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O DIFERENTE FAZ A DIFERENÇA

Personagens:

Luma – Vagalume

Logri – Grilo

Fumiga – Formiga

Herber – Sapo

Thomas Edison – Pardal

A peça se passa em um jardim.

Sinopse – Coitada da Luma, perdeu sua luz. E agora? Mas ela tem amigos

super especiais, que são diferentes e que fazem a diferença. E quem é que faz

a diferença é não é diferente? Uma linda estória de amizade que vai além de

qualquer diferença.
(Entrada do público, há várias borboletas no palco. O palco é um jardim. As

borboletas bailam com música clássica, ou a escolha do (a) encenador (a). O

palco está lavado de cores. Inicio da peça, as borboletas ainda bailando, há um

barulho de curto circuito, as luzes piscam, as borboletas ficam doidas pra lá e

pra cá, as luzes se apagam. Ao acender das luzes, no palco não há mais

borboletas, somente um corpo caído ao chão. O corpo é de um vagalume)

(Entra um grilo com um violino nas mãos. Ele tenta tocar o violino e tira notas

desafinadas)

Grilo – Aí. Aí. O que será de mim?

(ele anda de um lado para outro tentando tocar o violino)

Grilo – Preciso tocar. Preciso tocar. Só uma nota. (para o violino) Só uma

notinha! Por favor, seja meu amigo. O que eu fiz para você? Diz! Mas diz com

uma nota bem bonita. Aí. Aí. Como pode um grilo não saber tocar uma nota se

quer?

(enquanto ele se preocupa em tentar tocar o violino, não percebe a vagalume

caída no chão.)
Grilo – Se eu não tocar pelo menos uma nota, não vou conseguir participar do

grilau que vai acontecer amanhã à noite lá no lago. O que será de mim?

(nesse momento, enquanto anda de um lado para outro, ele vê o corpo caído e

dá um grito)

Grilo – Ahhh!! Por São Grilopoldo. O que é isso? (ele fica em pânico. Tenta

gritar e sua voz não sai. Treme. Reza. Se benze.) Acho que devo pedir ajuda.

(tenta sair do lugar) Mas como? Não consigo me mexer. O susto me deixou

paralisado!

(derrepente o vagalume começa a se mexer e se levanta com muito esforço. O

grilo fica olhando com os olhos arregalados.)

Luma – Aí. Aí. Onde estou? Quem sou eu?

Grilo – Graças a Deus! Você está viva!

(Luma vê o grilo e o olha de cima embaixo)

Luma – Quem é você?

Grilo – Sou o Grilo Logri ao seu dispor. E a senhorita. Quem é?

Luma - Eu sou Luma. Sou uma vagalume. Na verdade meu nome é Vagaluma.

Mas você pode me chamar de Luma.

Grilo – Um nome muito bonito. Mas, o que você estava fazendo caída ali no

chão?

Luma – Eu não me lembro bem. (pensa) Eu só me lembro que estava

dançando junto com as borboletas e derrepente meu corpo começou a tremer e


eu... (olha para ela, e vê que sua luz está apagada. Dá um grito muito alto)

AHHHHHH!

Grilo – (dá um pulo enorme para trás gritando) AHHHHHH!!!!!!!

Luma – AHHHHHHHHHH!!!

Grilo – AHHHHHHHH!!!!

(nesse momento entra um sapo)

Sapo – (coaxando)

(Luma vê o sapo, grita de novo e pula pra trás do grilo)

Luma – AHHHHHHHH!!!!

Grilo – AHHHHHHHH!!!

Sapo – (coaxando) O que está acontecendo?

(Luma fica atrás do grilo com muito medo do sapo)

Luma – Esse sapo.

Grilo – O que tem ele?

Luma – Ela vai me comer.

Sapo – Eu?!

Grilo – Ele?

Luma – É! Ele!

Sapo – Não vou não.


Grilo – É. Ele não vai não.

Luma – Vai sim.

Sapo – Não vou não. Vagalumes me dão dor de barriga.

Grilo – Como você sabe? Você nunca comeu um.

Sapo – (pensa, olha de um lado pra outro) Verdade. Nunca comi mesmo. Será

que eu sonhei? (vai chegando perto dela)

Luma – Não chegue perto de mim. (está com medo)

Grilo – Não se preocupe. Ele é meu amigo. O Nome dele é Herber. Ele não

come insetos. Ele é vegetariano.

Luma – Vegetariano? Nossa! Você é o primeiro sapo que eu vejo e que é

vegetariano.

Grilo – (Cochichando) Trauma de infância.

Luma – Ah!

Sapo – Eu ouvi. Eu ouvi. Já disse para você não ficar falando isso por aí.

Grilo – Desculpa.

Luma – (se aproxima do sapo interessada) Tudo bem. Pode contar pra mim.

Não contarei pra ninguém.

Sapo – Tudo bem. (começa a contar) Eu sou de uma família saporigena...

Luma – Saporigena?!

Grilo – De origem indígena.


Luma – Ah, que legal! Eu gosto muito dos índios.

Sapo – (sapo sorri) Muito Obrigado! Então, na minha família todos são

vegetarianos. É uma coisa de geração, sabe? Passa de pai para filho. Mas não

é uma característica de todos os saporigenas, só na minha família é que é

assim.

Grilo – Nós grilos também temos uma coisa que passa de geração para

geração, mas não é hábito alimentar. No nosso caso é música. E aqueles que

não seguem, vão para a China e acabam virando espetinho.

( Herber e Luma olham para ele assustado)

Grilo – Mentira gente! Estou brincando. (ri)

Sapo e Luma – Ufa!

Sapo – Daí, quando eu vim pra cá, meus amigos sapos não entendiam isso,

diziam que eu deveria comer insetos.

Luma- E porque eles diziam isso?

Sapo – Porque eu não poderia ser diferente, deveria ser igual a eles. Aí, viviam

me aprontando. Isso me chateava muito. Um dia tentei experimentar por conta

própria. Estava cansado de ser diferente. Apanhei um mosquito com minha

língua e o comi. Eca! Não gostei nada, nada. E além do mais me fez um mal

danado. ( coaxando)

Grilo – (para Luma) Ele comeu um mosquito da dengue. Ficou quase um mês

sem sair do brejo.

Luma – Coitado! Ouvi falar que esse mosquito faz muito mal mesmo.
Grilo – Pois é! Esse é o único inseto que eu torço para os humanos destruir.

Luma – Eu também. (para o sapo) Acho que você não deve se preocupar com

os outros por ser diferente. Você deve ser você mesmo.

Sapo – Agora já não me importo mais. Por isso sou amigo dos insetos.

Grilo – (abraçando sapo) Meu melhor amigo!

Luma – (Luma olha pra trás e fica triste)

Grilo – (para Luma) Por que você ficou triste?

Luma – Porque aconteceu um acidente comigo.

Sapo – O que aconteceu com você?

Luma – (mostra sua luz apagada) Olha! Minha luz se apagou.

Grilo – Mas por quê?

Sapo – Nossa! Uma vagalume sem luz. Acho que agora você também é

diferente.

( Logri da uma cotovelada no sapo em sinal de reprovação )

Luma – É, mas assim eu jamais vou conseguir conhecer o maior e mais lindo

vagalume de todos. Ele vem me ver todas as noites. Passa voando lá no céu.

Ele é lindo, forte, grande, e suas luzes brilham mais que as estrelas.

Grilo – (espantado) Nossa! Eu nunca vi um vagalume desses.

Luma – Eu vou me casar com ele. ( triste) Mas com a luz apagada, ele jamais

me verá aqui embaixo. E eu não consigo voar até ele.


Grilo – Coitada!

Sapo - Mas por que sua luz se apagou?

Luma –(pensando) Eu não sei. Eu estava aprendendo a dançar com as

borboletas, quando encostei em alguma coisa que me derrubou e me deixou

assim.

Grilo –( dançando) Ah, as borboletas! Como são lindas as borboletas!

Sapo – Eu também acho. Mas o engraçado é que antes de serem lindas, elas

são lagartas feias e rastejantes.

Grilo – Verdade! Tem umas que além de ser mal encarada, ainda queimam.

Luma – É o ciclo de vida delas. Primeiro elas são ovos, daí se transformam em

lagartas, depois se fecham na casinha chamada pupa e depois saí uma linda

borboleta toda colorida.

Sapo – ( fazendo fofoca) Dizem que elas se fecham na pupa porque não

aguentam a gozação dos outros insetos.

Grilo – É.( pensando) Será que dentro da pupa tem um salão de belezas?

Luma – Claro que não! Isso é a mãe natureza. Ela que dá a beleza pra elas.

(para o sapo) E isso que você disse sobre as gozações, não é verdade.

Conheço muito bem as borboletas, e elas aceitam todas as formas de vida que

tem. São muito bem resolvidas.

(nesse momento aparece uma sombra enorme)

Luma – (se assusta e vai atrás do sapo) Nossa! O que é isso?


(todos ficam olhando em silêncio. A sombra se aproxima e fica cada vez maior.

Quando aparece, é uma formiguinha bem pequena)

Formiga – Olá. Tudo bem com vocês?

Grilo – Ah, é você. Sempre nos assustando né, Fumiga.

Formiga – Desculpa. Não foi minha intenção. (olhando para Luma) Quem é

você?

Luma – Oi! Eu sou Luma.

Grilo – Ela é nossa nova amiga. Ela é uma vagalume.

Formiga – E porque você está com a luz apagada?

Luma – Uma longa história.

Formiga – Eu adoro histórias. Quero saber! O que foi que aconteceu?

Sapo – Deixa que eu conto. Mas em forma de música.

(o sapo começa a cantar em forma de rap, e o grilo faz bittbox. No meio da

música o grilo pára de fazer bittbox e começa a dançar break, ou rip rop)

Música

Lá estava ela

Dançando toda bela


Quando derrepente

Algo a derrubou

Ficou tudo escuro

Sua luz se apagou

Ela não se lembra

O que aconteceu

Só tem uma certeza

Sua vida virou breu

Agora só nos resta

Juntar os dois braços

Oferecer um carinho

E lhe dar um grande abraço.

Luma – (para o sapo) Nossa! Como você canta bem.

Sapo – (encabulado) É. Sou uma saporigena, mas, fui criado no gueto. Aprendi

a cantar assim lá.

Luma – E você grilo! Dança muito.

Grilo – (todo orgulhoso) Obrigado! Obrigado!


Formiga – Dança mesmo! Já falei várias vezes pra ele se apresentar para

todos lá no grilau, mas ele não quer.

Luma – E por quê?

Grilo – Tenho o mesmo problema do amigo sapo. Todos os grilos tocam algum

instrumento. E eu não consigo tocar nada. A única coisa que faço é esse

negócio com a boca (bittbox) e dançar.

Luma – Mas é linda sua dança. Não entendo por que não te aceitam.

Grilo – Por que sou diferente. Todos ficam me aloprando.

Formiga – O maior problema é que você não aceita sua diferença. Você diz

que te alopram, mas eu nunca vi ninguém fazer isso.

Grilo – (fica pensativo) É que nunca dancei na frente de ninguém.

Formiga – Tá vendo!

Sapo –(para formiga) Você diz isso por que sua comunidade é muito grande. E

lá existem várias formigas de várias formas. E vocês trabalham tanto que nem

dá tempo de reparar nas diferenças dos outros. Nós não! Somos poucos.

Luma – (para formiga) E você! Tem algo diferente?

Formiga – Claro que tenho! Todos nós temos algo diferente. Olha meu

tamanho. Na minha turma sou a mais baixinha. Também sofri no começo, pois

alguns queriam tirar sarro da minha baixa estatura. Mas eu tiro de letra. Ajudo

os mais altos a fazerem coisas que eles não conseguem fazer, e com isso

ganho a amizade e confiança deles.


Grilo – Pois é, mas você é uma formiguinha muito corajosa. (abraçando o

sapo) Já nós temos medo de encarar essas diferenças.

Luma – (para formiga) Por que você não os ajuda?!

Sapo – Boa idéia! Você nos ajuda?

Formiga – Claro! E vamos começar agora. É fácil, fácil. Fechem os olhos.

(todos fecham menos Luma)

Formiga – (para Luma) Você também.

Luma – Desculpa. (fecha os olhos)

(formiga canta uma linda canção que diz para eles olharem para dentro de si.)

Música.

O primeiro passo para felicidade

É aceitar a si mesmo, é aceitar sua identidade

O mundo lá fora é muito difícil

Mas em seu coração tudo tem que ser lindo

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si


O diferente faz a diferença

Onde tudo parece igual

Amar com o fundo de sua alma

Vai sim espantar todo o mal

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si

Amar ao próximo, com a si mesmo

Amar a si mesmo, com muito amor

Mude o mundo com sua alegria

Mostre a todos qual é seu valor

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si

Abra seu coração, seja feliz

Sorria para os outros, sorria para si

Luma – Que música linda!


Grilo – (chorando) Eu entendi. Eu entendi. Vou me apresentar lá no grilau.

(coloca o violino de lado) E vai ser dançando.

Sapo – (também chorando) E eu vou compor um rap para você dançar.

Grilo – Muito obrigado amigo. Você sempre do meu lado.

Sapo – Amigo é para essas coisas.

Luma – (para formiga) Você os ajudou muito, parabéns.

Formiga – Obrigado. Agora vocês me dêem licença que tenho que carregar

algumas folhas lá para minha casa. Tenho que aproveitar o verão, porque daí

vem o inverno e nós formigas ficamos em casa, e não saímos para nada. (para

o grilo) Para nada viu. Nem adianta ir bater lá.

Grilo – (Sem graça). Tá bom!

(quando a formiga vai saindo, o sapo a chama)

Sapo – Dona Fumiga! Volte aqui. Você não pode ir. Precisamos achar uma

maneira de ajudar a Luma.

Grilo – Ela está com a luz apagada. Lembra?

Formiga – ( voltando) Mas eu não entendo nada de eletricidade.

Sapo – E agora? O que vamos fazer para ajudá-la?

Luma – Amigos, não se preocupem comigo. Vou ficar bem. (triste) Tchau. Até

um dia!

Grilo – Precisamos fazer alguma coisa!


Formiga – (dá grito que todos se assustam) Já sei.

Sapo – Sabe?

Formiga – Sei.

Grilo – O que é? Fala logo.

Formiga – Vamos chamar o Thomas. Ele sempre conserta tudo.

Grilo – Thomas! O pardal?

Formiga – Ele mesmo!

Sapo – Ótima idéia.

Grilo – ( para Luma) Ele com certeza vai resolver seu problema.

Luma – Espero.

Formiga – Esperem ai. Vou chamá-lo.

(a formiguinha sai em disparada. Eles ficam sozinhos no palco, sem saber o

que fazer. Se olham, fazem cara de “ e agora o que fazemos” quando

derrepente o grilo)

Grilo – O que é um pontinho verde tocando um violino?

Sapo – Sei lá.

Grilo – Você Luma. Sabe?

Luma – Nem imagino.

Grilo – Um Greenlo.( ri muito, olha para os dois, que estão com cara de bã, vai

ficando sem graça até parar de rir) Aí, aí!


(Logo se ouve um barulho de estouro. Fumiga entra trazendo o pardal que está

com a cara toda preta. Muita fumaça no palco)

Luma – O que foi isso?

Pardal – ( sem graça) Meu novo experimento.

Grilo – Pelo jeito não deu certo.

Sapo –(para o pardal) O que era?

Pardal – Eu estava tentando fazer uma fórmula para ajudar a Dona Joaninha a

não ter mais dores nas costas, mas acho que exagerei num dos ingredientes

da fórmula.

Luma – É ele que vocês querem que me ajudem? To fora. Até!! (vai saindo)

Pardal – (interrompe ela de sair) Muito prazer. (estica a mão para

cumprimentar). Meu nome é Thomas Edison a seu dispor.

Luma – Thomas Edison? Como o maior inventor de todos?!

Pardal – Sim! Uma homenagem de meu pai a ele mesmo. Meu pai também se

chamava assim, e foi um grande inventor. Na verdade todos os homens de

minha família têm o mesmo nome. Tudo começou com meu

tatatatatatatatatatatataravo.( para platéia) Sempre engasgo nos tatás. Enfim,

ele foi um legitimo canário da terra, e foi criado por Sur Thomas Edison.

Grilo – O verdadeiro Thomas Edison?! O mesmo que inventou a lâmpada?

Pardal – Ele mesmo.

Sapo – Nossa!
Pardal – Então. Depois de viver anos ao lado dele, meu

tatatatatatatatatatataravo. ( para platéia) Acho que agora exagerei. ( voltando,

limpando a garganta) Aprendeu muitas coisas. E de lá para cá, nós pardais

fizemos várias invenções.

Grilo – Legal! Mas será que você vai conseguir ajudar a Luma?

Pardal – ( para Luma) Pelo que vejo você é a vagalume que está sofrendo do

caso raro de falta de luz?

Luma – Sim!

Pardal – E como aconteceu?

Luma – Não me lembro. Só sei que estava dançando com as borboletas e

derrepente, pumba! Aconteceu.

Pardal – Interessante!

Formiga – (para pardal) Será que você pode ajudar?

Grilo – (para o sapo) Espero que sim!

Sapo – Pois é! Ela precisa conhecer o grande vagalume. (eles se olham)

Pardal – Deixe- me ver. (pensa um pouco. Procura em uma caixa de

ferramentas que carrega) Já sei! Vamos tentar isso. (lhe dá algo para beber)

Luma – O que é isso?

Pardal – Na verdade eu não sei bem o que é. Achei lá perto do lago, numa

latinha de alumínio.

Formiga –( para o pardal) E você vai dar pra ela beber? Por quê?
Pardal – Por que estava escrito na latinha que esse liquido da força e deixa

você aceso a noite toda. Pelo menos à noite ela vai acender.

Grilo – Esses humanos! Não param de jogar lixo nas ruas, lagos e jardins.

Sapo – Eles não sabem o mal que pode nos fazer.

Formiga – Não só fazem mal a nós, mas a eles mesmos.

Luma – A nossa sorte é que vem aí uma geração de crianças que estão cada

vez mais preocupadas com o meio ambiente. Elas com certeza mudarão seus

hábitos. Assim nossos filhos e netos terão uma vida muito melhor.

Grilo – É, mas se a mamães e os papais dessas crianças não pararem de

jogar lixo pela janela dos carros.

Sapo – Não sei o que será de todos nós.

(breve silêncio, todos se olham)

Formiga – (pegando o liquido da mão de Luma) Melhor não tomar.

Pardal – Mas...

Formiga – Nem mais nem menos. Isso pode fazer mal para ela.

Grilo – (para pardal) Você não tem mais nenhuma idéia para ajudá-la?

Sapo – Pense!

Pardal – ( pensando) Outro dia estudei a vida dos vagalumes. A luz deles

acendem por conta da combinação de alguns fatores, são eles: o oxigênio;

uma enzima conhecida como luciferase; e a presença de um combustível

chamado luciferina. O oxigênio é enviado aos fotócitos que passa a reagir com
a luciferina e com a enzima luciferase. Da reação entre essas duas substâncias

surge a oxiluciferina no estado fluorescente, que libera energia na forma de luz.

Grilo – Nossa! Mas esse pardal é muito inteligente mesmo!

Sapo – É mesmo, eu não entendi uma palavra.

Formiga – Eu entendi tudinho. Me interesso muito por estudar biologia, e

principalmente sobre nós insetos.

Luma – (para todos) Isso tudo que ele disse é verdade.( para o pardal) Mas

como você acha que poderá me ajudar?

Pardal – Então! A falta de luz só se daria se você perdesse um desses fatores,

mas como podemos ver você está inteira. Não há nenhum tipo de machucado

ou coisa assim. Dessa forma não terá perda de nenhum componente.

Sapo – Mas então o que está causando essa falta de luz?

Pardal – Me mostra exatamente onde você estava quando caiu.

(Luma mostra o local ao pardal que começa a investigar, ele sai do palco em

uma lateral ou no fundo. Todos ficam cochichando quando pardal volta e fala)

Pardal – Já sei. Exatamente como eu pensava. (chamando o sapo e o grilo)

Me ajudem aqui amigos.

(formiga e Luma ficam esperando. Eles voltam empurrando uma pilha grande)

Formiga – O que é isso?

Sapo – Eu não sei. Só sei que pesa.

Grilo – Pesa mesmo!


Pardal – Foi isso que causou sua falta de luz.

Luma – (examinando a pilha) Mas como?

Pardal – Você deve ter se encostado nela enquanto dançava.

Sapo – Mas nós nos encostamos nela e nada aconteceu.

Pardal – Mas nós não temos eletricidade dentro de nós.

Todos – Ahhhhh!!!

Pardal – Ela por acidente encostou-se a um dos pólos, e com certeza foi no

negativo. Daí negativo com negativo ocasionou... um curto circuito.

Todos – Curto circuito?

Pardal – É, curto circuito. Em seu corpo há eletricidade. E esse curto circuito

fez apagar sua luz.

Grilo – Mas e agora? O que poderemos fazer para que ela volte a ter a luz que

tinha antes?

Pardal – Isso é muito fácil, nós devemos...

(nesse momento passa um avião enorme lá no céu, só se ouve o barulho)

Luma – Olhem lá. (todos olham para cima) O grande vagalume está passando!

(todos se olham, sentindo pena dela, pois o grande vagalume é só um avião.)

Luma – (triste) Assim ele nunca me verá aqui em baixo.

Sapo – Vamos logo senhor pardal. O que temos mesmo que fazer?
Pardal – Vamos todos dar as mãos formando uma corrente. Sr Grilo fica no

lado direito da pilha, Sr Sapo no lado esquerdo. Sra Formiga fica no centro

junto comigo. Assim que estivermos todos nos devidos lugares. Senhorita

Luma você pega na minha mão.

Grilo – O que vai acontecer?

Pardal – Nós iremos passar uma corrente elétrica que deverá acender

novamente a luz dela.

Sapo – E se não der certo?

Pardal –( pensando) Não sei não! Nunca fiz isso. Só li em livros.

Formiga – Vamos tentar. Ela precisa muito de nós.

(todos se olham)

Grilo – Acho melhor...

Luma – Não pense. Vamos fazer. Preciso muito tentar.

Grilo – OK!

(eles ficam na posição conforme pedido pelo pardal, com eles nada acontece,

mas quando Luma pega na mão do pardal, as luzes ficam todas piscando, um

barulho de curto circuito, as luzes se apagam.)

Grilo – E agora! Ficou tudo escuro.

Sapo – Não estou enxergando nada!

Formiga – Nem eu!


Pardal – Calma! Tudo voltará ao normal.

(as luzes se acendem, Luma está caída no chão. Todos ficam olhando, o Grilo

rezando, o sapo coaxando a formiga se lamentando. Derrepente ela se levanta

e sua luz está acessa de novo. Todos comemoram)

Grilo - Muito obrigado São Grilopoldo!

Sapo – Oba!

Formiga – Eh!

Luma – Aí. Onde estou? Quem são vocês?

Pardal – Ih! Será que ela perdeu a memória?!

Grilo – Nós somos...

Luma – Meus melhores amigos. Eu sei. Lembro-me. Não perdi a memória.

Todos – Eh!!!!

Luma – Agora poderei me encontrar com ele. (aponta lá para cima, em

referencia ao avião.)

Grilo – (para Luma) Luma preciso te contar uma coisa.

Luma – O que?

Sapo – Ele precisa contar que enquanto você estava caída ele passou duas

vezes aqui.

Grilo – Mas... (sapo faz sinal para ele fica quieto)

Luma – Então eu vou me arrumar. Até mais tarde no grilau.(sai)


Grilo – Por que você não me deixou contar que era só um avião?

Sapo – Porque é o sonho dela. E não devemos estragar o sonho de ninguém.

Se você contasse, ela teria uma grande decepção. Ela é nova e com certeza

um dia irá saber. Mas quando esse dia chegar, ela estará grande o suficiente

para não ficar chateada.

Formiga – Isso mesmo. E sonhar é uma das melhores coisas que podemos

fazer. Além de brincar com os amigos é claro.

Pardal – Bom amigos! Preciso ir! Tenho que terminar meu novo invento.

Grilo – O que é seu novo invento?

Pardal – Estou inventando um alarme sonoro que toda vez que um humano

joga lixo nos rios, nas praças, nas ruas ou em qualquer lugar inadequado, ele

dispara. Acredito que fazendo isso, outros humanos conscientes irão chamar

sua atenção, e não mais teremos lixos espalhados em tudo o que é lugar.

Sapo – Muito bom! Gostei.

Formiga – Se essa pilha não estivesse aqui no jardim. Nossa amiga Luma não

teria sofrido esse grave acidente, que quase tirou a possibilidade de sonhar.

Grilo – Pois é. Os humanos sabem que esse tipo de lixo tem que ser jogado

em local adequado em não em qualquer lugar. (olhando para cima) Espero um

dia ver nosso céu mais estrelado, nossos rios mais limpos e nosso ar melhor

para se respirar.

Pardal – Mas isso vai acontecer sim! As crianças irão cuidar muito bem de

nosso planeta. De agora em diante teremos uma vida muito melhor.


Todos – Eba! Uhuuuuu! Aeeeee!!

(Luma volta correndo para o palco)

Luma – Vamos! Vamos! Precisamos nos preparar para o Grilau de amanhã.

Vamos mostrar a todos nossas diferenças. Mas que somos seres felizes do

jeito que somos.

(todos saem o grilo fazendo bittbox, o sapo cantando, a formiga falando mais

que a boca, todos abraçados. Luma volta dá tchau, e sua luz se apaga.)

Black-out.

Fim.

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