1. Objetivos
1. Determinar a potência no eixo do Parafuso de Arquimedes necessária para a
elevação de 500 mL de água;
2. determinar o número de espiras e consequentemente seu ângulo de inclinação e
passo de modo a obter um redimento razoável.
Consideremos à 25◦ C:
• Massa especı́fica (ρ) = 997, 0479 kg/m3
• Vazão (Q) = 5, 56 × 10−6 m3 /s
• Aceleração da gravidade (g) = 9, 8 m/s2
• Viscosidade (µ) = 0, 001 P a · s
As dimensões do projeto
• Comprimento do Parafuso Sem-Fim (nPT ou L) = 0, 42 m
• Diâmetro (D) = 0, 07 m
2. Análise e Cálculos
A potência da bomba é dada por [1]:
PB = ρgQhB (1)
onde:
ρ é a massa especı́fica do material a ser transportado;
g é a aceleração gravitacional;
Q é a vazão de escoamento do material; e
hB é a carga de elevação que a bomba deverá fornecer.
Substituindo os valores constantes na Eq. (1) e realizando as operações, temos
3
kg m −6 m
PB = 1000 · 9, 8 · 5, 56 · 10 · hB m (2)
m3 s2 s
resultando
N
PB = 0, 054488 · hB m (3)
s
hB é dado por
hB = hT + hTp (4)
onde:
hT é o comprimento do eixo do parafuso, ou seja, é igual a nPT ; e
hTp é o somatório das perdas.
hT é uma constante e corresponde ao comprimento do parafuso, que é de n passos
de PT cm cada, ou seja, nPT = 0, 42 m.
Sabemos que o produto entre o número de passos, n, e o tamanho do passo, PT , é
0, 42 m, no entanto não conhecemos n, nem PT . Se aumentarmos o número de passos, n,
diminuiremos o ângulo θ, vide a Figura 1.
PT
tg θ = → PT = 2πR · tg θ (5)
2πR
Podemos reescrever a Eq. (4) assim
hTp =
X X
hp,d + hp,l (7)
onde:
hp,d é a perda distribuı́da, devido ao atrito viscoso ao longo da tubulação entre as duas
seções consideradas; e
hp,l é a perda localizada, devido aos acessórios ou acidentes localizados em determinadas
posições nas tubulações, tais como válvulas, variações na seção transversal, curvas, etc.
n
hTp = hp,d → hTp = n · hp,d
X
(8)
1
L V̄ 2
hp,d = f · · (9)
D 2g
onde:
f é o fator de atrito;
L é o comprimento do duto;
D é o diâmetro do duto.
V̄ é a velocidade média de escoamento;
g é a acelação gravitacional;
64
f= (11)
Re
onde:
Re é o número de Reynolds do escoamento.
ρV̄ D
Re = (12)
µ
onde:
ρ é a massa especı́fica do material;
V̄ a velocidade média de escoamento
D diâmetro do duto.
µ é a viscosidade do material.
Substituindo os valores constantes, temos
Re = 70000 · V̄ (13)
4Q
V̄ = (14)
πD2
onde:
Q é a vazão;
D diâmetro do duto.
Substituindo os valores constantes, temos
Re = 101, 13 (16)
Re é menor que 2100 o que confirma que o escoamento é laminar e por isso
podemos determinar o fator de atrito, f , pela Eq. (11), obtemos, então
64
f= → f ≈ 0, 632838815 (17)
Re
Podemos determinar a perda localizada, hp,d , substituindo os valores de V̄ e f na
Eq. (10), obtendo-se
Como hTp é n vezes hp,d , a nova expressão que relaciona a potência da bomba, as
dimensões do duto e as perdas será:
N −7
PB = 0, 054488 ·
n (2πR · tg θ) +n(4, 043579 · 10 ) m (19)
s | {z } | {z }
PT hp,d
N h i
PB = 0, 054488 · n(0, 219911485 · tg θ + 4, 043579 · 10−7 ) m (20)
s
Como
0, 42
nPT = 0, 42 m → PT = m (21)
n
e
PT = 2πR · tg θ (22)
n · tg θ = 2πR · 0, 42 → n · tg θ ≈ 1, 91 (23)
Isolando tg θ
1, 91
tg θ ≈ (24)
n
Atribuindo valores inteiros para n, temos
3. Análise Dimensional (Opcional)
3.1. Potência da bomba, PB
ρ Q
g z}|{
h
z}|{ z}|{
3B
kg m m z}|{
[PB ] = 3 · 2 · · m (25)
m s s
Simplificando
m 1
[PB ] = kg · · ·m (26)
s2 s
N
= ·m (27)
s
= J · s−1 (28)
= W (29)
4. Agradecimentos
Agradecemos, em especial, ao professor Alexandre Barral que nos auxiliou no desenvol-
vimento desta análise.
5. Referências
[1] LIVI, C. P. Fundamentos de Fenômenos de Transporte: Um Texto para Cursos
Básicos. 1A Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro - RJ, 2010.