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SUMÁRIO

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA II

1. CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ................. CINT II 05


2. PROVISÕES SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ................. CINT II 15
3. SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ......................................... CINT II 19
4. DEPRECIAÇÃO ......................................................................... CINT II 21
5. DESPESAS ANTECIPADAS...................................................... CINT II 27
6. SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ......................................... CINT II 31
7. OPERAÇÕES BANCÁRIAS ..................................................... CINT II 33
8. DEDUÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................... CINT II 39
9. SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO.......................................... CINT II 45
10. PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÕES DO RESULTADO ......... CINT II 47
11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: DLPA E DMPL ............ CINT II 53
12. SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO.......................................... CINT II 57
13. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA –
MÉTODO DIRETO .................................................................... CINT II 59
14. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA –
MÉTODO INDIRETO ................................................................ CINT II 67
15. SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO........................................... CINT II 71
REFERÊNCIA CRUZADA

Contabilidade Intermediária II

APOSTILA INTERNET
ATIVIDADE ASSUNTO ATIVIDADE ASSUNTO

CONTABILIZAÇÃO DA
1 FOLHA DE PAGAMENTO 1 Videoaula 1

PROVISÕES SOBRE A
2 FOLHA DE PAGAMENTO 2 Videoaula 2

SÍNTESE PARA
3 AUTOAVALIAÇÃO 3 Autoavaliação

4 DEPRECIAÇÃO 4 Videoaula 4

5 DESPESAS ANTECIPADAS 5 Videoaula 5

SÍNTESE PARA
6 AUTOAVALIAÇÃO 6 Autoavaliação

7 OPERAÇÕES BANCÁRIAS 7 Videoaula 7

DEDUÇÕES DO
8 RESULTADO DO EXERCÍCIO 8 Videoaula 8

SÍNTESE PARA
9 AUTOAVALIAÇÃO 9 Autoavaliação

PARTICIPAÇÕES E
10 DESTINAÇÕES DO 10 Videoaula 10
RESULTADO

DEMONSTRAÇÕES
11 FINANCEIRAS: 11 Videoaula 11
DLPA E DMPL

SÍNTESE PARA
12 AUTOAVALIAÇÃO 12 Autoavaliação

DEMONSTRAÇÃO DE
13 FLUXO DE CAIXA – 13 Videoaula 13
MÉTODO DIRETO

DEMONSTRAÇÃO DE
14 FLUXO DE CAIXA – 14 Videoaula 14
MÉTODO INDIRETO

SÍNTESE PARA
15 AUTOAVALIAÇÃO 15 Autoavaliação
Contabilidade Intermediária II
CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ATIVIDADE 1

OBJETIVO

Esclarecer os proventos e descontos incluídos na Folha de Pagamento de


Salários e sua contabilização.

TEXTO

Dando continuidade à disciplina anterior Contabilidade Intermediária I vamos


continuar falando sobre a Folha de Pagamento dando um enfoque maior na questão prática.

Principais ocorrências da Folha de Pagamento

Rendimentos

Os rendimentos mensais de um trabalhador podem ser compostos de salário


fixo, mais comissões, mais horas extras, adicionais noturno, de periculosidade e de insalu-
bridade, todos estes proventos compõem sua remuneração. Os empregados têm direito,
ainda, a receber férias e 13º salário.

Descontos

Existem descontos que são procedidos antes de se determinar o valor bruto


dos salários dos empregados (faltas e atrasos) e há os que são efetuados em decorrência
de dispositivos legais ou de autorizações concedidas pelos próprios empregados.
Os valores descontados dos salários dos empregados, os quais a empresa
deverá repassar para outras entidades, são tecnicamente denominados de retenções.

a) Contribuições à Previdência Social (INSS)


Essa contribuição varia de acordo com a faixa salarial de cada empregado e
é calculada mediante aplicação de uma alíquota, que pode variar de 8 a 11%, sobre o salá-
rio. A última tabela em vigor referente ao ano de 2009, é a seguinte:

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para
pagamento de remuneração a partir de 1º de fevereiro de 2009
Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
Até 965,67 8,00
de 965,68 até 1.609,45 9,00
de 1.609,46 até 3.218,90 11,00

CINT II – 5
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

Observe que o teto máximo de contribuição é 3.218,90, isto equivale a dizer


que mesmo que o segurado perceba uma remuneração maior que esta, sua contribuição
será limitada a este valor, ou seja, 11% sobre 3.218,90.

b) Imposto de renda
O imposto de renda a ser descontado na fonte sobre os rendimentos do
trabalho assalariado é calculado mediante alíquota que varia de acordo com a faixa salarial.
Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto de renda na fonte, a
legislação tributária pode permitir a dedução de vários valores como, por exemplo, uma cota
(fixada periodicamente pelo governo) por dependentes; a parcela relativa à contribuição
previdenciária devida pelo trabalhador etc.
A tabela em vigor a partir do ano de 2010 é a seguinte:

IRPF 2010 – Tabela Progressiva do Imposto de Renda a Vigorar


a Partir de 1º de Janeiro de 2010

Conforme artigo 1º da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, alterada pela


Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009, o imposto de renda incidente sobre os rendimentos de
pessoas físicas será calculado de acordo com as seguinte tabela progressiva mensal, em
reais:

Para o ano-calendário de 2010: (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4


de junho de 2009)

Tabela Progressiva Mensal 2010

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IR (R$)


Até 1.499,15 - -
De 1.499,16 até 2.246,75 7,5 112,43
De 2.246,76 até 2.995,70 15 280,94
De 2.995,71 até 3.743,19 22,5 505,62
Acima de 3.743,19 27,5 692,78

c) Contribuição sindical
As contribuições devidas pelos empregados às entidades sindicais são: con-
tribuição sindical, contribuição assistencial, contribuição associativa e contribuição confede-
rativa.
A única contribuição a sindicatos obrigatória é a Contribuição Sindical por
estar prevista em lei equivale a um dia de trabalho de cada trabalhador e o seu desconto é
feito no mês de março de cada ano.

CINT II – 6
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

d) Outras retenções
Além das retenções obrigatórias por lei, o trabalhador pode ainda autorizar a
empresa a descontar do seu salário importâncias a serem repassadas a outras entidades
como clube social (esporte e recreação); corretora de seguro (seguro de vida ou comple-
mentação da aposentadoria), cooperativas de alimentos e outros. Nestes casos a contabili-
zação é a seguinte:

D – Salários a pagar
C – Contas a pagar

e) Adiantamentos de salários
É comum as empresas concederem, uma vez por mês, aos seus emprega-
dos, um adiantamento de salário.
Normalmente, os empregados recebem seus salários no quinto dia útil de
cada mês e o adiantamento por volta do dia 20.
Sobre o adiantamento incide apenas o Imposto de Renda, sendo que os
demais descontos serão retidos no momento da elaboração da folha de pagamento, no final
do mês. Na própria folha de pagamento constará o valor do adiantamento como dedução
dos salários dos empregados.

Contabilização do adiantamento

Suponhamos que no dia 20 de novembro a empresa tenha concedido adian-


tamento de salários aos seus empregados, no valor de 15.000,00 com Imposto de Renda
retido no valor de 1.200,00.

D – Adiantamentos de salários 15.000,00


C – Caixa 13.800,00
C – IRRF a recolher 1.200,00

f) Vale-transporte
O empregador é obrigado a fornecer o vale-transporte, que será utilizado
pelo empregado efetivamente em despesas de deslocamento de sua residência até o local
de trabalho e vice-versa. Uma parte do vale-transporte, equivalente a 6% do salário, fica por
conta do trabalhador e o restante, por conta da empresa. Como o vale-transporte é forneci-
do antecipadamente, a empresa tem o direito de descontar, no fim do mês, o corresponden-
te a 6% do salário do empregado.

CINT II – 7
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

Contabilização

No dia do fornecimento do vale-transporte.

D – Vale-transporte
C – Caixa

Na data da elaboração da folha de pagamento.

D – Salários a pagar
C – Vale-transporte

Salário-família

O salário-família é um auxílio da Previdência Social aos trabalhadores de


baixa renda que possuem filhos com até 14 anos de idade, ou inválidos.
Quem paga esse salário aos empregados é a própria empresa, a qual pode-
rá compensar esse valor das obrigações devidas para a Previdência Social.
A última tabela em vigor é referente ao ano de 2009:

Nova Tabela Salário-Família – vigente a partir de 01/02/2009.


Faixa salarial……………………...Valor (R$)
de R$ 0,00 até R$ 500,40 ………...R$ 25,66 
de R$ 500,41 até R$ 752,12…........R$ 18,08

Contabilização
Suponhamos que em uma folha de pagamento de salários conste a impor-
tância de 150,00 referente a salário-família a ser pago para alguns empregados.

D – INSS a recolher 150,00


C – Salários a pagar 150,00

Encargos sociais
Além das despesas de salários, sobre a folha de pagamento a empresa tem
ainda outros encargos como contribuição de previdência (parte patronal); FGTS; férias e 13º
salário.

a) Contribuição de Previdência – parte patronal


A contribuição de previdência parte patronal é devida pelas empresas com
base no valor bruto da folha de pagamento.

CINT II – 8
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

D – Contribuições de Previdência – INSS (despesa)


C – INSS a recolher

b) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço


O fundo de garantia do tempo de serviço é mais um encargo que a empresa
tem com base no valor bruto da folha de pagamento.
Mensalmente e sempre nos primeiros dias do mês seguinte ao mês traba-
lhado pelos empregados, a empresa deposita em conta bancária vinculada à importância
correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, em nome de cada
trabalhador.

D – FGTS (despesa)
C – FGTS a recolher

Exemplo de folha de pagamento de salários

Suponhamos que a empresa Comercial Sandrigo Ltda., no último dia do mês


de março, tenha elaborado a seguinte folha de pagamento de salários:

Empresa: Comercial Sandrigo Ltda Referente ao período de 01/03/X1 a 31/03/X1


Empregados Proventos e descontos
Líquido
Rendimentos Contrib. Previdenciária I.R Contr. Salário-família
Nº Nome a pagar
Un. Valor Base de cálculo % Valor Dep. Valor sindical Cotas Valor
01 Antônio ... mês 510,00 510,00 8 40,80 2 isento 17,00 2 36,16 488,36
02 Vanderlei... mês 1.000,00 1.000,00 9 90,00 2 isento 33,33 1 Não 876,67
03 Pedro... mês 3.500,00 3.500,00 11 354,08 2 145,74 116,67 1 tem 2.883,51
direito
04 Isabel... mês 2.900,00 2.900,00 11 319,00 1 83,61 96,67 1 2.400,72
05 Douglas... mês 750,00 750,00 8 60,00 2 isento 25,00 2 36,16 701,16
Total Geral 8.660,00 8.660,00 863,88 229,35 288,67 72,32 7.350,42

Contribuição Previdenciária Patronal


Alíquotas: Despesa com FGTS
Contribuição: 20%
RAT: 2% Alíquota: 8%
Contribuição a terceiros: 5,8%
Total: 27,8% Base de cálculo: 8.660,00
Base de cálculo: 8.660,00
Valor do depósito a ser efetuado: 692,80
Valor da Contribuição Previdenciária Patronal: 2.407,48

CINT II – 9
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

Contabilização da Folha de Pagamento

Para entender o mecanismo que envolve a contabilização de uma folha de


pagamento de salários, relembre que os empregados recebem seus salários sempre no
mês seguinte ao mês trabalhado. Isto equivale a dizer que as empresas efetuarão o paga-
mento das despesas com salários relativos à folha de pagamento, sempre no mês seguinte
ao da ocorrência de seus fatos geradores.
Com relação às despesas e receitas, as empresas devem contabilizá-las no
momento da ocorrência de seus fatos geradores.
Em atendimento ao princípio da competência: as receitas e as despesas de-
vem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simulta-
neamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
Dessa forma, a contabilização da folha de pagamento é feita em duas etapas:

1ª etapa – no último dia do mês após efetuar os cálculos e elaborar a folha


de pagamento de salários, a empresa efetuará a contabilização, apropriando as despesas
incorridas naquele mês e consequentemente registrando as obrigações respectivas;

2ª etapa – no mês seguinte são efetuados os lançamentos da liquidação da


folha, correspondentes ao pagamento do líquido aos empregados, bem como o recolhimen-
to da contribuição previdenciária, FGTS, IR ou outras obrigações trabalhistas assumidas.

1ª etapa: no último dia do mês

a) Apropriação das despesas com salários referentes ao mês

D – Salários e ordenados (despesa) 8.660,00


8.660,00
C – Salários e ordenados a pagar

Registro dos descontos

D – Salários e ordenados a pagar 863,88


863,88
C –INSS a recolher

D – Salários e ordenados a pagar 229,35


229,35
C – IRRF a recolher

D – Salários e ordenados a pagar 288,67


288,67
C – Contribuição sindical a recolher

CINT II – 10
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

Registro do salário-família

D – INSS a recolher 72,32


72,32
C – Salários e ordenados a pagar

b) Apropriação dos encargos sociais referentes ao mês


Na própria folha de pagamentos de salários, poderão constar os encargos
patronais relativos à Previdência Social e ao FGTS.

Contribuição à previdência patronal (parte da empresa)


27,8% de 8.660,00 = 2.407,48

D – INSS (despesa) 2.407,48


2.407,48
C – Contribuições – Previdência a recolher

Despesa com FGTS


8% de 8.660,00 = 692,80

D – FGTS (despesa) 692,80


692,80
C – FGTS a recolher

Vejamos a posição dos razonetes após esses lançamentos

Sal. e ordenados (despesa) Sal. ordenados a pagar


INSS a recolher
8.660,00 saldo 863,88 8.660,00 72,32 863,88
229,35 72,32 2.407,48
288,67 72,32 3.271,36
1.381,90 8.732,32 saldo 3.199,04
saldo 7.350,42

IRRF a recolher Contr. sindical a recolher


saldo 229,35 saldo 288,67

INSS (despesa) FGTS (despesa) FGTS a recolher


2.407,48 saldo 692,80 saldo 692,80

2ª etapa: no mês seguinte ao da apropriação


No mês seguinte, a empresa efetuará a liquidação da folha de pagamento,
procedendo ao pagamento do líquido aos empregados e o recolhimento das demais obriga-
ções.

CINT II – 11
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

a) Pagamento aos empregados em dinheiro

D – Salários a pagar 7.350,42


7.350,42
C –Caixa

Recolhimento das demais obrigações conforme a folha

D –INSS a recolher 3.199,04


D – IRRF a recolher 229,35
D – Contribuição sindical a recolher 288,67 4.409,86
D –FGTS a recolher 692,80
C –Caixa

Vejamos agora como ficaram os razonetes após esses lançamentos

Sal. e ordenados (despesa) Sal. ordenados a pagar INSS a recolher


8.660,00 saldo 863,88 8.660,00 72,32 863,88
229,35 72,32 2.407,48
288,67 72,32 3.271,36
1.381,90 8.732,32 saldo 3.199,04
saldo 7.350,42 3.199,04
7.350,42 saldo 0
saldo 0

IRRF a recolher Contr. sindical a recolher


saldo 229,35 saldo 288,67
229,35 288,67
saldo 0 Saldo 0

INSS (despesa) FGTS (despesa) FGTS a recolher


2.407,48 saldo 692,80 saldo Saldo 692,80
692,80
saldo 0

Caixa
7.350,42
4.409,86
saldo 11.760,28

Note que permaneceram abertas, com saldos, as contas que registraram as


despesas da empresa: Salários e ordenados, INSS, FGTS. Estas contas serão encerradas
no final do exercício, quando seus saldos serão transferidos para a conta Resultado do
Exercício.

CINT II – 12
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

REFERÊNCIA

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 13
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 1

ANOTAÇÕES

CINT II – 14
Contabilidade Intermediária II
PROVISÕES SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO ATIVIDADE 2

OBJETIVO

Esclarecer sobre as provisões sobre a Folha de Pagamento e sua contabili-


zação.

TEXTO

Provisão para o 13º salário

É assegurado a todo trabalhador que esteve à disposição do empregador


durante o ano o direito de receber o 13º salário.
Caso o trabalhador seja demitido ou desligado durante o ano, fará jus ao 13º
salário proporcional ao número de meses que esteve à disposição do empregador naquele
ano.
A contabilização dos encargos com o 13º salário pode ser feita por ocasião
dos pagamentos, entretanto a cada mês trabalhado o trabalhador já faz jus a 1/12 do seu
salário a título de 13º salário, em decorrência do princípio da competência, o mais correto
será proceder mensalmente a apropriação desse encargo.
Recomenda-se, portanto, a constituição de uma provisão com base na remu-
neração total dos empregados no mês em que ela estiver sendo constituída.
Considerando os dados da Folha de Pagamento da atividade anterior, temos:

a) Remuneração total bruta da Folha de Pagamento: R$ 8.660,00


Cálculo da parcela devida aos empregados por mês:
1/12 de 8.660,00 = 721,67
b) Cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa:
27,8% de 721,67 = 200,62
c) Cálculo do FGTS:
8% de 721,67 = 57,73

D – 13º salário (despesa) 721,67


C – Provisão 13º salário 721,67

D – INSS (despesa) 200,62


C – Provisão INSS s/ Prov. 13º salário 200,62

D – FGTS (despesa) 57,73


C – Provisão FGTS s/ Prov. 13º salário 57,73

CINT II – 15
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 2

A primeira parcela do 13º salário, que pode ser paga ao trabalhador por oca-
sião de suas férias ou até o dia 30 de novembro, deve ser contabilizada como segue:

D – Adiantamento de 13º salário


C – Caixa ou bancos

Por ocasião do pagamento da segunda parcela do 13º salário, a empresa


deve elaborar uma folha especial ou um mapa demonstrativo no qual conste a relação dos
empregados, os valores do 13º salário, as retenções para a Previdência Social e IRRF, se
for o caso, bem como o valor a ser recebido na segunda parcela.

Contabilização

D – Provisão 13º salário


C – Caixa ou bancos
C – INSS a recolher
C – IRRF a recolher

D – Provisão INSS s/ 13º salário


C – INSS a recolher

D – Provisão FGTS s/ 13º salário


C – FGTS a recolher

Provisão para férias

Conforme estabelece a legislação trabalhista brasileira, todo empregado,


após cada 12 meses de trabalho, terá direito a um mês de férias regulamentares, observan-
do-se o limite de faltas estabelecido na CLT.
No mês em que estiver de férias, o empregado receberá o salário como se
estivesse trabalhando. Sendo assim, a cada mês trabalhado, ou fração superior a 14 dias, o
empregado tem direito a 1/12 de 30 dias de férias.
Assim como o décimo terceiro salário, a cada mês trabalhado o empregado
adquire o direito de 1/12 a título de férias, portanto, a empresa deve proceder a apropriação
da despesa mensalmente.

Provisão mensal
O cálculo do valor a ser provisionado mensalmente poderá ser efetuado à
razão de 1/12 do valor bruto da folha de pagamento, porém, neste caso, acrescido de 1/3
desse mesmo valor.

CINT II – 16
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 2

Considerando os dados da Folha de Pagamento da atividade anterior, temos:


Remuneração total bruta da Folha de Pagamento: R$ 8.660,00

d) cálculo da parcela devida aos empregados por mês:


1/12 do total bruto da folha acrescido de 1/3:
1/12 de 8.660,00 = 721,67 + 240,55 = 962,22.
Cálculo da contribuição previdenciária devida pela empresa:
27,8% de 962,22 = 267,50.
e) cálculo do FGTS:
8% de 962,22 = 76,98

Contabilização

D – Férias (despesa) 962,22


C – Provisão para férias 962,22

D – INSS (despesa) 267,50


C –Provisão INSS s/ Prov. férias 267,50

D – FGTS (despesa) 76,98


C –Provisão FGTS s/ Prov. férias 76,98

Pagamento de férias aos empregados


Por ocasião do pagamento das férias aos empregados, cujo pagamento deve
ser efetuado até dois dias antes de o empregado iniciar o gozo de suas férias, o procedi-
mento contábil é como segue abaixo.
Sobre o valor das férias o empregado deverá recolher a contribuição de previ-
dência e o imposto de renda na fonte.

D – Provisão para férias


C –Caixa
C –Contribuição de Previdência a recolher
C –RRF a recolher

D – Provisão INSS s/ Prov. férias


C – INSS a recolher

D – Provisão FGTS s/ Prov. férias


C – FGTS a recolher

CINT II – 17
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 2

REFERÊNCIA

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 18
Contabilidade Intermediária II
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ATIVIDADE 3

OBJETIVOS

Síntese dos assuntos abordados na matéria 1.

TEXTO

Principais ocorrências da Folha de Pagamento

Rendimentos
Os rendimentos mensais de um trabalhador podem ser compostos de salário
fixo, mais comissões, mais horas extras, adicionais noturno, de periculosidade e de insalu-
bridade, todos estes proventos compõem sua remuneração. Os empregados têm direito,
ainda, a receber férias e 13º salário.

Descontos
a) Contribuições à Previdência Social (INSS)
Essa contribuição varia de acordo com a faixa salarial de cada empregado e é
calculada mediante aplicação de uma alíquota, que pode variar de 8 a 11%, sobre o salário.

b) Imposto de renda
O imposto de renda a ser descontado na fonte sobre os rendimentos do tra-
balho assalariado é calculado mediante alíquota que varia de acordo com a faixa salarial.

c) Contribuição Sindical:
As contribuições devidas pelos empregados às entidades sindicais são: con-
tribuição sindical, contribuição assistencial, contribuição associativa e contribuição confede-
rativa.
A única contribuição a sindicatos obrigatória é a contribuição sindical por
estar prevista em lei, equivale a um dia de trabalho de cada trabalhador, e o seu desconto é
feito no mês de março de cada ano.

d) Outras retenções
Além das retenções obrigatórias por lei, o trabalhador pode ainda autorizar a
empresa a descontar do seu salário importâncias a serem repassadas a outras entidades.

e) Adiantamentos de salários
É comum as empresas concederem, uma vez por mês, aos seus emprega-
dos, um adiantamento de salário.

CINT II – 19
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 3

f) Vale-transporte
O empregador é obrigado a fornecer o vale-transporte, que será utilizado
pelo empregado efetivamente em despesas de deslocamento de sua residência até o local
de trabalho e vice-versa. Uma parte do vale-transporte, equivalente a 6% do salário, fica por
conta do trabalhador e o restante, por conta da empresa.

Salário-família
O salário-família é um auxílio da Previdência Social aos trabalhadores de
baixa renda que possuem filhos com até 14 anos de idade, ou inválidos.

Encargos sociais

a. Contribuição de Previdência – parte patronal


A contribuição de previdência parte patronal é devida pelas empresas com
base no valor bruto da folha de pagamento.
b. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
O fundo de garantia do tempo de serviço é mais um encargo (8% sobre a
remuneração) que a empresa tem com base no valor bruto da folha de pagamento.

Provisões para o 13º salário e férias


Recomenda-se, a constituição de uma provisão com base na remuneração
total dos empregados no mês em que ela estiver sendo constituída, a título de provisão para
o décimo terceiro salário.
Assim como o décimo terceiro salário, a cada mês trabalhado o empregado
adquire o direito de 1/12 a título de férias, portanto, a empresa deve proceder a apropriação
da despesa mensalmente.

ANOTAÇÕES

CINT II – 20
Contabilidade Intermediária II
DEPRECIAÇÃO ATIVIDADE 4

OBJETIVO

Entender os métodos referentes à contabilização da depreciação.

TEXTO

A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada


periodicamente nas contas de:

a. depreciação: quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm


por objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;
b. amortização: quando corresponder à perda do valor de capital aplicado
na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quais-
quer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo obje-
to sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c. exaustão: quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua ex-
ploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.

Como se verifica, a depreciação a ser contabilizada deve ser, conforme a Lei


das Sociedades por Ações, o valor que corresponder ao desgaste efetivo pelo uso ou perda
de utilidade dos bens físicos, inclusive por ação da natureza ou obsolescência, e não os
estabelecidos pela legislação fiscal, contudo, é prática e usual, visando simplificar o trabalho
e a adoção das taxas anuais de depreciação estabelecidas pelo Fisco.
A legislação fiscal, por meio do Regulamento de Imposto de Renda – RIR/99,
em seus arts. 305 a 334 determina que: a importância correspondente à diminuição de
valor dos bens do ativo permanente resultante de desgastes pelo uso, ação da natureza
ou obsolescência normal, poderá ser computada como custo ou despesa operacional. A
parcela da depreciação dos bens utilizados na produção será computada como custo dos
produtos vendidos, enquanto que a depreciação dos demais bens será escriturada como
despesa operacional, na área de vendas ou administrativa.
O montante acumulado das cotas de depreciação, em qualquer hipótese,
não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem corrigido monetariamente, logo o valor
líquido contábil não poderá ser negativo.

CINT II – 21
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 4

Taxas de depreciação adotadas fiscalmente

A taxa anual de depreciação é fixada pela Secretaria da Receita Federal


(SRF) em função da vida útil do bem e conforme a Instrução Normativa da SRF nº 130/99,
as principais taxas de depreciação são as seguintes:

Móveis e utensílios 10% a.a.


Software 20% a.a.
Equipamentos de informática 20% a.a.
Tratores 25% a.a.
Prédios (em uso) 4% a.a.
Veículos 20% a.a.
Instalações 10% a.a.
Máquinas e equipamentos 10% a.a.

Bens adquiridos usados

O art. 130 do RIR/99 determina que quando os bens forem adquiridos usa-
dos, o prazo de vida útil admissível para fins de depreciação é o maior entre os seguintes:
metade da vida útil, admissível para o bem adquirido novo;
restante da vida útil do bem.
Por exemplo, se a empresa adquire um veículo usado, a taxa de depreciação
a ser utilizada é obtida da seguinte forma:
– vida útil do bem novo => 5 anos, logo, metade da vida útil de 2,5 anos,
equivalente a 40% a.a.
– restante da vida útil do bem => 3 anos. Logo, o bem foi usado durante dois
anos, equivalente à taxa de 33,33% a.a.
Deve-se utilizar a maior vida útil entre as duas consideradas anteriormen-
te, ou seja, três anos, o que implica a menor taxa de depreciação entre as duas, ou seja,
33,33% a.a.

Métodos de Depreciação

Método das cotas constante ou linear

É o método mais utilizado por causa de sua simplicidade e aceitação por


parte do Fisco, sendo que nesse método a depreciação é obtida mediante a divisão do valor
a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem, ou seja, se estima que a perda de valor do
bem seja constante.
Esse método é largamente utilizado pelas empresas no Brasil. Abaixo um
exemplo do cálculo da depreciação por meio desse método.

CINT II – 22
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 4

Depreciação = valor do bem / vida útil


Valor do bem = $ 1.500,00
Vida útil = 5 anos ou 20% a.a.
Depreciação = 1.500,00 / 5 = 300 por ano ou 1.500,00 x ,20 = 300,00

O valor de $ 300,00, representa o encargo com depreciação de um ano,


porém, na prática, esse registro é feito mensalmente. O valor mensal da depreciação nessa
hipótese será de $ 25,00 ($ 300,00/12) e será contabilizado mensalmente conforme segue:

D – Despesas com depreciação $ 25,00


C – ( - ) Depreciação acumulada de veículos $ 25,00

Método de horas de trabalho

Nesse método, a depreciação é obtida por meio da divisão do valor a ser


depreciado por uma fração em que o denominador é o número de horas de trabalho estima-
das durante a vida útil do bem e o numerador é o número de horas de trabalho do bem no
período pelo bem. Abaixo um exemplo do cálculo da depreciação por esse método.

Valor do bem = $ 1.200,00


Nº de horas de trabalho no período = 100 horas no ano
Nº de horas de trabalho estimadas durante a vida útil = 1.000 horas
Depreciação = 100 x 1.200,00 / 1.000 = $ 120,00 por ano ou
$ 120,00 / 12 = $ 10,00 por mês

Nessa hipótese o registro contábil da depreciação mensal no primeiro ano,


será conforme segue:

D – Despesas com depreciação $ 10,00


C – Depreciação acumulada de máquinas $ 10,00

Método das unidades produzidas

Nesse método, a depreciação é obtida pela divisão do valor a ser depreciado


por uma fração em que o denominador é o número de unidades a serem produzidas du-
rante a vida útil do bem e o numerador é o número de unidades produzidas no período pelo
bem. Abaixo um exemplo do cálculo da depreciação por esse método.

CINT II – 23
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 4

Valor do bem = $ 1.200,00


Nº unidades produzidas no período = 50 un. no ano
Nº unidades estimadas durante a vida útil = 1.000 un.
Depreciação = 50 x 1.200,00 / 1.000 = $ 60,00 por ano ou
$ 60,00 / 12 = $ 5,00 por mês

Nessa hipótese o registro contábil da depreciação mensal no primeiro ano,


será conforme segue:

D – Despesas com depreciação $ 5,00


C – Depreciação acumulada de máquinas $ 5,00

Depreciação acelerada em função do número de horas

A depreciação acelerada em função do número de horas está descrita no


art. 312 do RIR/99, que estabelece que, quando a empresa opera em mais de um turno de
horas diárias, as taxas de depreciação dos bens móveis podem ser majoradas mediante a
aplicação dos seguintes coeficientes:

a. dois turnos de oito horas: 1,5;


b. três turnos de oito horas: 2,0.

Por exemplo, se a empresa utiliza uma máquina em dois turnos diários de 8


horas, poderá depreciar essa máquina, cuja taxa normal seria de 20% a.a., a uma taxa de
30% a.a., ou seja, 20% x 1,5.

Não-apropriação da depreciação ou utilização de taxas inferiores

O registro da despesa com depreciação, conforme dispõe o PN nº 79/76


da SRF é uma faculdade da empresa e não uma obrigação, do ponto de vista fiscal, logo
a empresa pode deixar de registrar a depreciação ou registrá-la por um valor abaixo das
taxas permitidas. Contudo, as importâncias não apropriadas, em determinado período, não
poderão ser compensadas posteriormente pela utilização de uma taxa superior às máximas
permitidas anualmente para cada tipo de bem.

Classificação da despesa com depreciação

A classificação dos encargos com depreciação na demonstração do resul-


tado do exercício ocorre em função da localização física dos bens na empresa, conforme o
discriminado a seguir:

CINT II – 24
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 4

• custos dos produtos vendidos: bens localizados na área de produção da


empresa;
• despesas com vendas: bens localizados na área comercial da empresa;
• despesas administrativas: bens localizados na área administrativa da
empresa.

REFERÊNCIA

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 25
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 4

ANOTAÇÕES

CINT II – 26
Contabilidade Intermediária II
DESPESAS ANTECIPADAS ATIVIDADE 5

OBJETIVO

Entender o registro contábil referente às operações relacionadas às despe-


sas pagas antecipadamente.

TEXTO

Despesas antecipadas ou despesas do exercício seguinte é um subgrupo do


ativo circulante, no qual devem ser classificados os valores de despesas antecipadas que
devam ser apropriadas como despesa no decurso do exercício seguinte (regime de com-
petência). Refere-se a pagamentos ou apropriação de despesas ainda não incorridas, e
engloba todas as despesas pagas antecipadamente, cuja contraprestação de serviço ainda
não foi realizada.
São classificadas nesse subgrupo as assinaturas pagas antecipadamente,
os seguros pagos antecipadamente, os aluguéis pagos antecipadamente, bem como os
encargos financeiros a apropriar provenientes de desconto de duplicatas.

Prêmios de seguro

A contratação de um seguro enseja o pagamento do prêmio, que correspon-


de ao preço cobrado pela seguradora, em contrapartida à garantia de cobertura de perdas
que o segurado eventualmente venha a sofrer durante o prazo de vigência do seguro.
Nessas condições, os prêmios de seguros correspondem a despesas anteci-
padas, que devem ser classificadas no ativo circulante, cuja apropriação no resultado deve
ser feita na proporção do transcurso do prazo da cobertura, pois se trata de uma despesa
ainda não incorrida.
O valor do prêmio pago será apropriado como custo de produção, quando
se referir a bens utilizados na área de produção industrial, ou como despesa operacional,
quando se referir a bens utilizados nas áreas administrativas e de vendas.
Supondo que a empresa pague, em dinheiro, prêmio referente à apólice de
seguro contra incêndio (instalações da loja), no valor de $12.000,00, com vigência de 01/06/
X1 a 31/05/X2. Nessa hipótese, os valores a serem apropriados na despesa com seguros
são os apresentados no quadro abaixo:

Data Valor da cota Saldo a apropriar Nº de dias


12.000,00
Junho X1 986,30 11.013,70 30
Julho X1 1.019,18 9.994,52 31
Agosto X1 1.019,18 8.975,34 31

CINT II – 27
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 5

Setembro X1 986,30 7.989,04 30


Outubro X1 1.019,18 6.969,86 31
Novembro X1 986,30 5.983,56 30
Dezembro X1 1.019,18 4.964,38 31
Janeiro X2 1.019,18 3.945,20 31
Fevereiro X2 920,55 3.024,65 28
Março X2 1.019,18 2.005,47 31
Abril X2 986,30 1.019,17 30
Maio X2 1.019,17 0,00 31
365

Quando da contratação da apólice, supondo o pagamento mediante


cheque, o registro contábil será da seguinte forma:

D – Seguros pagos antecipadamente $ 12.000,00


C – Bancos $ 12.000,00

Caso o pagamento da apólice for contratado a prazo em três parcelas men-


sais sucessivas com entrada, o registro contábil será da seguinte forma:

D – Seguros pagos antecipadamente $ 12.000,00


C – Bancos $ 4.000,00
C – Seguros a pagar $ 8.000,00

Quando da apropriação da despesa com seguros do mês de junho/X1, o


registro contábil será da seguinte forma:

D – Seguros (despesa) $ 986,30


C – Seguros pagos antecipadamente $ 986,30

Nos meses seguintes, são realizados registros contábeis similares a esse,


apropriando a quota mensal do prêmio incorrido em conformidade com os cálculos apre-
sentados no quadro de apropriação das despesas com seguros, de modo que, na data do
balanço patrimonial (31/12/X1), a situação patrimonial da empresa seja da seguinte forma:

Ativo circulante 4.964,38

Despesas do exercício seguinte 4.964,38


Seguros pagos antecipadamente 4.964,38

Ou seja, do saldo total de $ 12.000,00 a apropriar, o montante de $ 7.035,62


já foi apropriado como despesa do exercício de X1, ficando o saldo restante de $ 4.964,38
demonstrado do Ativo Circulante para ser apropriado no exercício de X2.

CINT II – 28
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 5

Assinaturas de periódicos

A contratação de uma assinatura de revistas, jornais, boletins informativos


etc. enseja o pagamento de um valor, que corresponde ao preço cobrado pela contratada,
em contrapartida aos exemplares a serem recebidos pela contratante, durante o prazo de
vigência da assinatura.
Consequentemente, as despesas com assinatura de periódicos correspon-
dem a despesas antecipadas, que devem ser classificadas no ativo circulante, cuja apro-
priação no resultado deve ser feita na proporção do transcurso do prazo da assinatura, pois
se trata de uma despesa ainda não incorrida.
Supondo que a empresa pague, em dinheiro, um valor referente à assinatura
anual de uma revista, no valor de $ 960,00, com vigência de 01/07/X1 a 30/06/X2. Nesta
hipótese, os valores a serem apropriados na despesa com periódicos são os apresentados
no quadro abaixo:

Data Valor da cota Saldo a apropriar Nº de dias


960,00
Julho X1 81,53 878,47 31
Agosto X1 81,53 796,94 31
Setembro X1 78,90 718,04 30
Outubro X1 81,53 636,51 31
Novembro X1 78,90 557,61 30
Dezembro X1 81,53 476,08 31
Janeiro X2 81,53 394,55 31
Fevereiro X2 73,64 320,91 28
Março X2 81,53 239,38 31
Abril X2 78,90 160,48 30
Maio X2 81,53 78,95 31
Junho X2 78,95 0,00 30
365

Quando da contratação da assinatura, supondo o pagamento mediante che-


que, o registro contábil será da seguinte forma:

D – Assinaturas pagas antecipadamente $ 960,00


C – Bancos $ 960,00

Caso o pagamento da assinatura for contratado a prazo em quatro parcelas


mensais sucessivas com entrada, o registro contábil será da seguinte forma:

D – Assinaturas pagas antecipadamente $ 960,00


C – Bancos $ 240,00
C – Assinaturas a pagar $ 720,00

CINT II – 29
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 5

Quando da apropriação da despesa com assinaturas do mês de julho/X1, o


registro contábil será da seguinte forma:

D – Despesas com periódicos $ 82,00


C – Assinaturas pagas antecipadamente $ 82,00

Nos meses seguintes, são procedidos registros contábeis similares a esse,


apropriando a cota mensal de despesa com periódicos incorrida em conformidade com os
cálculos apresentados no quadro de apropriação das despesas com periódicos, de modo
que, na data do balanço patrimonial (31/12/X1), a situação patrimonial da empresa seja da
seguinte forma:

Ativo circulante 476,08

Despesas do exercício seguinte 476,08


Assinaturas pagas antecipadamente 476,08

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.


SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. dos.; GOMES, J. M. M. Contabilidade intermediária. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.

ANOTAÇÕES

CINT II – 30
Contabilidade Intermediária II
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ATIVIDADE 6

OBJETIVO

Síntese dos assuntos abordados na matéria 2.

TEXTO

A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada


periodicamente nas contas de:

1. depreciação: quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm


por objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;
2. amortização: quando corresponder à perda do valor de capital aplicado
na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quais-
quer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo obje-
to sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
3. exaustão: quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua ex-
ploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.

Taxas de depreciação adotadas fiscalmente

A taxa anual de depreciação é fixada pela Secretaria da Receita Federal


(SRF) em função da vida útil do bem e conforme a Instrução Normativa da SRF nº 130/99,
as principais taxas de depreciação são as seguintes:

Móveis e utensílios 10% a.a.


Software 20% a.a.
Equipamentos de informática 20% a.a.
Tratores 25% a.a.
Prédios (em uso) 4% a.a.
Veículos 20% a.a.
Instalações 10% a.a.
Máquinas e equipamentos 10% a.a.

Métodos de Depreciação

Método das cotas constante ou linear


É o método mais utilizado por causa de sua simplicidade e aceitação por

CINT II – 31
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 6

parte do Fisco, sendo que nesse método a depreciação é obtida mediante a divisão do valor
a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem, ou seja, se estima que a perda de valor do
bem seja constante.
Esse método é largamente utilizado pelas empresas no Brasil – Classificação
da despesa com depreciação.
A classificação dos encargos com depreciação, na demonstração do resulta-
do do exercício, se dará em função da localização física dos bens na empresa, conforme o
discriminado a seguir:

• custos dos produtos vendidos – bens localizados na área de produção da


empresa;
• despesas com vendas – bens localizados na área comercial da empresa;
• despesas administrativas – bens localizados na área administrativa da
empresa.

Despesas antecipadas ou despesas do exercício seguinte é um subgrupo do


ativo circulante, no qual devem ser classificados os valores de despesas antecipadas que
devam ser apropriadas como despesa no decurso do exercício seguinte (regime de compe-
tência). Refere-se a pagamentos ou apropriação de despesas ainda não incorridas, engloba
todas as despesas pagas antecipadamente, cuja contraprestação de serviço ainda não foi
realizada.
São classificados nesse subgrupo as assinaturas pagas antecipadamente,
os seguros pagos antecipadamente, os aluguéis pagos antecipadamente, bem como os
encargos financeiros a apropriar provenientes de desconto de duplicatas.

ANOTAÇÕES

CINT II – 32
Contabilidade Intermediária II
OPERAÇÕES BANCÁRIAS ATIVIDADE 7

OBJETIVO

Esclarecer os procedimentos referentes ao registro contábil das principais


operações bancárias.

TEXTO

Cobranças e descontos bancários

São operações efetuadas com títulos de créditos da entidade, mais comu-


mente duplicatas (a receber) emitidas pela mesma e aceitas pelos devedores. Normalmen-
te, essas operações são realizadas com instituições financeiras.

Cobrança bancária

São assim denominadas quando a entidade remete títulos ao banco para que
ele se encarregue exclusivamente da respectiva cobrança, recebendo em contrapartida
uma comissão previamente ajustada entre as partes.
Nesses casos, a empresa não retira adiantadamente nenhuma importância
em relação aos títulos remetidos à instituição financeira, somente recebendo os respectivos
valores quando o cliente (devedor) efetuar o pagamento no banco e este lhe avisa sobre tal
ocorrência.
As operações de cobrança percorrem uma série de etapas que devem ser
escrituradas contabilmente. Inicialmente, ocorre o endosso para o banco das duplicatas a
serem cobradas, bem como a remessa das mesmas ao estabelecimento. Supondo que
a empresa envie duas duplicatas a receber de seus clientes de $ 5.000 cada, totalizando
$10.000 para o banco a título de cobrança bancária, nesta hipótese o registro contábil será:

D – Bancos conta cobrança $ 10,00


C – Duplicatas em cobrança $ 10,00

Posteriormente, quando o cliente efetua o pagamento da duplicata no banco, o fato é co-


municado à empresa por um aviso de crédito remetido pelo estabelecimento bancário,
colocando o respectivo valor a sua disposição na conta corrente da empresa. Supondo que
o cliente pague uma duplicata para o banco, nessa hipótese, com base na informação pelo
banco, a empresa efetuará o registro contábil:

D – Bancos $ 5.000
C – Clientes $ 5.000

CINT II – 33
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 7

D – Duplicatas em cobrança $ 5.000


C – Bancos em cobrança $ 5.000

Praticamente simultaneamente à emissão do aviso de crédito apresentado,


o banco emite um aviso de débito relativo às despesas com serviço de cobrança. Supondo
que o valor do aviso de débito seja de $ 5, nesse caso a empresa registrará contabilmente
essa operação da seguinte forma:

D – Despesa bancárias $5
C – Bancos $5

Além disso, pode ocorrer de o cliente pagar a duplicata após a data do venci-
mento, com os juros respectivos; nessa hipótese, o aviso de crédito apresentado cometerá
a informação do valor dos juros, supondo de $ 100, então o registro contábil passará a ser:

D – Bancos $ 5.100
C – Clientes $ 5.000
C - Receita de juros $ 100
D- Duplicatas em cobrança $ 5.000
C - Bancos conta cobrança $ 5.000

Caso o cliente efetue o pagamento da duplicata na data de vencimento, com


desconto de $ 80, nessa hipótese o registro contábil apresentado anteriormente será:

D – Bancos $ 4.920
C – Clientes $ 80
C - Receita de juros $ 5.000
D- Duplicatas em cobrança $ 5.000
C - Bancos conta cobrança $ 5.000

Pode ocorrer ainda de o cliente efetuar o pagamento da duplicata diretamente


à empresa e esta solicitar que o banco lhe devolva o título. Nessa hipótese, ainda em rela-
ção ao exemplo, apresentado, supondo um pagamento em dinheiro, o registro contábil será:

D – Caixa $ 5.000
C – Clientes $ 5.000
D- Duplicatas em cobrança $ 5.000
C - Bancos conta diferença $ 5.000

Finalmente, pode ocorrer de o banco devolver a duplicata, pelo o fato de o

CINT II – 34
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 7

cliente não efetuar o pagamento ou por simples solicitação da empresa. Nesse caso, o
registro contábil será:

D – Duplicatas em cobrança $ 5.000


C – Bancos conta cobrança $ 5.000

Descontos de duplicatas

É a operação na qual a empresa entrega ao banco títulos de sua emissão, com


o aceite do devedor, como garantia de empréstimo tomado no estabelecimento bancário.
Nessa operação, a empresa recebe antecipadamente determinado valor, em
consonância com o valor dos títulos descontados, pagando antecipadamente juros, comis-
sões e outras despesas, tudo previamente ajustado entre as partes. Na operação de des-
conto de títulos, a empresa responde pelos respectivos valores na hipótese de seus clientes
não efetuarem o pagamento junto ao banco na data do vencimento.
A operação de desconto de duplicatas compõe-se de uma série de etapas e
inicialmente deve-se registrar o recebimento do valor referente à operação de desconto de
duplicatas.
Suponha que a empresa realize um desconto de três duplicatas no valor de $
1.000 (vencimento em 30 dias), $ 1.500 (vencimento em 60 dias) e $ 2.000 (vencimento em
90 dias), totalizando $ 4.500, com encargos financeiros calculados no montante de $ 239,
despesas bancarias de $ 60 ($ 20 por título).

Nessa hipótese, foi creditado em conta corrente bancária um valor líquido de


$ 4.184. Nesse caso, o registro contábil dessa operação é o apresentado logo abaixo:

D – Bancos $ 4.201
D – Encargos financeiros a apropriar $ 239
D- Despesas bancárias (despesas financeiras) $ 60
C – (-) Duplicatas descontadas $ 4.500

A conta encargos financeiros a apropriar apresentada deve ser classificada,


no balanço patrimonial, no subgrupo despesas do exercício seguinte, tema já estudado
anteriormente.
Posteriormente, em 30 dias, supondo que o cliente efetue o pagamento da
duplicata junto ao banco, este retém o respectivo valor e comunica a empresa, por meio
de emissão de um aviso de liquidação, para que ela dê baixa do valor sob sua responsabi-
lidade. Nessa hipótese, supondo que o cliente tenha liquidado uma duplicata no valor de $
1.000, o registro contábil é o apresentado abaixo:

CINT II – 35
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 7

D – (-) Duplicatas descontadas $ 1.000


C – Clientes $ 1.000

No final do mês, a empresa deve apropriar os encargos financeiros referen-


tes aos 30 dias, no valor de $ 79.67 (239.00 / 90 X 30), e registrar contabilmente de acordo
com o registro apresentado logo abaixo:

D – Despesas de juros (despesa financeira) $ 79,67


C – Encargos financeiros a apropriar $ 79,97

Caso o devedor não efetue o pagamento da duplicata na data do vencimento,


o banco reembolsa o valor do título, debitando à conta corrente da empresa, avisando-
lhe sobre a ocorrência e devolvendo-lhe a duplicata, Ainda em continuação ao exemplo
apresentado, supondo que o cliente não pague a segunda duplicata no valor de $ 1500 e o
banco cobre adicionalmente $ 100 de tarifas bancarias, nesse caso, o registro contábil será
o apresentado abaixo:

D – Despesas bancárias $ 100


D – (-) Duplicatas descontadas $ 79,97
C – Bancos $ 1.600

No final do mês, a empresa deve novamente apropriar os encargos finan-


ceiros referentes ao segundo mês, no valor de $ 79,82, e registrar contabilmente de acordo
com o registro apresentado abaixo:

D – Despesas de juros (despesa financeira) $ 79,67


C – Encargos financeiros a apropriar $ 79,97

Posteriormente, em 90 dias, supondo que o cliente efetue o pagamento da


duplicata junto ao banco, este retém o respectivo valor e comunica à empresa por meio de
emissão de um aviso de liquidação, para que ela dê baixa do valor sob sua responsabilida-
de. Nessa hipótese, supondo que o cliente tenha liquidado a duplicata no valor de $ 2.000, o
registro contábil é o apresentado abaixo:

D – (-) Duplicatas descontadas $ 2.000


C – Clientes $ 2.000

Finalmente, devem-se apropriar os encargos financeiros do último mês, tam-


bém no valor de $ 79,92 e registrar contabilmente de acordo com o registro apresentado:

CINT II – 36
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 7

D – Despesas de juros (despesas financeiras) $ 79,66


C – Encargos financeiros a apropriar $ 79,66

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.


SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. dos.; GOMES, J. M. M. Contabilidade intermediária. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.

ANOTAÇÕES

CINT II – 37
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 7

ANOTAÇÕES

CINT II – 38
Contabilidade Intermediária II
DEDUÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ATIVIDADE 8

OBJETIVO

Desenvolver as operações referentes às deduções do resultado do exercício.

TEXTO

Para que o resultado do exercício apurado em cada período reflita a real


situação econômica da empresa, é necessário que os saldos de todas as contas estejam
devidamente conferidos e ajustados. Para se atingir este ponto, é preciso realizar, prelimi-
narmente, algumas tarefas como apurações de saldos de contas; ajustes de saldos de
contas patrimoniais e de resultado em decorrência do princípio da competência; confrontos
entre os saldos contábeis com aqueles levantados por meio de inventários físicos para apu-
rar possíveis divergências etc.
Somente depois de conferidos e ajustados todos estes detalhes, é que se de-
verá dar continuidade aos procedimentos necessários à apuração do resultado do exercício.
Abaixo segue um roteiro englobando os principais procedimentos que devem
ser realizados no final de um exercício social, uma parte desses procedimentos já foi estu-
dada em matérias anteriores, mas, agora, visando ao aprofundamento de nosso estudo,
segue o roteiro completo:

1. elaborar o primeiro balancete de verificação;


2. apurar o resultado operacional bruto;
3. apurar o resultado operacional;
4. apurar o resultado líquido do exercício antes das deduções;
5. calcular e contabilizar as deduções do resultado do exercício;
6. calcular e contabilizar as participações do resultado do exercício;
7. apurar o lucro (ou prejuízo) líquido do exercício;
8. calcular e contabilizar as destinações do resultado do exercício;
9. elaborar o segundo balancete de verificação;
10. elaborar as demonstrações contábeis.

Depois de apurado e contabilizado o resultado líquido do exercício, o próximo


passo será estudar as deduções do resultado, porém, antes é importante estudar os juros
sobre o capital próprio, pois, a sua apuração e contabilização interferem diretamente na
base de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social.

CINT II – 39
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 8

Juros sobre o capital próprio

Juros sobre o capital próprio correspondem a uma importância que a empre-


sa paga ao seu titular, sócio ou acionista, como remuneração pelos valores por eles investi-
dos na composição do capital da empresa.
A base de cálculo é o Patrimônio Líquido existente no encerramento do perío-
do imediatamente anterior àquele da remuneração.
O cálculo é feito mediante a aplicação da taxa de juros de longo prazo (TJLP)
sobre o total do o Patrimônio Líquido existente no final do período anterior.
Para que o valor desses juros possa ser subtraído da base de cálculo da
provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social, é necessário que não ultrapasse o
maior dos seguintes valores:

a. 50% do lucro líquido do período-base, computado antes da dedução dos


juros e depois de deduzida a provisão para Contribuição Social; ou
b. 50% do somatório das reservas de lucros.

Exemplo
Suponhamos que o Patrimônio Líquido de uma empresa, em 31/12/X1, esteja
assim constituído:

Capital Social.........................................100.000
Reservas de Capital.................................10.000
Reservas de Lucros.................................70.000
TOTAL................................................... 180.000

Outras informações:
resultado do exercício antes da provisão para CSSL e IR: 24.000;
taxa de juros de longo prazo (TJLP) do período seja igual a 10%:
Cálculo dos juros:

10% de 180.000 = 18.000.

Cálculo dos limites para fins de dedutibilidade


a) 50% do lucro líquido do período-base antes da dedução desses juros;
depois da dedução da Provisão para CSSL e antes da dedução da Provisão para IR:
Considerando a alíquota da CSSL de 9%, teremos o seguinte valor da Provi-
são para CSSL:
9% de 24.000 = 2.160
50% de 24.000 – 2.160 = 10.920.

CINT II – 40
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 8

b) 50% do somatório das reservas de lucros


Reservas de lucros = 70.000
50% de 70.000 = 35.000.

Pelo primeiro limite (a), se a empresa remunerar os acionistas pelo valor


calculado de $ 18.000, haveria um excesso sobre o valor dedutível de $ 7.080. Entretanto,
considerando o segundo limite (b) que é de $ 35.000, a empresa poderá remunerar os acio-
nistas pelo valor total calculado e utilizar todo o valor como dedutível das bases de cálculos
das provisões para CSSL e IR.
Sobre os juros, incide imposto de renda pela alíquota de 15%.

Contabilização

D – Juros sobre o capital próprio (despesas financeiras) $ 18.000


C – Juros sobre o capital próprio a pagar $ 15.300
C – IR – fonte a recolher $ 2.700

Deduções

São duas as deduções do resultado de exercício, já estudamos anteriormen-


te, porém agora vamos retomar o assunto de forma mais aprofundada:

• provisão para imposto de renda; e


• provisão para contribuição social.

O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido têm como


base de cálculo o lucro real.
Lucro real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas e autorizadas pela legislação tributária.
Assim, quando o resultado líquido corresponder a lucro, para se obter a base
de cálculo do imposto de renda e da contribuição social deve-se: adicionar a esse lucro to-
das as despesas que foram consideradas na apuração do resultado e que, de acordo com
a legislação tributária, devam integrar a base de cálculo desses impostos (Adições).
Da mesma forma, deve-se subtrair desse lucro todas as receitas que foram
consideradas na apuração do resultado e que, por força da legislação tributária, não devam
integrar a base de cálculo desses impostos (Exclusões).
Esses cálculos necessários para se ajustar o resultado do exercício visando
à obtenção do lucro tributável são efetuados extra-contabilmente, e depois transcritos para
um livro fiscal próprio denominado Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR.
Pode acontecer de a empresa apurar prejuízo, neste caso, este prejuízo

CINT II – 41
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 8

poderá ser compensado em períodos subseqüentes, respeitando o limite máximo de 30%


sobre o lucro do período.
O controle dos saldos dos prejuízos compensáveis também é realizado no
Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR – Parte B.

Adições

Art. 249. Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do


período de apuração:

I. os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quais-


quer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decre-
to, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real.
Exemplos:

• multas fiscais;
• doações;
• despesas com brindes;
• despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores.

Exclusões e compensações:

Art. 250. Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líqui-
do do período de apuração:

II. os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos


na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no
lucro real.
Exemplos:

• dividendos recebidos de outras pessoas jurídicas;


• resultados de participações societárias.

III. o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a


compensação a 30% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste
Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos exigidos pela legis-
lação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizados para compensação.

O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real e regis-


trado no LALUR – parte B.

CINT II – 42
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 8

Cálculo e contabilização

Suponhamos que o resultado do exercício antes das provisões para CSSL e


IR de uma empresa tenha sido, em 31.12.X1, $ 500.000.

Informações para cálculo do lucro real


Adições:
multas fiscais: .......................................... 15.000;
brindes:.......................................................... 5.000.
Exclusões e compensações:
receitas de participações societárias:........ 50.000;
prejuízos fiscais (parte B do LALUR):........ 30.000

Cálculo do lucro real


Resultado do exercício...................................500.000
( + ) ADIÇÕES
Multas fiscais............................................ 15.000
Brindes.........................................................5.000
( - ) EXCLUSÕES E COMPENSAÇÕES
Receitas de participações societárias........50.000
( = ) LUCRO REAL AJUSTADO......................470.000
( - ) COMPENSAÇÕES
Prejuízo do exercício anterior.....................30.000
( = ) LUCRO REAL...........................................440.000

Cálculo da provisão
Imposto de renda: 15% de 440.000 = 66.000.
Contribuição social: 9% de 440.000 = 39.600.

Contabilização

D – Resultado do exercício $ 105.600


C – Provisão para imposto de renda $ 66.000
C – Provisão para contribuição social $ 39.600

A conta Resultado do Exercício, após este lançamento, fica com seu saldo
reduzido dos respectivos valores.
As contas Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social são clas-
sificáveis no passivo circulante, subgrupo das obrigações tributárias, figurará no balanço,

CINT II – 43
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 8

representando o compromisso que a empresa terá para recolher aos cofres do governo
federal, no mês seguinte.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.


. Contabilidade geral fácil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 44
Contabilidade Intermediária II
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ATIVIDADE 9

OBJETIVO

Resumo dos assuntos abordados na matéria 3.

TEXTO

Cobranças e descontos bancários

São operações efetuadas com títulos de créditos da entidade, mais comu-


mente duplicatas (a receber) emitidas pela mesma e aceitas pelos devedores. Normalmen-
te, essas operações são realizadas com instituições financeiras.

Cobrança bancária

São assim denominadas quando a entidade remete títulos ao banco para que
ele se encarregue exclusivamente da respectiva cobrança, recebendo em contrapartida
uma comissão previamente ajustada entre as partes.

Descontos de duplicatas

É a operação na qual a empresa entrega ao banco títulos de sua emissão, com


o aceite do devedor, como garantia de empréstimo tomado no estabelecimento bancário.
Nessa operação, a empresa recebe antecipadamente determinado valor, em
consonância com o valor dos títulos descontados, pagando antecipadamente juros, comis-
sões e outras despesas, tudo previamente ajustado entre as partes. Na operação de des-
conto de títulos, a empresa responde pelos respectivos valores na hipótese de seus clientes
não efetuarem o pagamento junto ao banco na data do vencimento.
Posteriormente, em 30 dias, supondo que o cliente efetue o pagamento da
duplicata junto ao banco, este retém o respectivo valor e comunica a empresa.

Para que o resultado do exercício apurado em cada período reflita a real


situação econômica da empresa, é necessário que os saldos de todas as contas estejam
devidamente conferidos e ajustados.
Abaixo segue um roteiro englobando os principais procedimentos que devem
ser realizados no final de um exercício social:

1. elaborar o primeiro balancete de verificação;


2. apurar o resultado operacional bruto;

CINT II – 45
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 9

3. apurar o resultado operacional;


4. apurar o resultado líquido do exercício antes das deduções;
5. calcular e contabilizar as deduções do resultado do exercício;
6. calcular e contabilizar as participações do resultado do exercício;
7. apurar o lucro (ou prejuízo) líquido do exercício;
8. calcular e contabilizar as destinações do resultado do exercício;
9. elaborar o segundo balancete de verificação;
10. elaborar as demonstrações contábeis.

Juros sobre o capital próprio

Juros sobre o capital próprio correspondem a uma importância que a empre-


sa paga ao seu titular, sócio ou acionista, como remuneração pelos valores por eles investi-
dos na composição do capital da empresa.
A base de cálculo é o patrimônio líquido existente no encerramento do perío-
do imediatamente anterior àquele da remuneração.
O cálculo é feito mediante a aplicação da taxa de juros de longo prazo (TJLP)
sobre o total do patrimônio líquido existente no final do período anterior.

Deduções
São duas as deduções do resultado de exercício:
provisão para imposto de renda; e
provisão para contribuição social.
O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido têm como
base de cálculo o lucro real.
Lucro real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas e autorizadas pela legislação tributária.

Adições
Art. 249. Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido
do período de apuração: os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e
quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este
Decreto, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real.

Exclusões e compensações:
Art. 250. Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líqui-
do do período de apuração: os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores
incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam compu-
tados no lucro real.

CINT II – 46
Contabilidade Intermediária II
PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÕES DO RESULTADO ATIVIDADE 10

OBJETIVOS

Estudar e esclarecer os procedimentos para apuração das participações e


destinações do resultado do exercício.

TEXTO

Participações

As participações correspondem a parcelas do resultado do exercício destina-


das aos proprietários de debêntures, aos empregados, aos administradores, aos proprietá-
rios de partes beneficiárias e também às instituições ou fundos de assistência ou previdên-
cia de empregados.

• Debêntures: são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas,


conferindo a seus titulares direitos de créditos junto a elas, nas condições
constantes das escrituras de emissão ou dos certificados. Normalmente
rendem juros, correção monetária e participação nos lucros. São garanti-
das pelo ativo da empresa e emissora e asseguram preferência no resga-
te sobre os demais títulos da empresa. Quando a empresa vende esses
títulos, cria para si uma obrigação geralmente a longo prazo, podendo
registrar essa obrigação por meio da conta debêntures a pagar.
• Partes beneficiárias: são títulos negociáveis sem valor nominal e estra-
nhos ao capital social que podem ser criados pelas sociedades por ações
em qualquer tempo. Esses títulos podem ser negociados pela empresa
ou cedidos gratuitamente a empregados, clientes etc., de acordo com a
vontade da empresa. O único direito que o detentor desses títulos tem é
a participação nos lucros, que não poderá ser superior a um décimo do
lucro apurado.
• A empresa poderá distribuir parte dos lucros a seus empregados e ad-
ministradores, como prêmio, podendo destinar, também uma parte para
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.

A base de cálculo das participações é o resultado do exercício após a provi-


são para imposto de renda e contribuição social.

Exemplo
Suponhamos que o resultado do exercício de uma empresa, no final do

CINT II – 47
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 10

exercício de X1, após deduzida a Provisão para Imposto de Renda, tenha sido de $ 414.205.
Com base nesse resultado, calcular e contabilizar as seguintes participações:

a. debêntures: 10%;
b. empregados: 10%;
c. administradores: 10%;
d. partes beneficiárias: 10%;
e. contribuições para instituições: 10%.

Cálculos extra-contábeis

Resultado do exercício após a provisão para I.R e CSSL ....................... 414.205


( - ) Prejuízos acumulados ....................................................................................... –
( = ) Base de cálculo para debêntures .......................................................... 414.205
( - ) Participação debêntures (10%) .................................................................. 41.420
( = ) Base de cálculo para participação empregados ............................... 372.785
( - ) Participação empregados (10%) ............................................................... 37.278
( = ) Base de cálculo participação administradores .................................. 335.507
( - ) Participação administradores (10%) ........................................................ 33.550
( = ) Base de cálculo para partes beneficiárias .......................................... 301.957
( - ) Partes beneficiárias (10%) .......................................................................... 30.195
( = ) Base de cálculo para contribuições ...................................................... 271.762
( - ) Participação para contribuições (10%) ..................................................... 27.176
( = ) Lucro líquido do exercício ....................................................................... 244.586

mbora as participações correspondem à taxa de 10%, o valor de cada uma


delas é diferente, pois a base de cálculo é sempre o resultado remanescente após diminuí-
da a participação anteriormente calculada.

Contabilização

D – Resultado do exercício $ 169.619


C – Participações de debêntures a pagar $ 41.420
C – Participações a empregados a pagar $ 37.278
C – Participações a administradores a pagar $ 33.550
C – Participações a partes beneficiárias a pagar $ 30.195
C – Participações para contr. a instituições de empregados a pagar $ 27.176

A conta Resultado do Exercício, sendo debitada pelos valores das participa-


ções, fica reduzida dos respectivos valores, e seu saldo transferido para conta de Lucros ou
Prejuízos Acumulados.

CINT II – 48
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 10

As contas referentes às participações são contas do Passivo Circulante e re-


gistram as obrigações correspondentes que a empresa deverá pagar para cada beneficiário.

Destinações
São duas: reservas e distribuição de dividendos

Reservas
As Reservas são recursos que a empresa separa em seu patrimônio com
fins determinados. As contas utilizadas são classificadas no grupo do Patrimônio Líquido.
De acordo com a fonte de onde se originaram os recursos para sua constitui-
ção, elas podem ser classificadas em: Reservas de lucros e Reservas de capital.

a) Reservas de lucros: são extraídas do lucro líquido do exercício


• Reserva legal: É obrigatória para todas as empresas constituídas sob a
forma jurídica de sociedade por ações, tem por fim manter a integridade
do capital social, podendo ser utilizada somente para compensar preju-
ízos ou aumentar o capital, corresponde a um percentual de 5% sobre
o lucro líquido do exercício realizada antes de qualquer destinação, não
podendo exceder a 20% do capital social.

Há dois limites que precisam ser observados no momento da constituição da


reserva legal: um obrigatório (limite máximo) e um facultativo (limite opcional).

Limite máximo: a reserva legal não poderá ser constituída quando seu mon-
tante atingir 20% do valor do capital social.

Exemplo
Suponhamos os seguintes dados em 31.12. X1:
• capital social......................................................................70.000;
• reserva legal.................................................................... 10.000;
• lucro líquido do exercício.............................................. 120.000.

Cálculos
a) Cálculo da parcela do presente exercício:
5% de 120.000,00 = 6.000,00
b) Cálculo do limite máximo
20% de 70.000 = 14.000 (o montante da reserva legal: saldo anterior mais
valor constituído neste exercício, não podendo exceder a 14.000).
c) Valor da parcela a constituir no presente exercício
Limite obrigatório...............................................................14.000

CINT II – 49
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 10

( - ) Saldo da reserva........................................................ 10.000


Valor máximo a constituir....................................................4.000

Aplicando a taxa de 5% sobre o lucro líquido encontramos o valor de $ 6.000,


porém somente poderemos constituir a reserva neste exercício pelo valor de $ 4.000, res-
peitando o limite máximo.

Limite opcional: a empresa poderá deixar de constituir a reserva legal no


exercício em que o saldo dessa reserva somado ao montante das reservas de capital exce-
da a 30% do valor do capital social.

Exemplo
Suponhamos os seguintes dados, em 31.12. X2:
• capital social.....................................................................200.000;
• reserva legal......................................................................24.000;
• eeservas de capital............................................................ 42.000;
• lucro líquido do exercício..................................................150.000.

Cálculos
a) Cálculo da parcela do presente exercício
5% sobre 150.000 = 7.500
b) Cálculo do limite opcional
30% sobre 200.000 = 60.000
c) Cálculo do montante das reservas de capital + legal
Reservas de capital = 42.000
Reserva legal = 24.000
Total = 66.000

Sendo o limite opcional igual a $ 60.000 e como o montante das reservas


de capital somadas ao saldo da reserva legal superam esse valor, embora a parcela a ser
constituída corresponda a $ 7.500, ela poderá deixar de ser constituída.

• Reservas estatutárias: são previstas nos estatutos das companhias, e


podem ser criadas desde que indique de modo preciso e completo sua
finalidade; fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros
líquidos que serão destinados à sua constituição; estabeleça o limite má-
ximo da reserva.
• Reservas livres: são criadas livremente pela assembléia geral (no caso
das sociedades por ações), por proposta dos órgãos da administração,
com fins específicos. Exemplos: Reserva para Contingência: Parte do

CINT II – 50
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 10

Lucro Líquido destinado à formação de Reserva com a finalidade de com-


pensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda
julgada provável, cujo valor possa ser estimado; Reserva Orçamentária
(Reserva de Lucros para Expansão): Parcelas do Lucro Líquido poderão
ser retidas para expansão da empresa quando prevista em orçamento de
capital aprovado pela Assembleia Geral; Reserva de Lucros a realizar:
Pode haver parte do Lucro Líquido que ainda não foi realizada, financeira-
mente. Um caso conhecido é o ganho que vem “engordar” o Lucro Líqui-
do, mas não significa, no momento, um acréscimo financeiro, isto é, aque-
le montante (ganho econômico) não acresceu, em valor correspondente,
ao caixa. Dessa forma, não seria justo pagar dividendos sobre a parcela
não realizada financeiramente, caso contrário enfraqueceria a situação
financeira da empresa.

Constituição de reservas de lucros


As reservas de lucros como o próprio nome diz são extraídas do lucro líquido
apurado pelas empresas, o qual após a apuração do resultado foi transferido para a conta
de Lucros Acumulados, para constituí-las, basta debitar a conta Lucros Acumulados e cre-
ditar a conta que a represente como Reserva Legal, Reserva para Contingências, Reserva
para Investimentos.
Com a constituição de reservas, evita-se que seu respectivo valor seja distri-
buído aos acionistas em forma de dividendos.

b) Reservas de Capital: Originam-se de receitas que não transitam entre as


contas de resultado, como por exemplo: Reserva de Ágio na Emissão de Ações; Reserva
de Alienação de Partes Beneficiárias etc.
Para constituir as reservas de capital, basta debitar a conta Caixa ou Bancos
ou uma conta representativa de direito e creditar a conta que represente a respectiva reserva.

Distribuição de Dividendos
Correspondem à parte do Lucro Líquido do Exercício que é distribuída aos
acionistas. As sociedades por ações são obrigadas a distribuir anualmente dividendos aos
seus acionistas. Os critérios para distribuição dos dividendos devem constar dos estatutos
da companhia.
Quando os estatutos não estabelecem critérios de distribuição, os acionistas
terão direito de receber metade do lucro líquido do exercício diminuído da constituição da
reserva legal e da reserva para contingências.

CINT II – 51
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 10

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.


. Contabilidade geral fácil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 52
Contabilidade Intermediária II
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: DLPA E DMPL ATIVIDADE 11

OBJETIVOS

Estudar as Demonstrações Financeiras: Demonstração dos Lucros e Prejuí-


zos Acumulados e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

TEXTO

As demonstrações financeiras são as extraídas dos registros e documentos


que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de Entidade.
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escri-
turação mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:

a. Balanço Patrimonial (BP);


b. Demonstração do resultado do exercício (DRE);
c. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
d. Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL);
e. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC);
f. Demonstração do valor adicionado (DVA).

É importante salientar, que a DVA só é obrigatória para as sociedades anô-


nimas de capital aberto e que a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do
balanço, inferior a dois milhões de reais, está dispensada da elaboração da demonstração
dos fluxos de caixa.

Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira (contábil) destinada a
evidenciar, quantitativa e qualitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial
e financeira da entidade, nele deve compreender todos os bens e direitos, tanto tangíveis
(materiais) como intangíveis (imateriais), as obrigações e o Patrimônio Líquido da entidade,
levantados a partir dos resultados contábeis no seu livro Razão.
Para elaborar o Balanço Patrimonial, é preciso que o resultado do exercício
tenha sido apurado e que todos os lançamentos necessários a essa apuração estejam devi-
damente registrados nos livros: Diário e Razão bem como em outros livros ou documentos
conforme requeira cada caso em particular.

CINT II – 53
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 11

Demonstração do Resultado do Exercício


A DRE é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resul-
tado formado em determinado período de operações da entidade, por meio dela pode-se
verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas
atividades durante determinado período.
A DRE é composta por contas de resultado e também por contas patrimo-
niais. As contas de resultado a serem apresentadas na DRE são todas aquelas que repre-
sentam as despesas, os custos e as receitas, observado o princípio da competência. As
contas patrimoniais que integram a DRE são aquelas representativas das deduções e das
participações no resultado.
No momento da elaboração da DRE, todas as contas de resultado já estão
com seus saldos devidamente zerados, portanto, o contabilista deve coletar dados direta-
mente do livro Razão.

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados


A DLPA é um relatório contábil que tem por finalidade evidenciar a destinação
do lucro líquido apurado no final de cada exercício social. Antes da conta Lucros ou Prejuí-
zos Acumulados ser excluída do Patrimônio Líquido, a DLPA era utilizada para evidenciar as
mutações ocorridas nessa extinta conta. Agora, todo lucro líquido apurado no final de cada
exercício social deve ser destinado à compensação de prejuízos, constituição de reservas e
a distribuição de dividendos.

A DLPA deve discriminar:


• o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a corre-
ção monetária do saldo inicial;
• as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
• as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incor-
porada ao capital e o saldo ao fim do período.

Para se elaborar a DLPA, basta coletar dados diretamente do livro Razão das
contas envolvidas, conforme consta na própria DLPA.

Onde termina a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) e onde


começa a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

Como sabemos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) evi-


dencia o Lucro Líquido do Período, ou seja, o lucro final, após todas as deduções e parti-
cipações, que sobra para os proprietários. Mas qual é o destino do Lucro Líquido apurado
na DRE? O passo seguinte, portanto, é a distribuição daquele lucro. E aqui, exatamente,
começa a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); somando-se o Lucro

CINT II – 54
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 11

Líquido do exercício ao saldo dos Lucros Acumulados já existente, apuramos o lucro à dis-
posição dos proprietários da empresa para ser distribuído.

Estrutura da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados


(DLPA) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Saldo em 31.12.X8 (ou Saldo Inicial em 01.01.X9) -----


( + ) Ajustes de exercícios anteriores -----
Reversões de Reservas -----
Lucro Líquido do Exercício em (X9) -----
Saldo disponível para distribuição -----
Proposta de Adm. p/ destinação do Lucro:
Reserva Legal (----)
Reserva Estatutária (----)
Reserva para Contingência (----)
Reserva Orçamentária (para expansão) (----)
Reserva de Lucros a Realizar (----)
Saldo em 31.12-X9 ------

Ajustes de Exercícios Anteriores


Decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil ou da retificação de
erro referente a determinado exercício anterior.
Reversão de Reservas
Certas parcelas, deduzidas do lucro, destinadas a certos fins específicos
(Reservas), podem, em exercícios futuros, ser reincorporadas ao lucro. Os casos mais
comuns são as Reservas de Lucros a Realizar e Reservas para Contingências, que saem
(são deduzidas) de Lucros Acumulados e, normalmente, retornam em outros períodos futu-
ros, sendo adicionadas à conta Lucros Acumulados.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido


A DMPL é um relatório contábil que visa evidenciar as variações ocorridas
em todas as contas que compõem o Patrimônio Líquido em um determinado período.
Convencionalmente, as empresas têm elaborado a DMPL em um gráfico
com colunas, sendo uma coluna para cada conta integrante do Patrimônio Líquido, obser-
vando-se que a primeira coluna é reservada para a descrição da natureza das transações
que provocaram as mutações, e a última coluna é utilizada para os totais.
A DMPL conterá, ainda, tantas linhas quantas forem as transações ocorridas
e que mereçam ser evidenciadas em relação a movimentação de cada conta, sendo que na
primeira linha serão transcritos os saldos iniciais de cada conta e, na última linha, os respec-
tivos saldos finais.
Portanto, a soma da última linha do demonstrativo, que será indicada na

CINT II – 55
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 11

última coluna reservada aos totais, coincidirá com o total dessa mesma coluna e correspon-
derá ao total do grupo do Patrimônio Líquido constante do Balanço Patrimonial.
Os dados para elaboração dessa demonstração são extraídos do livro Ra-
zão, bastando, portanto, consultar a movimentação ocorrida, durante o exercício, em cada
uma das contas do Patrimônio Líquido.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTUAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Empresa:
Reserva de Capital Reservas de Lucro
Lucros ou
Capital Ágio na
Movimentação Doação e Lucros a Prejuízos Total
realizado emissão de Legal Estatutária p/Contingência Orçamentária
subvenções Realizar Acumulados
ações
Saldos em 31.12.X8 7.000     70 2.100 140 28 14 950 10.302
Ajustes de Exercícios Anteriores                   -
(+) Retificações de Erros                 280 280
Doações     2.800             2.800
Aumento de Capital 1.000       (1.000)         -
Reversão de Reservas                   -
Lucro Líquido do Exercício                 3.000 3.000
Saldo disponível p/ Distribuição 8.000 - 2.800 70 1.100 140 28 14 4.230 16.382
Proposta da Administração de
Destinação do Lucro
Reserva Legal       150         (150) -
Reservas Estatutárias         300       (300) -
Reservas para Contingências           255     (255) -
Reservas Orçamentárias             180   (180) -
Reservas de Lucros a Realizar               95 (95) -
Dividendos $ 0,225 por Ação                 (900) (900)
Saldo em 31.12.X9 8.000 - 2.800 220 1.400 395 208 109 2.350 15.482

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.


. Contabilidade geral fácil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

CINT II – 56
Contabilidade Intermediária II
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ATIVIDADE 12

OBJETIVO

Síntese dos assuntos abordados para autoavaliação referente à matéria 4.

TEXTO

Participações
As participações correspondem a parcelas do resultado do exercício destina-
das aos proprietários de debêntures, aos empregados, aos administradores, aos proprietá-
rios de partes beneficiárias e também às instituições ou fundos de assistência ou previdên-
cia de empregados.

Destinações
Reservas: as Reservas são recursos que a empresa separa em seu pa-
trimônio com fins determinados. As contas utilizadas são classificadas no
grupo do Patrimônio Líquido.

a) Reservas de lucros: são extraídas do lucro líquido do exercício.


• Reserva Legal: é obrigatória para todas as empresas constituídas sob a
forma jurídica de sociedade por ações, tem por fim manter a integridade
do capital social, podendo ser utilizada somente para compensar preju-
ízos ou aumentar o capital, corresponde a um percentual de 5% sobre
o lucro líquido do exercício realizada antes de qualquer destinação, não
podendo exceder a 20% do capital social.
• Reservas Estatutárias: são previstas nos estatutos das companhias.
• Reservas Livres: são criadas livremente pela assembléia geral (no caso
das sociedades por ações), por proposta dos órgão da administração,
com fins específicos. Exemplos: Reserva para Contingência; Reserva
Orçamentária; Reserva de Lucros a realiza.

b) Reservas de Capital: originam-se de receitas que não transitam entre as


contas de resultado, como por exemplo: Reserva de Ágio na Emissão de Ações; Reserva
de Alienação de Partes Beneficiárias etc.

Distribuição de Dividendos
Correspondem à parte do Lucro Líquido do Exercício que é distribuída aos
acionistas.

CINT II – 57
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 12

As demonstrações financeiras são as extraídas dos registros e documentos


que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de Entidade.
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escri-
turação mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:

a. Balanço Patrimonial (BP);


b. Demonstração do resultado do exercício (DRE);
c. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
d. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
e. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC);
f. Demonstração do valor adicionado (DVA).

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados


A DLPA é um relatório contábil que tem por finalidade evidenciar a destinação
do lucro líquido apurado no final de cada exercício social. Antes da conta Lucros ou Prejuí-
zos Acumulados ser excluída do Patrimônio Líquido, a DLPA era utilizada para evidenciar as
mutações ocorridas nessa extinta conta. Agora, todo lucro líquido apurado no final de cada
exercício social deve ser destinado à compensação de prejuízos, constituição de reservas e
à distribuição de dividendos.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido


A DMPL é um relatório contábil que visa evidenciar as variações ocorridas
em todas as contas que compõem o Patrimônio Líquido em um determinado período.
Os dados para elaboração dessa demonstração são extraídos do livro Ra-
zão, bastando, portanto, consultar a movimentação ocorrida, durante o exercício, em cada
uma das contas do Patrimônio Líquido.

CINT II – 58
Contabilidade Intermediária II
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO ATIVIDADE 13

OBJETIVO

Estudar sobre a Demonstração de Fluxo de Caixa, método Direto.

TEXTO

Demonstração dos Fluxos de Caixa


A obrigatoriedade de elaboração da DFC é uma das importantes inovações
trazidas pela Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007.
A origem da DFC é atribuída ao Financial Accouting Standards Board
(FASB), órgão normatizador das práticas contábeis dos Estados Unidos, que, a fim de
atender às necessidades norte-americanas com relação aos investidores e empresas que
buscavam captar recursos no mercado financeiro, apresentou esse documento por meio do
seu Boletim nº 95 de 1987.
No Brasil, a DFC substituiu a Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos (DOAR), que, embora por um lado fosse uma demonstração rica em informa-
ções, por outro lado era de difícil compreensão pela maioria dos investidores que atuam
no mercado de capitais, normalmente desprovidos de conhecimentos contábeis. Assim, a
DFC, por utilizar linguagem e conceitos mais simples, surge como instrumento mais acessí-
vel à maioria dos usuários das demonstrações contábeis.
A DFC é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocor-
ridas em um determinado período e que provocaram modificações no saldo da conta Caixa.
Fluxos de Caixa, portanto, compreendem o movimento de entradas e saídas de dinheiro na
empresa.
A DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo,
três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos.

Conceito de caixa e equivalentes de caixa


Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta
liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Portanto, equivalentes de caixa abrangem todos os investimentos efetuados
pela empresa e que tenham altíssima liquidez. São sobras de caixa aplicadas no mercado
financeiro, cujas operações se caracterizam pela finalidade não especulativa, bem como
pela possibilidade de serem resgatadas imediatamente.

CINT II – 59
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

São exemplos de investimentos financeiros que podem ser considerados


como Equivalentes de Caixa a caderneta de poupança, os CDB e RDB pré-fixados etc.
A DFC, quando elaborada, requer que as aplicações financeiras considera-
das pela entidade como equivalentes de caixa sejam relacionadas em notas explicativas.

Classificação das entradas e saídas de Caixa por atividade


Tendo em vista a grande variedade de transações que podem ocorrer tanto
em relação às entradas quanto às saídas de Caixa em um período, há necessidade de se
agrupar as ocorrências da mesma natureza para que o demonstrativo possa ser o mais
claro possível.
O ideal é que as transações relativas às entradas e saídas de Caixa sejam
selecionadas em três grupos de atividades:

a. atividades operacionais: compreendem as transações que envolvem a


consecução do objeto social da entidade. Exemplo: recebimento de uma
venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamento
dos funcionários etc.;
b. atividades de investimentos: compreendem as transações com os
ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras
entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou na prestação de
serviços ligados ao objeto social da entidade. É importante citar que as
atividades de investimentos não compreendem a aquisição de ativos com
o objetivo de revenda;
c. atividades de financiamento: incluem a captação de recursos dos acio-
nistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucro ou dividendos, a capta-
ção de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração.

Transações que devem integrar a DFC

Atividades operacionais

Entradas:
• recebimento de clientes decorrentes de vendas, à vista, de mercadorias,
serviços ou de outros bens do Ativo Circulante;
• recebimento de clientes decorrentes de duplicatas referentes a vendas de
bens ou prestação de serviços realizadas a prazo;
• recebimento provenientes de descontos de duplicatas oriundas da venda
de bens ou da prestação de serviços a prazo;
• recebimento de juros sobre empréstimos concedidos, sobre financia-

CINT II – 60
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

mentos relativos a vendas de bens do Ativo Circulante ou a prestação de


serviços, ou, ainda, sobre aplicações financeiras;
• recebimento das demais receitas operacionais realizadas ou não, ou,
ainda, daquelas já realizadas e devidamente contabilizadas em contas
representativas de direitos;
• todos os demais recebimentos, desde que não se enquadrem como ativi-
dades de investimentos ou de financiamentos.

Saídas:
• pagamentos efetuados a fornecedores em decorrência de compras à
vista de mercadorias ou de serviços ou ainda de outros bens do Ativo
Circulante;
• pagamento de duplicatas a fornecedores, em decorrência de compras de
mercadorias ou de serviços, ou, ainda, de outros bens do Ativo Circulan-
te, efetuadas a prazo;
• pagamento de juros e descontos comerciais ou financeiros e de outras
despesas financeiras;
• pagamento de despesas em geral: antes da ocorrência de seus fatos ge-
radores (despesas antecipadas), no momento da ocorrência de seus fatos
geradores e após a ocorrência de seus fatos geradores (já devidamente
apropriadas e registradas em contas de obrigação);
• pagamentos aos governos federal, estadual e municipal, referentes a
tributos: Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
Taxas diversas etc.;
• pagamento ou recolhimento de obrigações trabalhistas, previdenciárias e
outras;
• aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários, classificáveis no
Ativo Circulante;
• outras saídas de Caixa desde que não se enquadrem entre as atividades
de investimentos ou financiamentos.

Atividades de investimentos

Entradas:
• recebimento do principal decorrente de empréstimos ou financiamentos
efetuados a terceiros;
• resgate de aplicações financeiras, exceto as Equivalentes de Caixa ou
outras do Ativo Circulante;
• recebimento pela venda de títulos de investimentos de outras entidades;
• recebimento pela venda de participações em outras empresas;

CINT II – 61
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

• recebimento pelo resgate de participações em outras empresas;


• recebimentos decorrentes de vendas de bens de uso da empresa ou de
outros bens do Ativo Não-Circulante;
• juros recebidos de contratos de mútuos.

Saídas:
• desembolsos relativos à concessão de empréstimos a terceiros;
• aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários, classificáveis no
Ativo Realizável a Longo Prazo;
• pagamentos pela aquisição de títulos e valores mobiliários de outras enti-
dades, classificáveis no Ativo Não-Circulante;
• pagamentos relativos à aquisição de bens de uso, classificáveis no Ativo
Imobilizado.

Atividades de financiamentos

Entradas:
• recebimento de recursos financeiros dos proprietários como realização
do capital ou pela venda de ações emitidas;
• empréstimos obtidos a curto ou longo prazo, com emissão de notas pro-
missórias, debêntures, letras hipotecárias, títulos de dívida etc.;
• recebimento de juros decorrentes de empréstimos efetuados a terceiros;
• recebimento de recursos financeiros decorrentes de doações de caráter
permanente, com finalidade exclusiva de aquisição, construção ou de
expansão, incluídos bens de uso classificáveis no Ativo Imobilizado.

Saídas:
• pagamentos ao proprietário, sócios ou acionistas referentes a reembolso
de seus investimentos no capital da entidade, ou referentes a pagamento
de dividendos, juros sobre o capital próprio ou outras distribuições;
• pagamento de juros sobre empréstimos obtidos.

Métodos de elaboração da DFC


Existem dois métodos que podem ser adotados para a estruturação da DFC:
direto e indireto.

Método direto: por esse método, os recursos derivados das operações são
indicados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes das operações normais,
efetuados durante o período.

CINT II – 62
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

Exemplo de método direto


Vamos considerar as seguintes demonstrações financeiras da Cia. ABC:

Balanços da Cia. ABC


ATIVO 31/12/X2 31/12/X3 PASSIVO 31/12/X2 31/12/X3
Circulante Circulante
Caixa e bancos 3.000 2.000 Fornecedores 11.000 22.000
Clientes 16.000 18.000 Total do Circulante 11.000 22.000
Estoques 14.000 21.000
Despesas antecipadas 2.000 1.000 Não Circulante
Total do Circulante 35.000 42.000 Empréstimos a L/P 12.000 5.000
Total do Não Circulante 12.000 5.000
Não Circulante
Realizável a L/P Patrimônio Líquido
Títulos a receber 5.000 5.000 Capital Social 20.000 20.000
Imobilizado Reservas 6.000 6.000
Terrenos 10.000 13.000 Lucros Acumulados 1.000 7.000
Total do Patr. Líquido 27.000 33.000
Total do Não
15.000 18.000
Circulante

Total 50.000 60.000 Total 50.000 60.000

Demonstração de Lucros Prejuízos Acumulados X3


Saldo em 31/12/X2 1.000
Lucro Líquido de X3 10.000
Dividendos distribuídos (4.000)
Saldo em 31/12/X3 7.000

Demonstração do Resultado do Exercício X3


Vendas Líquidas 130.000
Custo das Mercadorias Vendidas (85.000)
Lucro Bruto 45.000
Despesas Administrativas (25.000)
Despesas com Vendas (10.000)
Lucro Líquido 10.000

1º passo: cálculo do recebimento das vendas


Como o saldo inicial de clientes era de $ 16.000, o saldo final de $ 18.000 e
as vendas foram de $ 130.000, podemos calcular:

Saldo inicial de clientes 16.000


Mais: vendas de X3 130.000
Menos: saldo final de clientes (18.000)
= Recebimento de clientes em X3 128.000

2º passo: cálculo do pagamento aos fornecedores


Primeiro, precisamos calcular o valor das compras e depois o valor dos paga-
mentos aos fornecedores. Pelos dados que temos, podemos calcular:

CINT II – 63
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

Saldo inicial de estoques 14.000


Mais: compras ?
Menos: estoque final (21.000)
= custo das mercadorias vendidas 85.000

Logo: Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial


85.000 + 21.000 – 14.000 = 92.000
Extraímos, portanto, que as compras de X3 foram de $ 92.000. Continuando:

Saldo inicial de fornecedores 11.000


Mais: compras X3 92.000
Menos: saldo final de fornecedores (22.000)
= pagamento a fornecedores em X3 81.000

3º passo: cálculo do pagamento das despesas


Como não há despesas de depreciação nem contas a pagar no passivo por
conta de despesas registradas, só temos que levar em conta a figura das Despesas Anteci-
padas no ativo.
Se as Despesas Antecipadas eram de $ 2.000 no final de X2, isso significa
que, das $35.000 de Despesas Administrativas e com Vendas apropriadas como com-
petência de X3, $ 2.000 foram despesas pagas em X2. Assim, só $ 33.000 são despesas
pagas durante X3. Mas, se existem outras $ 1.000 de Despesas Antecipadas no ativo ao
final de X3, isso significa que esse pagamento ocorreu e, portanto, precisamos somá-lo
aos $ 33.000 para termos o total de desembolso relativo a despesas administrativas e com
vendas.

Despesas totais de X3 35.000


Menos: despesas antecipadas de 31/12/X1 (2.000)
Subtotal 33.000
Mais: despesas antecipadas em 31/12/X3 1.000
= pagamento de despesas em X3 34.000

Demais passos
Os demais passos continuam na mesma linha. Vendo que houve, pela
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, pagamento de Dividendos de $ 4.000 e
supondo, como antes, que o aumento de Terrenos tenha sido por aquisição ($ 3.000) e que
a redução das Dívidas de Longo Prazo tenha sido por uma amortização antecipada, temos
já as informações suficientes para montar o Fluxo de Caixa:

CINT II – 64
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

Fluxo de Caixa da Cia. ABC – 31/12/X3 – Método direto


Origens
Caixa gerado pelas operações
Recebimento de vendas 128.000
( - ) Pagamento das compras (81.000)
( - ) Pagamento das despesas (34.000) 13.000

Aplicações
Pagamento de dividendos 4.000
Compra de terrenos 3.000
Pagamento de empréstimos a longo prazo 7.000 (14.000)
= Redução das disponibilidades em X3 (1.000)
Saldo de caixa e bancos em 31/12/X2 3.000
Redução das disponibilidades em X3 (1.000)
Saldo de caixa e bancos em 31/12/X3 2.000

Estrutura da demonstração de fluxo de Caixa da Cia. ABC – 31/12/X3


a) Atividades operacionais
Recebimento de vendas 128.000
( - ) Pagamento das compras (81.000)
( - ) Despesas operacionais pagas (34.000) 13.000

b) Atividades de investimentos
( - ) Aquisições de imobilizado
Terrenos 3.000 (3.000)

c) Atividades de financiamentos
( - ) Amortização de empréstimos a longo prazo 7.000
( - ) Dividendos pagos 4.000 (11.000)

Aumento (redução) nas disponibilidades (1.000)


Saldo de caixa e bancos em 31/12/X2 3.000
Saldo de caixa e bancos em 31/12/X3 2.000

REFERÊNCIAS

EQUIPE de professores da FEA/USP. Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
. Contabilidade geral fácil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

CINT II – 65
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 13

ANOTAÇÕES

CINT II – 66
Contabilidade Intermediária II
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO ATIVIDADE 14

OBJETIVO

Estudar sobre a Demonstração do Fluxo de Caixa pelo Método Indireto.

TEXTO

Por mais lógica que possa ser a apresentação da Demonstração do Fluxo


de Caixa pelo Método Direto, é muito comum a utilização do Método Indireto para apresen-
tação desta demonstração. Por esse método, para se obter o “Caixa Gerado pelas Opera-
ções”, parte-se do lucro líquido para, após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das
disponibilidades produzidas, no período, pelas operações registradas na Demonstração do
Resultado.
Os ajustes necessários são:

• adição das despesas e exclusão das receitas consideradas na apuração


do resultado e que não afetaram o caixa da empresa, ou seja, que não
representaram saídas ou entradas de dinheiro;
• exclusão das receitas realizadas no exercício e recebidas no exercício
anterior;
• adição das receitas recebidas antecipadamente que não foram conside-
radas na apuração do resultado, porém interferiram no caixa da empresa;
• exclusão dos resultados obtidos nas transações de bens do Ativo Não-
Circulante, uma vez que as baixas referentes a esses bens devem ser
indicadas pelos valores brutos entre as atividades de investimentos.

Vamos exemplificar usando as mesmas demonstrações da Cia. ABC, utiliza-


do na atividade anterior.

Balanços da Cia. ABC


ATIVO 31/12/X2 31/12/X3 PASSIVO 31/12/X2 31/12/X3
Circulante Circulante
Caixa e bancos 3.000 2.000 Fornecedores 11.000 22.000
Clientes 16.000 18.000 Total do Circulante 11.000 22.000
Estoques 14.000 21.000
Despesas antecipadas 2.000 1.000 Não Circulante
Total do Circulante 35.000 42.000 Empréstimos a L/P 12.000 5.000
Total do Não Circulante 12.000 5.000
Não Circulante
Realizável a L/P Patrimônio líquido
Títulos a receber 5.000 5.000 Capital social 20.000 20.000
Imobilizado Reservas 6.000 6.000

CINT II – 67
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 14

Terrenos 10.000 13.000 Lucros acumulados 1.000 7.000


Total do Patr. Líquido 27.000 33.000
Total do Não Circulante 15.000 18.000

Total 50.000 60.000 Total 50.000 60.000

Demonstração de Lucros Prejuízos Acumulados X3


Saldo em 31/12/X2 1.000
Lucro líquido de X3 10.000
Dividendos distribuídos (4.000)
Saldo em 31/12/X3 7.000

Demonstração do Resultado do Exercício X3


Vendas líquidas 130.000
Custo das mercadorias vendidas (85.000)
Lucro bruto 45.000
Despesas administrativas (25.000)
Despesas com vendas (10.000)
Lucro líquido 10.000

Ajuste do “Caixa gerado pelas operações”


Para se chegar ao Caixa produzido pelas operações normais da empresa,
fazem-se ajustes mediante a comparação dos itens circulantes que estão diretamente vin-
culados às contas de Resultado, com exceção da própria conta relativa às disponibilidades.

Efeito sobre o Caixa


31/12/X3 31/12/X2 Aumento Diminuição
Clientes 18.000 16.000 2.000
Estoques 21.000 14.000 7.000
Despesas antecipadas 1.000 2.000 1.000
Fornecedores 22.000 11.000 11.000
12.000 9.000
Ajustes 3.000
Total 12.000 12.000

Para os itens da coluna “Diminuição”, entende-se:


a. um aumento em clientes significa aplicação maior de Caixa nessa conta,
ou seja, adia o recebimento, diminuição de caixa, aplicação de disponibili-
dades;
b. um aumento em estoques, também, ou seja, mais aquisição, aplicação de
Caixa.

Para os itens da coluna “Aumento”, entende-se:


c. uma diminuição em despesas antecipadas significa liberação de recurso,
como se produzisse uma origem de Caixa; e
d. um aumento em fornecedores significa uma fonte de recurso, posterga o
pagamento, favorece o caixa.

CINT II – 68
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 14

Agora, para se completar, adicionam-se esses itens ao valor do Lucro Líquido


para se ter o “Caixa gerado pelas operações”; tem-se, então:

Caixa gerado pelas operações


Lucro líquido 10.000
(+) Aumento em fornecedores 11.000
(+) Diminuição em despesas antecipadas 1.000
(-) Aumento em clientes (2.000)
(-) Aumento em estoques (7.000)
13.000

É como se lêssemos:

O lucro líquido gerou 10.000 de Caixa


Mas o aumento em fornecedores também gerou 11.000 de Caixa
O mesmo com a redução das desp. antecipadas que liberaram 1.000 de Caixa
Acréscimo parcial de Caixa de 22.000
Mas o aumento em clientes consumiu (2.000) de Caixa
O aumento em estoques consumiu (7.000) de Caixa
Redução de caixa (9.000)
Com isso, o caixa líquido gerado foi de 13.000

Chegamos aos mesmos $ 13.000 que havíamos obtido quando efetuamos


todos os cálculos pelo método direto.
Os demais itens seguem os mesmos critérios referentes ao método direto.
Por este método a Demonstração do Fluxo de Caixa fica da seguinte forma:

Fluxo de Caixa da Cia. ABC – 31/12/X3 – Método indireto


Origens
Caixa gerado pelas operações
Lucro líquido 10.000
( + ) Aumento em fornecedores 11.000
( + ) Diminuição em despesas antecipadas 1.000
( - ) Aumento em clientes (2.000)
( - ) Aumento em estoques (7.000) 13.000

Aplicações
Pagamento de dividendos 4.000
Compra de terrenos 3.000
Pagamento de empréstimos a longo prazo 7.000 (14.000)

= Redução das disponibilidades em X3 (1.000)


Saldo de caixa e bancos em 31/12/X2 3.000
Redução das disponibilidades em X3 (1.000)
Saldo de caixa e bancos em 31/12/X3 2.000

CINT II – 69
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 14

Estrutura da demonstração de Fluxo de Caixa da Cia. ABC – 31/12/X3


a) Atividades operacionais
Lucro líquido 10.000
( + ) Aumento em fornecedores 11.000
( + ) Diminuição em despesas antecipadas 1.000
( - ) Aumento em clientes (2.000)
( - ) Aumento em estoques (7.000) 13.000

b) Atividades de investimentos
( - ) Aquisições de imobilizado
Terrenos 3.000 (3.000)

c) Atividades de financiamentos
( - ) Amortização de empréstimos a longo prazo 7.000
( - ) Dividendos pagos 4.000 (11.000)

Aumento (redução) nas disponibilidades (1.000)


Saldo de caixa e bancos em 31/12/X2 3.000
Saldo de caixa e bancos em 31/12/X3 2.000

REFERÊNCIAS

EQUIPE de professores da FEA/USP. Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: MARION,
J. C. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Atlas, 2008.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade intermediária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
. Contabilidade geral fácil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

ANOTAÇÕES

CINT II – 70
Contabilidade Intermediária II
SÍNTESE PARA AUTOAVALIAÇÃO ATIVIDADE 15

OBJETIVO

Síntese dos assuntos abordados para autoavaliação referentes à matéria 5.

TEXTO

Fluxos de Caixa compreendem o movimento de entradas e saídas de dinhei-


ro na empresa.
A DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo,
três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos.

Conceito de caixa e equivalentes de caixa


Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liqui-
dez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Classificação das entradas e saídas de Caixa por atividade

a. atividades operacionais: compreendem as transações que envolvem a


consecução do objeto social da entidade;
b. atividades de investimentos: compreendem as transações com os
ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras
entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou na prestação de
serviços ligados ao objeto social da entidade;
c. atividades de financiamento: incluem a captação de recursos dos acio-
nistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucro ou dividendos, a capta-
ção de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração.

Métodos de elaboração da DFC


Método direto: por esse método, os recursos derivados das operações são
indicados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes das operações normais,
efetuados durante o período indireto;
Método indireto: por esse método, para se obter o “Caixa gerado pelas
operações”, parte-se do lucro líquido para, após os ajustes necessários, chegar-se ao valor
das disponibilidades produzidas, no período, pelas operações registradas na demonstração
do resultado.

CINT II – 71
Contabilidade Intermediária II
ATIVIDADE 15

Os ajustes necessários são:

• adição das despesas e exclusão das receitas consideradas na apuração


do resultado e que não afetaram o caixa da empresa, ou seja, que não
representaram saídas ou entradas de dinheiro;
• exclusão das receitas realizadas no exercício e recebidas no exercício
anterior;
• adição das receitas recebidas antecipadamente que não foram conside-
radas na apuração do resultado, porém interferiram no caixa da empresa.
• exclusão dos resultados obtidos nas transações de bens do Ativo Não-
Circulante, uma vez que as baixas referentes a esses bens devem ser
indicadas pelos valores brutos entre as atividades de investimentos.

Ajuste do “Caixa gerado pelas operações”


Para se chegar ao Caixa produzido pelas operações normais da empresa,
fazem-se ajustes mediante a comparação dos itens circulantes que estão diretamente vin-
culados às contas de Resultado, com exceção da própria conta relativa às disponibilidades.

ANOTAÇÕES

CINT II – 72

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