Elaborar o
Manual de
Segurança
Guia: Como Elaborar O Manual De Segurança
A Quem Interessa?
Quem o Elabora?
- Conhecem bem o seu sector (tarefas, equipamentos, produtos) e os riscos que lhe estão
associados;
- São os principais «parceiros» na implementação e cumprimento das medidas de
protecção/prevenção.
- Compromisso da Direcção
- Administração dos Dados da Prevenção
- Planos de Protecção Colectiva
- Postos de Trabalho: Análise de Tarefas
- Plano de Emergência
- Medicina Ocupacional
1.ª Etapa
O primeiro passo a dar tem a ver com a tomada de decisão. Esta deverá implicar um
compromisso da direcção. O apoio e o empenho da direcção são fundamentais para o
sucesso da função prevenção.
O compromisso deve ser assumido por escrito e figurar na primeira página do Manual.
Poderá tomar a forma «Política» ou formular um conjunto de intenções de propósitos,
que serão as linhas de orientação da Segurança, Higiene e Saúde.
- Acidentes com baixa e respectiva ficha de acidente (pelo menos do último ano);
- Dias úteis perdidos devido a acidentes;
- Total de horas/homem trabalhadas;
- Relatórios de reuniões das Comissões de Higiene e Segurança;
- Normas escritas;
- Legislação geral e específica da actividade;
- Planta geral das instalações;
- Exames médicos;
- Sistema de incêndios;
- Refeitórios e outras instalações;
- […]
3.ª Etapa
MÊS________________ / ____________
(1) Incluir os dias perdidos por acidentes ocorridos no mês, mais os dos acidentes
ocorridos em meses anteriores mas cujas incapacidades se prologam por este mês.
- O registo dos custos é uma tarefa bastante difícil. Sendo possível e existindo dados
suficientes, pode incluí-los neste capítulo. Tente fazer agora os registos de todos os
custos, sobretudo os indirectos.
- Todas as estatísticas são bem-vindas a este capítulo. Assim, a análise de acidentes
(principalmente quanto à forma e ao agente material) é desejável.
A protecção colectiva designa-se para os factores que afectam vários trabalhadores (ou
um sector). O Decreto – Lei 441/91 veio dar-lhes mais ênfase, ao enunciar claramente a
sua prioridade sobre a protecção individual. Faz todo o sentido, e o número de
trabalhadores expostos é decisivo.
Regras:
- Desobstrução das vias e portas;
- Não acumular materiais (caixas, sacos, etc.) nos degraus e patamares de escadas e
corredores;
- A arrumação em prateleiras deve ter em conta o seu peso e a estabilidade do suporte;
- Os materiais empilhados devem ficar afastados da parede 0,5 metros;
- As bocas-de-incêndio têm de ficar totalmente livres;
- Os produtos químicos devem ficar:
• Separados;
• Fechados;
• Sinalizados/rotulados;
• Ventilados.
B) Plano de limpeza
Regras:
- Pavimentos limpos e desimpedidos;
- Os desperdícios com inflamáveis devem ser depositados em recipientes metálicos e
levados para o exterior rapidamente;
- Colocar recipientes de recolha de lixo;
- Limpeza das instalações sanitárias e dos balneários.
D) Plano de iluminação
Factores a considerarem:
- Distribuição;
- Incidência (evitar encadeamento);
- Efeitos estroboscópico (quando um elemento com movimento rotativo parece estar
parado);
- Cor das paredes e dos tectos.
Regras:
- Ventilação e climatização;
- Protecção das coberturas (tectos);
- Protecção das paredes em vidro;
- Protecção das paredes opacas;
- Redução do tempo de exposição (rotatividade);
- Pausas;
- Disponibilização de água (desaconselhar bebidas alcoólicas);
- Vestuário adequado.
- Max Lpico: 140 dB – Este valor, de nível de pressão, é o máximo admissível; ainda
que seja muito pouco tempo, não pode ser ultrapassado.
- Nível de Acção: 85 dB (A) – É o valor, medido com filtro de ponderação tipo A, que
obriga a «estar atento». Não é obrigatório o uso de protecção individual, mas deve estar
disponível.
Te = Tempo de exposição
To = Tempo de referência (8horas)
Medidas de protecção
Tanto para o Nível de Acção como para o Valor-Limite de Exposição são necessárias
medidas por esta ordem de prioridade:
- Eliminar/reduzir na fonte;
- Interpor obstáculos à propagação;
- Colocar paredes de absorção;
- Isolamento sonoro;
- Medidas organizacionais (rotatividade, limitar o tempo de exposição);
- Protecção individual.
Chama-se a atenção para a selecção dos protectores. Nem todos serão indicados. O
fornecedor deve indicar o factor de atenuação dos protectores.
No Manual, este plano deve estar interligado com o Plano de Emergência (ver Cap. 11.
Prevenção e combate a incêndios).
Nesta análise, decompomos o posto de trabalho nas tarefas ou funções que o operador
executa.
O levantamento dos riscos de cada função é feito por alguns dos métodos indicados
anteriormente.
As medidas de prevenção são enunciadas em função dos riscos identificados.
Exemplificando:
Medidas de Prevenção:
Ventilação (aspiração localizada das poeiras), protecção individual (conjunto completo
da cabeça), verificação eléctrica.
No Manual, não necessitamos de colocar estes passos assim decompostos. Deverão ser
apresentados sob forma de Procedimento.
CARACTERIZAÇÃO
RISCOS
- Inspiração de poeiras;
- Projecção de limalhas;
- Choque eléctrico.
MEDIDAS DE PROTECÇÃO
- Ventilação (aspiração localizada);
- Protecção do rosto e do corpo;
- Verificação da instalação eléctrica.
EPI
- Viseira de protecção;
- Avental de soldador.
- Nenhuma parte do edifício deve estar afastada de uma saída mais de 30 metros;
- Nos edifícios com pisos deve haver 2 saídas, no mínimo;
- Saídas assinaladas e iluminadas;
- Vias e saídas desobstruídas;
- Saídas para o exterior;
- Portas no sentido da fuga.
É natural que uma via ampla com 1,80 m tenha a mesma capacidade de escoamento
unitário que uma via de 0,90 m.
O único técnico que legalmente pode tratar da área da saúde do trabalho é o médico com
a especialidade de Medicina no Trabalho, também chamada Medicina ou saúde
Ocupacional (por influência anglo-saxónica).
Além destes exames obrigatórios, o médico pode realizar exames ocasionais sempre que
ache prudente e aconselhável.