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I de drenagem
superficial
em viasde comunicação

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InstitutodosEstradas
dePortugal
.
3. EQementos
deBase

visita prévia ao local de elementos da


3.1 - Introdução equipa responsável.
Nos pontos seguintes abordam-se, sumaria-
o projecto de drenagem de vias de comu- mente, os principais aspectos relativos aos
nicação pressupõe a disponibilidade de um elementos de base acima mencionados.

conjunto de dados ou elementos de base


indispensável para sustentar a concepção.
as opções de estudo e de projecto, as 3.2- Baciashidrográficas
análises e os cálculos de dimensionamen-
to dos dispositivos e estruturas hidráulicas. A correcta delimitação das bacias hidro-
Estes elementos de base incluem designa- gráficas com as quais a obra rodoviária
damente: interfere constitui um elemento de base
indispensável para a análise das
~ a delimitação das bacias hidrográficas condições de drenagem.
da área envolvente com implicações ao A definição das diversas áreas ou sub-
nivel da drenagem da obra rodoviária; -áreas contribuintes é feita com recurso a
~ a rede hidrográfica. ou seja. o conjun- cartas topográficas, a escala conve-
to de todos os cursos ou linhas de água niente, devendo ser complementada ou
na envolvente da obra rodoviária; precisada com visita ao local.
~ as características pluviométricas da Feita a delimitação com base nas cartas
área em estudo. em particular no que topográficas ou levantamentos aero-fotogra-
respeita às intensidades médias máximas métricos da área envolvente é importante
da precipitação; verificar se não existe escoamento superii-
~ as características físicas e topográfi- cial ou subterrâneo cuia drenagem se faça
cas da área envolvente, nomeadamente para a área em estudo. através de fl"Ieios
das bacias hidrográficas; que não são identificáveis com base na
~ as características de ocupação. cober- delimitação superficial das bacias naturais
tura ou '..Jtilização do solo (na situação (desvios ou transferências de caudais).
actual e Jrevisão futura);
~ outros dados especificos. designada-
mente de natureza patrimonial ou ambiental 3.3 - Redehidrográfica
(estruturas ou obras existentes com valor a
preservar. zonas críticas do ponto de vista A correcta identificação de todas as linhas
de água existentes e. tanto quanto possi-
I
de ocorrsncia de cheias. meios receptores
superficiais ou subterrâneos sensíveis ou vel, as condições hidrológicas e hidráulicas
'/u!neráve;s. zonas de captação de água que ihes estão associadas (níveis máximos
::Jaracor sumo humano. etc i atingidos. regime de escoamento, carac- I
teristicas de erosão e de assoreamento,
Para ais::! da consulta em gabinete de constrangimentos exislentes. etc.) constitui
mapas e cartas das áreas em apreço. a uma tarefa indispensáveL I
inspecção local é considerada indispen- Com efeito. para além da relevância que
sável como complemento da análise em podem ter na definição do traçado em plan-
gabinete. Assim. a concepção. o estudo ta e perfil da via de comunicação, os cursos I
e o prOj9c:o de drenagem de uma rodovia e linhas de água existentes funcionarão
não deve. em caso algum. dispensar a como meios receptores das descargas
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11 J

resultantes da drenagem da obra contribuintes elementares e na secção


rodoviária. Os condicionamentos, em ter- final correspondente à totalidade da bacia
IJ mos quantitativos e qualitativos, por si de drenagem, dos valores correspon-
impostos, devem ser prévia e detalhada- dentes aos tempos de concentração.
mente conhecidos. O tempo de concentração numa determinada
secção corresponde ao tempo de escoa-
mento ou tempo de percurso da partícula
de água precipitada, desde o ponto hidrauli-
camente mais remoto da bacia de
Para efeitos do cálculo de caudais de drenagem, até à secção em causa. Este
projecto (Capítulo 4) é necessáriodisporde depende do comprimento do percurso que a
dados pluviométricos na zona onde pre- partícula de água necessita de percorrer e
tende localizar-se a obra rodoviária, desig- da velocidade de escoamento. A velocidade
nadamente os relativos às intensidades de de escoamento, por sua vez, depende da
precipitação médias máximas para diversas inclinação, do tipo de cobertura do terreno e
durações e diversos períodos de retorno. ainda do tipo de escoamento, laminar ou em
Estes valores obtêm-se a partir das CUNas canal, que ocorre em cada ponto da bacia.
Intensidade-Duração-Frequência (CuNas O tempo de concentração (tc=) na secção
I-D-F) disponíveis a partir de estudos rea- final de uma bacia de drenagem pode ser
lizados para diversos postos udográficos calculado a partir das velocidades de
nacionais, MATOS (1987). escoamento das sucessivas bacias
O valor da intensidade de precipitação (I), elementares, como se segue:
para uma dada duração (t) e período de
retorno (T) obtém-se a partir da fórmula tc = 1/60 X (L,N1 + L2N2+ +LnNn)
monómia ou fórmula de Montana: (3.2)

r-
0.~ I = a x tO (3.1) em que:

em que: tc = tempo de concentração (min)


Li = comprimento de troço de declive
= intensidade média máxima da constante (m)
precipitação (mmih) Vi = velocidade de escoamento, no
t = duração (min) troço Li (m/s)
a e b = parâmetros
No Capítulo 4 apresentam-se, com deta-
I" No Capítulo 4 apresentam-se dados de lhe, elementos para o cálculo do tempo
precipitação. a nível nacional, regional e de concentração.
local, para o cálculo de caudais de projecto.

.
>.. 3.6 - Coeficientede escoamento
3.5 - Tempode concentração
Para efeitos do cálculo de caudais de
Para efeitos do cálculo de caudais de pro- projecto (Capítulo 4), designadamente
jecto (Capítulo 4) é necessário dispor, nas quando se utilíza o Método Racional, é
-
secções correspondentes às bacias necessário conhecer os valores dos
\

1
coeficientes de escoamento correspon-
dentes às diversas bacias elementares
contribuintes.
O coeficiente. de escoamento (C) de uma
determinada bacia de drenagem é a
razão entre a precipitação útil (ou seja, a
precipitação que dá origem a escoamento
superficial) e a precipitação total ocorrida
nessa bacia.
O coeficiente de escoamento é porventura
o parâmetro menos susceptível de uma
determinação precisa no Método Racio-
nal, reflectindo o produto final de um
grande número de interacções entre a
precipitação e a bacia de drenagem. O seu
valor, variável entre O e 1, depende
nomeadamente da percentagem de
áreas impermeáveis, da tipoiogia de ocu-
pação do solo e do declive médio da
superfície do terreno.
No Capítulo 4 apresentam-se dados
detalhados relativos ao cálculo do coefi-
ciente de escoamento.

3.7 - Consideracões
ambientais
Os elementos de natureza ambiental a
compilar aquando da elaboração do pro-
jecto de drenagem de uma obra rodoviá-
ria, prendem-se essencialmente com a
necessidade de atenuar ou minimizar
eventuais impactes ambientais que possam
ser induzidos pela obra, com implicações
ao nível dos sistemas de drenagem a
projectar. A este respeito são apresenta-
dos, no Capítulo 11 do presente Manual,
um conjunto de disposições e procedimentos
relativos às fases de concepção e projec-
to baseados, essencialmente, em publi-
cação do Instituto da Água, INAG. 1995.

1
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~. Cá~cu~odeCaudaisdeProjedo
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precipitação-escoamento (admitida como
-. -.-.----. relação linear e representada por um coe-
.]
ficiente de escoamento constante). Com
o cálculo dos caudais de projecto constitui efeito, bacias de grandes dimensões e
uma etapa fundamental no estudo dos com uma componente importante de
sistemas de drenagem superficial da obra áreas permeáveis, tomam menos válidas ]
rodoviária. Com efeito, é com base nos as hipóteses de invariância temporal e
valores estimados dos caudais de projecto espacial da precipitação e da linearidade
que se realizao dimensionamento hidráulico do seu processo de transformação em ]
dos diversos tipos de estruturas, ou seja, escoamento.
se determina a sua tipologia, dimensões, Do ponto de vista hidráulico, as limitações
inclinação, etc., procurando assegurar do Método Racional residem na sua ina- "'
condições de desempenho adequadas e dequação para representar o escoamento
compatíveis com os critérios funcionais pluvial como um fenómeno dinâmico no
pré-estabelecidos. espaço e no tempo. Este está vocacionado J
A sua abordagem pode ser feita recorrendo para estimar um caudal de ponta, que
a métodos simplificados, fazendo uso do ocorre no instante em que toda a bacia
cálculo manual ou do cálculo computa- está a contribuir para o escoamento, ou I
cional, ou a métodos mais elaborados, seja, para uma duração crítica igual ao
baseados em formulações mais ou menos tempo de concentração.
complexas, pressupondo, em alguns Não existe um valor universalmente I
destes casos, o recurso, quase indispen- aceite relativamente à dimensão da bacia
sável, a modelos computacionais. que deve constituir o limite de aplicabili-
De entre os métodos simplificados ocupa dade do Método Racional. Os manuais I
lugar de destaque o Método Racional, europeus apontam para valores que va-
reconhecidamente o de' maior utilização e riam entre os 40 e os 100 km2, admitindo-
divulgação à escala mundial. Apesar das -se, no entanto, a sua aplicação a bacias I
suas limitações, o Método Racional é ainda de maior dimensão. Os manuais ameri-
o método de cálculo de caudais consignado canos apontam para valores inferiores a 10
em vários manuais ou documentos simi-
lares recentes. Trata-se reconhecidamente
km2. Em Portugal, os estudos efectuados I
permitem apontar para a sua utilização,
de uma ferramenta útil, desde que se sem reservas, até valores da ordem dos
tomem em consideração as suas limita- 25 a 30 km2.
ções. a adequação dos seus parâmetros Para bacias de maior dimensão poderá ser
I
de base e a correcta definição dos proce- necessário ter em conta chuvadas de inten-
dimentos da sua aplicação. sidade variável. Nestes casos, poderá recor-
As limitações do Método Racional, de que rer-se ao conceito de hidrograma unitário e
I
resulta o confinamento do seu domínio de a métodos de cálculo de aplicação simples
aplicação, prendem-se com as simplifi- que nele se baseiam para calcular os hidro-
cações de natureza hidrológica e hidráuli- gramas de cheia. De entre estes, o método
I
ca da sua formulação. Do ponto de vista do Soil Conservation Service (SCS) ocupa
hidrológico as simplificações residem ao um lugar de destaque, por consistir numa
nível da precipitação (admitida como metodologia completa e consistente para o I
invariável no espaço e no tempo) e da cálculo de hidrogramas de cheia em b~cias
- representação conceptual da transformação de que não se possui registos hidrométricos
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suficientes.

IJ Neste Capítulo apresentam-se e descre-


vem-se dois métodos de cálculo, o Método
K = factor correctivo eventual para
ter em conta situações mais ..----
Racional e o método do Soil Conservation gravosas, função do período de
-----......
Service (SCS), que se consideram cobrir, retorno (ver 4.2.5) - K = 1 em
IJ na generalidade, as necessidades do cál- situações com T S 10 anos;" /"
culo de caudais pluviais relativos aos dis- C = coeficiente de escoamento, que

I positivos de drenagem longitudinal e de


drenagem transversal considerados no
representa a fracção da precipita-o """
ção que dá origem a escoam_ent~
âmbito deste manual: superficial e é traduzido" por um

I ~ Para o cálculo de caudais de


número adimensional
dido entre O e 1;
compreen-

dimensionamento dos elementos de I = intensidade de precipitação


drenagem longitudinal é utilizada a fórmu- (mm/h) para o período de retorno
la Racional (Capítulo 5); T (anos) e duração tc (min~ - é
assim a intensidade média
~ Para as estruturas de drenagem máxíma da precipitação para uma
transversal (Capítulo 6) poderá recorrer- duração igual ao tempo de concen-
-se ao Método Racional ou ao método do tração (tc') e para um período de
SCS. A opção por um ou outro método, retorno (T), obtendo-se a partir
função de vários factores, designadamente das expres'sões analíticas das
da dimensão e características da bacia de Curvas I-D-F;
drenagem a montante e da necessidade A = "área da bacia de drenagem que
I', de prever estruturas de armazenamento, contribui para a secção em que é
não dispensa uma avaliação criteriosa, feita a determinaçãodo caudal (ha).
"I
caso a caso, por parte do projectista.
As hipóteses básicas subjacentes ao
Método Racional são as seguintes:
4.2 - MétodoRacional
~ admitem-se relações lineares entre o
4.2.1 - Formulacão, hipóteses caudal máximo e a área drenante e entre
básicas e limitacões o cauda~ máximo e a intensidade de pre-
cipitação com duração igual ao tempo de
o Método utiliza a fórmula Raciona~ para concentração:
estimar o caudal máximo associado a ~ admite-se uma intensidade de precipi-
uma dada frequência ou períodQ de tação constante no intervalo de tempo T= lc;
retorno, expressa pela equação: ~ admite-se que a precipitação e o cau-
dal têm a mesma frequência ou período
Q (T) = 2,8 x K x C x I (te, T) x A de retomo.
(4.1)
As limitações do Método Racional são,
em que: por consequência, as seguintes:
1.-'

Q (T) ,": caudal associado ao periodo ~ As relações caudal - área e caudal -


de- retomo T (1/s);
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- intensidade de precipitação não são
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da fórmula de Manning-Strickler. .. -~~~.__ das bacias atravessadas pelo traçado. -----------..--
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Especialistado LNEC.Fevereirode 1987

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Fonte: Matos. M.R. - Métodos de Anãlise e de Cãlculo de Caudais Pluviais em Sistemas de Drenagem Urbana - Tese de
Especialista do LNEC. Fevereiro 1987
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li Descrlcão do escoamento Incllnacão da terreno (%)


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EscoamenlDnao canalizado:

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PaslDs
Terrenoscultivados
0.0.5
0-0.8
0.0.9
O.5-llB
O.B-LO
0.9-1.4
O.B.LO
1.0.1.3
1.4-1.7
LO.?
L3-?
1.7-?
Terrenosurbanizados 0-2.6 2.6-4.1 4.1-5.2 5.2.?

-= EscoamenlDem canal:
Ganalnatt.lfalmal definido o.a6 0.6-12 1.2-2.1 2.1.?
Ganalbem definido
a calcular pela fOrmulade Manning-Striclder

- Fonte: Texas Highway Department. Drainage Manual 1970


. .'

- .: para as quais se dimensionam as valas de em que: ~ ," ,." . .

crista e de pé de talude e as estruturas do ~:>; o:; .~.~..~;~':;~-,_'~:':~~ o',

- sistema de drenagem transversal - passa-


gens hidráulicas), propõe-se a aplicação da
V = velocidade
Ks = coeficiente de rugosidade
de escoamento (m/s)
de . ..:-::ç;>:... ;;::;.;~~.:;-
.
,,:'~':":"<::;':..<;;--::::
/..'~'" #. . .",,'-

. ~''''- .;.,
~-< :-:.: </::...~.../..--_..
expressão de Temez, desenvolvida para Stnckler (consultar tabela)f.;' _'.'.>;.<.
~-
-:'-:.::'::.;:';.':-:::-_-:.--:::":
."" , ,-" .,-
-

IS bacias hidrográficas espanholas. cuja


expressão de cálculo é a seguinte:
RH =raio hidráulico
molhada / períme.tro.'ll]Ójhado}..:"
(RH._;:;~.e.êç,~ó
.". __.,./_~~ _"" ~"-.':~': -:~:~.
~... ..r'- _'~." . :;::::./

:: ~ "". '".--
; ,.;.:

(m) _::.<~-::::~~;:.:-:..
~._";...,..",.-::...;...::-::"-;::::::' ,

_a tc = 0.3 X (UJO.25)
0.76 (4.2) J = gradiant~~,.~i(#*ul~o::.êquivalente
-..,-;.-:: ~/.
ao--decINe;,ae:canal (mim) -'"
em que: . -.i4'i~;.)P_:;;?". ' . 'o .---.-.---------__

ItI 0"-::~~;..0UADRO 403 apresent~m-se va: --.,..-__.___


tc = tempode concentração(horas) .'::" __ lores do coeficiente de. rugosida~e de _'__ -, . "-.. --.-_

In J
L = comprimento da linha de ágU5i'..:>.
principal (Km)
= declive
/:'0'
médio da }i~n; de.. água
Strickler, Ks ' em função das caracterís-o.
ticas da superfície, de revesÜme0to do
canal. o.' '''-, . ' '-o
'

--------___
"_
---
principal (mlm-Y'-«"'--
,.,:>:~".-
. " . . 'o, .--, '- ,__ ----
./<:'."-/ /,.. . . No Anexo 111apresentam-se ábacos ae -.-___
la .:-/,-".
Para os casos'éleescoamento em canal de
"
utilizaçãõ expeditá' para o cálculo-de: --__...
"-

secção.-bem definida (normalmente as '_ -'. "_ . ' ' .-------.----__


bacias que interessam ao.dimensionamen- ~ tempo de entràaa. (função
- 'dô-compri-
"- -. --....--__
I:. to dos elementos do sistema de drenagem mento,", tipo de superfície'-e--deçlive); "'''" .-___..--
-...

longitudinal.e casos específicos de algumas ~ velócid~de de-oesco~.mento superfi:- ---.-


bacias com canais bem definidos. para as cial. utilizando.. a fórmula---tle--Manning- '. ----__.
I u quais são dimensionadas passagens -Stri~krer_ . -, """- '. . -"-" -- '"_,, .
hidráulicas. do sistema ° de drenagem ", ""' -. " .-----

transversal),.propõe~se a aplicação-..~a " No carculq do te;:T;po-de_.:..oncenÚâÇão- - -" .--"_____


I I fórmulade Manning-Strickler: 0, .quando se 'Utiliza...9
Método Raciooal há --- --'__
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'-.(4.3) erros---de cálcuro"que devem ser-evitados.
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I

I
Quadra .3- Vaeores
deHs daRórmueademannin9-SlritQer

Caracteristfcas Ks (m'" S") li- 1/ Ks (m'" s)


I
Paredesmuitolisasem:argamassa
decimentoe areiamuitolisa:tábuas
aplainadas:
chapametalicasemsoldadura
saliente. 90 a 100 0.01a 0.011

Argamassa
alisada 85 Mil I
Paredesfisasem:rebocoordinário.
tabuascomjuntasmalcuidadas.grés 80 MI25

Paredeslisasem:betaoliso.canaisdebetaocomjuntas!reQuentes.
asfaltoliso 75 0.013 I
Paredes
iisasem : alvenaria
ordináriatelTamuilissimoregular 70 0.014

Paredes
rugosas:telT8irregular.
betaoásperoouvelho.alvenaria
velhaou mal
acabadaasfaltorugoso 60 0.0167

Paredes
mUitorugosas:lelTailTegular
comervas.riosregulares
em leitorOChoso 50 0.020

40 0.!J25
I
Paraoes
ffil:ltorugosas:
tEmaem mascemiicOes.
riosem leitodecalhaus

Paredes
muitorugosas:telTaem completoabandono.
tolTentes
comtransporte
áegrandesblocos 15a 2!J 0.05a 0.0667 I
Fonte: LENCASTRE. A. - Hidráulica Geral. 2' Edição. 1991

I
A primeira pode ocorrer quando existe 4.2.4- Coeficiente de escoamento (C)
um ponto de confluência de diversas I
sub-bacias ou bacias elementares, dis- Sem prejuízo de uma análise crítica e da
tintas em termos de ocupação/imper- sensibilidade do projectista que deve ser
meabifização, dando. origem a tempos tida em consideração na escolha dos coe- I
de concentração distintos. Neste caso ficientes de escoamento recomenda-se a
deve optar-se pelo valor mais desfa- utilização. como valores guia, os constan-
vorável, ou seja. pelo menor valor de tc ' tes dos QUADROS 4.4 e 4.5. I
de que resulta um maior valor de intensi-
dade de precipitação e consequente- No QUADRO 4.4, aplicável, essencial-
mente maior caudal. mente, a bacias com uma percentagem I
A segunda diz respeito a ocorrências elevada de áreas impermeabilizadas, apre-
em que o percurso de escoamento sentam-se valores médios consagrados no
superficial efectivo não é necessaria- Manual da ASCE n.a 37 e referenciados no I
mente perpendicular às isolinhas de MODEL DRAINAGEMANUAL(1991) em
declive do terreno, como consequência função da tipologia de ocupação e da
de desvios para trechos em canal.
colector, arruamento, etc. Nestes casos
tipoiogia de superfície e declive. No I
QUADRO 4.5, aplicável, essencialmente, a
o tempo de percurso total pOde ser áreas permeáveis, apresentam-se valores
claramente inferior ao verificado na
fase inicial de escoamento natural não
referenciados naquele manual, em função
do tipo de solo (classificação do SCS:
I
canalizado. A,S,C e D) e do declive.

I
I
lJ
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IJ
" -
~:-~-._---_.
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:~~--.:.:::_- -- - ~==-.: '--
,]

IJ

IJ

IJ
Comercial
No centIo da cidade 0.70- 0.95
IJ Nos arredo/!!s 0.50- 0.70

Resldencial
HabitacOes unifamiliares oJo- 0.50
IJ Prédiosisolados 0.40- 0.60
Prédiosgeminados 0.60- 0.70
Suburbano 0.25- 0.40

IJ IndustJial
Poucodenso 0.50- 0.80
Muitodenso D.6o- 0.90
ParQues e cemitelios 0.10- D.4o
Camposdejogos 0.20- 0.40

Tipo/agiada superfície

I~ Pa'nmento
8erumnoso 0.70- 0.95
8etãodecimento 0.80- 0.95
Passeios;Jarapeoes 0.75- 0.85
I~ Cobel1uras
Itelhadosl 0.75- 0.95

Relvadosobre solo permeavel


Plano. 1% 0.05.0.10

I~ Médio.de I a 6%
Inclinado. 6%
0.\0 - 0.15
0.\5 - ::J.20

Relvadosoo/!! selo impermeavel

I~ Plano.1%
Médio.de I a 6%
0.13 - 0.17
a.18 - 0.22
0.25 - 0.35
, Inclinado. 6%

I ~ Fonte: MANUAL n.' 37 da ASCE

I~

I~

1-
I

~ Uuodro~.5'Vo20res
da toegicirnle
demoomrnlo paraãreosprnnttivris emgunçiíodolipo des020It2ossigitoçiíodo SCSI edadeâive
Declive SolotipoA SolotipoB SolotipoC SolotipoD )
plano< 1% 0.O4.0.09 0.07.0.12 0.11.0.16 0.15.0.20

mél1io.
l1eI a 6% I O.Og
. [114 0.12. [117 0.16. o.21 0.20. 0.25
I
Im:linal1o
> 6% I O.l3.0.!B O.IB. [124 0.23. 0.31 0.2B- 0.3B

em Que:
I
Solo~ooIt Solol1anl1o
origema um esccamentosuperficial
mwmbaixoporapresentar
permealJilil1al1e
muitoelevadaInclui.
essencialmente.
areiasprofundas
comITluimpoucolimoou argIlae tamlJémíuessprofunda
mUItopermeaval.

Solo tioo B: Solo menos permeavaldo Quea do tipo A dando ari(;2ma um escoamento superficialrazoavelmentelJaixo.Inclui.
I
essencialmente.solos arenososmenos j:m:fundosdo Queos do ~IJOA e íoessmenos profundoe menos agregal10Queo do ~po
A Estessolosapresentam superiora ;rédia.
noentanto.pe!fT1ôalJilidade
I I
I
Solo tioo c: Solo dando origem a um esccamenm superficialmccerado.superiora media e supenora QuelQuerdas sltuacOes
anteriores.inclui.essencialmenre.solos pcuco profundOSe SOI05::mn Quantidadesepreciavaisde argila.se ber.1que menos do
Queos solos ~po O. I I

SoloUooO:Solo dando origem3 um esc::ar:;enrosuperficialeleveC:por apresentarbaixapermeaí:!llidade.


Inc!ui.essencla!mente.
argilaspouco expanSIVase alguns solos ~ccco profundoscom su:-r.onzontesquase Impe:meavars. I I

Na Figura 4.2 apresentam-se CUNas a que correspondem períodos de retorno


para o cálculo expedito de coeficientes elevados ou quando se sucedem ao I
de escoamento em função do tipo e longo do tempo chuvadas frequentes
declive do solo e da percentagem de separadas por curtos períodos de tempo
áreas impermeabilizadas, CELESTINO seco.
DA COSTA, 1983.
No QUADRO 4.6 apresentam-se valores
4.2.5- Coeficientede ajustamento(K) de K. coeficiente de ajustamento. em I
função do período de retorno (T).
O coeficiente de ajustamento funciona
como um valor correctivo para ter em
I
conta situações mais gravosas do que as
u~':mft'Jnll"".""f,-,,'II:'Ó'
que seria de esperar em ocorrências
normais e que resultam. por exemplo. de
I
certas áreas permeáveis ou semipermeá-
25 1.1
veis se poderem comportar como áreas
impermeabilizadas, sendo consequente- 50
mente menor o efeito de perdas por
1.2
I
!DO 1.25
infiltração ou intercepção. É o que pode
. ocorrer para chuvadas pouco frequentes Fonte: Model Orainage Manual. 1991. AASHTO
I

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r
I

6. Drenosem
lonsitudino~
I
ao seu dimensionamento hidráulico.
5.1 - Introgucão
.

No Capítulo 7 caracterizam-se e sistema- I


Tal como se referiu em 1.1 constituem objec- tizam-se estes dispositivos, ilustrando
tivos principais da drenagem longitudinal: aspectos que têm a ver com a sua forma,
~ assegurar a recolha e o escoamento das características dimensionais, tipologia de I
águas pluviais provenientes da plataforma; revestimentos, materiais e condições de
, assegurar a recolha e o escoamento das utifização.
águas pluviais provenientes dos taludes I
evitando o seu acesso à plataforma;
~ assegurar a recolha e o escoamento das 5.2 - Concepcãogeral
águas pluviais provenientes dos terrenos I
naturais a montante, evitando, quando for o Na concepção geral, fase integrante dos
caso, a possível danificação dos taludes; estudos preliminares da drenagem longi-
, assegurar que o escoamento se faça tudinal da obra rodoviária, deverão ser I
por forma a que as águas pluviais não tidos em consideração os seguintes
venham a contribuir para a subida de even- aspectos genéricos:
tuais níveis freáticos existentes, quando I
estes, por condições naturais, puderem vir , optar, tanto quanto possível,por
a atingir níveis próximos do da plataforma. dispositivos a céu aberto (valas, valetas,

Pretende-se, assim, assegurar o rápido


canais, caleiras), limitando a utilização de I
sistemas enterrados às situações onde
escoamento das águas superficiais sobre a estes não sejam evitáveis;
plataforma e garantir a protecção do pavi-
mento, evitando para tal que no processo de
, promover uma criteriosa e frequente
instalação dos pontos de descarga, por
I
escoamento as águas superficiais drenadas forma a limitar a altura da lâmina líquida
venham, por infiltração, a contribuir para um junto à plataforma;
aumento do teor de humidade dos solos de , atender aos constrangimentos de
I
fundação, com a consequente perda da sua segurança associados à geometria do
capacidade de suporte. traçado e sua relação com a localização,
forma e tipo dos elementos do sistema de
I
A drenagem longitudinal inclui, assim, funda- drenagem longitudinal;
mentalmente, os seguintes tipos de disposi- P atender aos constrangimentos rela-
tivos: valas; valetas e canais; caleiras e colec- tivos à preseNação da propriedade e de I
tores; drenos

câmaras
e respectivos

de visita e câmaras
órgãos
sórios de ligação e recolha, nomeadamente
aces-

de limpeza;
,
bens de terceiros, nas áreas confinantes;
atender aos constrangimentos
natureza ambienta!,ecológica e estética
de
I
sumidouros e sarjetas; câmaras de recepção; das áreas confinantes;
caixas de ligação ou de derivação. , atender aos custos de investimento,
operação e manutenção; I
Constituem objectivos deste Capítulo 5: , atender à exequibilidadetécnica das
soluções;
- , apresentaros princípiosgerais de , atender à minimização de impactes I
concepçãoe escolhadestesdispositivos; ambientais adversose ao enquadramen-
..
- I' descreverOs procedimentosrelativos to paisagísticoe estético.
I
iI- I
L .---

-:-.==~-.::::.~_. .~. .- ~ .
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[ -c -7~~~~~~~:.:::~_:::: .' ...~.~-'


.".'
"- ~._-_.-..

c
c
I:
Tendo em consideração os aspectos - troços em escavação e troços em aterro;
acima referidos, sem subestimar a - troçosascendentese troçosdescen-
[ análise que, caso a caso, o projectodeva dentes; _________
atender, identifica-se, de seguida, a - troçosdispondode separadorcentrah~ "
"

sequência de passos que, em termos - troços vizinhos da base de tgJtJ6~s-' '0,


c gerais, pode considerar-se aplicável: naturais com elevadas esc.or~$néi~____
superficiais. .</'/// ,.-..
1° Passo - Reunir a informação relevante: ' ,
- planta e perfil do traçado da via; 4° Passo . cálculps,hidráulicos
Efectuar
, ' ....--- -. .....

- delimitação das bacias de drenagem e sumários para estimativa'da


',." ....ordem de --',
da rede hidrográfica; grandeza dos caudais superficiais. tver 5.41

- identificação de constrangimentos /,>~//../" '''0''0

específicos (técnicos, sócio-económicos 5° Passo - Pré-seleccioriar:dispositlvos'de


ou ambientais). drenagem10ngit~din,a~:/~
c 2° Passo - Identificar zonas críticas/sensíveis:
- predefinir,,'val~s. valetas ou cànais,
tendo por base os desenhos e dimen-
- pontos de descarga possíveis e sões tipo norma~f!1~~e utilizados;
eventuais limitações às descargas - predefinir inclklações 'laterais tendo
(caudais e cargas poluentes); em consid.eração-aspectos de. segu-
r". - ligações transversais impostas pelo rança, .estabilidade, econ~ia, exequi-
I
traçado da via (passagens inferiores. bilidade. acessibilidade. ambientais e
'--
alterações de inclinação. drenagem estéticos; "0 .

das áreas de separadorescentrais.etc.) . identificar eventuais condicionantes

- pontos altos e pontos baixos da via. face ao tipo. de dispositivo pré-seleccio-


trechos de declive muito baixo ou nado. em termos de secção e revesti-
muito elevado. pontos de mudanças mento (ver 5,3)0
de declive:
- níveis de água (em tempo seco e 6° Passo - Efectuar cálculos de
chuvoso) atingido por linhas de água dimensionamento hidráulico (ver 5.4):
na zona envolvente que possam gerar - caudal de projecto a jusante de cada
condicionamentos particulares; troço da via;
- declives dos terrenos naturais nas - altura máxima de escoamento para a
áreas limítrofes: secção predefinida (largura. altura.
- zonas sensíveis ou vulneráveis (em inclinação e rugosidade da superfície);
termos sociais, económicas, ambien- - capacidade de transporte da secção e
tais e ecológicos) que possam induzir o cumprimento dos critérios funcio-
condicionamentos particulares: nais pré-estabelecidos (Le. nível máxi-
- quaisquer outros aspectos especí- mo e velocidades máximas);
..:..
ficos do projecto. - repetição dos cálculos, se necessário.

3° Passo - Pré-seleccionar troços de Os ajustamentos possíveis, em caso de insu-


11 características semelhantes a que poderão ficiente capacidade de vazão. poderão ser:
corresponder soluções-tipo idênticas: - alteração da geometria da secção:
Sem prejuízo de outras, identificam-se as -diminuição das inclinações laterars:
seguintes: . . -aumento da inclinação longitudinal;

:ii
I
'"

" I

- diminuiçãoda rugosidade da superfície tipo de infiltração (protecção de aquíferos,


de revestimento; estabilidades de taludes, etc.), indepen-
- instalação de dispositivos de entrada dentemente da inclinação longitudinal;
para dreno/colector situado num plano ~ quando a velocidade de escoamento
inferior à base do canal principal. induzir potencialmente fenómenos de
erosão (a inclinação crítica é da ordem
70 Passo - Analisar pontos de descarga e dos 3,5% tendo em atenção a velocidade
seus efeitos a jusante: máxima estabelecida).
Identificação de eventuais impactes ne-
gativos designadamente resultantes de: No que respeita ao revestimento, salienta-
- variações de caudal; -se que:
- aumento de velocidades de escoamento;
- alterações no regime de escoamento; ~ nas zonas sujeitas à ocorrência de
- alterações na qualidade da água; gelo na via, as estruturas não revestidas
- de desvio de caudais de bacias são preferíveis às revestidas a betão;
drenantes vizinhas. ~ quando as inclinações são superiores
a 7% os revestimentos «muito rugosos»
Para além destes passos é importante não (impermeáveis ou não) permitem reduzir
subestimar os efeitos. em termos de sensivelmente as velocidades de escoa-
compactação dos solos, que resultam das mento; é possível e desejável, nestas
.! diversas movimentações em obra. Assim, condições, promover estruturas de dissi-
;/
sempre que aplicável, deverão ser tidas em pação de energia (quedas. degraus. etc,).
'! consideração as alterações na permeabili-
dade dos solos, na área de influência da Nas situações que saem fora do âmbito
obra, induzi das pela sua execução. das atrás referidas. é desejável utilizar
valetas e canais não revestidos (com
cobertura vegetal). Com efeito, promove-
5.3 - Condicionant8s
hidráulicos -se uma infiltração lenta e aumenta-se o
tempo de percurso. pelo que se reduzem
Como se referiu no ponto anterior (5.2), a caudais de escoamento superficiais para
escolha dos dispositivos de drenagem longi- jusante.
tudinal deve ter em conta aspectos de
natureza muito diversificada incluindo os de
segurança, os técnicos, os socio-económi- 5.4 - Oim8nsionam8nto
hidráulico
cos e os ambientais. Um dos aspectos que
se coloca. e que tem implicações do ponto o dimensionamento hidráulico dos disposi-
de vista hidráulico. é a escolha entre valas tivos de drenagem longitudinal (valas,
ou canais revestidos (betão em geral. cober- valetas. canais ou outros) inclui os
tura vegetal. relva) ou não revestidos. seguintes passos sequenciais:
Uma estrutura revestida é necessária nas
seguintes condições: 1a - Cáiculo do caudal afluente a jusante de
1
", cada trecho de cálculo utilizando a fórmula
.1 Racional:
~ quando a inclinação mínima do escoa-
! mento é inferior a 1%;
j
~ quando for inconveniente qualquer Q = 1/3600 x C x I x A (5.1)
I I

I I
IJ
IJ

IJ

IJ
em que: das condições de vaz~~ das secções ~m -' ..- .- ---..--
estudo, a comparação do caudal afluente
u Q = caudal (1/s) (proporcional ao comprimento do trecho- - .. ..." ..-.....-------
C = coeficiente médio de escoamento de via) e do caudal admissível é leito por ..----
da plataforma lO) o comparação de comprimentos. isto é.
I= Intensidade média máxima pesquisa-se o comprimento. máximo a ..-..- .--------
(mmlh) para uma duração de 10 que corresponde o escoamento que
minutos e período de retorno respeita as alturas de folga estabelecidas -~. . - .-
u escolhido (ver2.6).
A = superfície (m2) da plataforma e
taludes contribuintes No Anexo 111apresentam-se ábacos para
u o cálculo expedito dos caudais admis-
,.. valores recomendados: 0.7 para a drena- síveis de vários dispositivos de drenagem
gem lateral; 0.9 para a drenagem do se- longitudinal- valetas e valas de secção. tri-
parador central angular e trapezoidal. .

2° - Comparação do caudal afluente com o


11
0.1 caudal admissível da estrutura pré-selec- 5.5 - Espacamento entre
cionada:
dispositivosde descarga o.

lateral
- __o. . _..
..
11
o caudal admissível é obtido através da
fórmula de Manning-Strickler: o escoamento nos dispositivos de
drenagem longitudinal deve processar-se
Qa = 1000 x K X RH2.~X J'12X S (5.2) sem que se verifique transbordamento.
11
sendo recomendada, em algumas situa-
em que: ções, a existência de pequena folga. tal
como previsto em 2.6 (QUADRO 2.7). O
Qa = caudal admissível (1/s) dimensionamento, cujos passos de cálculo
K = coeficiente de rugosidade de foram apresentados no ponto anterior, tem
Manning-Strickler (m') x s') em vista assegurar aquele objectivo. através
J = declive longitudinal (mim) do estabelecimento do espaçamento máxi-
RH = raio hidráulico = superfície mo entre dispositivos, destacando-se as
molhada I perímetro molhado da descargas laterais, as câmaras de
secção (m) derivação e os sumidouroslsa~etas.
S = superfície molhada da secção (m2) Neste dimensionamento entram como
elementos de cálculo:
Nota: sobre os valores de K, RH e S
correspondentes aos diversos tipos de ~ a intensidade da chuvada;
estruturas são apresentados elementos ~ as características geométricas e de
mais completos e detalhados no revestimento das valetas (secções, incli-
Capítulo 7 - Dispositivos e estruturas de nação longitudinal, rugosidade);
drenagem tipo. ~ a largura da plataforma;
Nos programas de cálculo automático ~ a inclinação transversal da plataforma.
disponíveis para a automatização dos
passos de cálculo iterativos de verificação Por razões construtivas, valas e valetas
"
->::?c~~~-
-. u__. ..__.____
:::.:::-==-=-~-:.~:.. -:;~ pr"
-- .-~..:;;..
--
, .- ==-::::~': ::. .~~::::::.-:::::::=

são geralmente dimensionadas para em que:


terem secção transversal triangular ou
trapezoidal com altura constante. L = espaçamento (m)
8 = largura do rasto do canal (mm)
No que se refere à inclinação, e no caso K = soma das cotangentes dos ângulos
de troços com inclinação longitudinal dos taludes laterais do canal
nula, a altura máxima da lâmina líquida ho = altura máxima permitida para o
dá-se a meio da distância entre estruturas escoamentono canal (mm)
de descarga lateral (saídas), enquanto I = intensidade média máxima da
nas situações com inclinação longitudinal precipitação (mm/h)
a profundidade máxima é atingida junto a W = largura da via de comunicação
estas estruturas. incluindo a berma (m)

Canais traDezoidais Esta expressão, válida para inclinações


No caso de canais, valas ou valetas revesti- longitudinais até 2%, não tem em linha
das e de secção trapezoidal, como se repre- de conta a inclinação transversal da
senta na Figura 5.1 - Canal trapezoidal - plataforma. Ramos (1996) considera,
- secção transversal tipo, o espaçamento relativamente a este parâmetro, e com
entre as estruturas de descarga lateral (dis- base em estudos experimentais desen-
positivos de saída) pode ser determinado volvidos, que o efeito desta inclinação
através da expressão empírica de Whiffin & transversal, para os casos correntes, é
Young (1973): irrelevante.

L = 0,23 (8 + 0,5 Kho'6I13)/ (I W) 10/13 Canais de secção trianaular


(5.3) A secção triangular é adoptada, usual-

I
I
I
j
I: t i
I
I
i
h ho
I
I O
! C f
I:
I .
8
I
I!
iI
I fiI i
l
i'I
j r~ 51-~ais lrapezoidais~5~àD~aÍ15~Êrs02Iip~.
I

"i I
II I
I
LJ , 0.-
.--.--
-.---
..~
___n ___----

11 ..-

....
'.-:~-.:::::--=:, =-:~.-'~'
.~ ...-

I -J
i

lj

i
f .-.J

-------------------------------------------

mente. em valetas. Na Figura 5.2 - Os valores de O e wem função da declividade


." ."
Canais de secção triangular - secção transversal são os seguintes:
..'

transversal tipo. é apresentado o perfil

transversal para estas valetas.

C (%) O w
Para o cálculo do espaçamento entre
0.5
estruturas de descarga lateralpode adop- m:_:. " . 2.26

tar-se a expressão empírica definida pelo


1.0 ISO 2.19
I
Hydraulic Research Station (HRS) modifi-
cada pelo Transport and Road Research 1.5. 295 2.13

Laboratory (TRRL) do Reino Unido.


2.0 326 2.06 '.
Whiffin & Young (1973): ....-..-..

2.5 3EO 2.00 "0

L = 545 (W/I W)Jl4 C2J1lô {1+DW4V"'j. (I W)}


-.
3.0 416 1.93
(5.4)
4.0 448 1.80

em que: '..-.
5.0 448 1.67
I
..:.:t -
N = largura máxima do escoamento (m)
- ..
C = declividade transversal da via (%)

w = índicedependente de C
.~..
(w= 2.32 - 0.13 C) De acordo com estes autores. em valetas
.,....
Y =inclinação longitudinal (%) com inclÍnações superiores a cerca de 3% e
O = coeficiente dependente do valor de C largura do escoamento superior a um metro.
11
I = intensidade média máxima de a eficiência dos dispositivos de descarga-
"-- .

.. precipitação (mm/h) lateral é fortemente reduzida devendo. neste

W= largura da via de comunicação caso, adoptar-se interceptaresespecialmente


-
incluindo a berma (m) projectados para estas situações.
.J

"-
iI

8. Drenosem Transversa~

passagens hidráulicas.
6.1 - Introdução Efectivamente a caracterização dos aspec-
tos hidráulicos é fundamental no projecto
A drenagem transversal diz respeito aos deste tipo de obras, constituindo, em
aspectos de natureza hidráulica relacio- alguns casos, um elemento fortemente
nados com o estabelecimento de: condicionante na análise técnico-económi-
ca das soluções a considerar, tendo em
, passagens
hidráulicas
- aquedutos
e atenção não só o tipo e as dimensões da
obras de arte - indispensáveis à manu- estrutura final e a sua localização, mas
tenção de adequadas condições de também das obras relativas ao período
escoamento dos cursos de água atraves- de construção.
sados (Figura 6.1); Um correcto dimensionamento hidráulico
~ colectores transversais e disoositivos destas estruturas passa pelo conheci-
de recolha. ligação e derivação - câma- mento dos parâmetros hidráulicos que
ras de visita, sumidouros e sa~etas, calei- permitem a caracterização das condições
ras, colectores de ligação e drenos - indis- de escoamento no curso de água. De
pensáveis ao estabelecimento da arti- entre os vários aspectos a analisar desta-
culação com os dispositivos de drenagem cam-se os seguintes:
"
longitudinal de um e de outro lado da via, à ~ avaliação dos caudais de projec-
;,
'I recolha e à condução adequada das águas to/caudais de cheia;
li aos pontos de descarga final e à promoção ~ cotas dos níveis de água;
;j
I' de condições de ligação em ramificações ~ características do material do leito;
;1 ou pontos de mudança das características ~ estabilidade do leito e margens;
11
., dos colectores longitudinais (Figura 6.2), ~ posicionamento relativo do eixo do
!I Neste subcapítulo abordar-se-ão, funda- aqueduto em relação à orientação do
mentalmente, os aspectos relativos às' escoamento;

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A; ,,"~,:
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~ fjsura 6.2 - EsquemaseraQde tcQedcreI Iranswsais e de dispasiÜvas de taQeda. Qisaçàa e derivaçàa
-'-'-.
1
.

" posicionamento relativodosencontros " condutasde secçãocircularembetão,


dasobrasde entradae de saídae graus compassagenssimples,duplasoutriplas:
de estrangulamento; " condutasde secçãoabobadada,
em
" erosõesgeneralizadas e localizadas; - betão;
" protecçõesdo leitoe dasmargens; " condutasmetálicas(açocorrugado),
" eventuaissobre-elevações da superfí- de secção circular ou abobadada, com
cielivre(obstrução,
transporte sólido,ete.) passagenssimples, duplas ou triplas.

A abordagem destes aspectos terá de ser Constituem objectivos deste Capítulo 6:


feita numa perspectiva de quantifícação " enunciarosfactoresgeraisqueinfluen-
dos efeitos sobre a própria obra de arte, ciama escolhadotipodedispositivo;
sobre a obra rodoviária e sobre o curso " apresentaros conceitosbásicos
de água e áreas adjacentes a de relativos ao controlo do escoamento em
condutas e canais;
definição de medidas de protecção e miti-
gadoras da ocorrência de danos. e prejuí-
zos indesejáveis.
" descrever os procedimentos relativos
ao dimensionamento hidráulico dos aque-
As obras hidráulicas de drenagem trans- dutos ou obras de arte.
versal incluem, com frequência. os
seguintes. tipos de dispositivos: No Capítulo 7 caracteriza-see sistematiza-se
I,
-I
,I
,:

a tipologia de dispositivos de drenagem compressíveis do que qualquer tipo de


transversal, ilustrando aspectos relaciona- estrutura em betão; .
dos com as suas formas, características , rapidez e facilidade de colocação em
dimensionais. condições de revestimento. obra: as estruturas metálicas quando
materiais e condições de utilização. armazenáveis e transportáveis, poderão
constituir soluções vantajosas para perío-
dos de execução limitados no tempo ou
6.2 - Factoresde escolha em caso de difícil acessibilidade;
dos
- ----_.- disRositivos , resistência a agentes químicos: as estru-
turas metálicas mais vulneráveis à acção de
qe ugJ~nagen:Ur~JnSY.~l§ê.!.
certas águas agressivas podem necessitar
de protecções especiais; as estruturas em
De entre os factores que podem influen- betão, por seu lado. são também suscep-
ciar a escolha do tipo de obra hidráulica tíveis de corrosão por certos agentes;
de drenagem transversal, salientam-se os ~ resistência ao choque: as obras
seguintes: maciças (betão) resistem melhor ao
~ magnitude dos caudais de projecto choque provocado por exemplo pelo
que determina a secção de escoamento e arrasto do material sólido em regime
o tipo de dispositivo; torrencial.
~ características hidráulicas da obra
de travessia: coeficiente de rugas idade. A ponderação destes factores, na análise.
coeficiente de perda de carga e geome- caso a caso, do projecto em apreço. per-
tria da secção; mitirá conduzir à solução mais ad~quada
~ largura do leito do curso de água que em termos técnico-económicos. de segu-
condiciona o número de' condutas da rança e ambientais.
travessia; uma conduta única compatível
com o caudal a evacuar e com a largura do
leito é preferível. em princípio. a condutas 6.3- Condicõesde localizacão
múltiplas já que, neste último caso. se em plantae perfil
aumenta a perda de carga e se torna mais
difícil a passagem de corpos flutuantes. A localização em planta da obra de tra-
deverá ser devidamente ponderada; vessia hidráulica deve fazer-se, tanto
, altura disponível entre a cota de pro- quanto possível, na orientação do curso de
jecto e a cota de fundo do talvegue do água. Em caso de impossibilidade (traça-
leito; no caso de aterros importantes do sinuoso, desvio pronunciado. etc.) será
torna-se necessário analisar o impacte da de toda a conveniência assegurar:
carga do aterro sobre o custo da obra de ~ a manutenção de boas condições de
travessia: por exemplo, uma estrutura escoamento hidráulico a montante e a
metálica de secção abobadada permite jusante da obra: em alguns casos poderá
uma altura de aterro superior a uma justificar-se uma rectificação do curso do .I
estrutura metálica de secção circular; rio como se ilustra na Figura 6.3 e 6.4;
~ condições geotécnicas de fundação ~ a protecção das margens de encaixe
da obra: as estruturas metálicas pela sua do novo leito e dos trechos em escavação J
capacidade de deformação são melhor do antigo; na Figura 6.3 e 6.4 ilustram-se,
-. adaptadas ao assentamento em solos esquematicamente. a localização destas
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protecçõesparaváriassituaçõesdeposição (Figura 6.5), cuja opção depende da

IJ relativa passagem de hidráulica - cursode


água.
magnitude dos caudais em jogo e da
natureza do terreno:
a) adoptar estruturas de dissipação de

IJ As condições do perfil da passagem


hidráulica dependem. por um lado, da incli-
energia (degraus, blocos, macrorrugo-
sidades) mantendo sensivelmente inal-
nação longitudinal do curso de água e. por terável a inclinação do curso de água;

IJ outro, dos eventuais constrangimentos


impostos pelo perfil transversal da estrada.
b) adoptar uma inclinação inferior à do
curso de água através da implantaçãoe
desenvolvimento da obra em aterro re-

IJ Quatro situações distintas podem. em


geral. colocar-se:
lativamente ao terreno natural. ou
através da inserção da boca de entrada
I. a inclinação longitudinal do leito do a cota inferiorà do terreno natural proce
curso de água é normal (variável entre 0.5 dendo a uma escavação e queda a
IJ e 6%) e não existem constrangimentos montante (boca em escavação).
específicos relativos ao perfil longitudinal c) introduzir caixas de queda ao longo do
da via: neste caso o perfil da passagem desenvolvimentoda passagemhidráulica.
IJ hidráulica poderá fixar-se com um declive
idêntico ao do curso de água. 111.a inclinação longitudinal do leito do
curso de água é muito baixa. Neste caso
IJ 11. a inclinação longitudinal do leito do a implantação da passagem hidráulica
curso de água é elevada (valores superiores em perfil deverá ser efectuada benefi-
ou muito superiores a 6%): colocam-se ciando do máximo declive que permite a
IJ três soluções possíveis para o estabe- execução do aprofundamento do leito por
lecimento do perfil da obra hidráulica limpeza do fundo (Figura 6.6).
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SCluc:ãoeconomica
EscoamentoOriginal

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de dissipacão de energia
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I
IV.O estabelecimento do perfillongitudinal (designadamente a altura de água) e as
da via exige um rebaixamento da obra de velocidades de escoamento (a montante,
travessia. Neste caso colocam-se como na própria estrutura e a jusante) corres-
, '
hipóteses possíveis, entre outras: pondentes aos caudais de projecto. Com
, a) a adopção de secções de menor al- efeito, é a altura de água a montante que
tura (arco abatido, rectangular, etc.); condiciona (mais do que, o caudal) o esta- I
b) a adopção de um maior número de belecimento do perfilda obra hidráulica de
condutas de menor capacidade de passagem, a definição e o dimensiona-
vazão (situação com os inconvenientes mento do tipo de protecções e a avaliação I
referidos em 6.2); dos impactes de natureza ambienta/.
c) aprofundamento do terreno natural a Para determinar a altura de água a
jusante; montante é essencial conhecer o tipo de I
d) a adopção, em caso extremo, de pas- escoamento que resulta da interacção das
sagem em sifãoinvertidoou ponte cana/. características montante- obra - jusante.
A determinaçãodo tipo de escoamento(a I
montante, ao longo da obra, ou a jusante
6.4 - Condicõesde escoamento desta) depende da relação entre a altura
de água e a altura crítica do escoamento I
j Por razões essencialmente económicas, as em regime uniforme.
passagens hidráulicas relativas à travessia
I
i de pequenos cursos de água sob a rodovia Se:
i
~ altura uniforme > altura crítica =>
I
,I procuram ser, em geral, de largura inferiorà
,I largura do próprio leitodo curso de água. => regime lent~ (-. controlo de jusante
i 00 ponto de vista hidráulicotoma-se indis- ~ altura uniforme < altura crítica =>
oensável determinar as condições de => regime rápido (-, controlo de montante
I
escoamento a montante da boca de entrada
Duas situações se colocam quando se
/ está perante a análise hidráulica das I
t condições de escoamento que envolvem
i "I
'
i
obras de drenagem transversal:
I
,
'i ~ escoamento com controlo a montante
" (na entrada);
' P escoamento com controlo a jusante. I
', ., .
" No escoamento com controlo a montante,
1
que se observa apenas em condutas I
ji ACfCÍ'JnGarer.rc parcialmente cheias. a capacidade de
I vazão do colector é controlada pela altura
j
I de montante (hm), peja geometria da estnJ- I
tura de entrada, que inclui a secção trans-
versal, e pela inclinação longitudinal da
conduta. Este tipo de escoamento pode I
ocorrer de duas maneiras: a menos
comum dá-se quando a altura de escoa-
I

I
I.J ./
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/

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IJ

IJ

IJ

IJ

Enuadanaosubmersa

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I I
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IJ EnUêoa
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IJ

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I I
,I
I.

mento a montante não é suficiente para passa, para efeitos de cálculo, como se
provocar a submergência da entrada e se tratasse de um controlo a jusante,
quando o escoamento na conduta se sendo a secção de passagem a superfí- J
processa em regime rápido; a mais cie livre a secção de controlo.
comum (Figura 6.7) verifica-se quando o
nível de água a montante é tal que I
provoca a submergência da entrada e 6.5 ":'Dim~nsionam~n.to .oiqrê.!:I.[co
quando o escoamento na conduta se faz
com superfície livre. 6.5.1- Conceitosbásicos I

Quando o escoamento se processa com o dimensionamento hidráulico dos


controlo de montante, a rugosidade, o dispositivos de drenagem transversal I
comprimento da conduta e as condições consiste essencialmente em:
de escoamento à saída (incluindo a altura
de água) não influenciam a capacidade ,. predefinir o tipo de estrutura a adoptar I
de vazão do colector. tendo em conta as condições locais (6.2 e
Quando o escoamento se processa com 6.3);
controlo a jusante, a capacidade de ,. verificar a sua capacidade de vazão I
i vazão do colector é função das perdas de face aos caudais de projecto a escoar;
;
I carga na secção de entrada, da altura de ,. verificar a compatibilidade entre as
!
água a montante, da rugosidade da con- alturas de água a montante e as alturas
i
I duta, do seu comprimento, do diâmetro, admissíveis (distância ao nível da
8
i da inclinação e, nalguns casos, da altura plataforma, desníveis relativamente a
i
de água a jusante (Figura 6.8). áreas circundantes, etc.) - a altura a
É importante referir que, se o escoamen- montante deverá ter em consideração as
I
to a jusante da secção de saída se condições focais, não devendo exceder o
processa em regime lento e na conduta dobro da altura da PH;
! em regime rápido (controlo de montante), ,. identificar eventuais protecções a I
i : haverá condições para a ocorrência de montante e a jusante (função das veloci-
ressalto hidráulico no interior da conduta, dades calculadas) para efeitos de controlo
-.
situação a evitar. Neste caso deverão de erosão. I
..
criar-se condições para a ocorrência de
regime lento no interior da conduta, Na Figura 6.9, na página seguinte,
." designadamente através de uma esquematiza-se um fluxograma com a li
".
diminuição da inclinação ou de um metodologia de abordagem e a sequência
alargamento da boca de entrada. de passos de cálculo.
Existe também a possibilidade de um I
controlo alternado, em que a posição da Se o escoamento se processa com controlo
secção de controlo varia alternadamente na entrada, a energia do escoamento a
entre a entrada (controlo a montante) e montante é obtida adicionando à energia I
uma secção da conduta (controlo no inte- do escoamento na secção de controlo as
.. rior da conduta). Este tipo de controlo, em perdas de carga na estrutura de entrada.
que a conduta se apresenta com um tre- Se o escoamento se processa com con- I
cho de montante em pressão e o restante trolo na saída. a energia do escoamento
'"
comprimento com superfície livre, tudo se a montante é obtida adicionando à energia
I

li I
- ~ ~..-- - -. -----.

Condicionantes
diversos
I ] Caractensticas
dabaixadedrenagem

I
.- .._!.......

I J Precipitaçao Escolha
do penado
deretomo

---'.' __o

I.J Caudaldeprojecto -- ----- ----- -- -". ----, - Escolha do tipo de condutas

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Implantaçao
daconduta }
LJ IdesenvoMmento
e perfill

!I Escolhadotipode boca
deentrada

.. - ..- j ... t
. Regimedeescoamento
AnalisedascondiçOes
:
de escoamento
a jusar.te no intenordaconduta

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CalculO
daaltura
de aguacorrespondente
a montante
l-- ..
I

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i
Comparaçao - :
Alturadeagua dealturas
deagua -.. m.~
.
~
. a montanteadmissivel

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Calculo ..--- --...............


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ProreccOes
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do escoamento a jusante o valor das per- no final deste Capítulo, LENCASTRE
das de carga contínuas e localizadas (en- (1991) e CHOW (1959) são apresentadas
trada, saída e eventuais singularidades). as metodologias de cálculo no caso de
,, O valor das perdas de carga contínuas, aplicação do método das diferenças finitas
em escoamentos sob pressão, pode ser (cálculo de regolfos com caudal constante).
obtidoatravés da expressão:
Os valores das perdas de carga localiza-
~Hc = /LV2/ (O 2g) (6.1) das devem ser obtidos por forma a ter em
conta a geometria das estruturas de I
em que: entrada e de saída, as condições de
aproximação e de restituição do escoa-
~Hc - valor da perda de carga contínua mento, as suas características cinemáticas I
(m) e as singularidades, tais como transições,
/ = coeficiente de resistência ou de curvas, etc. Em bibliografia da especiali-
Oarcy-Weisbach. que depende do dade, referenciada no final deste I
valor da rugosidade relativa e do Capítulo. LENCASTRE(1991) e 10EL'CIC
número de Reynolds (1979) são apresentados valores dos
O = diâmetro hidráulico (quádruplo do coeficientes de perdas de carga. I
raio hidráulico) (m) É de referir a importância que pode
V =velocidade média (m/s) assumir, nas características de vazão
L =comprimento da conduta (m) dum colector, a adopção de uma entrada I
correctamente dimensionada (prever ao
Os valores de / podem ser obtidos por nível de projecto a adequação da tran-
aplicação do ábaco de Moody. Igual- sição canal/boca de entrada). por forma
I
mente os valores da rugosidade absoluta a reduzir o valor das perdas de carga
a adoptar em função dos materiais da con- nesta estrutura.
duta. do acabamentÇ> interior e do seu No caso da adopção de tubos metálicos
grau de envelhecimento podem ser obti- com paredes onduladas (aço corrugado)
dos em bibliografia da especialidade, quando não se dispuser de resultadosla-
referenciada no final deste Capítulo. boratoriais fornecidos pelo fabricante
LENCASTRE (1991) e QUINTELA desses tubos. poderão adoptar-se as I
(1981). seguintes expressões empíricas para
o cálculo dos valores do coeficiente
Se o escoamento se processar em super- de resistência (.1), da fórmula de I
fície livre é necessário conhecer os seus Oarcy-Weisbach, e do coeficiente de
parâmetros ao longo da conduta. Se o Manning (n) da fórmula de Manning-
regime for considerado permanente e -Strickler: I
uniforme o valor das perdas de carga
contínuas pode ser obtido por aplicação / = 0,0978 X O",." (6.2)
da equação (6.1). Se o regime não for I
considerado permanente e uniforme é n = 0,0280 x 0')°'5 (6.3)
necessário recorrer ao cálculo numérico,
considerando o comprimento da conduta em que O é o diâmetro da conduta (m). I
dividido em trechos elementares. Em
bibliografiada especialidade. referendada

I
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mente). no interior da condutas ou condu-
6.5.2- Passosde cálculo
[ tas de passagem.
No Anexo li' apresentam-se diversos ába-
o dimensionamento hidráulico das travessias cos para o cálculo das alturas uniformes e
inclui os seguintes passos sequenciais: criticas em secções circulares. abobadadas
[ e rectangulares.em betão ou aço corrugado.
-
1° Passo Cálculo do caudal de projecto em condições em que o escoamento é
afluente a montante da secção de entrada controlado por jusante (influência das carac-
I: (ver 4.2 e 4.3) teristicas da condutaincluindo comprimento)
ou em condições de controlo a montante.
2° Passo - Pré-selecção do tipo de pas- Na(s) conduta(s):
[ sagem hidráulica (ver 6.2 e 6.3) ~ Se hu > hc ' o regime é lento; neste
Se a opção envolver mais do que uma caso h (conduta) depende da altura de
conduta (secções duplas ou triplas) o água a jusante. h (jusante). calculado no
[ caudal deverá ser dividido por dois ou passo anterior;
três, respectivamente, para efeitos dos ~ Se hu = hc. o regime é crítico (situação
cálculos hidráulicos posteriores. instável no interior da conduta. a evitar);
[ 3° Passo - Cálculo das alturas de água,
~ Se hu < hc. o regime é rápido; neste
caso h (conduta) depende da altura de
uniforme e critica. (hu e hc respectiva- água a montante, h (montante), a calcular
[ mente). na secção de jusante da obra de
passagem.
no passo seguinte.

No Anexo 111apresentam-se dois ábacos 5° Passo - Cálculo da altura de água a


[ para o cálculo destas alturas. admitindo
que o leito do curso de água é assimilável
montante (h 1) na secção de entrada

- Comparação
r-
a um canal trapezoidal. 6° PassO da altura de água
Se hu > hc. o regime é lento; neste caso a montante (hmontante) com a altura
h (jusante)=hu' admissivel e com a altura de água a

rI- Se hu < hc' o regime é rápido; neste caso


tomar-se-á h (jusante)= hc.
jusante (hjusante)'

. Se hu = hc' o regime é critico

Nota:
Há que redimensionar o sistema se:
~
~
hmontante > altura admissivel
a velocidade na conduta para
como já referido se o regime de escoa- h = hmontante for superior a 4mJs.
mento a jusante é lento é de todo conve-
niente que o regime de escoamento no 7° Passo - Cálculo final da altura de mon-
interior da conduta de passagem (cálculo tante admissivel
no passo seguinte) se faça também em
regime lento; evitar-se-á assim a possibi- 8° Passo - Identificação do tipo de pro-
lidade de ocorrência de ressalto hidráuli- tecções (ver ponto 6.6)

11I co que se dá na transição entre o regime


rápido e o regime lento.
6.6 - Proteccões
4° Passo - Cálculo das alturas de água
11 (uniforme e critica. hu e hc respectiva- Para evitar fenómenos de erosão no leito

.i
j
iII

III

12.Aspectos
GeraisdeConstrução,
Conservação
e manulenção
n
da realização de ensecadeiras, diques,
valas, obras de desvio,etc.;
, obstrução dos leitos das linhas de
11
Nos Capítulos anteriores deste documen- água por criação de barreiras à natural
to, Capítulos 1 a 11, foram apresentados, circulação das águas superficiais e sub-
formulados, descritos e ilustrados proce- terrâneas, como resultado da terraple-
[I
dimentos, metod%gias e recomen- nagem e da deposição de materiais em
dações tendo em vista uma referência de aterro;
harmonização e de «boa prática» no Dro- , obstrução de pontões, como resultado [I
jecto de sistemas de drenagem superfi- da sedimentação de materiais transporta-
cial da obra rodoviária. dos e consequente potencial agravamen-
~
"-'
I
Embora não caiba, naturalmente. no
âmbito do presente Manual as fases
subsequentes de çonstrução e de eXDlo-
,
to de eventuais inundações;
aumento da poluição, nomeadamente
.

da turbidez e do teor em sólidos suspen-


ração (e, em alguns casos de reabilita- sos totais nas linhas de água como canse- 11
çâo) das infraestruturas rodoviárias, quência de terraplenagem;
devem também ser objecto de procedi- , possibilidade de contaminação das
mentos e metodologias de boa prática águas superficiais e subterrâneas como [I
(por vezes com situações específicas consequênciade acidentes;
que devem ser detectadas na fase de , aumento da compactação dos solos
projecto). tendo em vista a satisfação nas áreas de infiltração máxima e de ri
dos objectivos primordiais daquelas recarga de aquíferos, com afectação da
obras, a par da sua durabilidade e segu- taxa de recarga dos mesmos;
rança. , alteraçãodo regime hidrogeológico li
O objectivo deste Capítulo é. assim. de como resultado da ocupação, pela platafor-
forma. necessariamente. sumária, intro- ma, dos locais preferenciais de recarga
duzir alguns aspectos relevantes a ter em dos aquíferos. com a sua consequente
conta nas fases de construcão e de
li
afectação e prejuízo na sua utilização;
eXDloracão das obras rodoviárias. com , perda de habitats associados às li-
implicação ao nível da drenagem. nhas de água.

Tal como já referido. na fase de projecto


12.2 -Asp§cto:?gerais devem ser identificadas eventuais situa-
de construcão ções críticas previsíveis na fase de cons-
[I
trução. chamando-se desde logo a atenção
A fase de construção da infraestrutura para as medidas preventivas a considerar.
rodoviária pode ser responsável pelos Para a minimização destes efeitos nega- i.1
seguintes efeitos negativos a nível ambien- tivos. são de considerar as seguintes
tal. em geral, e a nível da drenagem. em recomendações. de carácter geral, na fase
particular: de construção. sem prejuízo de uma li
análise detalhada de cada situação concre-
, Aumento da erosão. transporte e sedi- ta e das suas especificidades:
mentação dos materiais e resíduos:
, alteração das condições de escoa- , adequado planeamento e definição dos
mento das linhas de água como resultado locais de estaleiro, tendo em vista,

I
11.1
lfJ

fl1
' '.
te
,

IJ
IJ
~ nomeadamente, a sua implantação fora de gurar a circulação da fauna (passagens
ecológicas).
IJ leitos e margens de linhas de água, de
zonas de risco de cheia, de áreas de recarga
de aquíferos, etc.;
P adequada programaçãodos trabalhos 1.~.,?..:'.,A?R.ectq~_.,gE!!?is
IJ de terrap/enagem tendo em atenção a .._ __ ,
'..

gELê.0.p'!qr~?c.~o , .. h'_
,

-, . ~

época do ano em que se realizam e a


susceptibilidade das formações em ter- Na fase de exploração entende-se
IJ mos de erodibilidade,estabelecendo-se imprescindível a existência de um conjun-
um plano de controlo da erosão e sedi- to de procedimentos,medidas, acções
mentação; e práticas, estabelecidos, ideal mente, sob
~ P execução de acessos transversalmen-
te às linhas de água (e não ao longodas
a formade documentosescritos que con-
figurem planos de intervenção em
margens) de modo a criarem-se «áreas condições normais (acções de manu-
~ tampão» ao longodestas;
, utilização,como acessos às obras e
tenção de natureza sistemática e peque-
nas intervenções de reparação) e planos
na proximidadedas linhas de água, de de intervenção em con.dições acidentais
~ caminhosjá existentes, sempre que pos-
sível;
(acções de emergência, associadas,
essencialmente, a acidentes na via, com
, dimensão dos acessos de formacon- derramede substânciasinflamáveis,tóxi.

IJ finada, que no caso de serem intercepta-


dos por linhasde água, deverão ser esta-
cas e perigosas). '

Os planos de.,inter:venção, em condições ,


\
belecidas por adequadas passagens normais, têm como objectivo contribuir
hidráulicas;
~ , realizaçãodas obras de desvio das li-
para que as infraestruturas de drenagem
se mantenham em boas condições de
nhas de água (incluindo diques e funcionamento ao longo da sua vida útil.
ensecadeiras) planeadas e executadas ,,". ...
Esta é-uma fase extremamente impor-
~ com base na análise das condições tante, cuja atenção não deve ser mini-
específicas locais; mizada. Com efeito, a existência de pro-
, circulação de veículos pesados e de gramas de manutenção, incluindo
~ maquinaria condicionada nas margens e nomeadamente operações de limpeza
leitos de cheia por forma a evitar-se a , periódica dos dispositivos e estruturas de
compactação dos solos e a afectação da drenagem longitudinal e transversal, muito
~ taxa de infiltração e recarga de aquíferos; contribui para assegurar condições ade-
, recolha e transporte dos efluentes do quadas de segurança, de operacionali-
estaleiro a destino final adequado, ante~ dade e de durabilidade. As acções de
11
-- do seu lançamento directo nas linhas de inspecção. vigilância e limpeza, incluindo,
água; entre outras, remoção de detritos e sedi-
,
"

recolha e transporte a destino final mentos, restabelecimento de valetas e


adequado, no final fim da obra, de todos canais, restabelecimento de coberturas
os materiais e resíduos de construção; vegetais, devem ser intensificadas na
, em situações de habítats a preservar sequência de precipitações mais intensas
os emboquilhamentoS'. a dimensão e a ou prolongadas.
geometria das passagens hidráulicas de- Os planos de intervenção em condições
verão se~ concebidos por forma a asse- acidentais (planos de emergência) têm \
...
\
'ii.
\
.' I;,

\
,
---

como objectivo actuar com rapidez e


eficácia, procurando confinar a área-
-problema, por forma a minimizar os
impactes negativos ao nível da segurança
de pessoas envolvidas e da contaminação
do meio envolvente. A definição prévia da
sequência de procedimentos opera-
cionais, para um conjunto de cenários de
ocorrências possíveis, passa pelo co-
nhecimento, à priori, de determinado tipo
de dados tais como: circuitos privilegia-
dos de transporte de substâncias
perigosas; localização de indústrias
poluentes; localização de captações de
água; cartas de vulnerabilidade de
aquíferos; registos de acidentes já ocor-
ridos; sistemas de drenagem; tempos de
percurso prováveis de poluentes na rede
de drenagem; localização de laboratórios
de análises de água; etc.

As entidades gestoras deverão dispor de


programas de manutenção e de ex-
ploração em condições normais e de pro- I
'li gramas de emergência para fazer face a
ocorrências excepcionais. Deverão igual-
mente dispor de recursos humanos com
I
formação conveniente, a diversos níveis,
e de meios operacionais e logísticos ade-
quadamente dimensionadcs.
I

....
-. I
--,
..-
I

I
I

flneHOI. Termino~o9ia{*)
I
Águapluvial:água proveniente da precipi- por de água permanente, isto é, mesmo
tação atmosférica. após períodos secos de longa duração.
I
Águasubterrânea:águaque é retida no seio Baciade retençãoseca: Bacia de retenção
de uma formação subterrânea e que pode caracterizada por permanecer com água
geralmente ser utilizada como origem apenas num período relativamente curto I
para diversos usos. que se sucede à chuvada {duração máxi-
ma da ordem de algumas horas ou dias).
Águasuperficial:água, que se encontra à I
superfície do solo, com ou sem movimento. Biótopo:território ocupado por uma comu-
nidade animal ou vegetal.
Alturacritica:altura do escoamento corres- I
pondente ao regime crítico, isto é, regime By-pass:conduta ou canal que permite
em que a velocidade de escoamento é derivar o caudal e, consequentemente,
igual à velocidade de pequenas pertur- colocar fora de serviço um dispositivo de I
bações. tratamento, uma estrutura de retenção ou
um colector.
Altura uniforme: altura do escoamento
I
correspondente ao regime uniforme, isto taleira/sumidourocomrasgoi:ontinuooui:om
é, regime em que a altura e a velocidade grelhametálica:Dispositivo constituído por
de escoamento permaner em constantes. uma caleira de secção circular com um
rasgo contínuo superior, ou de secção semi-
Aquifero:massa de água no seio de uma circular com grelha contínua. É instalado.
formação subterrânea. normalmente no separado r central quan-
do este é executado com guarda rígida de
Bacia de infiltração:Caso particular de betão.
bacia de retenção seca ou de bacia de
decantação caracterizada pelo facto da Carênciabioquimicade oxigénioICOOSI:con-
descarga ou esvaziamento se processar, sumo de oxigénio resultante da degra-
em geral, apenas por infiltração no solo. dação da matéria orgânica presente na
sem complemento de dispositivos de massa líquida durante 5 dias e a 20°C.
i~ drenagem para jusante.
Carênciaquimicade oxigénio!t001:consumo
Baciade ret2nção:Estrutura de armazena- de oxigénio utilizado na oxidação química
mento que se destina a regularizar os da matéria presente na massa líquida.
caudais pluviais afluentes, possibilitando
a restituição a jusante de caudais com- f;arga poluente:quantidade de poluente
patíveis com um limite previamente fixado afluente a um dispositivo de tratamento
ou imposto pela capacidade de vazão do ou rejeitado no meio receptor num deter-
meio receptor, seja ele um colector exis- minado intervalo de tempo. I
tente ou a construir, uma linha de água ou
um safo. Caudalde projecto:valor do caudal tido em
consideração para o dimensionamento de I
Bacia de retenção com água permanente: um determinado dispositivo ou infra-estru-
Bacia de retenção caracterizada por dis- tura de drenagem.
I
(") Os termos constantes deste Anexo tem como objectivo principal facilitar a compreensão e aplicação do presente Manual evi-
tando equívocos. por um lado. e dando a conhecer alguma terminologia de aplicação mais recente em drenagem de vias de
comunicação. designadamente no que respeita os aspectos de natureza qualitativa ou de controlo da poluição.
I
u
u
Coeficientede escoamento:Razão entre a mento de níveis freáticos detectados na
plataforma a cotas próximas do leito do
u precipitação útil (ou seja, a precipitação
que dá origem a escoamento superficial) pavimento. evitando assim que altera-
e a precipitação total ocorrida na bacia de ções do estado hídrico dos solos de fun-
drenagem. dação do pavimento venham reduzir a
sua capacidade de suporte. Podem ser
CurvasIntensidade-Duraçáo-Frequência
li-O-FI: executados tendo por base uma vala
Curvas de variação da intensidade de preenchida com material drenante envol-
precipitação. em função da duração. para vido em geotêxtil. dispondo de um colec-
diversos períodos de retorno ou probabi- tor em betão perfurado ou equivalente.
lidades de ocorrência!. em PVC.

Drenagemsubterrânea:processo de inter- Drenotransversal:Dreno executado sob o


cepção e desvio das águas subterrâneas leito do pavimento. implantado normal-
n susceptíveis de afectar o bom desempe- mente com viés relativamente ao eixo.
nho de qualquer elemento da infra-estru- Tem como objectivo a evacuação para os
tura rodoviária. drenos longitudinais de águas que afluem
pontualmente na plataforma. São execu-
Drenagemsuperficial:processo de recolha. tados normalmente nas zonas de tran-
intercepção e de transporte da água sição de escavação para aterro.
superficial para fora da estrada.
Ecossistema:
unidade funcional constituída
Dreno:Dispositivo longitudinal (canal ou por um ou mais conjuntos de espécies
colector perfurado) destinado a transportar vivas e do seu ambiente envolvente.
água excedentária. de origem superfidal
ou subterrânea. Écrandrenanteem elementospré-fabricados:
Dreno longitudinal constituído no essencial
Drenode intercepçáo:Dreno cujo principal por dois panos de geotêxtil envolvendo
objectivo é garantir a drenagem interna uma armadura de plástico rígido. formando

I dos pavimentos e a intercepção de even-


tuais águas subterrâneas detectadas nos
este conjunto a chamada alma drenante.
que pode dispor de um colector associa-
maciços escavados. Pretende-se. assim. do. Estes drenos são normalmente colo-

I evitar que alterações do estado hídrico


dos solos de fundação do pavimento ve-
cados no limite do pavimento de modo a
permitir a captação de águas de infil-
nham reduzir a sua capacidade de tração provenientes da estrutura do

I suporte. Não havendo a presença de


níveis freáticos a cotas próximas do pavi-
mento. é corrente executarem-se estes
pavimento. da sua fundação ou da berma
(ver desenhos tipo 021 do Anexo 2).

drenos com uma camada impermeável Écrandrenanteem materialgranularenvolvido


II I em betão para regularização do fundo da em geotêxtil:Dreno longitudinal com fun-
I. vala e assentamento do colector. ções idênticas ao écran drenante em ele-
mentos pré-fabricados. A sua execução é
I Drenode rebaixamentode niveis freáticos: feita "in situ" com equipamento próprio
Dreno construído sob valeta revestida. que faz de um modo contínuo a abertura
que têm como objectivo principal o rebaixa- da vala. o seu revestímento com geotêxtil
I

I
j
.;

e o preenchimento com material útil uniformemente distribuída por toda a


drenante. Podem também dispor de bacia de drenagem por um intervalo de
colector. tempo de duração t.

~scoamento com .controlo de jusante: Isócrona:Linha que une os pontos de uma


escoamento em regime lento, com as bacia de drenagem a que corresponde o
características hidráulicas controladas mesmo tempo de concentração até à
por singularidadea jusante. secção final da bacia.

~scoamento .com controlo de montante: Nívelfrsático: nível de água de uma massa


escoamento em regime rápido, com as de água subterrânea, sob a qual os solos
características hidráulicas controladas não impermeáveis se encontram satura-
por singularidade a montante. dos.

fscoamento em regime lento: escoamento Periodo de Retomo: Intervalo de tempo que


em que a velocidade é inferior à veloci- decorre, em média. para que um determi-
dade das pequenasperturbações. nado evento (precipitação ou caudal) seja
igualado ou excedido. Diz-se que o perío-
Escoamento em regime rápido: escoamento do de retorno de um caudal é T quando o
em que a velocidade é superior à veloci- valor desse caudal é igualado ou excedi-
dade das pequenas perturbações. do, em média, uma vez,em cada interva-
(o de tempo T. Por exemplo, o caudal de
escoamento que
-Escoamento subsuperficial: período de retomo de 10 anos é aquele que
se verifica na camada sub-superficial do é atingido ou excedido, pelo menos uma
solo, na zona não saturada, e com movi- vez, em cada dez anos.
mento sensivelmente paralelo à superfí-
cie do terreno. Poluição:degradação natural ou provoca-
da por acção do homem.das característi-
Escoamento subterrâneo: escoamento da cas e aptidão da água para determinado
água contida na zona saturada do solo. uso.

Escoamento superficial: escoamentoque se Poluição de natureza acidental:, Poluição


verifica acima da superfície do terreno. originada por ocorrências acidentais (ex.
derrame de substâncias tóxicas ou
Escoamento superficial: escoamento que se perigosas). O risco de poluição de
verifica acima da superfície do terreno. natureza acidental em infra-estruturas
rodoviárias está associado primordial-
FIltração: processo através do qual se mente à ocorrência de acidentes com
promove a retenção das partículas em veículos ou camiões cisterna transportan-
suspensão mais finas contidas numa do combustíveis (gasolina, gasóleo. fuel).
água. produtos químicos diversos ou outras
matérias perigosas (tóxicas, inflamáveis
Hidragrama unitário Ide duração tI: hidrogra- ou corrosivas).
ma de escoamento superficial resultante
" da queda de uma unidade de precipitação Poluição de natureza permanente: Poluição
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superfícies impermeabi!izaáas:'. " tubagem.que est~belece a JJgaçao aos ____------
1 '''-.<~~~.,.'. colectores. A entrada ,(je-/agua é__feita-
1
. ~ Raio hidráulico: Quociente entre-~~ área através de uma grelha metáf~ca--Súperior

IJ
,
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molhada e o perímetromolhado.~~'::,-','

Recarga de aquifero:processo de alimen-:"~-:;'~Jrat~-_s~~._de dispositivos de 'recol~a.dâs _


\ no caso do~ sumidouros,oU'através'dê
""':':;;';:?f:\à::.~~m rél~go .Iater~( no ca~o das/sá~jetas;.--~~ --- _
tação, natural ou artificial, da massa de águas'.siJpe.rfiGi,ais
escorridas na superfí-,//____----
n adOS junto'á.///-
água de uma aquífero. cie d~'.Pàyi~~. .to_;;.: ~~.stal
LJ lancis ou sepaiado_r~~.~I~vaC!o~.
"-.::..~>.~.'-""""'~-"...~ ~
. . .
. .. .

.
.
Sedimentação:processo de deposição, por . ~ ::'~~;'';':::::::::'~--':;:~~~:: '

acção da gravidade, de matérias em sus- Tempode concentração:'Tà;np§-~~~~~~~ '~;,::.:::.>

LJ pensão na água. mento ou tempo de percurso-dà-'p~icul~~'::.:___


""""'...,",.., ', ~"" ::
.

::-.:.:.:..-...

. de água precipitada, desde o ;;;P0!1to.:::::~~~'?::::-:?S:2~._ .


~~~%~~,_.
lJ --.; Sistema de .dr~nagemlongi~dinal: E_o Si~-
tema constitUido pelo cO:1Juntode dISpOSI- drenagem, ate a secçao em causa.
tivos de drenagem superficial (inCIUindo"";'-~.:~~~:::::::::-:.::
hidráulicamen.t~ mais ~emoto da bacia dE(;~:%~~
~..~.~-;~~~:::~ .

. nomeadamente valetas e valas, sarjetas Tempode retenção: tempo de permanência ~~~<S:~~~~~~~


"''-~~'''''~~
J
.

r e sumidouros,colectorescom rasgocon- de uma massa de água numa bacia de ~">~~ .

tínuo e caleiras com grelha e ainda retenção. O tempo de retenção é função ~~':<~
dispositivosde drenagemde taludes)que do caudal afluenteou de entrada,do cau- "(~~~S~
tem como objectivo principal evitar qual- dai efluente ou de saída e do volume ".~~?:~
IJ quer acumulação inconveniente de água (capacidade de armazenamento) e '''::::'~
ao nível da plataforma. geometria da estruturade retenção. ".

Sistema de drenagem transversal: É o sis- Turbidez: redução da transparência de


tema constituído pelas passagens uma massa de água por acção da pre-
hidráulicas, do tipo aquedutos ou obras sença de matérias não dissolvidas.
de arte, com o objectivo de assegurar o
escoamento natural nos cursos de água Valas de crista de talude: Canais de secção
atravessados pela obra rodoviária. Do triangular, trapezoidal ou semi-circular,
.J sistema de drenagem transversal fazem que podem ser não revestidos ou revesti-
ainda parte os colectores transversais, e dos em betão. São instaladas no topo dos
os dispositivos de recolha ligação e taludes de escavação com o objectivo de
derivação, indispensáveis à ligação entre interceptar as águas de superfície prove-
os diversos elementos do sistema de nientes dos terrenos adjacentes, que
drenagem !ongitudinal, fazenda a recolha escorrerriam sobre o talude com os conse-
e condução adequada aos pontos de quentes riscos de erosão deste.
descarga final.
Valasde pé de talude: Canais, normalmente
Sólidosem Suspensão IS511:quantidade de de secção trapezoidal, que podem ser
matérias em suspensão. não revestidos, ou dispor de revestimento
em betão, enrocamento, ou enrocamento
argamassado. Utilizada também a secção como objectivo evitar que o escoamento
semi-circular com revestimento em betão. das águas caídas na plataforma se faça
São instaladas na base dos taludes de sobre os taludes de aterro, provocandoa
aterro e têm como objectivo evitar que as sua erosão.
águas provenientes da plataforma e dos
taludes de aterro sejam escoadas sobre Valetasde plataformaem separador. canais
os terrenos confinantes. Têm igualmente de secção triangular com revestimento
por objectivo evitar que as águas superfi- em betão. São instalados no separado r
ciais escoadas sobre o terreno natural, central. Tendo em atenção as condições
quando a inclinação deste as conduza na específicas locais - dimensões e tipo de
direcção do talude, possam provocar a separado r, sobreelevação das faixas de
erosão do fundo de talude e a sua canse- rodagem - podem estar localizados no
quente instabilização. limite da faixa de rodagem ou no meio do
separador. Têm como finalidade a recolha
Valetasde banqueta:Canais, normalmente das águas superficiais caídas no sepa-
de secção triangular, não revestidos ou rador central,ou para esta zonadrenadas
revestidos em betão, admitindo-se, quan- devido à sobreelevação das faixas de
do revestidos, para além da secção trian- rodagem.
gular, mais .corrente, a sua execução com
secção trapezoidal ou semi-circular. São Valetas de plataforma lateral: canais de
instaladas na intersecção da banqueta secção triangular, trapezoidal ou semi-cir-
com o talude de escavação que fica sobre cular, não revestidos ou com revestimen-
ela, tendo como objectivo a recolha das to em betão. São instalados entre as
águas escorridas no talude e as caídas bermas e os taludes de escavação e têm
sobre a própria banqueta. como finalidade a recolha das águas
superficiais caídas sobre a plataforma e
Valetas de bordadurade aterro: Canais, taludes de escavação.
normalmente de secção semi-circular,
com revestimento em betão. São instala-
das na bordadura da plataforma em zonas
de aterro, no limite da berma, fazendo-se
depois a concordância com o talude de
aterro. Com este tipo de valetas tem-se
como objectivo evitar que o escoamento
das águas caídas na plataforma se faça
sobre os taludes de aterro, provocando a
sua erosão.

Valetas de bordadurade aterro: Canais,


normalmente de secção semi-circular,
com revestimento em betão. São instala-
das na bordadura da plataforma em zonas
de aterro, no limite da berma, fazendo-se
depois a concordância com o talude de
aterro. Com este tipo de valetas tem-se

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