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TRATAMENTO CIRÚRGICO...

Elisabeth Araujo

Simpósio sobre Rinites ELISABETH ARAUJO – Otorrinolaringo-


logista – Mestre e Doutora em Medicina pela
UFRGS.

Endereço para correspondência:


Tratamento cirúrgico da rinite alérgica Rua Santo Inácio, 410/ 401
Fone (51) 3222-7951
Porto Alegre – RS – 90570-001

Surgical treatment for allergic rhinitis


 bearaujo@terra.com.br

SINOPSE Nos desvios septais, pólipos e outras


causas mecânicas de obstrução nasal,
Este artigo apresenta as principais causas de obstrução nasal associadas à descom-
pensação da rinite alérgica e os métodos diagnósticos empregados. Apresenta uma revi-
os sintomas podem ser unilaterais e sem
são das indicações cirúrgicas das alterações anatômicas das cavidades nasais e dos tipos resposta a vasoconstritores tópicos (4).
de procedimentos cirúrgicos. O exame externo da estrutura nasal
visa a observação de deformidades dos
UNITERMOS: Rinite Alérgica; Cirurgia das Conchas Nasais; Cirurgia com Laser. ossos próprios do nariz ou das cartila-
gens. A rinoscopia anterior permite a
ABSTRACT visualização do aspecto da mucosa das
conchas inferiores e médias, de desvios
This article relates the main causes of nasal obstruction associated with allergic rhi- do septo nasal e de pólipos ou tumo-
nitis decompensation and the diagnostic methods used. It presents a revision on surgical res. Deve ser seguida de aplicação de
indications, anatomical alterations in the nasal cavity and tipes of surgical procedures.
vasoconstritores nasais associados ou
KEY WORDS: Allergic Rhinitis; Turbinate Surgery; Laser Surgery. não a anestésicos tópicos. A persistên-
cia do edema da mucosa após vaso-
constrição indica irreversibilidade da
hipertrofia mucosa. Nesses processos
T RATAMENTO CIRÚRGICO
DA RINITE ALÉRGICA
pólipos e os tumores nasais (3) (Ta-
bela 1).
crônicos há acentuada proliferação
conjuntiva do córion e hipertrofia glan-
dular e a mucosa adquire aspecto vio-
A rinite alérgica se manifesta a par- láceo com consistência firme e fibrosa
tir de um quadro de hipersensibilidade Tabela 1 – Causas de hipertrofia das (5).
e o seu tratamento é eminentemente clí- conchas nasais
A complementação com endosco-
nico. Por outro lado, naqueles pacien- – rinite alérgica ou idiopática, pia nasal deve ser executada em todos
tes com rinite alérgica que não apre- – rinite medicamentosa crônica, os pacientes com sintomas nasais re-
sentam resposta ou são rebeldes ao tra- – hipertrofia compensatória à deformi- correntes (6). A endoscopia nasal com
tamento medicamentoso, a cirurgia dade septal contralateral, endoscópios rígidos ou flexíveis per-
pode ser indicada, não dispensando, – hipertrofia relativa por estreitamento mite um exame completo de toda cavi-
entretanto, a continuidade do tratamen- da cavidade nasal, dade nasal, já que se visualiza áreas tra-
to clínico (1). – rinossinusites crônicas. dicionalmente inacessíveis à explora-
A obstrução nasal é um dos moti- ção convencional, como são o comple-
vos mais comuns de consulta médica, xo osteomeatal e o recesso esfenoet-
pois acarreta forte impacto sobre a qua- A seleção dos pacientes para cirur- moidal. Esse exame pode ser realizado
lidade de vida, causando importante gia deve ser criteriosa a partir da anam- em consultório, tanto em adultos como
desconforto, diminuição da qualidade nese e do exame completo do nariz. O em crianças, permitindo não só o diag-
do sono, alteração no desenvolvimen- paciente alérgico freqüentemente refe- nóstico de alterações estruturais, como
to do terço médio da face e na forma- re obstrução nasal associada a espirros, também o controle da resposta ao tra-
ção da arcada dentária, comprometi- prurido e coriza. Na rinite idiopática, a tamento a curto e médio prazo, assim
mento da concentração e redução da congestão nasal é desencadeada por como a de coleta de material para exa-
produtividade (2). estresse emocional, substâncias irritan- mes culturais a anatomopatológicos
Entre as principais causas de obs- tes, ar frio, alimentação ou exercício (7). Os principais achados na endosco-
trução nasal estão a hipertrofia das (1). Pacientes com rinossinusite crôni- pia nasal conforme a região anatômica
conchas nasais, o desvio do septo ca apresentam secreção nasal e pós- avaliada encontram-se resumidos na
nasal, a hipertrofia adenoideana, os nasal, pressão facial e tosse noturna. Tabela 2.

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ra em todos os pacientes documentada


por rinomanometria após 3 meses do
procedimento cirúrgico (8).

Cauterização

A cauterização das conchas nasais


provoca uma fibrose na mucosa e
submucosa, com conseqüente redu-
Figura 1 –
ção da sua capacidade de expansão
Endoscopia por edema ou vasodilatação. Quan-
nasal eviden- do ocorre lesão na mucosa nasal,
ciando hiper- existe uma reparação por tecido ci-
trofia de ade- catricial, muitas vezes funcionalmen-
nóide.
te inativo (5).
Os termocautérios ou eletrocauté-
rios (monopolar ou bipolar) são empre-
gados para esse procedimento. A ele-
Tabela 2 – Achados na endoscopia nasal conforme a região anatômica trocoagulação é efetuada na superfície
ou na submucosa da concha. O perío-
Região Anatômica Endoscopia nasal
do pós-operatório das cauterizações de
Septo nasal desvios, perfuração, esporão septal superfície são mais incômodos pela
Conchas nasais degeneração polipóide, hipertrofia, atrofia formação de crostas, que devem ser
Mucosa nasal alterações de coloração, muco, pus, pólipos removidas para evitar a infecção se-
Nasofaringe adenoidite, hipertrofia de adenóides, herniação coanal,
imperfuração coanal, degeneração cística, obstrução da
cundária e sinéquias. As cauteriza-
tuba auditiva ções podem ser realizadas sob anes-
tesia local e, em alguns casos, asso-
ciadas a luxação lateral óssea da con-
cha.
Os exames de imagens devem ser Tabela 3 – Tipos de procedimentos para Nas crianças e nos pacientes com
solicitados principalmente na suspeita a redução das conchas nasais
hipertrofia de mucosa que demostram
de presença de pólipos, tumores ou 1 – Mecânicos retração na aplicação tópica dos vaso-
doença inflamatória (1). – Luxação e /ou constritores a cauterização apresenta
O principal objetivo do tratamento – Fratura lateral excelentes resultados segundo Mabry
cirúrgico nos pacientes com rinite alér- 2 – Destrutivos (9). A cauterização não é considerada
gica é melhorar a obstrução nasal. Fre- – Cauterização um procedimento definitivo, pois na
qüentemente estes pacientes apresen- a) extramucosa
b) submucosa
ausência de controle do quadro alérgi-
tam múltiplas patologias das fossas na- co, pode ocorrer nova hipertrofia dos
– Criocirurgia
sais e a cirurgia visa a corrigir as alte- tecidos moles.
rações anatômicas, como desvio de sep- 3 – Ressecção
– Vaporização com Laser
to, hipertrofia adenoideana, hipertrofia – Turbinoplastia ou turbinectomia
da mucosa ou óssea das conchas nasais, submucosa Criocirurgia
pólipos e doenças como rinossinusite – Turbinectomia parcial
crônica, que propiciam a manutenção – Turbinectomia total É realizada com nitrogênio líquido,
do quadro inflamatório da rinite. promove lesão nos tecidos moles da
Os vários procedimentos para a re- concha nasal por frio, ocorrendo for-
dução das conchas nasais encontram- mação de cristais no interior das célu-
se resumidos na Tabela 3. ferior, aproximando-a da parede la- las, resultando em ampla destruição te-
teral. É realizado sob anestesia local cidual. É possível a sua execução sob
ou geral, sendo necessário a utiliza- anestesia local. Apresenta melhores
Luxação e/ ou fratura lateral ção de tamponamento nasal por 24 a resultados em pacientes com hipertro-
das conchas nasais 48 horas. fia de mucosa isolada. A sua efetivida-
É recomendado nos casos em que de varia entre 62% no primeiro ano e
Consiste na fratura da inserção la- ocorre somente de hipertrofia óssea da 35% tardiamente, podendo ser reapli-
teral do esqueleto ósseo da concha in- concha. Alguns autores referem melho- cada em recidivas (10).

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Levine (10), acompanhando 425 pacien-


tes com rinite submetidos a procedimen-
to à laser, por 2 a 4 anos de pós-operató-
rio apresentou 71% de pacientes assin-
tomáticos, 20% de assintomáticos, mas
usando de pequena quantidade de vaso-
constritores ou corticosteróides tópicos
Figura 2 – nasais, e 9% sem melhora. Kubota (12)
TC coronal relatou que 60% dos pacientes apresen-
mostrando tavam no pós-operatório, além da deso-
desvio do bstrução nasal, diminuição da rinorréia.
septo nasal À microscopia se observou redução das
para esquer-
da, hipertrofia glândulas mucosas, comprovando a sua
das conchas eficácia no tratamento de indivíduos com
inferiores e rinite alérgica.
opacificação
maxilar bilate-
ral.
Turbinectomias

As turbinectomias são ressecções


parciais ou totais das conchas nasais
com o objetivo de ampliar as fossas
nasais. Podem ser realizadas nas con-
chas inferiores ou médias, apresentan-
do grande efetividade no tratamento da
obstrução nasal.
Suas complicações mais freqüentes
são o sangramento pós-operatório e a
ampliação exagerada da cavidade na-
sal, levando à dor inspiratória e forma-
Figura 3a –
ção de crostas de secreção.
TC em coro-
nal apresen-
tando opacifi- Turbinoplastia ou turbinectomia
cação total submucosa
dos seio ma-
xilar direito
com massa Reduz a concha nasal com máxima
obstruindo a preservação da sua mucosa. Esta técnica
cavidade envolve a exposição do esqueleto ósseo
nasal. da concha com posterior ressecção, dei-
xando a mucosa e submucosa intactas.
Quando a mucosa encontra-se muito hi-
pertrófica, executa-se a sua ressecção par-
cial, adaptando-a a nova superfície ós-
Vaporização com Laser na submucosa, reduz o número de célu-
sea, o que é denominado turbinoplastia.
las secretoras e age na inervação autonô-
Após a cirurgia, um tamponamento na-
O laser corta o tecido e cauteriza os mica, minimizando a resposta vasoativa
sal deve permanecer por cerca de 48 ho-
vasos através do aquecimento da água (10). O procedimento pode ser realizado
ras para evitar sangramentos (Figura 4).
contida nesta região por um raio lumino- sob anestesia local, dependendo da ex-
so de alta energia concentrada em míni- tensão e da cooperação do paciente, tam-
ma superfície (3). Vários tipos de laser ponamentos não são necessários no pós- Turbinectomia parcial
são empregados na cavidade nasal; o operatório.
KTP e o YAG laser promovem a foto- Fukutake et al. (11), analisando pa- Este procedimento tem como obje-
coagulação, enquanto o CO2, a vapori- cientes submetidos à redução das con- tivo a ressecção parcial da concha com
zação da mucosa. A redução da mucosa chas nasais com laser, observaram me- remoção da sua estrutura óssea e dos
com laser produz uma cicatriz tecidual lhora da obstrução em 80% dos casos. tecidos moles (mucosa e submucosa).

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amplas não se constitui em sinônimo


de respiração adequada.
Além da formação crônica de
crostas, são descritas complicações
álgicas inspiratórias em cavidades
nasais amplas, principalmente com o
frio (3). Em contraste, é descrito em
pacientes submetidos à turbinectomia
total um quadro chamado de dispnéia
paradoxal. O paciente refere obstru-
Figura 3b –
Peça cirúrgi- ção nasal, embora a a rinoscopia e a
ca compatível rinomanometria não demonstrem
com o diag- obstrução. A provável explicação
nóstico de destes é a falta de sensibilidade ao
pólipo antro-
fluxo aéreo nasal pela ausência das
coanal.
proeminências das conchas durante a
respiração, a diminuição da umidifi-
cação e o aquecimento do ar inspira-
do (13, 14).
Por estas razões, a turbinectomia
total deve ser reservada a casos espe-
cíficos de tumores.

Procedimentos para corrigir


fatores associados:

Adenoidectomia

Nos pacientes pediátricos com ri-


nite alérgica, a obstrução pode ser agra-
vada pela presença de adenóide hiper-
trófica, tornando mais difícil o seu tra-
tamento. Após a avaliação radiológica
do cavum, endoscopia nasal e teste te-
rapêutico, se a hipertrofia de adenóide
é relevante, está então indicada a adei-
noidectomia. Essa cirurgia é rápida,
realizada sob anestesia geral e não pro-
voca dor no pós-operatório.

Figura 4 –
Septoplastia
Turbinoplastia
inferior. O desvio do septo nasal, projetan-
do-se para uma ou ambas fossas na-
sais, é um fator freqüentemente pre-
sente em pacientes portadores de ri-
nite alérgica e obstrução nasal signi-
Quando associada à remoção das con- exige a colocação de um tampão nasal ficativa. Quando necessário associa-
chas médias e inferiores, essa deve ser por 48-72 horas (Figura 5). se a correção do desvio de septo ao
bastante conservadora para evitar mu- tratamento cirúrgico das conchas na-
danças na fisiologia nasal com forma- Turbinectomia total sais. Os tampões nasais permanecem
ção de secreção espessa, de sensação por 24 a 48 horas para manter o posi-
de secura e de crostas. No pós-opera- Deve ser considerada uma cirurgia cionamento da mucosa septal e evi-
tório existe risco de sangramento, o que de exceção, uma vez que fossas nasais tar o sangramento das conchas.

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quadro alérgico, evitando assim as re-


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