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Economia na ponta do lápis

Nossa lição de casa

Rodolfo Manfredini (rodolfo.manfredini@gsmd.com.br), economista-


chefe da GS&MD – Gouvêa de Souza

Os agentes econômicos têm discutido muito a respeito da


competitividade da economia brasileira frente aos novos tempos da economia
mundial. Há uma preocupação muito evidente a respeito da desindustrialização
e perda de mercado para os países asiáticos, especialmente para a China.
Primeiramente, é importante lembrar que desde o fim do comunismo, no
fim da década de 1980, o mundo observou a abertura de mercados até então
dominados pela antiga União Soviética e China. Uma imensa massa de
trabalhadores, consumidores e produtos entrou na esfera do capitalismo
mundial após décadas de ostracismo.
Nesse contexto, desde a década de 90, o custo de mão-de-obra em todo
o planeta foi extremamente pressionado pela entrada dos trabalhadores
baratos dos países do antigo “segundo mundo”. Obviamente, grande parte
desse capital humano é de baixa qualificação, porém havia um grande
contingente de profissionais ociosos qualificados (especialmente no leste
europeu), resultado do espólio da Cortina de Ferro.
Para ser uma idéia do impacto, a oferta global de mão-de-obra dobrou
desde o inicio da década de 1990. O primeiro movimento dessa concorrência
feroz foi a terceirização dos serviços (outsourcing) e a transferência da
produção para o exterior (offshoring).
Os efeitos foram fortemente sentidos nos países industrializados,
primeiramente na Alemanha unificada e, depois de alguns anos, em todo o
mundo. Portanto, enquanto for mais barato produzir no “Novo Mundo
Liberalizado”, os seus salários e custos intrínsecos serão mais competitivos
que em outras partes do mundo.
Em 2010, pela primeira vez, a China formou mais Ph.Ds em ciências e
engenharia do que os Estados Unidos. Isso é um claro sinal de que as
atividades de Pesquisa & Desenvolvimento devem também seguir o caminho
das atividades industriais.
Em meio a esse cenário, até o momento a Brasil tem se beneficiado
desta liberalização e do crescimento da Índia e principalmente, da China. A
demanda por matérias-primas e alimentos tem dinamizado a economia
nacional, porém, ao mesmo tempo, incita o renascimento da “doença
holandesa”. Ao mesmo tempo, a concorrência da China tem atingido diversos
setores de nossa economia, principalmente os de capital humano intensivo.
A necessidade de ganho de produtividade no Brasil é refletida no
Ranking de Competitividade Mundial divulgado na semana passada pelo
International Institute for Management Development (IMD). O Brasil está na 44ª
posição em competitividade entre as 59 economias mais importantes do globo.
As deficiências apresentadas pela economia brasileira apontadas pelo
ranking não são segredo para ninguém: infraestrutura básica insuficiente (55ª
posição), educação de pouca qualidade (56ª) e baixa eficiência do governo
(55ª). De todos os 59 países analisados pelo estudo, o Brasil é o que apresenta
a maior diferença de competitividade entre o setor público e o privado (29ª).
Desta forma, esse é o momento ideal para aplicarmos as medidas
necessárias, principalmente na esfera pública, pois os cenários político,
econômico, social e internacional são favoráveis. Como todos sabem, após a
bonança sempre vem a tempestade...

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