Você S/A / Organize suas finanças / Edição 9124 / Empreendedorismo 2 - O salário do dono da empresa
A possibilidade de definir o próprio salário faz com que muita gente sonhe em abrir uma empresa. Porém, um micro ou
pequeno empresário raramente consegue a remuneração que deseja no fim do mês sem ter um plano de negócios
definido. Segundo a advogada tributarista Denise Fabretti, professora de direito tributário da Escola Superior de
Advocacia (ESA), da OAB-SP, em uma sociedade podem existir dois tipos de sócios: o investidor, que contribui com
recursos para formação do capital social, e o trabalhador, que oferece sua mão de obra à empresa.
“O primeiro recebe o lucro apurado do ano, enquanto o segundo tem direito ao pró-labore, que é a retribuição mensal
recebida pelo trabalho prestado.” Ao calcular o valor de sua remuneração, o empresário deve saber que não tem direito
a 13º salário, férias e licença-maternidade, pois não é considerado um funcionário. Para Bóris Hermanson, consultor
financeiro do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de São Paulo, o direito ao pró-labore deve ser
fixado no contrato social, com a definição do valor a ser pago e quais sócios poderão fazer esse tipo de retirada.
“O empresário deve calcular quanto ele precisa para viver. O seu salário deve ser baseado nesse planejamento pessoal”,
diz o consultor.
Mordida do Leão
Como depende da capacidade financeira da empresa, o prólabore pode variar mês a mês. Não há um teto do valor a ser
pago, a não ser que seja preestabelecido no plano de negócios. Porém, sobre o pró-labore incide Imposto de Renda e
INSS, calculado à alíquota de 20%.
O mesmo não acontece com o lucro, que já é tributado na fonte. “O pró-labore tem uma tributação desfavorável. É
oneroso tanto para a pessoa jurídica quanto para a pessoa física. Por isso, seu valor deve ser baixo, como um salário
mínimo”, diz Caio Fragatta, consultor financeiro pessoal. Nesse caso, Caio aconselha que a maior parte da renda mensal
http://vocesa.abril.com.br/imprima-essa-pagina.shtml 15/05/2011
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JOGO EMPATADO
A empresa atinge o ponto de equilíbrio: não tem lucro, mas também não dá
prejuízos. Pode ser pago o pró-labore.
PRIMEIROS LUCROS
Entre seis meses e um ano, começa haver lucro. Fique atento para a
porcentagem da retirada, que nunca deve ser de 100% para pagamento de
pró-labore e divisão de lucros.
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(2) comentário(s)
ederson jose cardoso da silva - Oi tudo bem com vocês, tenho uma pequenha empresa e presto serviço autonomo de
istalaçâo de antena de internet,queria sabe primeiro que direito que eu tenho sento autônimo, E a empresa que vai
querer meu serviço tem que fazer um seguro pra min.Eu pagando o INNS mais ora frente tennho direito da
aposentedoria, obrigado até mais - 04/04/2011 08:44:19
Fabio Manoel - Parabéns pela reportagem, esclareceu perfeitamente as minhas dúvidas.Vou ficar com o pró-labore de
R$ 510,00 e o restante como Lucro Distribuído.Sem dúvidas! - 15/06/2010 10:29:18
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