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DIREITO ELEITORAL – EXERCÍCIOS CESPE

AULA DEMONSTRATIVA
PROFESSOR: RICARDO GOMES

1. Breve Apresentação

Prezado(as) Alunos(as) e Concurseiros(as),

Há um tempo tenho pretendido lançar Cursos de Exercícios, mas


somente agora estou concretizando. Muitos foram os emails de nossos alunos
cobrando o lançamento dos Cursos de Exercícios CESPE e FCC. Com isso,
pelo menos quanto ao CESPE, atendo desde já.
O Curso de Exercícios da FCC será lançado em breve, até o final
de novembro de 2010. Aguardem maiores informações nos meus artigos e
informes de Direito Eleitoral.
Ressalto, contudo, que nosso objetivo é lançar pelo menos estes 2
Cursos de Exercícios (CESPE e FCC) e sempre atualizá-los com base nas
últimas provas em que foram exigidos os Conhecimentos de Direito Eleitoral.
É com muito prazer que inicio o Curso DIREITO ELEITORAL -
EXERCÍCIOS CESPE!

Apresentação.
Para quem ainda não me conhece, segue a minha apresentação:
Meu nome é RICARDO GOMES, formei em Direito na Universidade
Federal da Bahia (UFBA) no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada
pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado no concurso do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após isso, fui aprovado nos concursos do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano
de 2008. Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do
Banco Central do Brasil (BACEN), em 2010.
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira
pedra quem não é ou não foi! Rsrs.
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE, onde tive contato direto com
o Direito Eleitoral ao elaborar minutas de decisões e despachos a cargo do
Ministro Corregedor-Geral, ao emitir pareceres jurídicos que subsidiaram
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referidas decisões, ao instruir processos com forte pesquisa da jurisprudência


da Corte Eleitoral e da legislação eleitoral.
Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como
Analista de Finanças e Controle na área de Correição da Controladoria-Geral da
União (CGU).

2. Direito Eleitoral – Exercícios CESPE

Este Curso abarcará a maior parte das questões de Direito


Eleitoral do CESPE, sendo todos os principais assuntos presentes nos últimos
editais de TREs contemplados ao longo do Curso.
Este Curso tem aplicabilidade para todos os Concursos de TREs
vigentes, abrangendo toda a matéria do Edital do TRE/ES, TRE/TO,
TRE/PA, TRE/RN, TRE/CE e de todos os Editais que forem publicados à
frente, sendo tanto para Técnico quanto para Analista.
Não farei distinção de cargos neste curso, pois, de fato, não tem
razão de ser, tendo vista que comentaremos questões dos mais diversos
cargos, como já o fazemos nos Cursos de Teoria e Exercícios. Portanto, o
Curso de Exercícios CESPE serve a todos os públicos de concurseiros dos TREs
(Técnico e Analista).
Os assuntos do Curso foram escolhidos com base nos últimos
editais de TREs do CESPE e pelo universo de questões CESPE que consolidei.

3. Metodologia e Conteúdo do Curso

Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem


que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e
refaça quantos exercícios puder das matérias a serem estudadas, para que os
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados,
aperfeiçoados e lapidados.
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às
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questões ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não


aprendemos direito, e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei
responder à questão?”
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes,
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés.
Os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos, lapidarem
seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao
longo do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a
teoria.
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos é
a abordagem específica de TODOS OS PONTOS PREVISTOS NOS EDITAIS,
fechando todas as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas
pelo examinador, mas com um aliado fundamental: EXERCÍCIOS
COMENTADOS.
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua
prova. Ao contrário, como já dito, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral,
tentam levar ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com
base em cada item do edital.
Nesta linha, da mesma forma que nos Cursos de Teoria e
Exercícios ministrados, o CURSO de DIREITO ELEITORAL – EXERCÍCIOS
CESPE terá uma abordagem mais direta, com comentários precisos a respeito
dos assuntos levantados nas questões, dando o resumido, mas necessário,
embasamento legal e/ou teórico a respeito dos temas.
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico.
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado,
destacando os pontos mais relevantes.

Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma


metodologia mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de
Direito Eleitoral do Edital de seu Concurso TRE!

Lembro a todos que, consoante os Editais de TREs, as questões


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de DIREITO ELEITORAL terão PESO 3 (três) na contagem de pontos, por


ser matéria da parte de Conhecimentos Específicos, enquanto que as matérias
contidas em Conhecimentos Básicos serão computadas apenas com PESO 1.

Ademais, informo que estão vigentes os seguintes Cursos de


Direito Eleitoral disponibilizados pelo Ponto dos Concursos:
a) REGIMENTO INTERNO DO TRE/ES

b) DIREITO ELEITORAL - TRE/ES - TÉCNICO E ANALISTA


ADMINISTRATIVO

c) DIREITO ELEITORAL - TRE/ES - ANALISTA JUDICIÁRIO

d) DIREITO ELEITORAL - TRE/RN – TÉCNICO

e) CURSO REGULAR DE DIREITO ELEITORAL P/ TREs.

f) EXERCÍCIOS CESPE

Em breve lançaremos os seguintes Cursos:

a) DIREITO ELEITORAL – EXERCÍCIOS FCC

b) DIREITO ELEITORAL - TRE / RN – ANALISTA JUDICIÁRIO

c) DIREITO ELEITORAL – TRE/RN – ANALISTA ADMINISTRATIVO

d) DIREITO ELEITORAL – TRE/TO – TÉCNICO E ANALISTA

e) DIREITO ELEITORAL – TRE/PA – TÉCNICO e SEGURANÇA


JUDICIÁRIO

f) DIREITO ELEITORAL – TRE/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO

4. Cronograma do Curso

Este Curso de DIREITO ELEITORAL – EXERCÍCIOS CESPE,


como veremos no cronograma abaixo, será ministrado em 6 AULAS + Aula
Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo.
Mais uma vez ressalto que praticamente todos os assuntos de
Direito Eleitoral serão abarcados neste Curso de Exercícios, sendo montado
com base nos últimos editais de TREs do CESPE.
A programação das aulas será nos seguintes termos 1:

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AULA DEMONSTRATIVA – Organização e Competência da Justiça


Eleitoral (TSE, TREs, Juízes e Juntas Eleitorais).
AULA 1 (03/12/2010) – Organização e Competência da Justiça
Eleitoral (TSE, TREs, Juízes e Juntas Eleitorais) - continuação.
AULA 2 (17/12/2010) - Resolução TSE nº 21.538/2003; alistamento;
transferência, segunda via, encerramento; cancelamento e exclusão do eleitor;
restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco; código de atualização
da situação do eleitor; título eleitoral; acesso às informações constantes do
cadastro; hipótese do ilícito penal; restrição de direitos políticos; revisão do
eleitorado; justificação do não-comparecimento à eleição; domicílio eleitoral
(entre outros pontos). Alistamento eleitoral: (Código Eleitoral) qualificação e
inscrição; cancelamento e da exclusão de eleitores.
AULA 3 (24/12/2010) – Lei nº 9.504/1997 – Lei das Eleições.
Sistemas eleitorais; coligações; convenções para escolha de candidatos;
registro de candidatura; arrecadação e aplicação de recursos; prestação de
contas; propaganda eleitoral; sistema eletrônico de votação e totalização dos
votos; condutas vedadas (entre outros pontos)
AULA 4 (07/01/2011) – Lei nº 9.504/1997 (continuação). Recursos
Eleitorais e Crimes Eleitorais. Diplomação.
AULA 5 (14/01/2011) – Lei Complementar nº 64/1990.
Inelegibilidades e Elegibilidade. Causas de inelegibilidades e disposições
processuais.
AULA 6 (21/01/2011) – Lei nº 9.096/1995 – Lei dos Partidos Políticos.
Criação e registro, fusão, incorporação e extinção, finanças e contabilidade,
filiação, fidelidade e disciplina partidárias (entre outros pontos).

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Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta
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5. Informativo sobre os Concursos de TREs


Os concursos têm, a cada dia e de forma crescente, exigido
conhecimentos de Direito Eleitoral. Isso não se restringe aos concursos de
Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e aos concursos da área jurídica
(Magistratura, Ministério Público e Advocacia Pública). Tem forte presença o
Direito Eleitoral nos concursos das Assembléias Legislativas Estaduais,
Câmaras Municipais e nos concursos do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados.
De todo modo, um “FILÃO DE MERCADO” do mundo dos
concursos são os cargos disponibilizados pelos TREs e pelo TSE. Isso porque,
igualmente aos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), os TREs estão
pulverizados em todos os Estados brasileiros, com PRESENÇA QUASE
ABSOLUTA NOS MUNICÍPIOS. Todos os TREs detêm uma estrutura
administrativa enorme, o que demanda um número muito grande de
servidores.
Existem TREs no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará,
Distrito Federal... Ao todo, são 27 Tribunais espalhados por todo o Brasil. No
mínimo, em regra, cada Corte realiza 1 concurso a cada 4 anos. Logo, para
quem quer especializar-se em concursos de TREs, teremos em média, pelo
menos 6 provas por ano! Acho uma boa pedida, concorda?
Além disso, os concursos de TREs têm sido mais e mais concorridos
pela excelente remuneração dos cargos de Técnico e Analista Judiciários
(com previsão de aumento substancial da remuneração em decorrência da
mobilização do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério
Público da União no Distrito Federal (SINDJUS), do próprio Ministro Presidente
do Supremo Tribunal Federal e do Ministro-Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral pela aprovação dos PLs nºs 6613 e 6697/2009, que tentam
acompanhar os aumentos concedidos aos cargos de Técnico e de Analista do
TCU e das Carreiras de Gestão do Poder Executivo Federal).
Segundo a proposta contida nos PLs e segundo o SINDJUS, os
salários dos respectivos cargos do Poder Judiciário Federal deverão alcançar o
seguinte patamar:

do curso, no Campo AVISOS, em virtude remanejamento de assuntos e aulas.


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REMUNERAÇÃO PREVISTA NOS PLs nº 6613 e 6697/2009

CARGO SALÁRIO INICIAL SALÁRIO FINAL

Técnico Judiciário R$ 6.800,00 R$ 10.000,00

Analista Judiciário R$ 10.200,00 R$ 16.300,00

Além disso, a qualidade do trabalho e do ambiente (horário de


trabalho mais flexível, estrutura física, etc), possibilidade de remoção entre
TREs de diferentes Estados, bem como a quantidade vagas oferecidas
são os grandes atrativos dos certames desses Tribunais. Vale assinalar aos
candidatos que, nesses concursos, nem sempre a quantidade de vagas
iniciais previstas nos editais reflete a real quantidade de candidatos
efetivamente convocados até a expiração do respectivo prazo
editalício.
É muito comum divulgarem, por exemplo, 10 vagas para o
cargo de Técnico Judiciário, e nomearem, ao final, 300-400 candidatos.
Isso mesmo! Uma quantidade centenas de vezes maior do que as vagas
iniciais! No mesmo sentido, os cargos de Analista Judiciário, área fim de
qualquer Tribunal. Para conferir isso, basta acompanhar de perto alguns
concursos passados de TREs, de 2004-2005 para frente. Por exemplo, no
concurso do TRE/ES do ano de 2005 foram nomeados, ao todo:

• 180 TÉCNICOS JUDICIÁRIOS – ÁREA JUDICIÁRIA


• 115 ANALISTAS JUDICIÁRIOS – ÁREA JUDICIÁRIA

A estrutura dos Tribunais Regionais, inclusive os Eleitorais, de fato


exige muita mão-de-obra. Por isso, aconselho ao concurseiros de plantão que,
mesmo diante de um edital de um TRE com poucas vagas previstas, não se
furtem em se inscreverem e em estudarem. Vale a pena! Depois não digam
que não avisei! Ok? Rsrs.
Por fim, vale dizer que se preparando para o concurso de TRE
vigente, estará também estudando para os iminentes concursos dos TREs do
AMAPÁ, TOCANTIS, RIO GRANDE DO NORTE, CEARÁ, PERNAMBUCO, MINAS
GERAIS, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, PARÁ, etc.
Agora vamos ao que interessa. Avante aos Exercícios de Direito
Eleitoral do CESPE!
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Organização e Competências da Justiça Eleitoral.

Acerca da composição, da competência e das atribuições dos órgãos que


compõem a justiça eleitoral, julgue as questões a seguir.
QUESTÃO 1: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 21/02/2010.

[61] É matéria de competência do corregedor-geral e dos corregedores


regionais eleitorais a realização de investigação jurisdicional para apurar
transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários e a abuso de poder
econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto.
COMENTÁRIOS:
A investigação jurisdicional é um instituto de Direito Eleitoral criado pelo
art. 14, §9º, da CF-88, que visa tutelar a probidade administrativa, moralidade
para o exercício do mandato, a normalidade e a legitimidade das eleições,
evitando-se a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de
função, cargo ou emprego.
Art. 14
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

Para dar início a investigação jurisdicional, a Lei Complementar nº 64/90 criou


a figura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que tem
disciplinamento previsto no art. 22 da LC nº 64/90:
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou
Ministério Público Eleitoral poderá REPRESENTAR (AIJE) à
Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou
Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de INVESTIGAÇÃO
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JUDICIAL para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder


econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida
de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de
candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...)

A competência para julgar a AIJE, para proceder na investigação


jurisdicional, é do CORREGEDOR-GERAL da Justiça Eleitoral (Ministro do
STJ no TSE), dos CORREGEDORES REGIONAIS ELEITORAIS (nos TREs) e
dos Juízes Eleitorais. O art. 19 da LC 64/90 assim dispõe:
Lei Complementar nº 64/90
Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores
pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento
da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e
Corregedores Regionais Eleitorais.
Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões
mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger
a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou do abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta, indireta e
fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

A questão cobrou o conhecimento exato do art. 19 citado.

RESPOSTA: CERTO

QUESTÃO 2: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.
[62] A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode
ter sua composição aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de
sete membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.
COMENTÁRIOS:
Esta questão pegou de surpresa muitos candidatos! É extremamente relevante
que o aluno entenda este ponto, pois certamente poderá ser objeto de
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prova novamente pelo CESPE.


Pela leitura fria do texto legal não dá para inferir expressamente a
possibilidade ou não de aumento dos membros dos TREs. A CF-88 estabeleceu
um número certo de Membros dos TREs, diferentemente do que fez para os
TSE, que previu apenas o mínimo.
Os TREs são compostos com 7 Membros, escolhidos mediante eleição ou
nomeação do Presidente da República. Portanto, os TREs têm composição
FIXA pela CF-88, pois o art. 120 da Carta não prevê composição mínima para
as Cortes Regionais (como o faz para o TSE), apenas elenca a quantidade de
juízes que as comporão. Desse modo, os TREs não podem mais aumentar o
número de Juízes.

QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

DESEMBARGADORES ELEIÇÃO
2 JUÍZES
DO TJ do Estado (eleição no TJ)

JUÍZES DE DIREITO ELEIÇÃO


2 JUÍZES
escolhidos pelo TJ (eleição no TJ)

JUIZ DO TRF com sede ESCOLHA do TRF


1 JUIZ na Capital ou
escolhido pelo TRF

NOMEAÇÃO pelo
2 JUÍZES ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados)

CF-88
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de
cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal
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de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo
Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Há uma discussão acerca da possibilidade ou não de aumento dos membros


dos TREs, com base tanto neste art. 13 do Código Eleitoral, quanto com base
na previsão do TSE propor ao Legislativo a alteração do número de membros
do Tribunais inferiores, disposta no art. 96, II, a, da CF-88.

Código Eleitoral
Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será
reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do
Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
CF-88
Art. 96. Compete privativamente:
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos
Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,
observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais
inferiores;

Mas o que tem prevalecido em provas é o que está na CF-88: NÚMERO FIXO
DE 7 MEMBROS PARA OS TREs (pois é o que é previsto na CF-88). Saiba o
contido no art. 13, que não foi revogado, mas apreenda o principal, previsto na
CF-88.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no
mínimo, de sete membros, escolhidos:
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada

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Estado e no Distrito Federal.


§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão (pelo
menos para provas, a CF-88 indica que é um número fixo de
membros): (...)

Memorização!

g) TSE – Composição Mínima de 7 Membros


h) TREs – Composição Fixa de 7 Membros

RESPOSTA: CERTO

QUESTÃO 3: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.
[63] Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para
governador e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores e juízes de paz.
COMENTÁRIOS:
O art. 30, IV, do Código Eleitoral prevê a competência dos TREs de fixar data
das eleições para os cargos citados. Ocorre que este dispositivo não tem mais
eficácia em vista da previsão na CF-88 e na Lei nº 9.504/97 de data
específica para eleições de Governador, Vice, Deputados estaduais, Prefeitos,
Vice e Vereadores. Ademais, a Lei nº 9504/97 estabelece que as eleições para,
entre outros, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas
simultaneamente:

CF-88
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a
posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente,
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Lei nº 9504/97
Art 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da
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República, Governador e Vice-Governador de Estado e do


Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do
ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as
eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;

RESPOSTA: ERRADO

QUESTÃO 4: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.

[64] Podem ser nomeados para compor uma mesma junta eleitoral servidores
de uma mesma repartição pública ou empregados de uma mesma empresa
privada.
COMENTÁRIOS:
O Código Eleitoral elenca uma lista de pessoas vedadas a serem nomeadas
como membros das Juntas Eleitorais, escrutinadores e auxiliares. Esta lista é a
principal vedação no que concerne aos membros das Juntas. Então vejamos,
não podem ser nomeados como membros das Juntas, escrutinadores ou
auxiliares:
a) os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até
o 2º (segundo) grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
b) os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido
oficialmente publicados;
c) as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;
d) os que pertencerem ao serviço eleitoral.

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No entanto, a Lei nº 9.504/97, em seu art. 64, também veda a


participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma
repartição pública ou empresa privada na mesma mesa, turma ou junta
eleitoral. Assim, parentes de qualquer grau ou servidores ou empregados da
mesma repartição ou empresa não poderão integrar conjuntamente a mesma
mesa, turma ou junta eleitoral!
Vejam que a resposta para a questão estava em um outro diploma
legal, não exatamente no Código Eleitoral.

Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de


direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro)
cidadãos de notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também
designar-lhes a sede.
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias,
em petição fundamentada, impugnar as indicações.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Lei nº 9.504/97
Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer grau
ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa
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privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.

Observem que esta vedação é para não somente a Junta Eleitoral, mas
também para a mesma MESA ou TURMA.
RESPOSTA: ERRADO

QUESTÃO 5: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009
[31] É atribuição das juntas eleitorais, entre outras, resolver as impugnações
verificadas durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.
COMENTÁRIOS:
Compete às Juntas Eleitorais resolver as impugnações e demais
incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
Todas as impugnações de partidos e candidatos durante o pleito, contagem de
votos e apurações deverão ser encaminhadas à Junta Eleitoral.

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
durante os trabalhos da contagem e da apuração;

RESPOSTA: CERTO

QUESTÃO 6: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.
[34] As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da
circunscrição judiciária eleitoral.
COMENTÁRIOS:
A divisão geográfica da Justiça Eleitoral remete aos conceitos de
circunscrição eleitoral, zona eleitoral e seção eleitoral. Entenderemos
cada um.
Na Justiça Estadual Comum o território jurisdicional é dividido em Comarcas.
As Comarcas são o espaço geográfico de exercício da jurisdição do Juiz de
Direito Estadual. As Comarcas podem confundir-se com o território de um
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Município, mas não sempre. Existem comarcas que abrangem mais de um


Município e Municípios com mais de uma Comarca.
Analogamente às Comarcas, as Zonas Eleitorais consistem no espaço
geográfico de exercício da jurisdição do Juiz Eleitoral. A área da Zona Eleitoral,
em regra, coincide com a da Comarca Estadual. Todavia, uma comarca pode
conter mais de uma zona eleitoral. Da mesma forma que as comarcas, as
zonas eleitorais podem abarcar mais de um município ou um município conter
mais de uma zona eleitoral.
Por sua vez, a Seção Eleitoral é simplesmente a subdivisão da Zona
Eleitoral. Trata-se do local onde os eleitores comparecem para votar. Você,
por exemplo, na qualidade de eleitor, no ato de votar, comparece a sua seção
eleitoral. A doutrina, de forma lógica, classifica as seções eleitorais como a
menor unidade na divisão judiciária eleitoral.

Zona Eleitoral subdivide-se em Seções Eleitorais

Por fim, a Circunscrição eleitoral é uma divisão territorial com enfoque nas
eleições, na realização do pleito. Na eleição do presidente e vice-presidente da
República a circunscrição eleitoral é todo o país (território nacional). Nas
eleições para governador e vice-governador, deputados federais e estaduais, e
senadores é o Estado. Nas eleições de prefeito e vereadores é o Município.
Quanto à questão, observa-se que foi afirmado que a Zona Eleitoral é menor
fração territorial dentro da circunscrição. Ocorre que, a própria lei faculta a
divisão das Zonas Eleitorais em menores frações, que seria a Seção Eleitoral,
consoante dispõe o art. 35 do Código Eleitoral:

Art. 35. Compete aos juizes:


X - dividir a zona em seções eleitorais;

Bem como, como já relatado, a doutrina dispõe que as seções eleitorais é que
são a menor fração territorial eleitoral. Nesse sentido, a questão está
ERRADA, a despeito do gabarito oficial do CESPE prevê que a questão estaria
CERTA.
RESPOSTA: CERTO – CESPE.

QUESTÃO 7: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa


CESPE] - 21/06/2009.
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Criada pelo Código Eleitoral de 1932, a justiça eleitoral passou a ser a


responsável pela organização e operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro, atividade fundamental para solidificação do estado democrático de
direito. Considerando que, desde então, ela passou por diversas mudanças,
assinale a opção que está de acordo com a normatização constitucional em
vigor.
a) As juntas eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos
juízes eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu,
por serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de
alguma eleição, sendo desfeitas logo a seguir.
b) O TSE é composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros
do STF e dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos
seus pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes,
portanto, os ministros mais antigos.
c) O TRE/MA é composto por dois desembargadores do tribunal de justiça, dois
juízes de direito, um juiz federal e dois advogados, sendo que apenas os
desembargadores têm de ser escolhidos por votação secreta, tendo em vista
que ocupam os dois cargos mais importantes, o de presidente e o de vice-
presidente.
d) Uma das hipóteses em que cabe recurso para o TSE de decisões proferidas
pelos TREs é se estas tiverem sido proferidas contra disposição expressa da CF
ou da constituição estadual.
e) Os acórdãos proferidos pelos TREs não podem ser impugnados, perante o
STF, por meio de recurso extraordinário.
COMENTÁRIOS:
Item A- errado. As Juntas Eleitorais são formadas precipuamente para a
apuração e contagem de votos. Contudo, é expresso na legislação que
fazem parte da Organização da Justiça Eleitoral:

Código Eleitoral
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da
República e jurisdição em todo o País;
II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito
Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital
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de Território;
III - juntas eleitorais;
IV - juizes eleitorais.
CF-88
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais.

Item B - errado. A composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual


composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119:

QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

SUPREMO TRIBUNAL
3 MINISTROS ELEIÇÃO
FEDERAL (STF)

SUPERIOR TRIBUNAL
2 MINISTROS ELEIÇÃO
DE JUSTIÇA (STJ)

NOMEAÇÃO pelo
2 MINISTROS ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados).

A escolha dos Membros do TSE oriundos do STF e do STJ é por eleição nos
seus respectivos Tribunais, mas a CF-88 não condiciona que a votação será
apenas entre os Ministros que compõem o órgão especial da respectiva corte.
Na realidade, participa da eleição, votam, todos os membros do STF e STJ.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo,


de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
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Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Item C - errado. Não apenas os Desembargadores, mas os Juízes de Direito


também são eleitos por voto secreto.
Composição dos TREs:

QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

DESEMBARGADORES ELEIÇÃO
2 JUÍZES
DO TJ do Estado (eleição no TJ)

JUÍZES DE DIREITO ELEIÇÃO


2 JUÍZES
escolhidos pelo TJ (eleição no TJ)

JUIZ DO TRF com sede ESCOLHA do TRF


1 JUIZ na Capital ou
escolhido pelo TRF

NOMEAÇÃO pelo
2 JUÍZES ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados)

CF-88
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de
cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de
Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo
Tribunal de Justiça;
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II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na


Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Item D - errado. A CF-88 dispõe um dos casos em que caberá recurso de


decisões dos TREs é se tais decisões forem proferidas contra disposição
expressa da própria Constituição Federal ou de LEI. Quando inclui LEI, esta
deve ser interpretada no sentido estrito, apenas naquele sentido de lei
ordinária/complementar, não abarcando Constituições Estaduais.

CF-88
Art. 121
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta
Constituição ou de LEI;

Item E - correto. Interessante item, pois exige um pouco mais de raciocínio do


candidato.
A CF-88 determina que, em regra, as decisões do TSE e dos TREs são
irrecorríveis, salvo nas hipóteses expressamente previstas na CF-88.
Somente caberá recurso de decisão do TRE nos seguintes casos, previstos no
art. 121, §4º da CF-88:

CF-88
Art. 121
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta
Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou
mais tribunais eleitorais;

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III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de


diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos
eletivos federais ou estaduais;
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança,
"habeas-data" ou mandado de injunção.

Com isso, a priori, também não caberá recurso extraordinário de acórdão dos
TREs para o STF por expressa determinação constitucional. É possível RE de
decisão do TSE, não dos TREs.
RESPOSTA: E

QUESTÃO 8: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]


- 15/03/2009.
Considerando a organização e as competências do TSE, assinale a opção
correta.
a) Os advogados que compõem o TSE são nomeados pelo presidente da
República entre os indicados, em lista sêxtupla, pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil.
b) O presidente, o vice-presidente e o corregedor eleitoral do TSE são
escolhidos entre os ministros do Supremo Tribunal Federal que compõem o
tribunal.
c) As funções de procurador geral junto ao TSE são exercidas pelo procurador
geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu
substituto legal.
d) Em razão de o TSE constituir a instância máxima da justiça eleitoral, suas
decisões são sempre irrecorríveis.
e) Cabe ao TRE de cada estado da Federação enviar ao presidente da
República a lista organizada pelos tribunais de justiça, entre cidadãos de
notável saber jurídico e idoneidade moral, para, em número de dois, compor
os TREs.
COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Como visto em questão anterior, o TRE é composto também

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por 2 Advogados. A nomeação destes Advogados para compor o pleno do


TRE é feita pelo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo
Federal), indicados pelo Tribunal de Justiça do Estado. O TJ organiza os
nomes dos Juízes em lista tríplice e encaminha ao TSE, que a divulgará
através de Edital.
Cuidado! A indicação dos Advogados não é pelo Conselho da OAB! A OAB não
tem qualquer relação com a indicação dos Advogados para compor os TREs. É
comum colocarem em provas e pegarem muitos desavisados!
Item B – errado. O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente
e o Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o
Corregedor-Geral é do STJ:

CF-88
Art. 119
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Cargos no TSE: ORIGEM:

Presidente e Vice do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Corregedor-Geral Eleitoral
(STJ)

Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Juízes oriundos do STJ que


compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também Corregedor-Geral
Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as funções ordinárias de
Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da Corte).
Item C – correto. As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo
Procurador-Geral da República (PGR). É o que dispõe o art. 18 do Código
Eleitoral:

Código Eleitoral
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República,
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto
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legal.

Item D – errado. Não. Cabe sim recursos das decisões do TSE. Como já
comentado, as decisões do TSE e dos TREs, em regra, são irrecorríveis.
Todavia, a CF-88 prevê hipóteses excepcionais de recursos. Somente CABERÁ
RECURSOS das decisões do TSE caso:

1. contrariarem a Constituição;
2. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança.

CF-88
Art. 121
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de
segurança.

Item E – errado. Não compõem os TREs cidadãos de notável saber jurídico e


idoneidade moral. A lista de Advogados é encaminhada pelo TJ ao TSE, que
encaminhará ao Presidente da República.

Código Eleitoral
Art. 25
§ 1º A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será
enviada ao Tribunal Superior Eleitoral.
§ 5º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal
Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo para a
nomeação.

RESPOSTA: C
Finalizo aqui os Exercícios de Direito Eleitoral Comentados,
convidando a todos para a próxima aula (AULA 1), que dará continuidade à
resolução de questões sobre a Organização e Competência da Justiça Eleitoral.
Espero a todos na AULA 1!
Fraterno Abraço e até a próxima!
Ricardo Gomes
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Por sua aprovação!

EXERCÍCIOS com Gabarito

QUESTÃO 1: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.

[61] É matéria de competência do corregedor-geral e dos corregedores


regionais eleitorais a realização de investigação jurisdicional para apurar
transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários e a abuso de poder
econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto.
QUESTÃO 2: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 21/02/2010.
[62] A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode
ter sua composição aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de
sete membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.
QUESTÃO 3: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 21/02/2010.
[63] Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para
governador e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores e juízes de paz.
QUESTÃO 4: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 21/02/2010.

[64] Podem ser nomeados para compor uma mesma junta eleitoral servidores
de uma mesma repartição pública ou empregados de uma mesma empresa
privada.
QUESTÃO 5: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009
[31] É atribuição das juntas eleitorais, entre outras, resolver as impugnações
verificadas durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.
QUESTÃO 6: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas

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[CESPE] - 22/11/2009.
[34] As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da
circunscrição judiciária eleitoral.
QUESTÃO 7: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa
CESPE] - 21/06/2009.
Criada pelo Código Eleitoral de 1932, a justiça eleitoral passou a ser a
responsável pela organização e operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro, atividade fundamental para solidificação do estado democrático de
direito. Considerando que, desde então, ela passou por diversas mudanças,
assinale a opção que está de acordo com a normatização constitucional em
vigor.
a) As juntas eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos
juízes eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu,
por serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de
alguma eleição, sendo desfeitas logo a seguir.
b) O TSE é composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros
do STF e dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos
seus pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes,
portanto, os ministros mais antigos.
c) O TRE/MA é composto por dois desembargadores do tribunal de justiça, dois
juízes de direito, um juiz federal e dois advogados, sendo que apenas os
desembargadores têm de ser escolhidos por votação secreta, tendo em vista
que ocupam os dois cargos mais importantes, o de presidente e o de vice-
presidente.
d) Uma das hipóteses em que cabe recurso para o TSE de decisões proferidas
pelos TREs é se estas tiverem sido proferidas contra disposição expressa da CF
ou da constituição estadual.
e) Os acórdãos proferidos pelos TREs não podem ser impugnados, perante o
STF, por meio de recurso extraordinário.
QUESTÃO 8: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE]
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Considerando a organização e as competências do TSE, assinale a opção
correta.
a) Os advogados que compõem o TSE são nomeados pelo presidente da
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República entre os indicados, em lista sêxtupla, pelo Conselho Federal da


Ordem dos Advogados do Brasil.
b) O presidente, o vice-presidente e o corregedor eleitoral do TSE são
escolhidos entre os ministros do Supremo Tribunal Federal que compõem o
tribunal.
c) As funções de procurador geral junto ao TSE são exercidas pelo procurador
geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu
substituto legal.
d) Em razão de o TSE constituir a instância máxima da justiça eleitoral, suas
decisões são sempre irrecorríveis.
e) Cabe ao TRE de cada estado da Federação enviar ao presidente da
República a lista organizada pelos tribunais de justiça, entre cidadãos de
notável saber jurídico e idoneidade moral, para, em número de dois, compor
os TREs.

GABARITOS OFICIAIS

1–C 2–C 3–E 4–E 5–C 6–C 7–E 8–C

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REFERÊNCIAS

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Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002.
Código eleitoral anotado e legislação complementar. 8. ed. rev. e atual.
– Brasília : TSE, 2008.
CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
DAL POZZO, Antônio Araldo Ferraz. Lei nº 9.504/97: estrutura, análise e
jurisprudência. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5.ed. DelREy: 2010.
MELO, Henrique: Direito Eleitoral para Concursos. 2.ed. São Paulo:
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MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.
PORTO, Roberto. Lei nº 9.504/97. São Paulo: Saraiva, 2009.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotações de direito eleitoral. Brasília:
Vestcon, 2008.

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