários e constitucionais
o Factores psicossociais
o Factores endócrinos
o Infecção
A situação da mulher relativamente à gravidez e ao parto tem de ser analisada como a confluência de:
• todo o seu passado (biológico, psicológico e social),
• presente (com todas as vivências actuais pessoais, familiares e profissionais),
• situações ocorridas especificamente no decurso da gravidez e puerpério e, finalmente,
• com as perspectivas abertas diante dela pela maternidade.
H. Kaplan refere que independentemente dos investigadores se basearem em conceitos psicanalíticos, eixo
hipotálamo-pituitário-gonadal, neurotransmissores, genética, stress e teorias de suporte social, todos
concordam que, por exemplo,
• A psicose puerperal é duas vezes mais comum em primíparas do que multíparas;
• O risco de desenvolverem um distúrbio pós-parto está aumentado se a mãe teve um distúrbio pós-parto ou se
há história familiar de distúrbio de humor.
• Mulheres com história conhecida de distúrbio bi-polar e que tiveram uma doença psiquiátrica no pós-parto são
as que possuem um risco mais elevado de recorrência noutra gravidez.
Estudos feitos com mulheres primíparas e multíparas, para correlacionar níveis hormonais e humor, em
que se controlaram os factores sociais de stress verificou-se que:
• Um nível elevado de estrogéneos ante e pós-parto está associado a grande irritabilidade;
• Quanto mais elevada for a queda do nível de progesterona, mais deprimidas estão as doentes ao 10º dia;
• Quanto mais baixo estiver o nível de estrogéneos pós-parto mais frequentes são os distúrbios de sono;
Quanto aos factores psicossociais formulações psicanalíticas postularam que:
• O ante e pós-parto são stressantes para a mulher;
• Esse stress leva a regressões que evocam conflitos antigos, especialmente quando há uma história de modelos
maternos inadequados ou de rejeição;
• Igualmente importante é a separação ou o conflito com o pai;
• A depressão pode resultar de conflitos não resolvidos relativamente à maternidade ou papel feminino.
• à manutenção da gravidez e
• os conflitos conjugais
o Estão associados com um aumento de incidência das perturbações pós-parto;
• Não há acordo relativamente ao papel da depressão e ansiedade pré-parto nas perturbações do pós-parto;
• Gotlib, em 1989, verificou que quanto mais baixa for a idade, o estatuto socio-económico e o número de
crianças pequenas em casa, maior é o risco de desenvolver depressão durante a gravidez, mas não influencia a
depressão no pós-parto.
• A perda de suporte afectivo é o factor major do aumento das perturbações pós-parto.
o Suporte afectivo é a variável que a maioria dos autores identifica com maior frequência, e que surge
como moderadora dos efeitos de stress no período peri-natal.
o A percepção da existência do suporte afectivo é mais importante que a real existência do mesmo.
• Outros factores de stress podem relacionar-se com um nível socioeconómico baixo e a legitimidade da
gravidez.
9.2.1. Ansiedade
Ansiedade é a mais universal de todas as emoções.
• Não se pode observar directamente pelo que tem que ser inferida através do comportamento.
• É percebida como um sentimento negativo, extremamente comunicável, não pode ser diferenciado do medo
pela pessoa que a vivencia e ocorre em graus variados.
• É uma expressão abreviada para um padrão de reacções bastante complexo, que se caracteriza por sentimentos
subjectivos de apreensão e tensão associados a um estado de activação fisiológica que envolve o ramo
simpático do sistema autónomo (SNA)
• Catell e Scheier (1958) diferenciam dois tipos de ansiedade:
o Ansiedade traço – referindo-se a características estáveis e relativamente permanentes da
personalidade
o Ansiedade situacional – referindo-se a estados temporários de ansiedade.
Dentro de certos limites,
• a ansiedade preenche a importante função de alertar e mobilizar a pessoa para enfrentar o agente responsável
pela tensão, seja ele uma perda de objecto, uma tarefa de aprendizagem ou uma gravidez.
• a ansiedade flutuante – por ser muito intensa ou crónica – ultrapassa as capacidades adaptativas da pessoa
9.2.2. Depressão
A depressão é uma perturbação do humor.
• É a elaboração patológica da tristeza.
• Ao contrário da tristeza a Depressão não é auto-limitada e não melhora sem o auxílio profissional.
9.2.3. Psicose
1. Diagnóstico emocional grave, caracterizado por
• Uma perturbação da personalidade;
• Perda da capacidade para interferir na realidade;
• Mas sem evidência de relacionamento entre o transtorno e os processos físicos do cérebro.
o Apresenta ainda os seguintes sintomas:
Delírio – o mais frequente, associado às distorções do conteúdo do pensamento.
O delírio consiste em falsas crenças não condizentes com o nível de conhecimento do
indivíduo ou com o seu grupo de pertença cultural
• A crença é mantida contra a argumentação lógica e apesar das evidências objectivas em contrário.
9.3.3.2. Sintomatologia
Estados de ansiedade permanentes, associados a insónias iniciais e a somatizações várias que interferem
nas actividades quotidianas.
Aumentam as taxas de
• partos prematuros
• Complicações do TP por falta de colaboração materna.
• HTA/pré-eclampsia
• Recém-nascido de baixo peso.
• Alguns epidemiologistas referem que a mulher durante o primeiro mês após o parto encontra-se em maior risco
de hospitalização psiquiátrica do que durante toda a sua vida.
• Para os estudos epidemiológicos o período pós-parto foi definido como o período decorrente entre as duas
semanas após parto e um ano, embora para os ingleses este se inicie logo após o parto.
9.3.5.1. Sintomas
A puerpera apresenta:
• frequentes crises de choro,
• sensação de abatimento,
• Incapacidade e impotência
• Irritabilidade a pequenos eventos (e.g., choro do bebé)
• Sente que está mudada,
• tem dificuldade em compreender as suas reacções e
• Sente-se incapaz de cuidar do filho.
• O desinteresse sexual é evidente e tem pesadelos.
• Podem ainda surgir fobias de impulsão – i.e., infligir maus-tratos ao bebé
• Para reduzir a angústia evita (todo) o contacto com ele.
Maioria dos casos evolui, espontaneamente, para a recuperação em semanas ou meses;
9.3.5.2. Tratamento:
É essencial a dimensão psicoterapêutica apoiada na relação mãe-bebé, terapia familiar.
• Terapêutica antidepressiva é, por vezes, útil e necessária
9.3.6.1. Sitomas
Sintomatologia: polimorfa e lábil caracterizada por passar
• da agitação ao estupor,
• da agressividade às condutas lúdicas,
• Humor instável, depressivo e irritável.
• Delírios – usualmente centrados no nascimento e relação com a criança (e.g., negação da gravidez e do
nascimento);
X – Bibliografia
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