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Natureza do Trabalho

Os médicos têm como tarefas principais a promoção da saúde, a prevenção,


diagnóstico e tratamento de doenças e a reabilitação. No âmbito da medicina
curativa, as suas funções incluem ouvir e examinar doentes (ou propor a realização
de exames junto de outros médicos, especialistas em determinadas doenças),
administrar medicamentos e aplicar ou recomendar medidas terapêuticas. No
âmbito da medicina preventiva, cabe-lhes aconselhar as pessoas nos hábitos
alimentares, na higiene e nos cuidados preventivos de saúde, bem como
salvaguardar e promover a saúde pública, participando, por exemplo, em sistemas
de prevenção sanitária de âmbito comunitário.

Dentro da medicina, existe uma grande variedade de áreas de intervenção, o que


possibilita a estes profissionais uma actuação diferenciada de acordo com os seus
interesses e motivações. Alguns médicos, por exemplo, optam por se dedicar
apenas à investigação, efectuando estudos sobre determinadas doenças, de modo a
compreender as suas causas e descobrir a sua cura ou tratamentos que reduzam os
seus sintomas ou evitem a sua progressão. Em função dos resultados obtidos,
elaboram relatórios e comunicações científicas. Outros médicos decidem
especializar-se num determinado tipo de doenças ou de intervenção médica,
dependendo as suas funções da respectiva especialidade, designadamente:

 Anatomo-Patologista: Estuda a natureza, a causa e o desenvolvimento


das doenças do organismo humano, assim como as alterações que estas
causam nas células, tecidos e órgãos, através de exames laboratoriais.

 Anestesista: Aplica técnicas com vista à supressão temporária da


sensibilidade (geral ou localizada) do corpo do doente, assegurando a
manutenção ou recuperação das suas funções vitais.

 Cardiologista: Diagnostica e trata doenças cardiovasculares, ou seja,


relativas ao coração e aos vasos sanguíneos. Designa-se de cardiologista
pediátrico quando é especialista no tratamento de doenças deste foro em
crianças.

 Cirurgião: Realiza intervenções cirúrgicas, tendo em vista a correcção


de deformidades adquiridas ou congénitas, o tratamento de doenças e
ferimentos, a prevenção de doenças e a melhoria das funções orgânicas.
Pode especializar-se em cirurgia cardiotoráxica (coração, pulmão,
esófago, etc.), maxilo-facial (maxilares e ossos da face), ortopédica
(tecido ósseo), pediátrica (cirurgia infantil), plástica e reconstrutiva
(correcção estética e de deformidades), vascular (artérias e veias) e
neurocirurgia (tecido nervoso).
 Clínico Geral: Assegura a continuidade dos cuidados médicos e examina
o doente com vista à detecção de problemas de saúde, podendo prescrever
medicamentos, pedir exames (radiografias, análises, etc.) e orientar o
doente para uma determinada especialidade médica.

 Médico de Medicina Legal: Especialista na aplicação de conhecimentos


médicos a casos de processo civil e criminal que podem ser resolvidos - ou
cuja resolução é facilitada - pela medicina.

 Médico de Medicina Nuclear: Responsável pela utilização de


substâncias químicas radioactivas no diagnóstico e terapia de determinadas
doenças, tais como angina de peito, enfartes, cancro, tumores ósseos e
doenças inflamatórias.

 Médico de Saúde Pública: Planeia, organiza e desenvolve programas


de cuidados de saúde, com vista à prevenção de doenças ou à promoção da
saúde da população em geral e de determinados grupos populacionais
definidos.

 Médico do Trabalho: No âmbito de uma organização, zela pela saúde


dos trabalhadores, realizando os exames médicos necessários em função da
actividade profissional e desenvolvendo estudos e acções sobre as condições
de higiene, saúde e segurança do ambiente/local de trabalho.

 Dermatologista: Diagnostica e trata doenças da pele e doenças


venéreas (transmitidas por via sexual).

 Endocrinologista: Especialista em doenças das glândulas de secreção


interna, do metabolismo e nutrição (diabetes, doenças da tiróide, problemas
relacionados com o peso, etc.).

 Estomatologista: Diagnostica e trata doenças da boca e das gengivas,


cáries e malformações dos dentes.

 Fisiatra: Especialista em doenças do foro da medicina física e de


reabilitação, cuja actuação visa a recuperação e o desenvolvimento das
funções de certas partes do corpo ou de determinados grupos de músculos,
através de tratamentos como fisioterapia, ergoterapia ou hidroterapia.

 Gastrenterologista: Especialista em doenças gastrointestinais


(estômago e intestinos) e hepáticas (fígado).

 Ginecologista e Obstetra: Responsável pelo diagnóstico e tratamento


de doenças da mama e do aparelho genital feminino, bem como pelo
acompanhamento da mulher grávida, assistindo-a no parto e no período
pós-parto.

 Hematologista Clínico: Ocupa-se do diagnóstico e tratamento das


doenças do sangue.

 Imunohemoterapeuta: Estuda e aplica teorias e técnicas relativas à


colheita, classificação, conservação e administração de sangue e seus
componentes.
 Internista (ou Médico de Medicina Interna): Diagnostica e trata as
afecções internas ao organismo, sob um ponto de vista multissistémico, ou
seja, tendo em conta o funcionamento global do corpo humano.

 Nefrologista: Ocupa-se do diagnóstico e tratamento das doenças dos


rins.

 Neurologista: Especialista no diagnóstico e tratamento das doenças


orgânicas do sistema nervoso central, periférico e músculos.

 Oftalmologista: Diagnostica e trata deficiências, doenças e lesões dos


olhos.

 Otorrinolaringologista: Especialista no diagnóstico e tratamento das


doenças das vias aéreas superiores e da garganta.

 Patologista Clínico: Orienta estudos e exames laboratoriais, realizados


a partir de produtos biológicos do doente, cujos resultados interpreta, de
forma a obter informações que contribuam para o diagnóstico clínico final.

 Pediatra: Acompanha o desenvolvimento físico e psíquico de crianças,


prevenindo, diagnosticando e tratando situações patológicas ou doenças.

 Pneumologista: Especialista no diagnóstico e tratamento de doenças do


sistema respiratório.

 Psiquiatra: Diagnostica e trata doenças e perturbações mentais, com


base na avaliação do estado geral, neurológico e psíquico do doente.
Designa-se de pedopsiquiatra quando é especialista no tratamento de
doenças deste foro em crianças.

 Radiologista: Procede à caracterização morfológica de órgãos e


estruturas anatómicas, através da utilização de técnicas de imagem.

 Radioterapeuta: Especialista na utilização de radiações diversas na


cura ou terapia de certas doenças do corpo humano.

 Reumatologista: Diagnostica e trata doenças reumáticas, ou seja, cujos


efeitos mais comuns consistem na inflamação e modificação regressiva das
articulações, músculos e outros órgãos.

 Urologista: Especialista que diagnostica e trata doenças das vias genito-


urinárias.

Independentemente da sua especialidade, os médicos seguem uma metodologia


genérica quando lidam com os seus doentes. O primeiro passo que tomam consiste
em tentar perceber as razões pelas quais o doente recorre à sua ajuda, inquirindo-o
sobre os sintomas que sente e/ou apresenta. Por vezes, necessitam também de
obter dados sobre o historial médico do doente, ou seja, saber quais as doenças,
perturbações ou lesões sofridas, os tratamentos a que se submeteu, os
medicamentos que pode ou não tomar, etc. Em seguida, procedem a um exame do
doente no âmbito da sua especialidade, podendo recorrer a exames físicos e
laboratoriais. Algumas vezes, a doença pode não ser manifesta ou o conjunto de
sintomas pode não mostrar qual é o verdadeiro problema, dando a impressão que
se trata de uma outra doença. Por fim, elaboram um plano de tratamento e
acompanham a sua aplicação, avaliando a evolução do estado físico e/ou psíquico
do doente. Algumas doenças e perturbações exigem que o plano de tratamento
envolva não apenas o doente, mas também a sua família (por exemplo, no caso de
distúrbios nervosos ou de toxicodependência). Com excepção das doenças crónicas
ou terminais, este processo finda normalmente com a cura ou o desaparecimento
dos sintomas da doença.

A actuação de um médico não é, contudo, isolada, especialmente quando exerce a


sua actividade num hospital ou centro de saúde. Com efeito, quer na prevenção da
doença, quer no seu diagnóstico e tratamento, o médico conta com a colaboração
de muitos outros profissionais de saúde, desde enfermeiros a técnicos auxiliares,
passando por técnicos de diagnóstico e terapêutica (fisioterapeutas, terapeutas da
fala, técnicos de radiologia, técnicos de ortoprótese, técnicos de
cardiopneumografia, etc). Este facto, conjuntamente com a necessidade de criar
uma relação de mútua confiança com os doentes, leva a que a habilidade para
comunicar e as capacidades de empatia, de relacionamento e de trabalhar em
equipa sejam muito importantes nesta profissão. O sangue-frio, a dedicação e,
sobretudo, a vocação são considerados requisitos indispensáveis, na medida em
que as profissões da área da saúde são muito exigentes e é necessário saber lidar
quotidianamente com situações de sofrimento, tanto físico como psicológico.
Fundamental é ter sempre consciência da extrema responsabilidade inerente a um
acto médico, uma vez que este interfere com a saúde e a vida das pessoas.

Tendo em conta o conjunto das suas funções, os médicos devem ser, também,
emocionalmente estáveis e capazes de se manter calmos em situações de
emergência, bem como dotados de uma elevada competência técnica e científica.
Algumas especialidades exigem capacidades particulares: por exemplo, a um
médico cirurgião é requerida uma habilidade manual muito desenvolvida. Da
mesma forma, aqueles que dirigem clínicas ou que detêm responsabilidades de
gestão ou chefia num hospital devem ter conhecimentos de gestão e de
administração, de modo a saberem coordenar outros trabalhadores e gerir os
recursos materiais e financeiros existentes. Para os que lidam diariamente com
aparelhos ou utilizam tecnologias avançadas, é ainda útil ter conhecimentos
informáticos, matemáticos e estatísticos.

Emprego

A maioria dos médicos trabalha no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS),


exercendo a sua actividade em serviços públicos de saúde, designadamente
estabelecimentos hospitalares (nas enfermarias, urgências, etc.) e centros de
saúde (como médicos de família, por exemplo). Outros exercem a sua actividade
por conta própria, quer explorando um consultório individualmente, quer
associando-se com colegas de profissão na exploração de uma clínica ou centro
médico privado. Uma situação frequentemente registada entre estes profissionais é
o facto de muitos trabalharem em mais do que um local de trabalho, acumulando a
actividade por conta de outrem com a actividade por conta própria: é habitual, por
exemplo, encontrar um médico que, para além de trabalhar num hospital, dá
consultas numa clínica ou num consultório privado

Alguns médicos trabalham, ainda, em organizações que prestam serviços médicos


ao domicílio, empresas em geral (como médicos do trabalho), faculdades e
laboratórios (como docentes e/ou investigadores), sindicatos, clubes desportivos
(no âmbito da medicina desportiva) e organismos das Forças Armadas. Nos últimos
anos, algumas oportunidades de trabalho têm sido também proporcionadas pelas
empresas da indústria farmacêutica, que recrutam médicos para o desempenho de
funções ligadas à área do marketing farmacêutico (apoio técnico e científico a
equipas de marketing, formação de delegados de informação médica, preparação
do lançamento de novos medicamentos, etc.).

Não obstante as diferentes oportunidades de exercício da sua profissão, os médicos


deparam-se com algumas dificuldades no mercado de trabalho actual. Uma delas
deriva do facto de, desde há uns anos, se verificar uma abertura reduzida de vagas
para os serviços públicos de saúde, sendo o Estado a principal entidade
empregadora destes profissionais. De facto, enquanto que, antes, os médicos que
completavam a sua especialidade eram automaticamente integrados no SNS,
actualmente isso já não acontece: quem completa o Internato Geral (vd. Formação
e Evolução na Carreira) tem de se sujeitar a concurso para as diferentes
especialidades, sendo as vagas insuficientes para absorver todos os que terminam
a sua formação médica. As dificuldades variam, contudo, de especialidade para
especialidade: se para aceder a algumas é necessário obter classificações muito
boas, dada a concorrência existente, outras há cujas vagas ficam por ocupar.

Por outro lado, o estabelecimento por conta própria, através da abertura de um


consultório, por exemplo, é dificultado pelos investimentos iniciais que são
necessários fazer, designadamente em instalações e equipamentos (os quais
podem atingir somas muito elevadas em algumas especialidades). O exercício de
actividade por conta própria é, assim, mais habitual entre os médicos com alguns
anos de carreira, não sendo uma solução fácil para os recém-especializados. As
hipóteses de emprego nas empresas, por seu lado, são também limitadas, pois são
poucas as que têm necessidade de ter um médico ao seu serviço a tempo inteiro,
oferecendo apenas oportunidades de trabalho não permanentes (por exemplo, uma
vez por semana). Somente as grandes organizações têm necessidade de
proporcionar um emprego estável a estes profissionais.

À semelhança do que sucede noutras áreas profissionais, o mercado de trabalho


dos médicos é, ainda, afectado pelo modo como estes estão distribuídos pelo
território nacional: apesar de haver falta de médicos em algumas zonas rurais ou
interiores do nosso país (sendo esta falta, por vezes, muito acentuada em relação a
certas especialidades), registam-se algumas dificuldades de emprego nos grandes
centros urbanos, dado que é nos estabelecimentos de saúde aqui localizados -
normalmente dotados de melhores equipamentos - que a maioria dos médicos
prefere trabalhar.

Profissionais Inscritos na Ordem dos Médicos, por sexo, (1991-1997)


Fonte: Dep. de Organização e Informática da Ordem dos Médicos

Formação e Evolução na Carreira

Dada a natureza das suas funções, os médicos têm um período de formação muito
longo, comparativamente com a generalidade das profissões. Em primeiro lugar,
necessitam de se licenciar num curso em Medicina, o qual existe em diversos
estabelecimentos de ensino, nomeadamente:

Ensino Público

Licenciatura Estabelecimentos

Medicina Fac. de Medicina da Univ. de Coimbra, Fac. de


Medicina da Univ. de Lisboa, Fac. de Ciências
Médicas da Univ. Nova de Lisboa, Fac. de Medicina da
Univ. do Porto e Inst. de Ciências Biomédicas de Abel
Salazar da Univ. do Porto
Fonte: Guia de Acesso ao Ensino Superior - Candidatura/98

As licenciaturas em Medicina têm a duração de 6 anos e, ao contrário do que


acontece na quase totalidade dos países europeus, a sua conclusão não permite
exercer a profissão de médico. Para que isso aconteça é necessário que o licenciado
frequente o Internato Geral (IG), período de exercício da medicina tutelado pelo
Ministério da Saúde e que requer inscrição prévia na Ordem dos Médicos. O IG tem
a duração de 18 meses e decorre num serviço de saúde, sendo o seu objectivo
principal a aquisição de experiência. Após este período, quem pretenda trabalhar
em serviços públicos de saúde necessita de frequentar o Internato Complementar
(IC), com vista a obter uma especialização. O acesso ao IC faz-se por concurso e
depende do número de vagas existentes em cada serviço de saúde para cada
especialidade e dos resultados obtidos no exame de entrada que é necessário
realizar. A duração do IC varia consoante a especialidade escolhida: 3 anos para
Saúde Pública e Clínica Geral, 4 anos para especialidades como Anestesiologia,
Estomatologia, Fisiatria e Psiquiatria, 5 anos para especialidades como Cardiologia,
Medicina Interna, Pediatria ou Pneumologia e 6 anos para especialidades como
Ginecologia, Urologia e todas as cirúrgicas (Cirurgia Geral, Plástica, Vascular, etc.).
Uma vez concluído o IC, é necessário realizar um exame final, comprovativo dos
conhecimentos adquiridos. Resumindo, os médicos necessitam de estudar, no
mínimo, durante 7 anos e meio e, caso queiram especializar-se, o seu período de
formação pode ser prolongado até 13 anos e meio.
As suas perspectivas de carreira variam consoante a entidade empregadora e as
opções profissionais tomadas. Como já foi referido, aqueles que pretendam
trabalhar para o Estado iniciam a sua actividade como internos gerais, passando a
internos complementares. Uma vez completado o IC, podem ingressar nas carreiras
médicas, através de concurso para a categoria de assistentes, no âmbito da sua
especialidade (passando, por exemplo, a assistentes de neurologia). Com a
evolução na carreira, podem vir a ser assistentes graduados, chefes de serviço e/ou
nomeados para funções de chefia e de gestão (director de hospital, director clínico,
director de departamento ou director de serviços). Como funcionários públicos, os
médicos evoluem na carreira por concurso curricular ou prestação de provas
públicas, dependendo essa evolução da existência de vagas. O mesmo sucede com
os médicos que trabalham como docentes ou investigadores, não obstante
evoluírem em carreiras diferentes. O sucesso profissional dos médicos que
trabalham por conta própria é visível, sobretudo, no número de pessoas que
recorrem aos seus serviços.

Ao longo da carreira, é muito importante que estes profissionais se mantenham


actualizados, pois a medicina é uma área onde a evolução técnica e científica é
constante: estão sempre a aparecer novos medicamentos, novas técnicas, novas
terapias e o que é recomendável numa dada altura pode ser considerado
contraproducente ou não aconselhável após algum tempo. Por este motivo, os
médicos necessitam de investir continuamente na actualização dos seus
conhecimentos, através, por exemplo, da frequência regular de seminários ou
congressos e da leitura de literatura médica especializada.

Condições de Trabalho

As condições de trabalho em que os médicos desenvolvem a sua actividade são


muito variáveis. Os que trabalham por conta própria poderão, eventualmente,
usufruir das melhores condições, possuindo um espaço individual, com boas
condições ambientais, na clínica ou na empresa, e um horário regular, muitas vezes
estabelecido pelos próprios. Em comparação, os que trabalham em
estabelecimentos de saúde públicos poderão não possuir um espaço próprio e ter
de lidar com problemas resultantes da falta de recursos humanos e de
equipamento. Além disso, poderão ter de fazer trabalho extraordinário e serviço de
urgência, que podem ocorrer à noite, em dias de descanso semanal e de descanso
complementar.

O serviço de urgência é considerado, por alguns destes profissionais, como um dos


períodos mais exigentes do seu quotidiano: durante este período, passam por
momentos de grande tensão, dado que são constantemente chamados a intervir de
uma forma rápida perante situações de pessoas cujas vidas estão em risco,
nomeadamente electrocutados, acidentados, queimados, atropelados, amputados,
etc., contactando mais directamente com o sofrimento humano e com a morte.
Dado o contacto directo que têm com os doentes, os médicos estão sujeitos, ainda,
a alguns riscos profissionais, nomeadamente o de contraírem doenças infecto-
contagiosas.

Perspectivas

Uma das grandes alterações que se espera vir a afectar estes profissionais nos
próximos anos é a redução do seu período de formação. Com efeito, o número de
anos que os médicos têm de estudar para poderem exercer a sua profissão é
considerado excessivo, pelo que se encontra em estudo um processo de
reestruturação curricular das licenciaturas em Medicina. Uma das hipóteses
consideradas por este estudo é a integração do IG na própria licenciatura, o que
permitiria a um licenciado em Medicina exercer actividade no sector privado logo
que terminasse o seu curso, reduzindo-se assim o período de tempo da formação
médica.

Por outro lado, a ideia, cada vez mais forte, de que a prevenção da saúde é um dos
factores mais importantes para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos
deixa prever que se continuará a assistir ao avanço da medicina preventiva, a par
da de diagnóstico e tratamento e da de reabilitação. De facto, desde há uns anos
que se têm multiplicado as campanhas de luta contra determinadas doenças
(cancro, SIDA, etc.) e de divulgação de hábitos de saúde preventivos, sendo de
esperar que os médicos sejam cada vez mais chamados a participar neste tipo de
campanhas e na promoção de uma mentalidade preventiva junto dos cidadãos.

Desconhecem-se, todavia, as alterações que o mercado de trabalho dos médicos irá


sofrer nos próximos anos, uma vez que está actualmente em preparação a reforma
do SNS, a qual pretende, entre outros objectivos, flexibilizar a gestão dos
estabelecimentos de saúde públicos e dos recursos humanos do sector da saúde.
Isto significa que, a médio prazo, poder-se-á assistir, por exemplo, à aplicação de
critérios de gestão típicos do sector privado à gestão de hospitais (conferindo-lhes
maior rapidez de acção e autonomia) ou à criação de mais incentivos para a fixação
de médicos nas periferias dos grandes centros urbanos ou nas zonas rurais (com
vista a corrigir os desequilíbrios relativos à sua distribuição geográfica).

Independentemente das mudanças que venham a ser registadas no âmbito do SNS,


é de prever que os médicos continuem a ser procurados no mercado de trabalho,
pois, para além das necessidades actualmente existentes, as estatísticas mostram
que a média etária dos médicos é alta e que se assistirá, nos próximos tempos, a
uma redução significativa destes profissionais, devido ao número acentuado de
reformas. A carência de médicos daí decorrente deverá levar ao aumento da
capacidade formativa nesta área, através do aparecimento de mais licenciaturas em
Medicina ou do alargamento dos numerus clausus das actualmente existentes. No
entanto, quem deseje enveredar por esta profissão deverá estar consciente de que
continuará a ser necessário obter boas classificações nos estudos, desde muito
cedo.

Contactos para Informações Adicionais

Existem várias entidades que podem fornecer informações adicionais sobre esta
profissão, nomeadamente:

 Ordem dos Médicos, Av. Almirante Gago Coutinho, 151, 1700 Lisboa, Tlf. (01)
8427100.
 E-mail: ordemmedicos@mail.telepac.pt
 Web site: http://www.ordemmedicos.pt/

 Departamento de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, Av. Miguel


Bombarda, 6, 1000 Lisboa, Tlf. (01) 7935427.

 Federação Nacional de Médicos, Rua Pascoal de Melo, 1 - 4.º Esq.º, 1170


Lisboa, Tlf. (01) 8110870.

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