Anda di halaman 1dari 11

Elinor Ostrom e a economia ecológica: uma nota

Ihering Guedes Acoforado1

“What I attempt to do is to combine the strategy used by many scholars associated with
the “new institutionalism” with the strategy used by biologists for conducting empirical
work related to the development of a better theoretical understanding of the biological
world” (OSTROM, 1990, p. 25).

"O que tento fazer é combinar a estratégia utilizada por muitos estudiosos associado
com o "novo institucionalismo" como a estratégia utilizada pelos biólogos para
conduzir trabalhos empíricos relacionados com o desenvolvimento de uma melhor
compreensão teórica do mundo biológico” (tradução livre).

Introdução

Considera-se nesta nota que a produção intelectual de Elinor Ostrom visa esclarecer
como as características do objeto da política ambiental e as regras institucionais que o
agasalham afetam a percepção, a ação e a política ambiental sobre o mesmo. E
admite-se que isto é viabilizado graças ao seu framework (arcabouço) e ao seu
approach (abordagem), os quais delineados na sua obra-programa vem sendo
testados não só empiricamente, mas também de forma experimental em laboratório
(OSTROM, 1990).

O framework de Elinor Ostrom é uma contribuição metodológica de síntese que, ao


mesmo tempo que ressalta, viabiliza a apreensão dos condicionantes da percepção,
da ação e da política, e cria assim as condições de possibilidade da própria análise do
processo de formação institucional da política ambiental focado nos recursos de
propriedade comum. O approach teórico é derivado implicitamente da economia dos
direitos de propriedade e instituído por meio de um recorte muito preciso do ‘núcleo
duro” da agenda neo institucionalista contemporânea – a instituição propriedade,

1 Diretor da Regional Sudeste da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica


(ECOECO). Economista e professor do Departamento de Economia Aplicada da
UFBA, onde leciona Economia dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente, Economia
dos Transportes e Política e Planejmento. E-mail: ihering@ufba.br

1
detendo-se na propriedade comum (common-pool resources – CPRs), a partir da qual
problematiza, equaciona, e propõe uma nova mediação institucional da sociedade com
o meio ambiente em torno destes recursos.

Junto a estas duas contribuições destaca-se sua orientação ideológica no tratamento


da problemática política, a qual se revela em sua inteireza quando consideramos seu
programa, neste ponto, como um complemento e uma extensão do programa do seu
companheiro, Vicent Ostrom, que, de forma magistral formula a problemática do
governo centralizado como operando conforme a lógica do Estado soberano
Hobbeseano, problemática esta que Elionor Ostrom vai retomar e equacionar por meio
de sua fundamentação do auto-governo. Esta percepção permite concluir que seu
programa se assenta numa problemática Hobenseana equacionada num marco
analítico Smithiano (BOETTKE, 2009¸OSTROM, 1999, p. 398).

Nesta nota privilegiamos uma abordagem panorâmica destas duas contribuições de


Elinor Ostrom, o que é feito a partir da reconstrução das trajetória de formação do seu
framework e do seu approach. E tem em vista argumentar que os desdobramentos
destas duas trajetórias fornecem subsídios à construção da Economia Ecológica, a
qual é considerada em processo de constituição, ou seja, um “programa”.

Com este propósito, apresentamos a seguir as trajetórias referidas acima.


Inicialmente, nos detemos no framework de Elinor Ostrom para mostrar que ele resulta
da confluência e integração dos frameworks das principais correntes da ciência política
norte-americana associada, respectivamente: i) a Escola de Virginia, ii) a Escola de
Roscheter e iii) a Escola de Indiana/Bloomington, para, depois nos debruçarmos sobre
seu approach e mostrar que ele é aplicado a uma questão que se encontra no núcleo
da agenda institucionalista – a problemática da propriedade – através da qual se
estabelece os mecanismos de mediação da sociedade com a natureza.

Nos comentários conclusivos chamamos atenção para algumas linhas de força


presente nestas contribuições que poderão ser instrumentalizadas no processo de
constituição da Economia Ecológica.

A trajetória de formação do framework de Elinor Ostrom

A despeito de Elinor Ostrom ter sido agraciada com o Prêmio Nobel de Economia é
necessário ter claro que sua relação com a economia (economics) dá-se de forma

2
indireta, ou seja, por intermédio do seu campo de atuação: a ciência política. Este
campo é nos Estados Unidos uma expressão emblemática de uma área de
conhecimento que se renova a partir da assimilação do quadro teórico da economia, e,
é por isto que, no nosso entendimento, faz sentido adentrar na obra de Elinor Ostrom,
por meio do seu posicionamento diacrônico no campo em tela.

No cenário atual da ciência política norte-americana algumas características se


sobressaem. i) Na Escola de Virginia (Public Choice), associada ao nome de Tullock e
Buchanan (com a contribuição de Vicente e Elinor Ostrom nos seus primórdios) a
característica saliente é a ênfase na análise realista do processo de decisão política
modelado como um mercado, ou seja, trata do processo político no âmbito da política
(politics); ii) na Escola de Rochester (Social Choice) associada ao desafio formulado
por K. Arrow por meio do seu Teorema da impossibilidade do estabelecimento da
preferência social, o aspecto de destaque é a preocupação com o estabelecimento de
regras específicas que institucionaliza o processo de decisão política (polity), e, por
fim, iii) a Escola de Virginia/ Bloomington a qual se vincula Elinor Ostrom, se ressalta o
foco de análise nas instituições do processo político, ou seja, se aninha na esfera da
política (policy), âmbito no qual julga possível transformar a “tragédia dos commons”
desvelada para o grande público por G. Hardin, em um “dilema commons”, no que não
dispensa o suporte do governo na criação das condições de possibilidade do auto-
governo.

Para avançar nesta linha de argumentação que parte de uma Elinor Ostrom “estatista”
é necessário ter em mente que ela empurra as fronteiras da Escola de
Indiana/Bloomington, tanto pelo seu “desvio” do institucionalista/anti-estatista do ultra-
liberalismo que viceja no seu entorno, como pelo desenvolvimento do seu framework
estabelecido por meio de uma “acrobacia metodológica”, a qual se manifesta,
inicialmente, por meio de um afastamento da Escola da Escolha Pública focada na
política competitiva (politics) e da Escola de Rochester voltada para a política
constitucional (polity), para privilegiar nas suas análises a política governamental
(policy), para depois, fazer uma integração sintética das três correntes, um exercício
de síntese que marca seu framework.

3
A Integração Sintética.

Vicente Ostrom é um entusiasta da síntese nos estudos das instituições, e Elinor


Ostrom opera deste programa elaborando uma síntese de uma dimensão do campo
da ciência política e é isto é que passamos a apresentar por meio da reconstrução do
seu procedimento em duas etapas. Na primeira etapa, mostramos o procedimento que
adotou para afastar a Escola de Indiana/Bloomington das Escolas de Virignia e de
Rochester, criando as condições para o que chamamos sua “contribuição primária”. O
procedimento foi o seguinte: inicialmente, direciona sua análise para o processo de
desenho e implementação da política (policy), enfatizando a instituição propriedade
que, junto com o contrato e a responsabilidade, constituem o núcleo duro do direito
civil, o objeto preferencial da Nova Economia Institucional. Ou seja, Ostrom tal como
os neoinstitucionalistas, se alinha no âmbito do direito privado, o que explica, em
parte, sua inclinação a soluções privatistas.

Graças a esta acrobacia e a esta “afinidade eletiva” com os institucionalistas, pode-se


inferir que não foi uma mera coincidência que Elinor Ostrom tenha dividido o prêmio
Nobel com Olivier Williamson, pois, esta dupla premiação, na verdade sinaliza um
reconhecimento recorrente da comunidade dos economistas à contribuição
neoinstitucionalista ao campo da política como manifesta na prévia premiação de
Ronald Coase, James Buchanan e Douglas North. E, não sendo uma coincidência, é
necessário apontar os pontos de convergência e divergência entre estas duas faces
do neoinstitucionalismo contemporâneo: Elionor Ostrom e Olivier Williamson.

A contribuição de Olivier Williamson, por exemplo, apóia-se numa visão contratualista


das organizações para alterar radicalmente a percepção, a ação e a forma de
conceber a governança, o que foi utilizado como argumento pela Academia de Ciência
para conceder o Prêmio Nobel. Enquanto que a contribuição de Elinor Ostrom aponta
para uma mudança de igual radicalidade no âmbito dos direitos de propriedade,
destacando as possibilidades em latência do regime de propriedade comum, não só
por meio de sua critica teórica ao entendimento estabelecido em torno da tragédia dos
commons tal como expresso por G. Hardin, mas principalmente por meio dos
inúmeros estudos empíricos e em laboratórios realizado por seu grupo que evidenciam
as vantagens do regime de propriedade comum nas estratégias de exploração
sustentável dos recursos naturais de propriedade, de onde a questão que se coloca
para ela é como criar uma estrutura de governança que permita o estabelecimento e o
manejo deste direito de propriedade, o que foi enfrentado a partir do aporte da ciência
política (procedimento que será assunto da próxima unidade depois da apresentação

4
do segundo movimento de constituição do seu framework derivado do campo da
ciência política focado na análise das “arenas de escolha”, ou melhor, na integração
das arenas de escolhas das três Escolas referidas acima).

A Unidade de Análise de Elinor Ostrom

O segundo movimento é um procedimento que, quando reconstruído tendo como foco


sua unidade de análise política: a “arena de escolha” desvela as sutilezas da
integração analítica dos diferentes agentes e das distintas jurisdições não só de forma
vertical, por meio da integração das diferentes escalas, mas também de forma
horizontal, quando envolve distintos agentes numa escala. O resultado desta
integração é a fundamentação de uma estrutura de governança que, para ser eficiente
e eficaz requer que se incorpore no processo de formulação e implantação das
políticas, os detentores dos recursos e dos saberes nas mais diversas escalas e
jurisdições.

As sutilezas técnicas e políticas deste procedimento patenteiam-se quando se analisa


sua unidade de análise política: a “arena de escolha”, a qual é concebida como um mix
de “escolha coletiva” e da “escolha constitucional” proposta pela Escola de Roscheter
e pela Escola de Virgínia, mais a “escolha operacional” da Escola de Virigina/
Bloomington. Segundo Elinor Ostrom, na “arena da escolha coletiva” estabelecem-se
as regras que definem e restringem as atividades operacionais dos cidadãos e dos
servidores públicos.

Na “arena de escolha constitucional” se estabelecem os acordos sobre as regras que


determinam os procedimentos de mudanças das regras de escolha coletiva. E, por fim,
na “arena da escolha operacional” se dão as ações concretas que são realizadas
pelos indivíduos mais diretamente afetados ou pelos funcionários públicos, e cujo ação
impacta o mundo de forma explícita.

O framework proposto e manejado por ela e por seu grupo opera com a distinção dos
diferentes modos de interação das arenas de escolha, considerando que cada forma
de interação pode ocorrer em todas as diferentes escalas, de forma que neste
framework o crucial é a natureza da atividade que ocorre em diferentes contextos ou
em diferentes momentos, daí a opção semântica de Elinor Ostrom nomear a unidade

5
de análise de arena de escolha (arena of choice) e não de níveis de análise (levels of
analysis), como é corrente no âmbito da análise geográfica que enfatiza as escalas.

Para uma devida apreensão deste framework é necessário ter em mente que a
integração das três arenas de escolhas é alcançada quando os atores em cada arena
inserem-se, no que ela chama de action situation, cujas opções estratégicas e papéis
são definidos pelas restrições físicas, pelos atributos comunitários e pelo ambiente
institucional, de forma que a depender da escala considera-se diferentes atores e
distintas problemáticas: o nível individual de análise é baseado na conceitualização da
cognição humana, enquanto que no nível organizacional o foco se desloca para os
modelos de inércia organizacional ou política burocrática e assim por diante. Enfim,
numa action situation desliza-se por diferentes níveis de agregação que envolve
diferentes tipos de atores, exibindo diferentes padrões de comportamento. Atente-se
que os resultados dos processos de escolhas em uma arena produz padrões de
interações que condicionam a natureza das interações nas outras arenas (em especial
nas arenas “mais baixas”).

Em resumo, a unidade de análise de Elinor Ostrom é um mix das três “arenas de


escolhas” as quais funciona como o objeto privilegiado de seu framework institucional
(institutional analysis and development, IAD). E, é por isto que, para Elinor Ostrom, as
instituições importam na análise do processo político, isto é, elas vinculam as arenas
de escolhas, estabelecendo os papéis exercidos pelos atores individuais e coletivos e
assim determinam os custos e benefícios percebidos das estratégias alternativas,
condicionando as escolhas políticas de níveis mais elevados (McGINNIS, 2000;
OSTROM, GARDNER, & WALKER,1994; KISER & OSTROM, 2000, OSTROM,
TIEBOUT & WARREN, 1961).

Em resumo: a trajetória do framework de Elinor Ostrom parte de uma integração


sintética das contribuições metodológicas das três correntes da ciência política
contemporânea: a Escola de Virginia, focada na política competitiva (politics), a Escola
de Rochester voltada a política constitucional (polity), e a escola de
Indiana/Bloomington dedicada à política governamental (policy), para em seguida
associar a cada um desses objetos uma arena de escolha e em seguida integrá-los
analiticamente. A originalidade dessa análise consiste em que, até então, a essência
de um jogo no sentido técnico era entendido como definindo pelas interações entre
participantes com algumas diferenças de interesses, enquanto que com os jogos
policêntricos subjacentes ao framework de Elinor Ostrom passa-se a considerar na
determinação do processo de desenho e implantação da política, não só os

6
participantes e seus interesses, mas também os próprios jogos concorrentes implícitos
nas escolhas: operacional, coletiva e constitucional, e é esse jogo que passa a ser
objeto privilegiado na análise deste processo.

O approach de Elinor Ostrom

Posto o framework analítico, passemos para seu approach, a partir do qual Elinor
Ostrom transforma a sobrexploração dos recursos naturais de propriedade comum
numa nova problemática teórica, o que é possível graças um “corte epistemológico”
com a compreensão expressa por G. Hardin, que, mesmo formulando através de uma
metáfora vai mobilizar Elinor Ostrom e seu grupo, que vão criticar a visão de Hardin
em diversos planos: empírico, teórico, antropológico.

Assim, desmontado o “obstáculo epistemológico” que se colocava no seu caminho, ela


busca estabelecer seu approach ancorado numa nova “problemática teórica” e, para
tanto, opta por uma reconstrução histórica das abordagens vigentes a esta questão, e
com este propósito revisita as contribuições da tradição pessimista, que tem seu
coroamento em Hardin, para contrapô-la à contribuição da tradição otimista (DIETZ et
al, 2002). E, incorporando o espírito otimista desta última, recupera a tradição das
análises formais associadas aos economistas precursores de Hardin, a partir dos
quais cria a ancoragem do seu approach aos processos de construção e implantação
das políticas, de um lado, nos ensinamentos da análise microeconômica manejados
pelos cientistas políticos, e, do outro lado, nos conhecimentos gerados pelas ciências
ambientais (GORDON, 1954; SHAEFFER, 1975).

Este giro revela suas possibilidades graças ao tratamento escalar das instituições que
enquadram as estruturas dos sistemas sócioecológicos, por meio do que Elionor
Ostrom: i) chama atenção para as limitações das macro análises cujo “radar” não
detecta o papel decisivo dos agentes locais( GIBSON, McKEAN & OSTROM, 2000); ii)
ressalta a importância nas sociedades democráticas do envolvimento dos detentores
de conhecimentos tácitos aplicáveis tanto no desenho como na operação das políticas
e; iii) apresenta uma compreensão bastante flexível da propriedade, em oposição
aqueles que advogam o uso de um tipo particular de propriedade (BASURTO &
OSTROM, 2008).

7
O resultado é que Elinor Ostrom, processando de forma equilibrada os conhecimentos
da microeconomia da propriedade e das ciências ambientais, como enunciado na
epígrafe, nos passa a seguinte mensagem: todo tipo de propriedade pode ser um
sucesso ou um fracasso, a depender do tipo de sistema sócio-ecológico (SSE) e dos
atributos do sistema e do usuário, de forma que o sucesso de um determinado arranjo
institucional, com o tempo e a conseqüente mudança na estrutura do SSE resultante
do próprio sucesso, pode deixar de ser um sucesso e passar a ser um fracasso, se
não existir um conjunto de regras que permita uma adequação, uma plasticidade no
arranjo institucional (OSTROM, 2009).

Em função do exposto acima e, admitindo-se que à Economia Ecológica é um


programa de pesquisa que tem como telos uma nova abordagem à relação não só do
homem com a natureza, mas também entre os homens e, tendo-se em conta que a
expressão Economia Ecológica, como já foi referido acima, tem um duplo sentido: um
de natureza conceitual que nos leva a tomar a Economia Ecológica (Ecological
Economics) como uma área de conhecimento, e, o outro de natureza histórico-político
que nos leva a considerar a Economia Ecológica (Ecological Economy) como um
processo histórico a ser gerido politicamente, infere-se que, para a realização deste
programa, se torna imperativo uma nova institucionalização dos mecanismos de
mediação da sociedade com a natureza, ou seja, um novo regime de propriedade, no
qual a propriedade comum é considerada não como parte do problema, mas como
parte da solução institucional da problemática associada ao acesso aos recursos de
propriedade, em muitas situações.

Comentários conclusivos

A originalidade da contribuição de Ostrom é a compreensão das condições de


possibilidade de auto-governo que está, em parte, na natureza do seu argumento
institucionalista. Ela parte de uma distinção dos direitos de propriedade e das regras
pertinentes, ou seja, aquelas usadas para criar e fazer cumprir os direitos de
propriedade, e sublinha, que os direitos de propriedade e as regras informam nossa
percepção dos problemas de degradação dos recursos e, em decorrência as
prescrições para resolver os referidos problemas. Daí ela chama a atenção, primeiro,
para o direito estabelecido no nível operacional, por meio do qual se pode assegurar o
acesso físico ao bem e aos seus frutos e, depois, o direito formalizado a nível da

8
escolha social, por meio do qual se assegura a participação na definição dos direitos
futuros (SCHALAGER & OSTROM, 1999, pp. 87 e 89; OSTROM, 1999, p. 178/179).

E, apoiada nesta constatação, ancora sua fundamentação do auto-governo num duplo


exercício dos direitos subjetivos estabelecidos no âmbito da propriedade: i) o direito ao
acesso físico e aos frutos dos recursos naturais, e, o mais importante, ii) o direito a
definir os direitos futuros de acesso físico e aos frutos adequados às novas realidades
futuras. Esta democratização radical dos direitos de propriedade que se encontra na
base do approach e do framework de Elionor Ostrom, em conjunção com os jogos
policêntricos e a sua modelagem do processo político em múltiplas escalas inseridas
no seu framework configuram as condições de possibilidade de não só analise desta
transição na direção a uma Economia Ecológica, mas também da configuração da
própria Economia Ecológica. Em função disto acreditamos que as duas contribuições
de Elionor Ostrom apresentadas nesta nota: o framework e o approach, constituem
dois tijolos na institucionalização da mediação da sociedade com a natureza,
necessária à fundamentação institucional da Economia Ecológica, entendida como um
duplo programa: Ecological Economics – um quadro analítico – e, a Ecological
Economy – um quadro empírico.

Referências Bibliográficas

ALIGICÃ, Paul Dragos & BOETTKE, Peter. 2009. Challenging Institutional Analysis
and Development: The Bloomington School. Taylor & Francis.
BANDYOPADHYAY, Jayanta, CHOPRA, Kanchan, DSGUPTA, Purnamita e GHOSH,
Nilanjan. 2009. A Nobel for the Commons: A Triubute to Elinor Ostrom.
Economic and political Weekly, v. XLIV, nº 45, pp. 16/18.
BARSUTO, Xavier & OSTROM, Elinor. 2009. Beyond the Tragedy of the Commons.
Workshop in Political Theory and Policy Analysis, Indiana University,
Bloomington WORKING PAPER.
BOETTKE, Peter. 2009. Elinor Otrom´s Nobel Prize in Economics: Why Those Value
Liberty Should Refoice. In: http://fee.org/articles/elinor-ostroms-2009-nobel-
prize/ (acessado em 9/12/2009).
BLOMQUIST, William & OSTROM, Elinor. 1999. Institutional Capacity and the
Resolution of a Common dilemma. In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.)
Polycentric governance and development: readings from the Workshop in
Political Theory and Policy Analysis (Institutional analysis Materials in

9
Landscape Architecture and Site Design Series) University of Michigan Press,
pp 60-73.
DIETZ, Tomas, DOLSAK, Nives, OSTROM, Elinor & STERN, Paul.2002. The Drama of
the Commons – A short intellectual history of the field. National Research
Council, pp. 3-36.
GIBSON, Clark, McKEAN Margaret & OSTROM, Elinor. 2000. Explaining
Deforestation: The role of local institutions. In: People and forests: communities,
institutions, and governance. Massachschet: The MIT Press, pp. 1-26.
GORDON, H.S. 1954. The Economic Theory of a Common-Property Resource: The
fishery. Journal of Political Economy, (62): 124-142. KISER, L.L & OSTROM,
Elinor. 2000. The three worlds of action: a metatheoricahla sysntesis of
institutional. In: McGNNIS, Michael Dean, (Ed) Polycentric Games and
Institutions. The University of Michigan Press, Ann Arbor, MI, pp. 57-88.
OSTROM, Elinor, GARDNER, Roy & WALKER, James. 1994. Institutional Analysis
and Common-Pool Resources in Rules, games, and common-pool resources.
The University of Michigan Press. OSTROM, Elinor. 1990. Governing the
Commons: The Evolution of Institutions for Collective Active. New York:
Cambridge University Press.
OSTROM, Elinor. 2009. The Governance Challenge: Matching institutions to the
structure of social-ecological systems. In LEVIN, Simon, (Ed) The Princeton
Guide to Ecology. Princeton, NJ: Princeton University Press.
OSTROM, Vincent. 1999. Artisanship and Artifact. In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.).
Polycentric governance and development: readings from the Workshop in
Political Theory and Policy Analysis (Institutional analysis Materials in
Landscape Architecture and Site Design Series) University of Michigan Press,
pp. 377-393.
OSTROM, Vincent. 1999. Problems of Cognition as a Challenge to Policy Analysts and
Democratic Societies. In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.). Polycentric
governance and development: readings from the Workshop in Political Theory
and Policy Analysis (Institutional analysis Materials in Landscape Architecture
and Site Design Series) University of Michigan Press, pp 394-416.
OSTROM, Vincent. 1999. A Forgotten Tradition: The Constitutional Level of Analysis.
In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.). Polycentric governance and development:
readings from the Workshop in Political Theory and Policy Analysis (Institutional
analysis Materials in Landscape Architecture and Site Design Series) University
of Michigan Press, pp. 151/160.

10
OSTROM, Vincent. 1999. Criptoimperialism, Predatory States, and Self-Governance.
In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.). Polycentric governance and development:
readings from the Workshop in Political Theory and Policy Analysis (Institutional
analysis Materials in Landscape Architecture and Site Design Series) University
of Michigan Press, pp. 166-185.
OSTROM, Vincent; FEENY David; PITCH Hartmut (Editores).Rethinking institutional
analysis and development: issues, alternatives, and choices Autores
.EditoraICS Press, 1993.
OSTROM, Vincent & OSTROM, Elinor. 2000. Developing a Framework for the Analysis
of Institutions. Public Choice: A Diffent Approach to the Study of Public
Adminstration. In: Mc-GINNIS, Michael Dean (Ed). Polycentric Games and
Institutions: Readings from the Workshop in Political. Theory and Policy
Analysis. University of Michigan Press, pp. 34-55.
OSTROM, Vincent, TIEBOUT, Charles & WARREN Charles. 1961. Polycentricity and
Local Public Economies. Ann Arbor: University of Michigan Press.
SCHAEFER, M.B. 1957. Some considerations of population dynamics and economics
in relation to the management of commercial marine fisheries. Journal of the
Fisheries Research Board of Canada, pp. 669-681.
SCHALAGER, Edella & OSTROM, Elinor. 1999. Property Rights and Coastal
Fisheries: An empirical analysis. In: McGINNIS, Michael Dean (Ed.). Polycentric
governance and development: readings from the Workshop in Political Theory
and Policy Analysis (Institutional analysis Materials in Landscape Architecture
and Site Design Series) University of Michigan Press.
WILLIAMSON, Olivier.1996. Transaction-Cost Economics: The Governance of
Contractual Relations. In: BUCKLEY, Peter & MICHIE, Jhonathan (Ed). Firms
Organizations and Contracts. Oxford University Press

11

Anda mungkin juga menyukai