UNISUL
CURSO DE CIENCIAS CONTABEIS
2011
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INFORMAÇÃO
CONCEITOS DE INFORMAÇÃO
DADOS X INFORMAÇÃO
DADOS: São registros numéricos, não conduzem a uma compreensão, não motiva.
Isoladamente não provocam nenhuma reação.
INFORMAÇÃO: Tem significado, tem forma, representa algo. É o dado trabalhado
que permite a tomada de decisões. Representa para quem os recebe, uma comunicação
que pode produzir reação ou efeito surpresa.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
CONCEITO
FUNÇÕES
• PLANEJAMENTO
Necessidade de decisão
Definição de alternativas de ação
Coleta e Análise de informações relevantes
Avaliação de alternativas
Tomada de decisão
• EXECUÇÃO
Ação (Planos)
• CONTROLE
Informações sobre resultados
Comparação
Ação corretiva
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O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Para cada área existe uma linguagem que serve para a comunicação entre as
pessoas envolvidas na mesma.
A linguagem precisa ser compreensiva e sucinta para melhor compreensão dos
diversos usuários.
Evidenciações são interpretações dos números, ou seja, é uma linguagem.
Para cada usuário existe um nível de entendimento das informações. Para ser
bem compreendida e convincente, a contabilidade precisa ser muito clara e
verdadeira.
Para convencer que a contabilidade é útil precisamos envolver as pessoas,
aprimorar idéias, mas não deixar de seguir uma certa linha de raciocínio.
A contabilidade tem a função de coletar, resumir, analisar e relatar informações
acerca dos negócios das empresas num horizonte de presente/futuro.
INFORMAÇÃO NA CONTABILIDADE
A DINÂMICA DA EMPRESA
CONCEITO
DETERMINAÇÃO DA NCG
ACO = PCO
Neste caso a NCG é igual a zero e, portanto, a empresa não tem necessidade de
financiamentos para o giro.
PMPC = 51 dias
O prazo médio de rotação dos estoques compreende (em média) o tempo que a
mercadoria permanece na empresa, após ser adquirida.
O prazo médio de pagamento das compras compreende (em média) o período em
que a empresa tem para pagar suas compras após ter recebido a mercadoria.
O prazo médio de recebimento das vendas compreende (em média)o período de que
a empresa precisa esperar para receber a venda que efetuou. Nesse exemplo as vendas
são a vista.
O ciclo financeiro é o período em que a empresa leva para que o dinheiro volte ao
caixa, isto é, compreende o prazo médio de rotação de estoque, mas o prazo médio de
recebimento das vendas, menos o prazo médio de pagamento das compras.
Para esse supermercado, observamos que sua atividade permite trabalhar, durante 17
dias, com dinheiro do fornecedor, isto é, recebe antes de pagar. Portanto, em condições
dessa natureza, o supermercado não precisará de recursos próprios para financiar sua
atividade operacional, podendo inclusive ter CCL negativo e ainda ser financeiramente
saudável.
Tanto nas empresas comerciais quanto nas industriais, as atividades básicas podem
ser sintetizadas em quatro grandes eventos, ou seja:
Em função dos prazo de rotação dos estoques, recebimento das vendas e pagamento de
compras é possível encontrar-mos os três tipos básicos de NCG.
No segundo tipo em que ACO = PCO, a NCG é nula, ou seja, não toma nem libera
recursos. Esta tende a ser uma situação hipotética.
ATIVO PASSIVO
Circulante 1.095,00 Circulante 683,00
Disponibilidades 135,00 Instituições de Crédito 471,00
Duplicatas a Receber 773,00 Fornecedores 98,00
Estoques 169,00 Salários e Encargos 30,00
Outros Circulantes 18,00 Outros Circulante 84,00
ATIVO PASSIVO
Circulante Operacional 960,00 Circulante 212,00
Duplicatas a Receber 773,00 Fornecedores 98,00
Estoques 169,00 Salários e Encargos 30,00
Outros Circulantes 18,00 Outros Circulante 84,00
FONTES DE FINANCIAMENTO
Abaixo algumas figuras que objetivam permitir ao leitor visualizar a NCG e suas
fontes de financiamentos
Dupl Desc.
Empréstimos Fontes de
Financ. a FINANCIAMENTO
L. Prazo DA
NECESSIDADE
Ativo Patrimônio DE
Permanente Líquido CAPITAL DE GIRO
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Na figura acima a NCG é financiada por três fontes:
De maneira geral, a maioria das empresas mantém certo nível de produção e venda
relativamente distribuídos durante os 12 meses do ano, podendo apresentar algumas
variações quantitativas de um mês para outro, sem que tais desuniformidades alterem
significativamente sua estrutura financeira. Outras atividades, entretanto, apresentam
características sazonais muito acentuadas, como é o caso de uma indústria de
brinquedos, cujas vendas se concentram em maior quantidade, no segundo semestre de
cada ano, devido, em grande parte, às festas natalinas. Tal sazonalidade exerce também
o efeito de uma necessidade adicional de giro para suportar os investimentos em
estoques no primeiro momento e em contas a receber na fase consecutiva.
Uma empresa açucareira tem sazonalidade na produção, pois a safra e o corte da cana-
de-açucar concentram-se no período de maio a novembro, o que determina a época de
produção de açúcar e álcool.
As chamadas indústrias de base, representada pelas empresas produtoras de
equipamentos industriais, que muitas vezes produzem sob encomenda e sob
especificações técnicas determinadas por seus clientes, possui características próprias
determinadas por seu longo ciclo produtivo. Do ponto de vista financeiro, na maioria
das vezes recebem pagamentos baseados nas etapas cumpridas, tomando como base o
cronograma de execução das encomendas.
O segmento de supermercados, de forma geral, tem suas vendas quase que na totalidade
a vista, operando com margem bruta de lucro aparentemente pequena, mas apresentando
giro de estoques muito rápido, ao mesmo tempo que suas compras são efetuadas a
prazo, junto aos seus fornecedores.
Esses quatro segmentos citados, isto é, as indústrias de brinquedos, canavieiras e de
base, bem como os supermercados, ilustram com muita eficiência as diferenças
decorrentes das atividades das empresas. Tais diferenças produzem características
específicas de aplicação ( ou liberação) de recursos no giro dessas empresas. Há muitas
outras atividades que poderiam ser citadas.
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DEMONSTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO - DCG
A partir do momento que são feitas as reclassificações nas contas do Ativo Circulante e
Passivo Circulante, pode-se elaborar uma demonstração que evidencie as fontes de
financiamentos utilizadas pela empresa para suprir essa necessidade.
Essa demonstração não é exigida perante a Lei das S/A, pois seu objetivo é estritamente
gerencial.
Aplicações Financeiras
Caixa e Bancos
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Exemplo numérico:
Reclassificação
Aplicações Financeiras
Caixa e Bancos 29.900 7 55.300 4 327.200 11,8
R- Verifica-se que a empresa apresenta Necessidade de Capital de Giro nos três períodos
analisados e que essa necessidade aumentou expressivamente nos períodos analisados em função dos
aumentos nas contas de duplicatas a receber e estoques sem o aumento recíproco das fontes
operacionais. Para cubrir a NCG a empresa apresenta financiamento para o giro das seguintes fontes:
Capital de Giro Próprio, Capital de terceiros a Longo Prazo (ELP) e Capital de Terceiros a Curto Prazo
(EBCP).
Nota-se que uma parcela muito expressiva é de Empréstimos Bancário a Curto Prazo. Isso
deixa claro a dependência financeira da empresa. E mais que ao longo dos trÊs exercícios sociais essa
participação aumenta significativamente, levando a empresa ao chamada Efeito-Tesoura, ou buraco
financeiro, que se for constante ao longo dos períodos mostra um desequilíbrio econômico-financeiro
Podemos verificar na empresa acima que foram investidos recursos no Ativo Permanente num
montante muito grande, o que pode ter levado a essa captação de recurso do Curto Prazo. Normalmente
o que é recomendado é que para aplicações no Ativo Permanente sejam utilizadas fontes de longo Prazo,
pois existe um tempo de carência para inicio do pagamento da dívida não comprometendo a saúde
financeira da empresa no curto prazo.
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Para diminuir a participação de recursos de terceiros a curto prazo, poderia haver também,
uma integralização de capital para aquisição de bens do ativo permanente
Com relação ao Efeito Tesoura observa-se que a cada ano da série aumentou substancialmente
o distanciamento entre as variáveis CCL e NCG. A permanência dessa situação aponta a possibilidade
de problemas financeiros.
O EFEITO TESOURA
A tendência das variáveis NCG e do Capital Circulante Líquido, apontam para uma
análise prospectiva da situação econômico-financeira de uma empresa.
Sempre que a NCG estiver num nível mais elevado que o Capital Circulante Líquido, e
essa aumentar em períodos subseqüentes, temos uma clara tendência ao desequilíbrio
econômico-financeiro.
Uma empresa entra no efeito tesoura quando, ao longo de uma série de exercícios
sociais, a variação da NCG é superior a variação do CCL, isto é:
Desse modo a medida que a abertura da tesoura cresce, a empresa tende a quebrar,
situação pode ser antecipada com uma restrição na obtenção de novos empréstimos
bancários, ou na renovação de empréstimos existentes.
Efeito Tesoura
3.000.000
2.000.000
Reais
NCG
1.000.000 CCL
-
1 2 3
Anos
O OVERTRADE
EXERCÍCIO
ATIVO PASSIVO
(-) D. Acumulada (1.000) (1.250) (1.490) Capital Social 13.500 16.000 17.000
TOTAL DO ATIVO 27.000 47.250 67.500 TOTAL DO PASSIVO 27.000 47.250 67.500
D.R.E.
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2000 2001
(-) Despesas
* Compras
CMV=Ei+C-Ef
02- Encontre qual foram as fontes de financiamento utilizadas pela empresa para
suprir a Necessidade de Capital de Giro
Segundo Márcia Martins . M de Luca, define Valor Adicionado como sendo: “... a
remuneração dos esforços desenvolvidos para a criação da riqueza da empresa. Tais
“esforços” são, em geral, os empregados que fornecem a mão-de-obra, os investidores
que fornecem o capital, os financiadores que emprestam os recursos e o governo que
fornece a lei e a ordem, infra-estrutura sócio-econômica e os serviços de apoio”.
A lei 11.638 traz este demonstrativo como obrigatório para as empresas que são
obrigadas a divulgar suas demonstrações contábeis.
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DESCRIÇÃO R$ Mil
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão / (Constituição)
1.3) Não operacionais
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI)
2.1) Matérias-primas consumidas
2.2) Custo das mercadorias e serviços vendidos
2.3) Materiais, energia, serviço de terceiros e outros
2.4) Perda / Recuperação de valores ativos
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 – RETENÇÕES
4.1) Depreciação, amortização e exaustão
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
7 – VALOR ADICIOADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO*
8.1) Pessoal e encargos
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.3) Juros e aluguéis
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.
Como as informações extraídas são da contabilidade, deverão ter como base o Princípio
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Contábil do Regime de Competência de exercícios.
Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde á
receita bruta ou faturamento bruto.
Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais como: ganhos
ou perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de investimentos, etc.
2.2) Custo das mercadorias e serviços vendidos (não inclui gastos com pessoal
próprio).
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidas, materiais, serviços,
energia etc., consumidos deverão ser considerados os impostos (ICMS e IPI) incluídos
no momento das compras, recuperáveis ou não.
4 – RETENÇÕES
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4.1) Depreciação, amortização e exaustão
Nesse item deverão ser incluídos os encargos com férias, 13º salário, FGTS,
alimentação, transporte etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do período
(não incluir encargos com o INSS – veja tratamento a ser dado no item seguinte).
Além das contribuições devidas ao INSS, imposto de renda, contribuição social, todos
os demais impostos, taxas e contribuições deverão ser incluídos neste item. Os valores
relativos ao ICMS e IPI deverão ser considerados como os valores devidos ou já
reconhecidos aos cofres públicos, representando a diferença entre os impostos
incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item 2 – Insumos
adquiridos de terceiros.
Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas. Os juros sobre o capital próprio
contabilizados como reserva deverão constar do item “lucros retidos”.
RESUMO
DISTRIBUIÇÃO GERAÇÃO
Impostos de qualquer natureza (ICMS, IPI,
PIS/COFINS, IR/CSLL, INSS, IPTU, IPVA,
etc) Receitas de vendas
Salários, Férias, FGTS Receitas não- operacionais
Aluguéis pagos, serviços recebidos, juros
pagos CMV
Lucro líquido, dividendos Depreciações
Água, luz, telefone e outras despesas
semelhantes
Propaganda e publicidade
Material de consumo/escritório
E as demais despesas que existem para a
formação (geração) do lucro da empresa.
FLUXO MOVIMENTO
FLUXO DE CAIXA MOVIMENTO DE CAIXA
FORMAS DE APRESENTAÇÃO
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O Fluxo de Caixa retrospectivo pode ser apresentado de duas formas:
ENTRADAS
Vendas
Aumento de Capital
Aumento de Emprestimos Bancários a Curto Prazo
Aumento de Financiamentos de Longo Prazo
Adiantamento de Clientes
Receitas Financeiras
SAIDAS
Pagamento a Fornecedores
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
Emprestimos Bancários a Curto Prazo
Emprestimos Bancários a Longo Prazo
Distribuição de Dividendos
Aquisicão de Imobilizado
Investimentos
CMV = Ei + C+ Ef
RESULTADO DO EXERCÍCIO
(+/-) Ajustes (receitas e despesas não-caixa)
Depreciação do Exercício
GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA
Variação da NCG
Variação dos Fornecedores
Variação dos demais passivos operacionais
Variação de Clientes
Variação de Estoques
GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA
Variação de Empréstimos Bancários de Curto Prazo
GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA
Variação de itens Permanentes de Caixa
Aumento de Capital
Dividendos
Acréscimo de Imobilizado
Capacidade de Investimentos
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EXEMPLO:
Cia. Exemplo
Balanço Patrimonial
PASSIVO
CIRCULANTE 1.500 1.770
Fornecedores 1.100 1.400
Emprestimos Bancários 400 370
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 500 660
Financiamentos 500 660
PATRIMONIO LÍQUIDO 3.500 2.950
Capital 2.000 2.150
Lucros Acumulados 1.500 800
TOTAL DO PASSIVO 5.500 5.380
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Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
2003
VENDAS LÍQUIDAS 9.000
Custo da Mercadoria Vendida (6.700)
Lucro Bruto 2.300
Entradas 9080
Vendas 8770
Aumento de Capital 150
Aumento de Financiamentos de Longo Prazo 160
Saídas 8960
Pagamento de Fornecedores 6185
Despesas Administrativas 2200
Emprestimos Bancários de C. Prazo 30
Dividendos 200
Aquisicao de Imobilizado 345
Vendas: 9.000+1.800-2.030=8.770
Compras: CMV = Ei + C – Ef => 6.700=1.400 + C - l.l85 => 6.485
Compras pagas: 6.485 + 1.100 – 1.400 = 6.185
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Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa - DFLC 2003
Resultado do Exercício (500)
(+/-) Ajustes (receitas e despesas não-caixa)
Depreciação do Exercício 600
Geração Bruta de Caixa 100
Variação da NCG
Variação dos Fornecedores 300
Variação dos demais passivos operacionais
Variação de Clientes (230)
Variação de Estoques 215
Geração Operacional de Caixa 385
Variação de Empréstimos Bancários de Curto Prazo (30)
Geração Corrente de Caixa 355
Variação de itens Permanentes de Caixa
Aumento de Capital 150
Dividendos (200)
Acréscimo de Imobilizado (345)
ANÁLISE:
Empresa Modelo
Balanço Patrimonial
PASSIVO
CIRCULANTE 5.000 10.000 18.000
Fornecedores 1.000 2.000 3.000
Diversos a Pagar 4.000 8.000 15.000
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 5.000 5.000 2.000
Financiamentos 5.000 5.000 2.000
PATRIMONIO LÍQUIDO 10.000 20.000 30.000
Capital + Lucros 10.000 20.000 30.000
2002 2003
VENDAS LÍQUIDAS 45.000 60.000
Custo da Mercadoria Vendida (10.000) (15.000)
Lucro Bruto 35.000 45.000
Cia. Exemplo
Balanço Patrimonial
PASSIVO
CIRCULANTE 33.171 43.570
Fornecedores 12.701 13.990
Salários 1.500 1.600
Imposto de Renda 6.500 4.000
Diversos 8.470 14.980
Emprestimos 4.000 9.000
2002 2003
VENDAS LÍQUIDAS 58.050 77.400
Custo da Mercadoria Vendida (12.900) (19.350)
Lucro Bruto 45.150 58.050
LUCRO => Lucro bruto, Lucro Operacional, Lucro antes do imposto de renda, Lucro
antes das Despesas financeiras, lucro Líquido?
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Mostra quanto a empresa gera de lucro para cada R$1,00 investido, ou seja a
rentabilidade do negócio.
Custo da Dívida
CD = . Despesas Financeiras .
Passivo Gerador de Encargos
Mostra quanto a empresa paga de juros para cada R$ 1,00 tomado de instituições
financeiras.
Exemplo: Se uma empresa tem um RsPL de 30% e uma taxa de RsA de 8%, conclui-se
que o Custo da Dívida tem uma taxa baixa.
Exemplo 1:
Então:
Para cada R$ 100 investidos a empresa gera um lucro de R$ 30. Paga juros de
R$ 20 para cada R$ 100 tomados junto a terceiros. Logo, em cada 100 tomado
ganha R$ 10. Como a empresa tomou 400 tem um ganho de 40.
Para os R$ 600 de Patrimônio Líquido a empresa ganha R$ 180 ( que é o que a
empresa gera de lucro) + R4 40 que é o ganho pelo uso do capital de terceiros => R$
220.
Pode-se dizer ainda que para cada 30% de Rentabilidade do negócio a empresa
consegue 36,66% para os acionistas, ou seja impulsão de 1,22 vezes.
Ou, cada 1% de rentabilidade gerada pelo negócio foi transformado em 1,22
graças a alavancagem favorável.
A capacidade que a empresa tem de administrar os recursos próprios/terceiros e com
isso maximizar os recursos por ação é a Administração da Alavancagem Financeira.
O GAF busca encontrar a melhor dosagem entre capital de terceiros e capital
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próprio e analisar o RsPL mediante variáveis na estrutura de capitais.
Exemplo2:
Para cada R$ 100 investidos a empresa gera um lucro de R$ 30. Paga juros de
R$ 50 para cada R$ 100 tomados junto a terceiros. Logo, em cada 100 tomado tem uma
perda financeira de R$ 20. Essa perda está sendo absorvida pelos acionistas.
Ou seja trabalhar com recursos de terceiros não está sendo vantajoso para essa empresa
pois tem um custo muito elevado, se comparado com a rentabilidade do negocio.
Conseqüentemente não tem uma alavancagem financeira, o índice não chega a 1%
Quando a taxa RsA é maior que o Custo da Divida, pois os acionistas são
beneficiados com uma rentabilidade maior.
O demonstrativo abaixo ilustra o enunciado:
Taxa de Retorno Versus Custo da Endividamento traz benefício? Diz-se que a Alavancagem é:
do Ativo Dívida Sim Não Favorável Desfavorável
Rs/A > CD ..........X X
Rs/A < CD ..........................X X
Rs/A = CD ........... NEUTRO NEUTRA
A empresa que utiliza recursos de terceiros tem nos seus custos financeiros os
encargos dessa opção, que representa uma substituição aos encargos que teria com os
proprietários pela remuneração do capital de risco. A capacidade que a empresa tem de
administrar os recursos próprios e ou/ os de terceiros, e com isso maximizar os lucros
por ação, é a administração da alavancagem financeira.
Lucro Operacional:
O valor decorrente das vendas deduzidos os custos e despesas fixos ou
variáveis
Lucro = MC x MS unitário
Margem de contribuição
MC = PV - CDV
Onde:
MC = Margem de Contribuição
PV = Preço de Venda
CDV = Custos e Despesas Variáveis
Margem de Segurança
MS% = . MS .
Vendas Atuais
Define o número de produtos que deve ser fabricado e vendido para que o
resultado seja zero ( não haja lucro nem prejuízo).
O ponto de equilíbrio contábil em unidades é obtido pela fórmula:
PEC = CF = 1.000 = 10
MC 100
Comprovação:
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EXERCÍCIOS
Regra 1 Seja um analista e não um escritor, no sentido de que o analista pensa sobre
os fatos relevantes para análise do risco e retrata esses pontos relevantes em seu
relatório.
Regra 2 Faça quadros que falem por si, escolhendo gráficos e tabelas que facilitem a
interpretação do leitor. Tabelas e gráficos bem estruturados e não poluídos, ou seja em
demasia, falam melhor que longas frases.
Regra 4 Omita palavras desnecessárias, evitando a idéia de que um relatório vale por
peso, ou seja, quanto maior melhor. No entanto deve-se observar para quem se está
elaborando esses relatórios pois cada administrador tem uma preferência pela
formatação dos relatórios.
É importante que o relatório tenha uma boa apresentação visual, com a devida
caracterização em sua capa. Deve haver um tamanho padrão de papel. A redação deve
ser simples e cuidadosa, evitando palavras que possibilitem dupla interpretação e
usando o português correto. Os quadros e as tabelas devem conter as informações
efetivamente facilitadoras da interpretação do relatório. O perfil da empresa e do grupo
deve ser transmitido com objetividade, assim como as características do setor de
atuação e correção do comportamento da empresa com o setor. A analise econômico-
financeira deve destacar os pontos relevantes e decisivos para a empresa e para o grupo.
Metodologia
Estrutura do relatório
Analise Financeira
Indicadores de liquidez:
Conclusão
Comparação
Esse item deve estabelecer de forma objetiva uma comparação entre a empresa e
seus concorrentes, de modo que possibilite ao leitor do relatório compreender quais os
riscos e as potencialidades em face ao mercado.
Anexos