CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º São Princípios da Polícia Rodoviária Federal, além dos que regem a
Administração Pública:
I – o respeito ao Estado Democrático de Direito;
II - a proteção e promoção dos direitos humanos e do interesse público;
III - a hierarquia e a disciplina;
IV - o planejamento de suas ações.
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b) executar a fiscalização de trânsito, autuar os infratores, adotar as medidas
administrativas cabíveis, expedir as notificações e aplicar as penalidades nos limites da
competência fixada em legislação específica.
c) arrecadar as multas, que aplicar, por infrações de trânsito e os valores
decorrentes da prestação de serviços de estadia e remoção de veículos, objetos ou animais, além
de outros serviços que prestar;
d) realizar a escolta de veículos de cargas super-dimensionadas, indivisíveis ou
perigosas, podendo recolher os valores provenientes deste serviço;
e) realizar serviço de guincho e depósito, podendo firmar convênios ou contratar
mediante licitação tal atividade, repassando os custos a quem deles necessitar.
f) alienar, na forma da legislação em vigor, os bens não reclamados por seus
proprietários;
g) planejar e executar os serviços de prevenção de acidentes de trânsito nas
rodovias e estradas federais;
h) realizar as atividades de atendimento e levantamento de locais de acidentes de
trânsito, incluindo socorro às vítimas, confecção de boletins de ocorrências, análise de disco
diagrama, perícias, teste de dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em Lei ou
Regulamentos, imprescindíveis à completa elucidação dos acidentes de trânsito ocorridos nas
rodovias e estradas federais;
i) assegurar a livre circulação nas vias sob sua circunscrição;
j) planejar, coordenar, executar, promover e participar das atividades de
orientação e educação para a segurança do trânsito, bem como desenvolver trabalho contínuo e
permanente de prevenção de acidentes de trânsito;
k) informar ao órgão responsável pela manutenção, conservação e sinalização das
vias, sobre situações que possam comprometer a segurança do trânsito, solicitando as
providencias necessárias, podendo, adotar medidas emergenciais cabíveis, inclusive as de
interdição da via;
IV – fiscalizar a venda, o oferecimento ao consumo e o consumo de bebidas
alcoólicas nas rodovias e estradas federais conforme legislação em vigor;
V – representar o país perante organizações internacionais relacionados à
segurança pública, trânsito ou transporte;
VI – firmar convênio com outros órgãos e entidades;
VII – confeccionar Termo Circunstanciado de Ocorrências;
VIII – manter articulação com os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, de
Transporte e de Segurança Pública, promovendo o intercâmbio de informações, objetivando o
combate à violência e a implementação de ações integradas de segurança pública;
IX – planejar, coordenar, executar ou auxiliar na escolta dos deslocamentos do
Presidente da República, Ministros de Estado, Chefes de Estado, Diplomatas estrangeiros e
demais autoridades públicas.
X – analisar as solicitações e conceder autorização, quando for o caso, para a
realização dos eventos à margem da rodovia previstos no artigo 95 da Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997.
XI – prevenir e reprimir a prática de ilícitos penais, em especial:
a) os crimes contra a vida;
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b) o tráfico ilícito de drogas, armas e munições;
c) o contrabando e descaminho;
d) o tráfico de seres humanos;
e) os previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
f) os crimes de trânsito;
g) os crimes contra o meio ambiente;
h) os crimes contra o patrimônio.
XII – atender as requisições ministeriais e judiciais, dentre elas as
relacionadas com a Segurança Pública;
XIII – realizar coleta e análise de dados de interesse institucional,
destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;
XIV – realizar ações de inteligência policial, observados os direitos e
garantias individuais;
XV – apurar, na forma da lei, as infrações administrativas de seus
servidores;
XVI – promover processos de recrutamento, seleção e atividades de
capacitação dos recursos humanos, bem como as demais atividades de ensino, na área de
competência do Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
XVII – manter e treinar, com vistas ao pronto emprego, grupos de
operações especiais;
Art. 5º As funções institucionais da Polícia Rodoviária Federal serão
desempenhadas exclusivamente por integrantes de seus quadros, salvo em atuação
concorrente, mediante requisição, solicitação ou celebração de convênio com outras
instituições.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES
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Art. 7º A Direção-Geral, com estrutura e atribuições nos termos da legislação, é
exercida pelo Diretor-Geral, dirigente máximo da Polícia Rodoviária Federal, diretamente
subordinado ao Ministro de Estado da Justiça.
§ 1º O cargo de Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal será ocupado por
policial rodoviário federal, do último padrão da última classe da carreira, ativo ou inativo,
escolhido pelo Presidente da República dentre lista tríplice apresentada pelo Ministro de Estado
da Justiça, nomeado para mandato de 3 (três) anos, admitida uma recondução por decisão do
Presidente da República.
§ 2º A lista tríplice a que se refere o parágrafo anterior resultará de lista sêxtupla,
a qual deverá ser remetida ao Ministro de Estado da Justiça 120 (cento e vinte) dias antes do
término do mandato do Diretor-Geral, sendo composta por:
I – 3 (três) nomes indicados pelo Conselho Superior de Polícia Rodoviária
Federal; e
II – 3 (três) nomes indicados pelos policiais rodoviários federais.
§ 3º A exoneração do Diretor-Geral, antes do término do mandato, ocorrerá a
pedido ou de ofício, nesse caso por iniciativa do Presidente da República.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior e no caso de falecimento ou afastamento do
Diretor-Geral por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, o Conselho Superior de Polícia
Rodoviária Federal apresentará nova lista sêxtupla ao Ministro de Estado da Justiça.
§ 5º O Diretor-Geral em exercício até a entrada em vigor desta Lei terá mandato
de 03 (três) anos, vedada a recondução, observado o previsto no § 3º deste artigo.
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XIII – aplicar sanções, nos limites de sua competência;
XIV – propor a realização de concurso público para provimento dos cargos do
quadro permanente de pessoal e homologar o resultado final;
XV – expedir Portarias, Instruções Normativas, e outros atos normativos internos
de abrangência nacional;
XVI – praticar quaisquer outros atos necessários à administração ou ao
cumprimento das atribuições da Instituição.
Parágrafo único. São passíveis de delegação as atribuições mencionadas nos
incisos II, IV, VII, X, XII e XV.
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IX – estabelecer os critérios para a avaliação do estágio probatório;
X – propor critérios para a aquisição e distribuição de materiais e equipamentos;
XI – estabelecer a Política de Ensino do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal visando ao desenvolvimento e à eficiência da Instituição;
XII – propor o conteúdo do Curso de Formação Profissional bem como do Curso
de Especialização Policial e do Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal;
XIII - manifestar-se quanto aos planos, projetos e programas de trabalho da
Instituição;
XIV – estabelecer os critérios e propor ao Diretor-Geral a classificação das
localidades de difícil provimento, de acordo com o disposto nesta Lei;
XV – deliberar sobre a realização de concurso para ingresso nas carreiras da
Instituição;
XVI – requisitar diligências ou solicitar informações sobre assuntos do interesse
do Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
XVII – executar outras atribuições previstas em Lei ou regulamento.
§ 1º Salvo disposição em contrário, as deliberações do Conselho Superior de
Polícia Rodoviária Federal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º O Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal emitirá resoluções,
decidas por maioria absoluta de seus membros e de observância obrigatória, sobre matérias
previstas nos incisos de IV a XII deste artigo.
§ 3º O Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal se reunirá ordinariamente
uma vez por trimestre e, extraordinariamente, por convocação de seu Presidente ou a pedido da
maioria de seus membros, de acordo com o seu Regimento Interno.
§ 4º Sempre que a matéria exigir, o Presidente do Conselho poderá convocar
servidores da unidade envolvida no assunto em pauta ou convidar terceiros, com qualificação
técnica, para prestar esclarecimento sobre o tema.
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§ 3º O membro previsto no inciso II será eleito pelos Corregedores-Regionais,
mediante processo a ser definido em Regimento Interno dos Conselhos.
§ 4º Os representantes previstos nos incisos III e IV serão eleitos dentre os
integrantes das respectivas carreiras, mediante processo a ser definido em Regimento Interno dos
Conselhos.
Art. 13. Compete aos Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal, na sua
área de atuação:
I – propor medidas de aprimoramento visando ao desenvolvimento e à eficiência
da Instituição;
II – manifestar-se quanto aos planos, projetos e programas de trabalho da
Instituição;
III – estudar, debater e se pronunciar acerca das peculiaridades regionais e das
medidas de adequação da atividade de policiamento;
IV – requisitar diligências ou solicitar informações sobre assunto de interesse da
Instituição;
V – submeter ao Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal questões
regionais que necessitem de uniformização em âmbito nacional;
VI – executar outras atribuições previstas em Lei ou Regulamento.
§ 1º Salvo disposição em contrário, as deliberações do Conselho Regional de
Polícia Rodoviária Federal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º Os Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal se reunirão
ordinariamente uma vez por trimestre e, extraordinariamente, por convocação de seu Presidente
ou a pedido da maioria de seus membros, de acordo com o seu Regimento Interno.
§ 3º Sempre que a matéria exigir o Presidente do Conselho poderá convocar
servidores da unidade envolvida no assunto em pauta ou convidar terceiros, com qualificação
técnica, para prestar esclarecimento sobre o tema.
Art. 14. A participação nos Conselhos não gera efeitos financeiros de qualquer
natureza à Instituição, ressalvado o pagamento das despesas relacionadas aos deslocamentos.
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CAPÍTULO III
DOS CARGOS
Seção I
Disposições Gerais
Seção II
Da carreira de policial rodoviário federal
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I – nacionalidade brasileira;
II – diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, reconhecido
pelo Ministério da Educação;
III – Carteira Nacional de Habilitação com, no mínimo, dois anos na categoria
‘B’ ou superior;
IV - quitação com as obrigações militares e eleitorais;
V – gozo dos direitos políticos;
VI – gozar de saúde física e mental;
VII – não ter sido condenado em processo criminal com sentença transitada, salvo
em caso de crime de pequeno potencial ofensivo;
VIII – não estar cumprindo suspensão do direito do dirigir ou cassação da
Carteira Nacional de Habilitação;
IX – não ter cometido nenhuma infração de trânsito grave ou gravíssima ou ser
reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses;
X – aprovação em concurso público e curso de formação.
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Art. 25. Aos ocupantes da classe Agente do cargo de Policial Rodoviário Federal
incumbem exercer as atividades de natureza policial, envolvendo a fiscalização de trânsito,
autuação dos infratores, policiamento ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidente de
trânsito, confecção de Boletim de Ocorrência e demais atribuições relacionadas com a área
operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.
Art. 26. As atribuições específicas de cada uma das classes referidas nos artigos
anteriores serão estabelecidas no Regimento Interno do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal.
Art. 28. A Carteira Funcional dos policiais rodoviários federais é valida em todo
o território nacional como documento de identidade civil e confere ao seu portador livre porte de
arma de fogo e franco acesso aos locais sob fiscalização do Órgão, nos termos da legislação em
vigor, assegurando-lhes, quando em serviço, prioridade em todos os tipos de transporte e
comunicação.
Parágrafo único. O documento de identidade emitido aos inativos pelo
Departamento de Polícia Rodoviária Federal assegurará o porte de arma fogo, nos termos da
legislação vigente.
Seção III
Do Plano Especial de Cargos
Seção IV
Da Carga Horária
Art. 31 A carga horária dos servidores de que trata esta Lei é de 40 (quarenta)
horas semanais.
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§ 1º Nos casos em que se aplique regime de trabalho por plantões, escala ou
regime de turnos alternados por revezamento, a carga horária será de 180 (cento e oitenta) horas
mensais.
§2º O plantão, a escala ou o regime de turnos alternados por revezamento serão
regulamentados por Decreto.
§ 3º Os casos excepcionais e as compensações de carga horária serão
estabelecidos em Regulamentação Interna.
§ 4º O atendimento à convocação ao serviço é obrigatório e inescusável, devendo
ser estabelecida, mediante regulamentação interna, as normas de compensação de horário.
Seção V
Do Concurso Público e do Ingresso
Art. 34. Durante o Curso de Formação Profissional o aluno fará jus, a título de
auxílio financeiro, a cinqüenta por cento da remuneração da classe inicial do cargo a que estiver
concorrendo.
§ 1º No caso do candidato ser servidor da Administração Pública Federal, ser-lhe-
á facultado optar pela percepção da remuneração ou subsídio de seu cargo efetivo.
§ 2º Aprovado o candidato no Curso de Formação Profissional, o tempo destinado
ao seu cumprimento será computado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício no cargo
em que venha a ser investido, exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias,
progressão e promoção.
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Art. 35. Publicada a lista dos aprovados, o processo do concurso será
encaminhado ao Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal para as providências relativas à
homologação e à nomeação.
Art. 38. Quando da realização de concurso público para o provimento dos cargos
do Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária Federal, serão reservadas 5% (cinco por
cento) das vagas para os portadores de necessidades especiais, observada a compatibilidade com
as atribuições do cargo.
Art. 39. Para o cargo de Policial Rodoviário Federal, em razão das suas
atribuições, não haverá reserva de vagas para portadores de necessidades especiais.
Seção VI
Da Nomeação, Posse e Exercício
Art. 40 A nomeação para os cargos definidos nesta Lei dar-se-á nas classes
iniciais, após aprovação em concurso público, obedecida a ordem de classificação.
Parágrafo único. A lotação observará a classificação final do concurso, os
interesses da Administração e as regras estabelecidas em Edital.
Seção VII
Do Estágio Probatório
Art. 41. Nos 3 (três) primeiros anos de exercício o servidor cumprirá estágio
probatório durante o qual será avaliada sua aptidão para o desempenho das atividades do cargo,
conforme regulamentação interna, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – iniciativa;
IV – eficiência;
V – responsabilidade;
VI – aptidão física e mental.
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§ 1º O resultado e os instrumentos de avaliação, a indicação dos elementos de
convicção e de provas dos fatos narrados na avaliação, bem como os recursos interpostos serão
arquivados na pasta ou base de dados referente ao servidor avaliado.
§ 2º O termo de avaliação relatará as deficiências identificadas no desempenho do
servidor e indicará as medidas de correção necessárias.
§ 3º. Além do disposto no caput deste artigo, para aprovação no estágio
probatório, ao final do período de 3 (três) anos, o servidor deverá ser submetido a prova de
conhecimentos específicos, nos termos de regulamentação interna.
Seção VIII
Da Progressão e da Promoção
Art. 45. O desenvolvimento do servidor nas carreiras de que trata esta Lei
ocorrerá mediante progressão e promoção.
§ 1º Progressão é a passagem do servidor do padrão em que se encontra para o
imediatamente superior dentro da mesma classe.
§ 2º Promoção é a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o
primeiro padrão da classe imediatamente superior.
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§ 2º As promoções e progressões serão preferencialmente divulgadas em datas
comemorativas e alusivas à Instituição, produzindo seus efeitos a partir da data em que se
concretizar o interstício de um ano, conforme parágrafo anterior.
Art. 48. Durante o estágio probatório as avaliações previstas no art. 41 desta Lei
servirão para progressão dos servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária
Federal, respeitado o interstício.
Seção IX
Da Lotação
Art. 50. Para fins de aplicação desta Lei, a lotação do servidor será a unidade do
Departamento de Polícia Rodoviária Federal para onde for designado, em caráter permanente,
para exercer as atribuições e responsabilidades do cargo.
Parágrafo único. Consideram-se como unidades a sede do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, as sedes das Superintendências e as Delegacias.
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I – de ofício, no interesse da Administração, independente da vontade do servidor;
II – a pedido, a critério da Administração;
III – a pedido, independente do interesse da Administração:
a) por motivo de saúde do servidor, do cônjuge ou do companheiro, de
dependente que viva sob suas expensas e conste em seus assentamentos funcionais, após
pronunciamento da junta médica oficial atestando a necessidade de tratamento na nova
localidade;
b) para acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público civil ou militar, de
quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que foi
deslocado para outra Unidade da Federação no interesse da Administração;
c) quando atendidas as formalidades estabelecidas no concurso de remoção.
Art. 53. O servidor que, em razão da remoção, necessitar fixar residência no local
da nova lotação terá, a critério da Administração, no mínimo dez e no máximo trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo.
Parágrafo único: Caberá ao servidor comprovar a necessidade de fixar residência
no local da nova lotação.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS
Seção I
Dos Direitos
Art. 57. São direitos dos ocupantes dos cargos da Polícia Rodoviária Federal,
além de outros previstos na legislação:
I – percepção de remuneração sob a forma de subsídio ou vencimentos, conforme
o caso;
II – percepção de indenizações, gratificações e adicionais;
III – gozo de férias, licenças, afastamentos e concessões.
IV – assistência psicológica.
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Art. 58. Fica instituído o auxílio-uniforme, de caráter indenizatório, devido
anualmente a todos os policiais rodoviários federais em atividade, em valor correspondente a
50% (cinqüenta por cento) do subsídio da classe de Agente, a ser pago no mês de junho de cada
ano.
§1º Em decorrência do recebimento do auxílio-uniforme, o Policial Rodoviário
Federal deverá adquirir uniforme completo, nos termos de Regulamento Interno, e apresentar-se
adequadamente uniformizado quando em exercício das atividades do cargo.
§ 2º Ao tomar posse o Policial Rodoviário Federal receberá o auxílio-uniforme no
pagamento seguinte, sendo vedada a percepção deste benefício em duplicidade no mesmo
exercício financeiro.
Art. 59. O Policial Rodoviário Federal fará jus à percepção de diária, por dia de
afastamento, com a finalidade de indenizar as despesas extraordinárias com hospedagem,
alimentação e locomoção urbana, quando em deslocamento a serviço para fora da sua sede de
lotação, em caráter eventual ou transitório.
§ 1º Para os deslocamentos em território nacional o valor da diária será de 1/30
(um trinta avos) do subsídio do padrão inicial da classe de Agente Especial.
§ 2º Será concedida meia diária nos seguintes casos:
I – quando a União custear as despesas de hospedagem, alimentação, locomoção
urbana e transporte;
II – quando o deslocamento não exigir hospedagem fora da sede e a União não
custear as despesas de locomoção urbana e transporte.
III – no dia de retorno à sede de serviço.
§ 3º Nos deslocamentos internacionais se aplica o disposto no § 2º, do artigo 1º do
Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 1996.
Art. 62. O Policial Rodoviário Federal fará jus ao auxílio pré-escolar, de caráter
indenizatório, cujo valor não será inferior a 2/30 (dois trinta avos) do subsídio do padrão inicial
da Classe de Agente Especial, por filho com até 06 (seis) anos de idade.
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Seção II
Das Prerrogativas
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XII – seguro de vida e de acidentes, quando no exercício do cargo ou em razão
dele;
XIII – acesso aos dados cadastrais existentes nos órgãos da Administração
Pública, observado o disposto no inciso X, do artigo 5º da Constituição da República Federativa
do Brasil;
XIV – aposentadoria especial, na forma de lei complementar;
XV – proventos de aposentadoria e pensão revistos na mesma proporção e nas
mesmas datas sempre em que se modificarem o subsídio dos servidores em atividade.
§ 1º Serão estendidos aos aposentados e aos pensionistas, quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes
de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão na forma da lei.
§ 2º O uso dos uniformes, dos emblemas, dos distintivos e das insígnias, bem
como os modelos, a descrição, a composição, as peças acessórias e outras disposições, serão
estabelecidos em regulamentação específica.
§ 3º Os uniformes, os emblemas e as insígnias, inclusive nas suas cores, não
poderão ser reproduzidos por outros organismos policiais ou de segurança pública.
§ 4º É vedado o uso dos uniformes oficiais em manifestações de caráter sindical
ou político-partidária.
§ 5º A utilização ou reprodução indevida ou não autorizada dos uniformes,
emblemas, distintivos e insígnias da Polícia Rodoviária Federal constitui crime na forma da
legislação em vigor, sem prejuízo de outras sanções decorrentes.
CAPÍTULO V
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
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V – a discrição de atitudes e maneiras;
VI – o acatamento dos valores e princípios éticos e morais;
VII – a atuação solidária para a disciplina coletiva;
VIII – a preservação e a melhoria dos padrões de qualidade profissional;
IX – a manutenção de comportamento correto e de decoro na vida pública e
privada.
CAPÍTULO VI
DO CONTROLE INTERNO
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
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a) estabelecer o método de avaliação previsto no art. 46 desta Lei;
b) realização dos procedimentos necessários para a disponibilização da
assistência psicológicas mencionada nos arts. 57, IV, e 64 desta Lei;
c) estabelecer o Regulamento de Uniforme, regulamentar o pagamento do
auxílio-uniforme previsto no art. 58 e credenciar os estabelecimentos para sua
comercialização;
IV – 03 (três) anos para:
a) adequação aos comandos do art. 17 desta Lei (nomeação para
Superintendente);
b) realização do primeiro Curso de Especialização Policial previsto no § 1º do
art. 49 desta Lei;
c) realização do primeiro Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal previsto
no § 2º do art. 49 desta Lei;
V – 08 (oito) anos para adequação aos comandos do § 1º do art. 18 desta Lei.
Art. 73. Não será exigida a colação de grau em curso superior aos policiais
rodoviários federais em exercício na data de publicação desta Lei, para participação no Curso de
Especialização Profissional e no Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal.
Art. 74. Aos servidores de que trata esta Lei, aplicam-se no que couber, os
preceitos da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e de outros diplomas legais, bem como as
disposições gerais referentes aos servidores públicos.
Art. 75. Lei própria disporá sobre o Regime Disciplinar dos policiais rodoviários
federais.
Art. 78. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.
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ANEXO
Classe Padrão %
III 3
Inspetor II 3
I 6
VI 3
V 3
IV 3
Agente Especial
III 3
II 3
I 9
VI 1
V 1
IV 1
Agente Operacional
III 1
II 1
I 22
Agente - -
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