Aquecimento global e
sustentabilidade
Antonio Carlos de Mendes Thame
Sede
Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - cep 04533-001
www.ciee.org.br
Coleção CIEE 114
Aquecimento global e
sustentabilidade
São Paulo
2010
C389a CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA - CIEE
Aquecimento global e sustentabilidade / Centro de Integração
Empresa-Escola – São Paulo : CIEE, 2010.
49 p. (Coleção CIEE ; 114)
Palestra proferida por Antonio Carlos de Mendes Thame durante
o Fórum Permanente de Debates do CIEE sobre a Realidade Brasilei-
ra, realizada no auditório Ernesto Igel e Mario Amato do CIEE em 24
de setembro de 2009.
ISBN: 978-85-63704-01-6
A importância da conscientização
ambiental.................................................... 7
Ruy Martins Altenfelder Silva
Aquecimento global e
sustentabilidade.......................................... 23
Antonio Carlos de Mendes Thame
Debates....................................................... 53
Homenagem de encerramento..................... 61
A importância
A importância da da
conscientização
conscientização
ambiental
ambiental
A
lém do reconhecido papel de agente integrador,
comprovado pelo encaminhamento de milhares
de jovens estudantes para estágio e programas de
aprendizagem, o Centro de Integração Empresa-Escola
- CIEE desenvolve inúmeras atividades, com o intuito de
ampliar o conhecimento sobre temas em alta no país. O Fó-
rum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira
é uma dessas iniciativas, uma vez que visa à compreensão
aprofundada de assuntos relevantes, tanto no cenário na-
cional, quanto internacional.
8
ao uso inadequado dos recursos naturais e da destruição de
ecossistemas, tornando-se urgente a união global em torno
de soluções que amenizem os efeitos negativos desse des-
respeito histórico do homem com o meio ambiente.
H
á 10 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola
- CIEE realiza o Fórum Permanente de Debates
sobre a Realidade Brasileira, um evento de fun-
damental importância para o entendimento de temáticas
relevantes no âmbito nacional.
Boa leitura!
12
Conduta
Condutaética
ética emem
defesa
defesado meio
do meio
ambiente
ambiente
E
sta é mais uma obra resultante do Fórum Permanente
de Debates sobre a Realidade Brasileira, realizado pelo
Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE. Nesses
encontros periódicos, reúnem-se grandes conferencistas para
discutir e esclarecer problemas gravíssimos e intrincados que
estão na base das dificuldades que este país atravessa em seu
impulso para um futuro maior e melhor.
14
É necessário ressaltar o papel de
educador e historiador da educa- A educação
ção brasileira desempenhado pelo
técnica no Brasil
CIEE. Afinal, coube à entidade con-
solidar a primeira solução para um nunca teve muito
problema histórico do Brasil. Trata- prestígio, pois,
se da separação absoluta da educa- infelizmente,
ção, ao longo dos séculos, entre ge-
este foi um
ral e técnica.
país que nasceu
A educação técnica no Brasil escravocrata.
nunca teve muito prestígio, pois,
infelizmente, este foi um país que
nasceu escravocrata. E não presti-
giar o trabalho manual é próprio da psicologia das coletivi-
dades que tiveram escravos, já que esse tipo de atividade
não cabia ao homem livre. Assim, ao longo do período da
Colônia e do Império, verifica-se, no Brasil, a ausência da
educação técnica.
aos interesses
A educação brasileira era apenas
estreitos das para a elite. Era destinada às famí-
famílias que lias de alto nível econômico e social.
a utilizavam. Somente os filhos dos grandes fa-
zendeiros, dos grandes latifundiá
O resto da
rios, dos altos funcionários da coroa
população não portuguesa e da corte imperial po-
tinha acesso a diam estudar. Somente essas famí-
escolas. lias dispunham de recursos econô-
micos suficientes para financiar o
estudo.
16
preparavam para um curso superior. Assim, quem não conse-
guisse chegar a um curso superior havia perdido todo o tempo
que gastou na educação geral, na chamada paideia.
18
presentes ensinavam o Teorema de
Pitágoras a seus alunos. Foi um le-
O professor deveria
vantamento de braços unânime: cla-
ramente todos o ensinavam.
ser formado no
sentido de, ao
Em seguida, perguntei quais de- ensinar um conceito,
les haviam conseguido ensinar a
ser capaz de,
seus alunos para que serve o Teore-
ma de Pitágoras. Ninguém levantou
imediatamente,
a mão. Nenhum deles havia sido aplicá-lo na vida
preparado para isso. Os cursos de prática de seus
pedagogia no Brasil são uma piada.
alunos.
Os resultados dessa situação apa-
recem hoje, quando estão sendo feitas
as avaliações do PISA. Nessas avaliações, participam mais de
60 países. Elas são organizadas pela OCDE da Europa, para
verificar os resultados da educação no mundo. No ano passado,
o Brasil ficou em 52º lugar. Podem estar certos de que neste
ano o resultado será pior.
20
bustíveis e presidiu a CPI da Biopirataria, que tratou do
tráfico de animais e plantas silvestres, bem como do desvio
de material genético e da exploração e do comércio ilegal de
madeiras nobres, assuntos estes que caracterizam a pirata-
ria dos tempos modernos.
22
Aquecimento
Aquecimento Global e
Global e
Sustentabilidade
Sustentabilidade
E
ste livro trata de um tema paradoxalmente recente
na história da humanidade: as questões ambien-
tais.
24
regular o clima, de oferecer
remédios através de fárma-
cos, em suma, todos aqueles A primeira vez
controles que a natureza rea- que a humanidade
liza estavam começando a de-
se reuniu para
monstrar sinais de exaustão.
discutir questões
A primeira vez que a huma- ambientais de uma
nidade se reuniu para discutir forma organizada
questões ambientais de uma
foi em 1972, em
forma organizada foi em 1972,
em Estocolmo. Lá, a ONU Estocolmo.
aprovou a Declaração de Esto-
colmo e o plano de mudanças
climáticas, o PINUMA, que existe até hoje. Naquela épo-
ca, foram detectados os seguintes problemas ambientais:
destruição acelerada de florestas, perda de solos agricul-
táveis, diminuição da capacidade pesqueira, notadamente
em áreas costeiras, desaparecimento de espécies animais e
vegetais e escassez localizada de água.
26
essa energia. A queima destes
quatro combustíveis produz
Na era pré-
uma emissão contínua de gás
carbônico que vai sendo acu- industrial, a
mulada na atmosfera. concentração era
de 280 ppm, e,
Assim, a concentração de
em 2000, chega a
gás carbônico na atmosfera
começa a crescer. Passa de 380 ppm. Ou seja,
280 ppm, na época da 1ª re- está se chegando
volução industrial, para 310 a quase 400 ppm
ppm em 1960. A partir de en-
de concentração
tão, a curva empina. Depois
da 2ª Guerra Mundial houve de gás carbônico
um processo de conurbação, (CO2) na atmosfera.
ou seja, a concentração da po-
pulação nas grandes cidades,
uma migração rural-urbana
muito grande. Vivendo nas cidades, a população precisa de
energia para transportes e o seu consumo aumenta muito.
28
fera e aumenta-se o efeito estufa
e o aquecimento global. Deve ser feita uma
É necessária uma nova re-
terceira revolução:
volução energética. Como vis- a descarbonização
to, a primeira revolução foi a da atmosfera.
descoberta do motor a vapor. A Será preciso
segunda revolução energética,
90 anos depois, foi a da eletri-
mudar a forma de
cidade e do motor de combus- viver, consumir e,
tão interna. consequentemente,
produzir.
Deve ser feita uma terceira
revolução: a descarbonização
da atmosfera. Será preciso
mudar a forma de viver, consumir e, consequentemente,
produzir.
30
da capacidade das quedas
d’água. A energia obtida do
A biomassa é
gás natural deve ser man-
tida ou diminuída. Já a do matriz limpa, a
petróleo tem que ser muito energia solar é
reduzida, porque as jazidas totalmente limpa
irão se reduzir muito. E,
e a hidrelétrica
finalmente, diminuir bas-
tante, de uma forma muito é absolutamente
expressiva, a utilização do limpa.
carvão.
32
malefícios da emissão de CO2.
Dessa forma, foi criada a civili-
O Estado atua em
zação carbonária.
duas vertentes:
A única forma de corrigir na legislação e
distorções do mercado é atra- nos investimentos
vés de uma atuação do Estado.
públicos. Ele
Os últimos leilões da ANEEL,
a Agência Nacional de Energia pode fazer leis
Elétrica, feitos recentemente que induzam
para o fornecimento de energia uma mudança
a partir de 2012, foram ganhos
comportamental.
por empresas que vão fornecer
energia elétrica a partir de usi-
nas termoelétricas, uma boa
parte delas movidas a carvão
ou a gás.
álcool era o
Observe um exemplo de atua-
dobro do custo da ção do governo na parte das leis.
produção de um No Brasil, tem-se o exemplo do
litro de gasolina. Proálcool. Em meados da década
de 1970, o governo fez uma brutal
intervenção no mercado, em duas
famílias de leis: leis de incentivo
e leis mandatórias.
34
cativo para o álcool. Assim, essa legislação induziu a im-
plantação de uma curva de aprendizagem.
36
ecologicamente conveniente em de-
terminado momento da história do
O Brasil tem que
país. Os resultados foram fantásticos.
seguir esse caminho
O Brasil tem que seguir esse ca- e fazer leis de
minho e fazer leis de incentivo em incentivo em uma
uma reforma tributária ecológica.
reforma tributária
Agora, é necessário analisar os
ecológica.
pontos positivos do etanol para o
país. Ele apresenta uma vantagem
em saúde pública, porque sua mistura à gasolina elimina a
necessidade do uso do chumbo tetraetila, que ainda é usado
em alguns países e é altamente cancerígeno.
38
Enquanto isso, países pobres desejam o contrário. Que-
rem produzir o máximo para pagar suas dívidas externas,
suas importações. Mas não conseguem vender seus produ-
tos no mercado internacional, tamanhas são as barreiras
que as nações ricas impõem para proteger seus mercados
internos em virtude de seus fortes lobbies.
40
bientais. Não adianta atender apenas um ou dois deles. É
necessário atender a todos para que a produção seja consi-
derada sustentável.
de cana apresenta
No caso do milho dos Estados
um resultado Unidos, o balanço é de 1,4 para 1.
fantástico, de 9 O volume de combustível produzido
para 1. é pouco superior ao de combustível
consumido. É quase um empate.
Mesmo assim, defende-se essa pos-
sibilidade, porque o processo vai passando por uma curva
de aprendizagem e, no futuro, a produção tende a ficar mais
eficiente.
42
agrícola. É o primeiro Estado do país a fazer isso. Existem
regiões onde se pode plantar cana, que são adequadas para
essa atividade. Por outro lado, há regiões onde é possível o
plantio de cana com limitações ambientais. São necessários
cuidados com água e outros aspectos.
44
lhões de toneladas em 1970, para 130 milhões de toneladas
em 1997. Além disso, ocorreu um aumento brutal na pro-
dutividade, que passou de 1.500 kg por hectare para 2.800
kg por hectare. O aumento da produtividade foi muito mais
significativo do que a ampliação da área plantada.
46
processo gradualmente para se produ-
zir cada vez mais barato.
A energia nuclear
Finalmente, têm-se os trópicos de não tem essa
Câncer e de Capricórnio. Entre eles característica.
estão os países tropicais, de clima Depois que a
quente. São os mais pobres do pla-
usina é montada,
neta, que incluem países da América
Central, América do Sul, toda a Áfri- não há curva de
ca e outros na Ásia. aprendizagem.
Só após 30 anos
Esses países têm uma oportuni-
será possível falar
dade excepcional de produzir bio-
combustíveis e vender para os paí em ganho de
ses do norte, mais frios. São 100 produtividade.
países da região tropical que pode-
riam abastecer com biocombustíveis
200 nações, enquanto hoje são apenas 20 países petrolífe-
ros que fornecem combustíveis para o mundo inteiro.
48
Os países pobres poderão emer- Na primeira
gir como potências tropicais se ti-
revolução
verem o discernimento de produ-
zir de forma sustentável. Se for energética, quando
para destruir floresta ou substi- foi criado o motor a
tuir alimentos, ter trabalho escra- vapor, quais países
vo ou infantil, será inútil porque
se saíram bem?
não será possível exportar.
Os que tinham
Os países ricos irão exigir cer- carvão e lenha.
tificados de que a produção está
sendo conduzida de forma susten-
tável. Mas não podem ser, na verdade, barreiras disfarça-
das para impedir a importação. Elas devem ser baseadas
em evidências científicas e ser medidas com clareza para
evitar subjetividades.
50
preocupações ao comportamento, ou
corre-se o risco de perder a oportuni-
As pessoas
dade de continuar vivendo na Terra.
Arrisca-se a não dar continuidade a
estão sendo
essas condições que propiciam o fu- bombardeadas pela
turo de descendentes. É preciso in- imprensa todos os
corporar essas preocupações ao coti-
dias em relação a
diano.
dois fenômenos
Só que o comportamento não se ambientais sérios
pauta por preocupações, mas sim e letais: a escassez
por princípios e valores, sendo es-
de água doce e o
tes últimos fatos valorizados por
uma sociedade em determinado
aquecimento global.
momento da sua história. E esses
valores são incorporados à consci-
ência. Se as preocupações ambientais forem transformadas
em valores, consegue-se mudar o comportamento.
“Desta vez não haverá uma Arca de Noé que salvará al-
guns e deixará os demais morrerem. Ou nos salvamos
todos ou ninguém sobreviverá”.
52
DEBATES
Antonio Carlos
DEBATES
Trevisan Consultoria
Primeiramente, gostaria de fazer uma provocação: a substituição do pe-
tróleo pela agroenergia do etanol ou do biodiesel é importante mas, se
utilizarmos uma matemática simples, algo não bate.
Calculamos, na Trevisan, que o Brasil irá produzir, neste ano, 26 bilhões
de litros de etanol, que significam aproximadamente 50 horas de con-
sumo de petróleo no mundo. Ou seja, para substituirmos esses quase 86
milhões de barris de petróleo consumidos por dia, será necessária uma
área de cultivo muito grande. Como isso poderia ser conseguido?
Além disso, existe o aspecto de que não aproveitamos esse resíduo, o
CO2, para geração de energia e nem mesmo procuramos realizar uma
captação dele em algum sumidouro. Ele é simplesmente desperdiçado.
A Petrobrás tem um projeto interessante para injetar o CO2 em campos
esgotados ou mesmo em campos em produção, o que permite aumentar
a produção do petróleo. Essa não poderia ser uma saída?
A segunda pergunta: sabemos que essa produção de agroenergia, sobretudo
do etanol, mas mesmo de outras plantas, demanda muita água. Temos um
problema sério de água, como o senhor mesmo colocou.
Ora, sabemos que a China importa muita soja do Brasil porque lá há
muita falta de água. Dessa forma, estamos, na verdade, exportando
água dentro da soja. Como iremos conseguir água para fazer a produção
dessa agroenergia? Como conciliar esses dois números?
54
basalto, alcançando os aquíferos.
Nos Estados Unidos, a produção de etanol foi iniciada porque se perdeu
um aquífero inteiro no estado de Iowa devido ao MTBE. O governador
Tommy Thompson formou, então, uma coalizão de governadores para
produzir etanol com a matéria prima que estava disponível, no caso,
o milho, mesmo que a produção fosse extremamente antieconômica,
como é até hoje.
Agora, eles estão chegando à conclusão de que assim não pode continuar.
Eles precisam encontrar uma outra solução, porque o dano ambiental do
MTBE é muito grande. Mesmo assim, o mundo ainda utiliza amplamente
o MTBE hoje.
Em alguns lugares, como em Caracas ou em Taipé, ainda se usa o chum-
bo tetraetila, porque a produção de MTBE não é suficiente. Assim, utili-
DEBATES
zam o pior aditivo que existe, o chumbo.
Portanto, aumentar a produção do biocombustível não significa imaginar
que será possível substituir todo o petróleo por ele. Espera-se que ocorra
uma corrida para uma produção mais econômica, no mínimo com carros
mais eficientes, como é o objetivo dessa nova resolução do Obama.
Nos Estados Unidos, a partir de 2012, somente será possível produzir veículos
que façam, no mínimo, 15 km por litro. Portanto, esse costume tipicamente
americano de utilizar carros grandes, que fazem 5 km por litro, como era o
caso do Galaxie e do Landau, aqui no Brasil, terá que mudar.
Se somarmos a eficiência com o aumento da produção, acredito que os
países tropicais possam produzir biocombustível para exportar para os
países ricos.
Em terceiro lugar, teremos, um dia, o etanol ou o biodiesel produzidos a
partir da celulose obtida de gravetos, do bagaço etc. É o chamado etanol
celulósico.
Rompendo-se a camada de lignina, que fica por cima da molécula de
celulose, é possível se obter esse etanol. O problema é como quebrar
essa crosta, mas as pesquisas estão bastante avançadas.
Para demonstrar que se trata de uma luta de Davi contra Golias, vejam
que em São Paulo há um programa da Codistil, uma empresa particular,
com a Fapesp. Somando o que as duas estão investindo, temos 180 mi-
lhões de reais, que equivalem a 90 milhões de dólares.
Gleuber Martino
O senhor disse que São Paulo é um Estado pioneiro em várias atividades,
em vários incentivos à política ambiental. Temos uma grande frota de
carro flex no Brasil e São Paulo possui uma grande parte dela.
Não seria possível começarmos a trabalhar no Estado pela diminuição
do IPVA para os carros flex, para revigorar a frota e existir um maior
incentivo à produção e consumo de carro a álcool? Isso está ao alcance
dos governos estaduais. Na minha opinião, São Paulo também poderia
ser pioneiro nisso.
56
carro a álcool.
Na verdade, o carro flex é um carro a gasolina que usa álcool. Quando foi in-
ventada a tecnologia dos veículos flex, os engenheiros automotivos ficaram
com medo de fazer um carro a álcool que pudesse utilizar gasolina porque
haveria o risco de que o motor explodisse. A área de explosão do álcool é
menor que a da gasolina e, por isso, haveria esse risco.
Assim, fizeram um carro a gasolina que pode ser movido a álcool, porém
gastando proporcionalmente mais combustível. Por exemplo, o Astra movido
a álcool gastava menos combustível que um Astra flex com álcool.
O carro flex é um veículo a gasolina que tem um seguro para a falta de
combustível, como aconteceu em 1978. Em uma situação dessas, ele
pode também funcionar com álcool.
Portanto, sou favorável a que o carro flex tenha o mesmo IPVA que o
DEBATES
antigo carro a álcool, com um valor menor, para estimular suas vendas.
Nelson Alves
Conselheiro do CIEE
Inicialmente, gostaria de dizer que se pudermos participar desse movi-
mento em prol da continuidade da Terra, certamente tudo vingará ao
longo do tempo.
Não sei até onde os órgãos internacionais estão preocupados como al-
guns de nós, brasileiros, já que a China tem apresentado um programa
de desenvolvimento baseado na força motriz oriunda de materiais onde
o CO2 ainda está presente.
Por outro lado, perguntaria se não existe nos institutos internacionais
preocupação em procurar saber o porquê disso e conduzir o assunto. Por
que não se incentivar, no caso específico do biodiesel, também outras li-
nhas, embora algumas sejam até mesmo antieconômicas, como no caso
da força eólica?
Temos os exemplos dos países europeus. A Holanda está, até hoje, viva
devido à força eólica, em um nível abaixo do mar.
Portanto, acho que algo deve ser feito no sentido de que as comunida-
des europeias e mundiais possam realmente realizar mudanças.
58
depois que fomos assaltados e a espaçonave está perdendo a condição
de nos transportar pelo Universo em torno do sol. Isso aconteceu real-
mente nos últimos cem anos, quando apareceu toda essa tecnologia e
sua evolução.
Pergunto o que pode ser feito para melhorar esse aspecto preventivo?
Os Estados Unidos não assinaram o acordo em Kioto. Será que essa
atitude do presidente Obama, que representa uma postura mais proa-
tiva por parte dos americanos em relação a esse problema, trará algum
benefício para a humanidade?
Essa decisão tem que ser realmente tomada agora, porque a mídia infor-
ma que o gelo está derretendo nos polos, o nível do mar está subindo,
enfim, estão acontecendo coisas que não são muito visíveis, mas que
com o passar do tempo resultarão em problemas sérios, de forma muito
DEBATES
mais acelerada.
O vice-presidente Gore também apresentou um filme que é muito inte-
ressante e importante, porém pouco divulgado.
Temos que trabalhar muito rápido nessa questão e quero publicamente
convidá-lo para fazer essa palestra no Conselho Regional de Administra-
ção para que possamos, também, divulgar tudo isso junto aos adminis-
tradores, nossos companheiros que são formadores de opinião.
Plateia
Comente a inclusão de disciplinas de educação ambiental nas escolas.
60
Homenagem de
encerramento
Coordenação Editorial
Renato Avanzi
Capa
Marcelo Matsumoto
Foto Capa
Banco PIXYS
Diagramação e Arte
Edith M. Schmidt
Taquigrafia
Oswaldo Chiquetto
Impressão
First Fotolitos e Editora Gráfica
Editado por
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RINO COM