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Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Direito
Departamento de Direito Privado

DIREITO IMOBILIÁRIO E REGISTROS PÚBLICOS (2002.1)

Prof.: Rafael Souza

APOSTILA 11

Registro de Títulos e Documentos.


(Arts. 127 a 166 da LRP – Resumo dos Comentários de Walter Ceneviva, com adaptações e enxertos)

Art. 127. A enumeração contida nesse dispositivo é exemplificativa (numerus apertus). O


registro não prova a obrigação convencional em si, ao contrário, apenas atribui a eficácia do
instrumento perante terceiros. Portanto, comprova, quanto a todos, que existe.

No inciso I, o dispositivo trata das “obrigações convencionais” de natureza civil. O


documento mercantil, todavia, mesmo integralmente trasladado para o registro de títulos,
não adquire maior eficácia se não estiver lançado nos assentamentos contábeis ou
registrários criados pelas leis do comércio.

No inciso VI, apesar da revogação do Decreto 24.150/34 pela Lei 8.245/91 (Lei do
Inquilinato) subsiste a necessidade de registro, em cumprimento de mandado judicial, da
sentença que deferir ação renovatória proposta pelo locatário de imóvel comercial.

No inciso VII, há uma exceção ao registro obrigatório. A finalidade desse dispositivo torna
desnecessária a tradução, pelo tradutor público, dos documentos apresentados para registro
pelo interessado. (ver art. 148, 1a parte, da LRP)

Parágrafo único – O dispositivo revela a atribuição supletiva do registro de títulos e


documentos.

Art. 129. Os atos especificados nos nove incisos contidos nesse artigo compreendem
alternativas de caráter não exaustivo de obrigatoriedade especial de registro. A parte final
do dispositivo revela a principal finalidade desse tipo de registro.

1o) Esse item fez com que a súmula 442 do STF perdesse a eficácia. A hipótese é de duplo
registro obrigatório, tanto no registro de títulos e documentos, como no registro imobiliário
(art. 167, I, 3, da LRP).

4o) Por tratar de locação, seria de melhor técnica que estivesse junto ao item 1o). As
principais relações inerentes à locação de serviços, reguladas pela CLT, não são submetidas
ao registro de títulos e documentos. Entretanto, um número crescente de prestadores de
serviços próprios da complexidade da vida moderna, com natureza eventual alheia a relação
de emprego, vem sendo levado ao registro de títulos.

Há contratos de locação de serviços atribuídos a outras repartições por textos legais,


diversos da Lei 6.015/73. Nada obsta, porém, que se faça duplo registro. A palavra
repartições tem significado amplo, correspondendo a todos os órgãos públicos ou
prestadores de serviço público.

5o) Os contratos de alienação ou de promessa de venda referentes a bens imóveis


submetem-se, obviamente, ao registro imobiliário. Atualmente, os contratos de compra e
venda com reserva de domínio cederam espaço para os contratos de alienação fiduciária.

Obs.: Súmula 92 do STJ : “A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não
anotada no Certificado de Registro de veículo automotor”

Obs.: Súmula 489 do STF : “A compra e venda de automóvel não prevalece contra
terceiros de boa-fé, se o contrato não foi transcrito no Registro de Títulos e Documentos.”
– Essa súmula não se aplica às questões envolvendo responsabilidade civil (ver também
súmula 132 do STJ).

6o) Documento de “procedência estrangeira” deve ser entendido como documento lançado
em língua diferente da portuguesa. A expressão refere-se tanto ao documento vindo do
exterior como ao documento feito dentro do país. Pode mesmo não ser escrito em língua
viva; nem em idioma correspondente a uma certa nacionalidade, como, por exemplo, o
latim e o esperanto. Atentar para o fato de que para simples conservação não há
necessidade de tradução, conforme a 1a parte do art. 148 da LRP.

Obs.: Súmula 259 do STF : “Para produzir efeito em juízo não é necessária a inscrição,
no Registro Público, de documentos de procedência estrangeira, autenticados por via
consular”

7o) O registro no DETRAN já é suficiente para surtir efeitos em relação a terceiros.

8o) Esse dispositivo está sujeito a alteração da legislação fiscal.

Art. 130. O termo “todos” não é absoluto, tendo em vista a exceção disposta no inciso VII
do art. 127 da própria LRP. “circunscrições territoriais diversas” = comarcas diferentes.

Parágrafo único – O dispositivo traz uma sanção de retardamento de efeitos do registro


nos casos de descumprimento do prazo estipulado no caput.

Art. 131. No caso de títulos e documentos a desnecessidade decorre de não se relacionarem


com o domicílio dos interessados. Nas comarcas em que haja mais de uma, essas serventias
se ligam a uma clientela relacionada com a própria qualidade do atendimento recebido, o
que também explica o inconveniente da distribuição.
Art. 132. Lembrar que o art. 5o da LRP dispõe sobre a possibilidade de redução do número
de folhas dos livros até terça parte.

Art. 134. A autorização prevista nesse dispositivo foi derrogada pela Lei 8.935/94, que
concede relativa independência aos notários e registradores.

Art. 141. A doutrina recomenda que os termos de abertura e encerramento sejam


autenticados pelo juiz corregedor.

Art. 148. Esse dispositivo pode ser desdobrado em duas partes. A 1a trata da natureza de
conservação e perpetuidade do registro de títulos e documentos. Para esse fim não é
necessária a tradução dos documentos lançados em língua estrangeira. A 2a parte trata da
natureza primordial do registro de títulos e documentos, que é a de produzir eficácia contra
terceiros, sendo necessária a tradução de todo e qualquer documento que seja apresentado
para registro.

Art. 156. Trata da suscitação de dúvida no registro de títulos e documentos. (ver arts. 198 e
296 da LRP)

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