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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 28. O esporte é uma construção humana, cuja


origem residiu na necessidade de brincar e de
se expressar através dos movimentos, em con-
26. Caparroz (1997), observa que na década de fraternização coletiva. No entanto, o esporte foi
1980, os autores Medina, Ghiraldelli Jr. e assumindo valores e características da socieda-
de capitalista e, atualmente, observa-se no es-
Castellani classificaram a Educação Física es-
porte de alto rendimento a transformação dos atle-
colar em diversas concepções. Entretanto, dife- tas em objetos, com funções de produtividade e
rentemente das nomenclaturas utilizadas por eficácia. Nesse sentido, Gonçalves (1994) faz a
seguinte análise das principais conseqüências
estes autores nas suas concepções, todas as
do esporte de alto nível:
tendências de Educação Física caracterizadas A) Valoriza o corpo no aspecto estético e des-
por eles eram pautadas em teorias respeita o homem ao extrapolar os seus limites
naturais, com o risco de prejuízos futuros à sua
transformadoras da educação, principalmente nas
saúde.
propostas denominadas de pedagogia: B) Relaciona a saúde corporal à saúde mental, cons-
A) transformadora e crítica truindo um novo homem consciente de suas capa-
B) libertadora e histórico-crítica cidades intelectuais, críticas e transformadoras.
C) Empreende uma nova visão de realidade em
C) revolucionária e transformadora que os atletas passam a compreender a impor-
D) histórico-social e crítica tância de se adequar à sociedade.
E) crítico-popular e sociointerativa D) Dimensiona a questão da estética e da mídia,
proporcionando um conhecimento profundo da
sociedade, e valoriza as formas cooperativas de
27. Darido (2003) observa que, historicamente, a convivência esportiva.
avaliação em Educação Física na escola pauta- E) Revoluciona as formas de relações sociais,
transformando os atletas em seres totais e com-
va-se em objetivos pouco educacionais, utilizan- plexos, com aspirações à liberdade e à
do modelos de medidas quantitativas, como por criatividade.
exemplo o uso de testes de capacidades físi- 29. Para se construir a prática cotidiana escolar
de ensino aberto, é necessário que os que se-
cas, comparando o desempenho motor dos alu-
guem a Concepção Aberta construam situações
nos em relação a um padrão preestabelecido. de ensino, exercícios e aplicações que promo-
De acordo com a análise da autora, um tipo de vam transformações na formatação das aulas.
Para isso, torna-se necessário que:
avaliação com essa concepção é a análise por
A) o professor possa tomar decisões autônomas
intermédio : e construa situações de ensino hierárquicas
A) da montagem em grupo de uma atividade B) os alunos promovam a construção do plane-
jamento e decidam todas as situações de ensi-
temática motora
no
B) da criação de uma ficha de avaliação em gru- C) os alunos tenham possibilidades de decidi-
po rem juntos e o professor transforme-se em um
organizador das situações de ensino
C) da observação do desempenho motor indivi-
D) os professores e os alunos dividam tarefas do
dual, de acordo com as suas capacidades e li- cotidiano e que não haja mais diferenciação en-
mitações tre o papel de um e do outro
E) toda a escola participe da escolha dos con-
D) do desempenho do aluno no teste de Cooper
teúdos e objetivos da Educação Física em todo
E) da capacidade de se auto-avaliar o sistema de ensino

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30. Souza (in Votre, 1993) considera a avaliação 33. Resende (in Darido, 2003) propõe que a avali-
qualitativa equivalente à avaliação participante, ou
seja, é um processo que envolve toda a estrutura ação tradicional seja superada, pois a avaliação
escolar e não somente a dualidade entre professor deve deixar de ser classificatória e passar a se
e aluno. Entretanto, para que esse processo se re- preocupar com a identificação e compreensão do
alize é necessário que a escola possua uma convi-
vência criativa com a comunidade e que heja tam- nível de aprendizagem dos alunos. Esse modelo
bém: proposto pelo autor denomina-se avaliação:
A) contribuição ativa do currículo e determina-
A) somativa
ção clara dos conteúdos
B) espaços democráticos de lazer e decisões B) analítica
pedagógicas em conjunto C) diagnóstica
C) organização de eventos esportivos e culturais
D) participação ativa dos professores de Educa- D) sintética
ção Física no conselho de classe e provas pa- E) transformadora
dronizadas.
E) ação formativa dos professores e convivência
participativa dos alunos 34. Estudos de Lira e Faria Jr. (1999) revelam
que grande parte das crianças que iniciam muito
31. Marinho (2005) observa a questão social da
cedo o desporto competitivo posteriormente de-
“crença na igualdade”, que acredita na naturali-
zação das coisas, como se não houvesse monstram apatia e até aversão por sua prática.
intencionalidades e as questões sociais não so- Os autores observam que esta síndrome rara-
fressem influências políticas das classes domi-
nantes. Essa análise do autor identifica, na Edu- mente se manifesta pelo desgaste prematuro
cação Física escolar, os efeitos dessa crença, corporal e sim pelo desgaste psicológico. Esta
por intermédio dos: síndrome é denominada:
A) instrumentos metodológicos, que valorizam
as experiências motoras e culturais dos alunos A) saturação psicológica
B) jogos populares, que induzem os alunos a B) aversão desportiva
um tipo único de cultura e de valor social
C) desqualificação esportiva
C) conteúdos tradicionais que direcionam os alu-
nos ao confronto corporal e ao conflito de idéias. D) saturação desportiva.
D) planejamentos de Educação Física com base E) exacerbação motora.
na participação da comunidade escolar, pois obri-
gam os alunos a seguirem as regras da localida-
de 35. Oliveira (in Faria jr, 1999) tece críticas às te-
E) mecanismos que administram o esporte de orias da aprendizagem motora, que têm assumi-
alto nível, que tendem a se reproduzir na forma-
ção esportiva das crianças em idade escolar do um caráter não-histórico, neutro e universal.
Segundo o autor, é imprescindível pensar a apren-
32. Farinatti e Monteiro (in Faria jr, 1999)
dizagem não como um fenômeno que se mani-
enfatizam a necessidade de motivar as crianças
para a prática do exercício físico. O treinamento festa isoladamente no domínio motor, mas tam-
de crianças em fase de crescimento pode ser bém nos aspectos:
benéfico, se aplicado adequadamente, por inter-
A) afetivo e cognitivo
médio de exercícios:
A) aeróbios de média intensidade B) social e cultural
B) anaeróbios de baixa intensidade C) dos jogos e brincadeiras
C) aeróbios de baixa intensidade
D) anaeróbios de média intensidade D) político e econômico
E) aeróbios de alta intensidade E) lúdico e psicomotor

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36. De acordo com Gonçalves (1994), a Educa- 39. Os diálogos em aula são um elemento es-
ção Física tem servido à sociedade como um
sencial do ensino aberto. Esse componente
veículo de transmissão ideológica do sistema
dominante, impondo a produtividade como obje- cognitivo possibilita a construção importante de
tivo prioritário. A autora faz essa afirmativa base- saberes e conhecimentos em grupo e a promo-
ada nas seguintes ações da Educação Física ção da relação professor-aluno. Esses diálogos
no cotidiano escolar:
A) a valorização excessiva do rendimento e o tratam de:
privilégio aos alunos que possuem melhor apti- A) entender as regras que deverão ser obedeci-
dão desportiva, incentivando a formação de eli- das pelos alunos e as diretrizes do planejamen-
tes nas turmas
to da Educação Física
B) a ação crítica da utilização do corpo através
da mídia, sobre a padronização corporal e a con- B) aprender os movimentos mecânicos dos es-
seqüente comparação no processo de avaliação portes e das estratégias e métodos da Educa-
C) o descaso com o planejamento participativo, ele- ção Física
gendo os seus próprios conteúdos e metodologias,
sem a participação dos alunos C) refletir sobre causas esportivas abrangentes,
D) a organização de jogos escolares, com objetivo solucionar problemas e conflitos e compreender
de integração entre as séries e de descaracterização os conteúdos de Educação Física
de equipes por turmas
D) considerar os limites e possibilidades do gru-
E) a criação de medidas de avaliação de acordo
com as individualidades de cada aluno, a sua cultu- po escolar e dos objetivos que deverão cumprir
ra adquirida e suas experiências motoras anteriores como meta pedagógica na Educação Física
E) adequar o grupo às normas e regras
37. De acordo com o Coletivo de Autores (1992),
na Educação Física escolar tem prevalecido a estabelecidas e conscientizar os alunos do pa-
orientação do sistema esportivo. Esse viés pel social da Educação Física
condiciona a prática pedagógica, promovendo um
significado, uma finalidade, um conteúdo e uma
40. A Abordagem Desenvolvimentista possui
forma que são, respectivamente:
A) burocrático, de comparação, de cunho social como principal objetivo oferecer experiências de
e testes psicomotores movimento adequadas ao nível de crescimento e
B) mecanicista, de seleção, de origem lúdica e desenvolvimento que os alunos vão adquirindo.
testes cognitivos
C) democrático, de sociabilização, originalmen- No entanto, Darido (2003) observa a seguinte sig-
te crítico e de testes simbólicos nificativa limitação nesta abordagem:
D) desenvolvimentista, de hierarquização, de cu- A) dá pouca importância à influência do contex-
nho participativo e testes de coordenação motora
to sóciocultural que está por trás da aquisição
E) meritocrático, de seleção, originariamente es-
portivo e testes esportivo-motores das habilidades motoras
B) secundariza os jogos com características
38. Para Freire (1997), atividades simples, como competitivas
pular corda, proporcionam elementos importantes
para o processo de avaliação. Nessa atividade, o C) limita-se a um conjunto de atividades de cu-
professor pode observar, por exemplo, a indecisão nho psicomotor
de quem vai pular a corda, o aluno que não respei- D) apresenta exacerbada influência sociomotora,
ta a fila, os que cansam rapidamente, o nível de
criando limitações à utilização de alguns exercí-
coordenação motora. Nesse exemplo, observam-
se expressões motoras que dizem respeito à: cios motores classificados como competitivos
A) cognição, sociabilização e transdisciplinaridade E) tem insuficiente aplicação no cotidiano esco-
B) motricidade, meritocracia e adequação lar porque são poucas as aulas de Educação
C) competitividade, sociabilidade e hierarquização
D) afetividade, motricidade, sociabilidade e cognição Física e, conseqüentemente, há limitação na
E) sociabilidade e disciplina captação de resultados esportivos

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41. A tendência denominada Clássica (Souza, in 44. Segundo os PCNs (1997), a Educação Físi-
Votre, 1993) pode ser também analisada como
tradicional, com o profissional envolvido no pro- ca foi influenciada por tendências que tinham por
cesso de avaliação compreendendo as questões sustentação o momento que o país atravessava.
motoras dissociadas de todo o contexto pesso-
al e social do aluno. Nesse sentido, os princi- Quando a Educação Física assumiu um discur-
pais objetos de avaliação nessa tendência são: so voltado para a saúde, ela foi denominada:
A) os aspectos lúdicos, as experiências corpo-
A) Educação Física Militarista
rais e os conhecimentos de regras
B) as valências físicas, os conhecimentos de re- B) Educação Física Higienista
gras e as habilidades desportivas C) Educação Física Medicinal
C) as habilidades desportivas, a performance de
resultados e o auto-conhecimento D) Educação Física Eugenista
D) os conhecimentos de regras, a participação E) Educação Física Médico-Militarista
ativa e o comportamento
E) a criatividade, a obediência às regras e a
sociabilização 45. De acordo com os Parâmetros Curriculares
42. Segundo Farinatti e Monteiro (in Faria Jr, Nacionais – Ensino Médio, a proposta crítico-
1999), a seleção e a administração dos conteú- superadora, apresentada pelo Coletivo de Auto-
dos de atividades físicas devem levar em conta
as condições dos alunos em relação às solicita- res (1992), utiliza o discurso da justiça social
ções exigidas pelas atividades. Essas condições como ponto de apoio. Baseada no marxismo e
envolvem três dimensões, fundamentais para o
êxito do planejamento da aula, que são: no neomarxismo, esta abordagem acredita que:
A) a psicológica, a afetiva e a social A) toda discussão sobre a tendência pedagógi-
B) a física, a psicológica e a social
C) a motora, a política e a comportamental ca mais apropriada, deve considerar as teorias
D) a cognitiva, a comportamental e a motora de aprendizagem que valorizem a aprendizagem
E) a pedagógica, a administrativa e a lúdica
esportiva fundamentada em aspectos técnico-ci-
43. Quando se debateu a construção da Lei de entíficos, para oferecer conhecimentos para a vida
Diretrizes e Bases (LDB 1988-1996), a Educa- e para a sociedade
ção Física ficou ameaçada de simples supres-
são. Para BRACHT (in Caparroz, 2001), essa B) a opção didática a ser considerada deve levar
situação pode ter ocorrido porque: em conta as propostas de programação individu-
A) A crítica esportiva se tornou muito fraca; os
pensadores da Educação entenderam que a Edu- alizada (circuitos), oferecendo, portanto, a todos,
cação Física não mais servia para compor o cur- oportunidade para aprender
rículo das escolas.
B) A Educação Física ensinada na escola não mais C) a pedagogia apropriada para o processo de
produzia pessoas capacitadas para o esporte de ensino e de aprendizagem deve levar em conta a
alto nível e perdeu sua finalidade básica, tendo,
portanto, perdido sua importância como elemen- justiça social e esportiva, oferecendo a todos
to pedagógico. oportunidades iguais na iniciação desportiva
C) Com a superação da ditadura militar, a Educa-
ção Física perdeu o apoio oficial e teve que mobili- D) qualquer consideração sobre a pedagogia
zar suas forças, que negligenciaram a reflexão sobre mais apropriada deve versar não só sobre como
a sua necessidade ou pertinência como elemento
ensinar, mas também sobre como adquirimos os
pedagógico importante no contexto escolar.
D) A Educação Física, como elemento voltado conhecimentos, valorizando a contextualização
para o conhecimento dos alunos e um excelente dos fatos e o resgate histórico
meio de discipliná-los, mereceu uma reflexão
sobre o papel que vem exercendo na escola. E) a pedagogia sócio-filosófica, que propõe o
E) A Educação Física tornou-se, dentro da esco- ensino e a aprendizagem como forma de supe-
la, um problema para a aprendizagem dos alu-
nos, devido à aparente desorganização e do ba- rar o “status quo”, se concretiza, na Educação
rulho que geram as suas atividades. Física, no treinamento desportivo

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46. A concepção de cultura corporal de movimen- 48. Os Parâmetros Curriculares Nacionais – En-
to amplia a contribuição da Educação Física es-
colar para o pleno exercício da cidadania, provo- sino Médio indicam que, no ensino da Educação
cando mudança na área, historicamente voltada Física, as práticas corporais são aquelas que se
para o processo de ensino aprendizagem centrado apresentam na forma de jogos, brincadeiras, gi-
no desempenho físico e técnico, que muitas ve-
zes provoca exclusão. Essa ampliação de con- násticas, lutas, esportes, danças e expressões
tribuição deve-se ao fato de que essa concepção: alternativas. A todo esse conjunto de atividades,
A) é mais centrada na capacidade de inclusão
convencionou-se chamar de:
dos alunos, fazendo com que os talentos esporti-
vos sejam considerados como exemplos para to- A) atividades culturais e metodológicas da esco-
dos os envolvidos no processo de aprendizagem la
B) trata dos aspectos esportivos com mais rigor
e propõe estratégias de ensino que permitem a B) currículo da Educação Física escolar
todos os alunos participarem do treinamento es- C) práticas pedagógicas da Educação Física
portivo desenvolvido na escola
D) atividades físicas corporais
C) desenvolve os conteúdos e as capacidades
como produtos socioculturais, afirmando o direi- E) cultura corporal
to de todos ao acesso e à participação no pro-
cesso de aprendizagem
D) desenvolve as atividades físicas na escola de 49. Para LOVISOLO (1995), foi formulada e de-
acordo com os temas transversais, garantindo que fendida, no Brasil, uma concepção de regras es-
todas as disciplinas trabalhem interdisciplinarmente,
portivas que ele considera teoricamente errada e
detectando talentos
E) é voltada para o incentivo à cidadania através socialmente negativa, tendo em vista que essa
do ensino das normas de conduta e das regras concepção tem o seguinte pressuposto:
esportivas, como forma de observância dos di-
reitos e deveres de cada cidadão A) Todas as regras existentes na sociedade são
funcionais para a reprodução da ordem social vi-
47. Ao considerar que o processo de ensino-apren- gente e as regras esportivas compartilham des-
dizagem envolve aspectos do conhecimento, habi-
lidades e atitudes do homem em suas manifesta- sa propriedade desenvolvendo competências ade-
ções, tendo a expressão corporal como linguagem, quadas para a manutenção dessa situação
o Coletivo de Autores propõe como forma de avali-
B) Todas as regras esportivas são ensinamentos
ação desse processo, pela Educação Física:
A) observação, análise e conceituação de ele- para as regras sociais e, portanto, levam à ma-
mentos que compõem a totalidade humana e que nutenção do “status quo” existente na socieda-
se expressam no desenvolvimento de atividades
B) provas práticas e teóricas para verificar o grau de
de conhecimento dos esportes mais praticados C) As regras sociais e, por extensão, as regras
no Brasil
esportivas, tendem a reproduzir o que existe na
C) execução e explicação, pelos alunos, dos
exercícios trabalhados em aula, para que pos- sociedade. Assim, essas regras devem estar vol-
sam aplicá-los no seu cotidiano social tadas para cooperação e “fair play”
D) atividades que exijam dos alunos condutas
atitudinais que demonstrem não só o conheci- D) Toda e qualquer regra é reprodutiva, constitu-
mento teórico-prático dos conteúdos esportivos, indo uma inadequação no sistema escolar, de-
mas também os valores que são aprendidos nas vendo ser combatida pelos professores
aulas de iniciação ao desporto
E) utilização de jogos e esportes, por serem ele- E) As regras esportivas, pressupondo ordem e
mentos da cultura corporal e constituírem, na limites, devem preocupar o professor fora da sua
competição, um excelente instrumento para ava-
ação escolar, pois na escola deve -se incentivar
liar o conhecimento, a habilidade e as atitudes
dos alunos a cooperação e a liberdade entre os alunos

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50. CAPARROZ (2001) explicita que parte da pro- 52. Quando FREIRE (1989) abre uma discussão
dução teórica elaborada nos anos 1980 e 1990, sobre afetividade, destaca o quase temor dos pro-
apontam uma série de proposições pedagógicas fessores de Educação Física nesse campo, e
que procuram estabelecer princípios que orien- afirma que “a afetividade do professor é colocada
em evidência, mais do nunca, quando da reali-
tem os professores de Educação Física para:
zação de atividades de Educação Física”, pois:
A) manterem a atividade física desenvolvida nas A) lidar com corpos em movimento não é o mes-
escolas comprometida com a iniciação esporti- mo que fazê-lo quando são obrigados a perma-
va, visando à descoberta e à formação de novos necer imóveis, pois corpos em movimento ten-
talentos esportivos dem a subtrair a autoridade do professor, provo-
B) desenvolverem nas aulas uma prática que per- cando a utilização de um arsenal de medidas
mita o engrandecimento da Educação Física pe- disciplinares nas aulas
rante as demais disciplinas da escola B) toda essa questão é subjetiva, decorrendo daí
C) aproximarem a teoria da prática, diminuindo a o temor. O bom professor deve ter uma base ci-
entífica concreta para se fundamentar
dicotomia corpo e mente, oferecendo à Educa-
C) nas aulas de Educação Física, cada aluno é
ção Física escolar condições de iniciação
um indivíduo. O professor que não souber distin-
desportiva com bases mais científicas guir qual a posição sócio-esportiva de cada um
D) construirem e desenvolverem uma prática pe- na turma terá dificuldade para evitar que haja dis-
dagógica comprometida com um projeto políti- criminações em sala de aula
co-pedagógico que vise a transformação das re- D) o professor, como elemento afetivo na sala de
lações sociais aula, pode transformar seus alunos através de
E) participarem do projeto político-pedagógico da sua ação pedagógica e de suas atitudes, em
escola, promovendo atividades esportivas como pessoas mais cordatas e menos violentas
E) nas aulas de Educação Física, os corpos em
competições internas, participações em tornei-
movimento geralmente se chocam, provocando
os, jogos, etc., em consonância com os objeti-
atritos pessoais que causam temor a todos os
vos propostos pela LDB/96 e pela escola envolvidos no processo de ensino-aprendizagem,
devido à violência da sociedade atual
51. O Coletivo de Autores (1992) observa que con-
siderar a Educação Física na perspectiva da cul- 53. Para o Coletivo de Autores (1992), o esporte
tura corporal implica em: pode ser aceito como fenômeno social, tema da
A) desenvolver o conhecimento dos esportes, de Cultura Corporal, apesar de subordinar-se aos
forma a aumentar a consciência dos alunos so- códigos e significados que lhe imprime a socie-
bre as possibilidades esportivas dentro da cultu- dade capitalista. Porém, ao lhe atribuírem valo-
res educativos, para justificá-lo no currículo es-
ra de cada sociedade
colar, torna-se necessário:
B) determinar os conteúdos da cultura corporal A) adequar as condições de exigência quanto
conforme a sistemática traçada pelos teóricos ao rendimento, por não haver na escola as mes-
da Educação Física mas condições existentes nos clubes
C) colocar as questões de corpo e da cultura de B) questionar suas normas, suas condições de
maneira distinta e organizada, para poder assi- adaptação à realidade social e cultural da comu-
milar as questões da realidade prática nidade que o pratica, cria e recria
D) possibilitar a ação dos professores em prol C) indagar até que ponto o princípio de sobrepu-
dos alunos em uma realidade específica, para jar o outro deve ser ensinado nas aulas de Edu-
cação Física, de forma a adequar esse conheci-
desenvolver as atividades esportivas dentro da
mento às regras impostas pela sociedade
lógica do treinamento desportivo hegemônico no
D) aprender a utilizá-lo como forma de controle
país social, pela adaptação do praticante aos valores
E) tratar o conhecimento de forma articulada, pos- e normas defendidos pela sociedade capitalista
sibilitando uma nova lógica de pensar do aluno E) proporcionar aos alunos a experimentação do
que permita a constatação, interpretação e ex- caráter competitivo existente no esporte, como
plicação da realidade forma de aprendizagem para a vida na sociedade

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54. Para FREIRE (1989), pouco se sabe a res- 56. Segundo os PCNEM, atualmente espera-se
peito do jogo, do brinquedo ou do desporto em que o professor de Educação Física proporcione
Educação Física. Devido ao seu caráter simbó- condições para que os alunos ampliem suas pos-
lico, representativo da cultura dos povos, é im- sibilidades de conhecimento para além da práti-
portante que o professor tenha conhecimento ca. Com isso pretende-se que o aluno:
dessas questões, tendo em vista que: A) conheça as técnicas esportivas e as habilida-
A) Elas são a base do currículo de Educação des físicas decorrentes da iniciação e do treina-
Física na escola, e seu desconhecimento pode mento desportivo voltadas para a formação geral
provocar a má formação dos alunos. e esportiva do indivíduo
B) Nas aulas de Educação Física, a brincadeira B) entenda a importância da Educação Física para
pode se transformar em dispersão dos alunos sua vida profissional, percebendo as nuances da
em detrimento das atividades importantes do competição esportiva para poder organizar compe-
currículo escolar. É preciso sistematizar as brin- tições e eventos esportivos em sua comunidade e
cadeiras para que possa haver aprendizagem na que, após formado, possa atuar como elemento
sua prática. auxiliar da Educação Física em sua própria escola
C) Os jogos, nesse contexto, são atividades nas C) aprenda as questões de fisiologia e biomecânica
quais o professor de Educação Física não deve do movimento, para que possa aperfeiçoar o gesto
interferir, sob pena de nada transmitir e nada en- esportivo da modalidade que pratica, tornando-se
sinar. um atleta que represente seu país
D) O jogo ou o esporte representam, num con- D) aprenda não somente as habilidades motoras
texto lúdico, as ações individuais e coletivas das específicas de algum esporte, como também a
pessoas e da sociedade organizar-se socialmente para jogar; compreen-
E) Os desportos são importantes aliados dos pro- da as regras como elemento que torna o jogo
fessores de Educação Física, desde que eles possível e respeite o colega como um compa-
possam transmitir a importância das regras es- nheiro e não como um inimigo a ser aniquilado
E) aprenda, nas aulas de Educação Física, não
portivas como elemento sociocultural de cada
somente as habilidades motoras, mas também
povo
as demais disciplinas escolares para que possa
perceber a fundamentação teórica das práticas
55. FARIA JR (1982) declara que a Educação
esportivas executadas
Física é a que mais privilégios tem no que
concerne à possibilidade de estudar o compor-
57. Para BARBOSA (1997), quando nos limita-
tamento do aluno e suas transformações, uma
mos a ministrar apenas aulas “práticas”, estamos
vez que ela não se limita a trabalhar o desenvol-
privando nossos alunos da possibilidade de:
vimento físico, mas também os aspectos do de-
A) desenvolverem sua capacidade de treinamen-
senvolvimento da personalidade. O autor consi-
to esportivo, pois nas aulas não é possível abran-
dera, como um dos instrumentos mais impor-
ger toda gama de atividades de um treino
tantes e mais difundidos para avaliar os alunos
B) aprenderem outras atividades inerentes à Edu-
na disciplina Educação Física:
cação Física e que são “prioritariamente” teóri-
A) os testes de aptidão física e de aspectos
cas, ou seja, só aprendem a prática
valorativos;
C) desenvolverem sua consciência crítica, não
B) as diferentes formas de observação; percebendo, por exemplo, o quanto somos ma-
C) as provas teóricas e práticas, quando os alu- nipulados através do desporto, ou seja, fazendo
nos podem demonstrar que sabem fazer e justi- o jogo do sistema vigente
ficar a ação; D) conhecerem outros conteúdos da Educação
D) as propostas avaliativas realizadas individual Física que não são apropriados para a escola
e coletivamente; E) desenvolverem uma consciência corporal crí-
E) os pré e pós testes realizados pelo professor tica, que remeta à reflexão sobre os movimentos
para comparar os progressos esportivos dos alu- executados, não permitindo o conhecimento to-
nos tal desses movimentos
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58. Por sua posição, o professor exerce grande 60. Ao vincular a Educação Física à cultura cor-
influência sobre os alunos. A forma como os vê poral do movimento, os Parâmetros Curriculares
interfere não só nas relações que estabelece com Nacionais apontaram para a historicidade do mo-
eles, mas também na construção da auto-ima- vimento humano que, na medida em que é pro-
gem de cada estudante. Mesmo que não explicite duzido, torna-se parte do contexto onde é produ-
verbalmente suas posições, sua forma de agir zido e gera cultura, pois é reproduzido pelas ge-
pode conter mensagens que dizem muito. Por- rações futuras. Nesse sentido, o conceito de
tanto, cabe ao professor: cultura aqui adotado é entendido como:
A) enaltecer os alunos com menor habilidade es- A) características de um povo que, percebidas
portiva e abrandar as conquistas dos mais dota- como ideais, devem ser adotadas pelos demais
dos física e tecnicamente, pois a escola é lugar povos num processo de adaptação e reprodução
onde não cabe distinções de alunos por ques- que transforma essas características em cultura
tões étnicas, sexuais, classe social, religião e, daquele povo
principalmente de nível de habilidade dos alunos B) produto da sociedade e processo dinâmico,
B) reprovar a conduta dos alunos menos habili- que vai constituindo e transformando a coletivi-
dosos através de movimentos (gestos) sutis para dade à qual os indivíduos pertencem, anteceden-
que os alunos não se sintam pressionados físi- do-os e transcendendo-os
ca e tecnicamente, perante seus pares, e apro- C) resultado da reprodução de movimentos es-
var as ações dos mais habilidosos de forma cla- portivos e sociais que são veiculados pela mídia
ra, para incentivar e motivar os demais alunos e assimilados pelos sujeitos historicamente si-
C) elogiar a todos os alunos de forma diferenciada, tuados em uma comunidade
para poder incentivar de forma também diferenciada D) soma dos diferentes movimentos esportivos
os alunos mais hábeis, com maior discrição. Assim existentes na sociedade, que é imposta como
agindo, o professor trata a todos sem discriminação atividade física adequada a uma determinada po-
D) valorizar sempre os alunos com maior capaci- pulação e torna-se atividade popular e cultural
dade esportiva, de modo que os demais alunos daquela comunidade
possam ter um referencial e uma motivação para
E) conjunto de atividades corporais que são pro-
a prática desportiva e, com isso, poderem ser va-
duzidas no mundo e contextualizadas na comu-
lorizados e ter sua auto-estima aumentada
nidade, visando à formação de sujeitos aptos e
E) valorizar todos os alunos – independentemente
autônomos para atuar como sujeito histórico e
de etnia, sexo, classe social, religião ou nível de
ordeiro
habilidade –, reprovar as ações preconceituosas
e valorizar a inclusão de todos os alunos

59. Ao tratar dos procedimentos didático-peda-


gógicos, o Coletivo de Autores dá destaque es-
pecial aos conteúdos de ensino. Para os auto-
res, os conteúdos da cultura corporal a serem
apreendidos na escola devem:
A) ser buscados na realidade da sociedade bra-
sileira, sem deixar que adentrem as culturas cor-
porais estrangeiras
B) proporcionar o máximo de conhecimento ao alu-
no e, no caso da Educação Física, devem voltar-
se para a cultura esportiva, que é rica e variada
C) oferecer conhecimentos do corpo e da cultura
para que os alunos possam unir o conhecimento
das técnicas esportivas com a ação cultural que
lhe deu origem
D) emergir da realidade dinâmica e concreta do
mundo do aluno
E) emergir da cultura esportiva existente no mundo
concreto, veiculada pela mídia esportiva, para di-
namizar o ensino e contextualizar o conhecimento

Governo do Estado do Rio de Janeiro


8 Secretaria de Estado de Educação / Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ
PROFESSOR DOCENTE I - EDUCAÇÃO FÍSICA

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