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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Departamento de Polícia Rodoviária Federal


CODIFICAÇÃO

PROJETO DE LEI Nº de de 2009.

Institui a Lei Orgânica da Polícia Rodoviária


Federal e da outras providências

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido


pela União, estruturado em carreira, dirigido por Policial Rodoviário Federal e essencial à
Segurança Pública, destina-se a atuar, preventiva e repressivamente, para a preservação da
Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, exercendo as funções de Polícia
Ostensiva e de Autoridade de Trânsito, nos limites de suas atribuições constitucionais e
infraconstitucionais.

Art. 2º São Princípios da Polícia Rodoviária Federal, além dos que regem a
Administração Pública:
I – o respeito ao Estado Democrático de Direito;
II - a proteção e promoção dos direitos humanos e do interesse público;
III - a hierarquia e a disciplina;
IV - o planejamento de suas ações.

Art. 3º São símbolos da Polícia Rodoviária Federal:


I – a Bandeira da Polícia Rodoviária Federal;
II – o Emblema da Polícia Rodoviária Federal;
III – o Hino da Polícia Rodoviária Federal.
Parágrafo único. Decreto regulamentará o conteúdo, a forma e as normas de uso
dos símbolos.

Art. 4º São atribuições da Polícia Rodoviária Federal, dentre outras:


I – exercer as funções de Polícia Ostensiva da União;
II – realizar o policiamento ostensivo nas rodovias, estradas federais e áreas de
interesse da União, planejando, coordenando e executando operações relacionadas com a
segurança pública com o objetivo de preservar a vida e a incolumidade das pessoas, a ordem, o
patrimônio da União e o de terceiros;
III - exercer, originariamente, as funções de Autoridade de Trânsito nas rodovias
e estradas federais, dentre as quais:
a) cumprir e fazer cumprir a legislação e demais normas pertinentes;

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b) executar a fiscalização de trânsito, autuar os infratores, adotar as medidas
administrativas cabíveis, expedir as notificações e aplicar as penalidades nos limites da
competência fixada em legislação específica.
c) arrecadar as multas, que aplicar, por infrações de trânsito e os valores
decorrentes da prestação de serviços de estadia e remoção de veículos, objetos ou animais, além
de outros serviços que prestar;
d) realizar a escolta de veículos de cargas super-dimensionadas, indivisíveis ou
perigosas, podendo recolher os valores provenientes deste serviço;
e) realizar serviço de guincho e depósito, podendo firmar convênios ou contratar
mediante licitação tal atividade, repassando os custos a quem deles necessitar.
f) alienar, na forma da legislação em vigor, os bens não reclamados por seus
proprietários;
g) planejar e executar os serviços de prevenção de acidentes de trânsito nas
rodovias e estradas federais;
h) realizar as atividades de atendimento e levantamento de locais de acidentes de
trânsito, incluindo socorro às vítimas, confecção de boletins de ocorrências, análise de disco
diagrama, perícias, teste de dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em Lei ou
Regulamentos, imprescindíveis à completa elucidação dos acidentes de trânsito ocorridos nas
rodovias e estradas federais;
i) assegurar a livre circulação nas vias sob sua circunscrição;
j) planejar, coordenar, executar, promover e participar das atividades de
orientação e educação para a segurança do trânsito, bem como desenvolver trabalho contínuo e
permanente de prevenção de acidentes de trânsito;
k) informar ao órgão responsável pela manutenção, conservação e sinalização das
vias, sobre situações que possam comprometer a segurança do trânsito, solicitando as
providencias necessárias, podendo, adotar medidas emergenciais cabíveis, inclusive as de
interdição da via;
IV – fiscalizar a venda, o oferecimento ao consumo e o consumo de bebidas
alcoólicas nas rodovias e estradas federais conforme legislação em vigor;
V – representar o país perante organizações internacionais relacionados à
segurança pública, trânsito ou transporte;
VI – firmar convênio com outros órgãos e entidades;
VII – confeccionar Termo Circunstanciado de Ocorrências;
VIII – manter articulação com os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, de
Transporte e de Segurança Pública, promovendo o intercâmbio de informações, objetivando o
combate à violência e a implementação de ações integradas de segurança pública;
IX – planejar, coordenar, executar ou auxiliar na escolta dos deslocamentos do
Presidente da República, Ministros de Estado, Chefes de Estado, Diplomatas estrangeiros e
demais autoridades públicas.
X – analisar as solicitações e conceder autorização, quando for o caso, para a
realização dos eventos à margem da rodovia previstos no artigo 95 da Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997.
XI – prevenir e reprimir a prática de ilícitos penais, em especial:
a) os crimes contra a vida;

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b) o tráfico ilícito de drogas, armas e munições;
c) o contrabando e descaminho;
d) o tráfico de seres humanos;
e) os previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
f) os crimes de trânsito;
g) os crimes contra o meio ambiente;
h) os crimes contra o patrimônio.
XII – atender as requisições ministeriais e judiciais, dentre elas as
relacionadas com a Segurança Pública;
XIII – realizar coleta e análise de dados de interesse institucional,
destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;
XIV – realizar ações de inteligência policial, observados os direitos e
garantias individuais;
XV – apurar, na forma da lei, as infrações administrativas de seus
servidores;
XVI – promover processos de recrutamento, seleção e atividades de
capacitação dos recursos humanos, bem como as demais atividades de ensino, na área de
competência do Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
XVII – manter e treinar, com vistas ao pronto emprego, grupos de
operações especiais;
Art. 5º As funções institucionais da Polícia Rodoviária Federal serão
desempenhadas exclusivamente por integrantes de seus quadros, salvo em atuação
concorrente, mediante requisição, solicitação ou celebração de convênio com outras
instituições.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 6º Compõe a estrutura regimental do Departamento de Polícia Rodoviária


Federal:
I – Direção Geral;
II – Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal;
III – Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal;
IV – Diretorias;
V – Corregedoria-Geral;
VI – Unidades desconcentradas.
Parágrafo único. A Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos
em Comissão e das Funções Gratificadas serão estabelecidos por Decreto do Poder Executivo e o
Regimento Interno do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, contendo o detalhamento da
estrutura organizacional, competências das Unidades Desconcentradas e atribuições dos
dirigentes, por ato do Ministro de Estado da Justiça.

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Art. 7º A Direção-Geral, com estrutura e atribuições nos termos da legislação, é
exercida pelo Diretor-Geral, dirigente máximo da Polícia Rodoviária Federal, diretamente
subordinado ao Ministro de Estado da Justiça.
§ 1º O cargo de Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal será ocupado por
policial rodoviário federal, do último padrão da última classe da carreira, ativo ou inativo,
escolhido pelo Presidente da República dentre lista tríplice apresentada pelo Ministro de Estado
da Justiça, nomeado para mandato de 3 (três) anos, admitida uma recondução por decisão do
Presidente da República.
§ 2º A lista tríplice a que se refere o parágrafo anterior resultará de lista sêxtupla,
a qual deverá ser remetida ao Ministro de Estado da Justiça 120 (cento e vinte) dias antes do
término do mandato do Diretor-Geral, sendo composta por:
I – 3 (três) nomes indicados pelo Conselho Superior de Polícia Rodoviária
Federal; e
II – 3 (três) nomes indicados pelos policiais rodoviários federais.
§ 3º A exoneração do Diretor-Geral, antes do término do mandato, ocorrerá a
pedido ou de ofício, nesse caso por iniciativa do Presidente da República.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior e no caso de falecimento ou afastamento do
Diretor-Geral por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, o Conselho Superior de Polícia
Rodoviária Federal apresentará nova lista sêxtupla ao Ministro de Estado da Justiça.
§ 5º O Diretor-Geral em exercício até a entrada em vigor desta Lei terá mandato
de 03 (três) anos, vedada a recondução, observado o previsto no § 3º deste artigo.

Art. 8º São atribuições do Diretor-Geral do Departamento de Polícia Rodoviária


Federal:
I – estabelecer os objetivos, políticas e diretrizes da Polícia Rodoviária Federal;
II – representar a Polícia Rodoviária Federal no país e no exterior;
III – exercer a direção, a coordenação, o controle e a supervisão das atividades da
Polícia Rodoviária Federal;
IV – exercer as funções de Autoridade de Trânsito no âmbito do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal;
V – assessorar o Ministro de Estado da Justiça nos assuntos relativos à segurança
pública;
VI – convocar e presidir o Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal;
VII – promover a integração da Instituição com outros órgãos e entidades de
direito público ou privado, nacionais ou internacionais;
VIII – indicar nomes ao Ministro de Estado da Justiça para o provimento de
cargos em comissão da Polícia Rodoviária Federal, observado o disposto no § 2º do art. 7º;
IX – dar posse aos nomeados para cargos em comissão subordinados diretamente
à Direção-Geral;
X – designar e dispensar os ocupantes de funções gratificadas e seus substitutos
eventuais;
XI – designar servidores para participar de eventos e missões oficiais no exterior;
XII – determinar a instauração de procedimentos administrativos disciplinares;

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XIII – aplicar sanções, nos limites de sua competência;
XIV – propor a realização de concurso público para provimento dos cargos do
quadro permanente de pessoal e homologar o resultado final;
XV – expedir Portarias, Instruções Normativas, e outros atos normativos internos
de abrangência nacional;
XVI – praticar quaisquer outros atos necessários à administração ou ao
cumprimento das atribuições da Instituição.
Parágrafo único. São passíveis de delegação as atribuições mencionadas nos
incisos II, IV, VII, X, XII e XV.

Art. 9º. O Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal, presidido pelo


Diretor-Geral, é órgão consultivo de deliberação coletiva, destinado a orientar as atividades
policiais e administrativas de alta relevância, tendo como membros:
I - os diretores;
II – o Corregedor-Geral;
III – os presidentes dos Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal;
IV – dois representantes dos servidores ocupantes da carreira de policial
rodoviário federal;
V – um representante dos servidores ocupantes do Plano Especial de Cargos da
Polícia Rodoviária Federal.
Parágrafo único. Os representantes previstos nos incisos IV e V serão eleitos
dentre os integrantes das respectivas carreiras, mediante processo a ser definido em
Regulamentação Interna.

Art. 10. Compete ao Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal:


I – estabelecer o seu Regimento Interno e o Regimento Interno dos Conselhos
Regionais de Polícia Rodoviária Federal;
II – pronunciar-se sobre os objetivos, políticas e diretrizes da Polícia Rodoviária
Federal;
III – propor medidas de aprimoramento visando ao desenvolvimento e à
eficiência da Instituição;
IV – propor a regulamentação interna de dispositivos legais e a padronização de
procedimentos policiais e administrativos;
V – apresentar proposta de Regimento Interno do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal;
VI – propor ao Diretor-Geral lista tríplice com nomes de ocupantes, ativos ou
inativos, da última classe da carreira de policial rodoviário federal para o preenchimento do
cargo de Corregedor-Geral;
VII – indicar os nomes para o cargo de Diretor-Geral de acordo com o
estabelecido no § 2º do art. 7º desta Lei;
VIII – estabelecer critérios para distribuição do efetivo no território nacional,
procedimentos para remoção e requisitos para a sua mobilização em face de situações
emergenciais;

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IX – estabelecer os critérios para a avaliação do estágio probatório;
X – propor critérios para a aquisição e distribuição de materiais e equipamentos;
XI – estabelecer a Política de Ensino do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal visando ao desenvolvimento e à eficiência da Instituição;
XII – propor o conteúdo do Curso de Formação Profissional bem como do Curso
de Especialização Policial e do Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal;
XIII - manifestar-se quanto aos planos, projetos e programas de trabalho da
Instituição;
XIV – estabelecer os critérios e propor ao Diretor-Geral a classificação das
localidades de difícil provimento, de acordo com o disposto nesta Lei;
XV – deliberar sobre a realização de concurso para ingresso nas carreiras da
Instituição;
XVI – requisitar diligências ou solicitar informações sobre assuntos do interesse
do Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
XVII – executar outras atribuições previstas em Lei ou regulamento.
§ 1º Salvo disposição em contrário, as deliberações do Conselho Superior de
Polícia Rodoviária Federal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º O Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal emitirá resoluções,
decidas por maioria absoluta de seus membros e de observância obrigatória, sobre matérias
previstas nos incisos de IV a XII deste artigo.
§ 3º O Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal se reunirá ordinariamente
uma vez por trimestre e, extraordinariamente, por convocação de seu Presidente ou a pedido da
maioria de seus membros, de acordo com o seu Regimento Interno.
§ 4º Sempre que a matéria exigir, o Presidente do Conselho poderá convocar
servidores da unidade envolvida no assunto em pauta ou convidar terceiros, com qualificação
técnica, para prestar esclarecimento sobre o tema.

Art. 11. Os Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal são órgãos de


integração, destinados a orientar e assessorar as Unidades Desconcentradas da região, tendo
como membros:
I – os superintendentes regionais;
II – um corregedor-regional;
III – um representante dos servidores da carreira de policial rodoviário federal;
IV – um representante dos servidores ocupantes do Plano Especial de Cargos da
Polícia Rodoviária Federal.
§ 1º Os Presidentes dos Conselhos Regionais serão eleitos dentre os
Superintendentes que os integram, mediante processo a ser definido no respectivo Regimento
Interno, para um mandato de 02 (dois) anos, vedada a recondução.
§ 2º No caso de falecimento, exoneração da função de Superintendente ou
afastamento do presidente por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, o Conselho Regional
realizará nova eleição.

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§ 3º O membro previsto no inciso II será eleito pelos Corregedores-Regionais,
mediante processo a ser definido em Regimento Interno dos Conselhos.
§ 4º Os representantes previstos nos incisos III e IV serão eleitos dentre os
integrantes das respectivas carreiras, mediante processo a ser definido em Regimento Interno dos
Conselhos.

Art. 12. Os Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal, em número de 05


(cinco), estão assim distribuídos:
I – Conselho Regional da 1ª Região: compreende o Distrito Federal e os Estados
de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins;
II – Conselho Regional da 2ª Região: compreende os Estados do Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo;
III – Conselho Regional da 3ª Região: compreende os Estados de Alagoas, Bahia,
Espírito Santo, Minas Gerais e Sergipe;
IV – Conselho Regional da 4ª Região: compreende os Estados do Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte;
V – Conselho Regional da 5ª Região: compreende os Estados do Acre, Amazonas,
Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.

Art. 13. Compete aos Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal, na sua
área de atuação:
I – propor medidas de aprimoramento visando ao desenvolvimento e à eficiência
da Instituição;
II – manifestar-se quanto aos planos, projetos e programas de trabalho da
Instituição;
III – estudar, debater e se pronunciar acerca das peculiaridades regionais e das
medidas de adequação da atividade de policiamento;
IV – requisitar diligências ou solicitar informações sobre assunto de interesse da
Instituição;
V – submeter ao Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal questões
regionais que necessitem de uniformização em âmbito nacional;
VI – executar outras atribuições previstas em Lei ou Regulamento.
§ 1º Salvo disposição em contrário, as deliberações do Conselho Regional de
Polícia Rodoviária Federal serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de
seus membros.
§ 2º Os Conselhos Regionais de Polícia Rodoviária Federal se reunirão
ordinariamente uma vez por trimestre e, extraordinariamente, por convocação de seu Presidente
ou a pedido da maioria de seus membros, de acordo com o seu Regimento Interno.
§ 3º Sempre que a matéria exigir o Presidente do Conselho poderá convocar
servidores da unidade envolvida no assunto em pauta ou convidar terceiros, com qualificação
técnica, para prestar esclarecimento sobre o tema.

Art. 14. A participação nos Conselhos não gera efeitos financeiros de qualquer
natureza à Instituição, ressalvado o pagamento das despesas relacionadas aos deslocamentos.

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Art. 15. Às Diretorias e à Corregedoria-Geral, sediadas no Distrito Federal,


competem dirigir, planejar, coordenar, supervisionar, controlar e normatizar as atividades
inerentes às suas pastas específicas, no âmbito de suas atribuições, e elaborar suas respectivas
diretrizes, na forma do Regimento Interno do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

Art. 16. Às Unidades Desconcentradas, compreendidas as Superintendências


Regionais e Delegacias, competem planejar, coordenar, controlar e executar as atividades da
Polícia Rodoviária Federal, no âmbito de suas circunscrições, em consonância com as normas
legais vigentes e com as diretrizes emanadas da Direção-Geral.
Parágrafo único. Integrarão as estruturas das Superintendências Regionais as
respectivas Assessorias Técnicas de Gabinete, destinadas a analisar previamente a regularidade
jurídica dos atos do Superintendente Regional, emitindo pareceres de caráter opinativo.

Art. 17. As funções de Corregedor-Geral e Superintendente Regional serão


ocupadas por policiais rodoviários federais ativos ou inativos, ambos da última classe.
§ 1º Os ocupantes das funções de Corregedor-Geral, Corregedores Regionais e
Assessores Técnicos de Gabinete, deverão ter formação em Direito.
§ 2º As funções de Diretores serão ocupadas por policiais rodoviários federais,
ativos, ocupantes da última classe.

CAPÍTULO III
DOS CARGOS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 18. O Departamento de Polícia Rodoviária Federal é composto pelos


seguintes cargos:
I – Policial Rodoviário Federal;
II – Analista Administrativo da Polícia Rodoviária Federal;
III – Técnico Administrativo da Polícia Rodoviária Federal;
§ 1º Os Cargos em Comissão e as Funções Gratificadas serão desempenhadas
exclusivamente por servidores da Polícia Rodoviária Federal com colação de grau em nível
superior.
§ 2º Regulamento Interno definirá os Cargos em Comissão e as Funções
Gratificadas de ocupação exclusiva por policiais rodoviários federais.

Seção II
Da carreira de policial rodoviário federal

Art. 19. A carreira de Policial Rodoviário Federal, atividade exclusiva de Estado,


de natureza eminentemente técnica especializada, estruturada nas classes de Inspetor, Agente
Especial, Agente Operacional e Agente, exige para o ingresso:

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I – nacionalidade brasileira;
II – diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, reconhecido
pelo Ministério da Educação;
III – Carteira Nacional de Habilitação com, no mínimo, dois anos na categoria
‘B’ ou superior;
IV - quitação com as obrigações militares e eleitorais;
V – gozo dos direitos políticos;
VI – gozar de saúde física e mental;
VII – não ter sido condenado em processo criminal com sentença transitada, salvo
em caso de crime de pequeno potencial ofensivo;
VIII – não estar cumprindo suspensão do direito do dirigir ou cassação da
Carteira Nacional de Habilitação;
IX – não ter cometido nenhuma infração de trânsito grave ou gravíssima ou ser
reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses;
X – aprovação em concurso público e curso de formação.

Art. 20. Os ocupantes do cargo de Policial Rodoviário Federal ficam sujeitos a


integral e exclusiva dedicação às atividades do cargo.

Art. 21. É vedado ao Policial Rodoviário Federal:


I – o exercício de qualquer outra atividade remunerada, salvo uma de magistério
ou uma privativa de profissionais de saúde, desde que haja compatibilidade de horários e seja
atendido prioritariamente o interesse da atividade policial, nos termos de ato normativo da
Direção-Geral.
II – exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista,
acionista ou comanditário.

Art. 22. Aos ocupantes da classe de Inspetor do cargo de Policial Rodoviário


Federal incumbem exercer atividades de natureza administrativa, envolvendo direção, supervisão
e avaliação administrativa e operacional, direção e coordenação das atividades de corregedoria,
bem como a articulação e intercâmbio com outras instituições, em âmbito nacional ou
internacional, além das atribuições da classe de Agente Especial.
Parágrafo único. A Classe de Inspetor mencionada neste artigo corresponde à
Classe Especial prevista no Decreto nº 84.669, de 20 de abril de 1980.

Art. 23. Aos ocupantes da classe de Agente Especial do cargo de Policial


Rodoviário Federal incumbem exercer atividades de planejamento, coordenação e controle
administrativo e operacional, bem como a articulação e o intercâmbio com outras instituições,
em âmbito nacional, além das atribuições da classe de Agente Operacional.

Art. 24. Aos ocupantes da classe de Agente Operacional do cargo de Policial


Rodoviário Federal incumbem exercer a coordenação das atividades operacionais inerentes ao
cargo, além das atribuições da classe de Agente.

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Art. 25. Aos ocupantes da classe Agente do cargo de Policial Rodoviário Federal
incumbem exercer as atividades de natureza policial, envolvendo a fiscalização de trânsito,
autuação dos infratores, policiamento ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidente de
trânsito, confecção de Boletim de Ocorrência e demais atribuições relacionadas com a área
operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

Art. 26. As atribuições específicas de cada uma das classes referidas nos artigos
anteriores serão estabelecidas no Regimento Interno do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal.

Art. 27. A estrutura remuneratória do cargo de Policial Rodoviário Federal


obedecerá ao escalonamento do Anexo I desta Lei.

Art. 28. A Carteira Funcional dos policiais rodoviários federais é valida em todo
o território nacional como documento de identidade civil e confere ao seu portador livre porte de
arma de fogo e franco acesso aos locais sob fiscalização do Órgão, nos termos da legislação em
vigor, assegurando-lhes, quando em serviço, prioridade em todos os tipos de transporte e
comunicação.
Parágrafo único. O documento de identidade emitido aos inativos pelo
Departamento de Polícia Rodoviária Federal assegurará o porte de arma fogo, nos termos da
legislação vigente.

Seção III
Do Plano Especial de Cargos

Art. 29. O Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária Federal, estruturado


pela Lei nº 11.095, de 13 de janeiro de 2005, é composto dos cargos de Analista Administrativo
da Polícia Rodoviária Federal, de nível superior, e de Técnico Administrativo da Polícia
Rodoviária Federal, de nível intermediário, destinados ao desempenho das funções de
assessoramento e apoio técnico-administrativo, cartorário e logístico necessárias às atividades do
Órgão.
§ 1º O ingresso nos cargos de que trata o caput deste artigo far-se-á mediante
concurso público de provas ou de provas e títulos para o padrão inicial da classe inicial do
respectivo cargo.
§ 2º A Polícia Rodoviária Federal providenciará a formação e aperfeiçoamento
profissional específico aos servidores mencionados no caput deste artigo.

Art. 30 A Carteira Funcional dos servidores do Plano Especial de Cargos é valida


em todo o território nacional como documento de identidade civil.

Seção IV
Da Carga Horária
Art. 31 A carga horária dos servidores de que trata esta Lei é de 40 (quarenta)
horas semanais.

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§ 1º Nos casos em que se aplique regime de trabalho por plantões, escala ou
regime de turnos alternados por revezamento, a carga horária será de 180 (cento e oitenta) horas
mensais.
§2º O plantão, a escala ou o regime de turnos alternados por revezamento serão
regulamentados por Decreto.
§ 3º Os casos excepcionais e as compensações de carga horária serão
estabelecidos em Regulamentação Interna.
§ 4º O atendimento à convocação ao serviço é obrigatório e inescusável, devendo
ser estabelecida, mediante regulamentação interna, as normas de compensação de horário.

Seção V
Do Concurso Público e do Ingresso

Art. 32 O ingresso nos cargos da Polícia Rodoviária Federal dependerá de


aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos, de caráter classificatório e
eliminatório.
§ 1º As condições do concurso serão estabelecidas em edital, compreendendo:
I – avaliação dos conhecimentos necessários ao desempenho do cargo, de caráter
classificatório e eliminatório;
II – avaliação da aptidão física, conforme a necessidade do cargo;
III – avaliação médica, verificada através de exames específicos;
IV – aferição de perfil profissiográfico adequado ao exercício das atividades
inerentes à categoria funcional a que concorrer, apurada em exame psicotécnico;
V – aferição de conduta social e idoneidade moral, apuradas mediante
investigação social, nos termos da Regulamentação Interna;
VI – Curso de Formação Profissional, de caráter eliminatório e classificatório.
§ 2º As avaliações e aferições dos incisos II a V terão caráter eliminatório.

Art. 33 O Curso de Formação Profissional para o cargo de Policial Rodoviário


Federal terá duração mínima de 480 (quatrocentos e oitenta) horas, com conteúdo a ser
estabelecido em ato do Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal, conforme previsto no
art. 10, inc. XII desta Lei.

Art. 34. Durante o Curso de Formação Profissional o aluno fará jus, a título de
auxílio financeiro, a cinqüenta por cento da remuneração da classe inicial do cargo a que estiver
concorrendo.
§ 1º No caso do candidato ser servidor da Administração Pública Federal, ser-lhe-
á facultado optar pela percepção da remuneração ou subsídio de seu cargo efetivo.
§ 2º Aprovado o candidato no Curso de Formação Profissional, o tempo destinado
ao seu cumprimento será computado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício no cargo
em que venha a ser investido, exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias,
progressão e promoção.

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Art. 35. Publicada a lista dos aprovados, o processo do concurso será
encaminhado ao Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal para as providências relativas à
homologação e à nomeação.

Art. 36. A União poderá exigir do candidato ao cargo de Policial Rodoviário


Federal que requerer o desligamento do Curso de Formação Profissional, indenização pelos
gastos havidos com sua formação, de acordo com o que for estabelecido em Regulamento
Interno.
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto no caput deste artigo ao candidato que
for nomeado e não tomar posse no cargo.

Art. 37. É obrigatória a abertura de concurso público quando o número de cargos


vagos atingir 5% (cinco por cento) do total de qualquer dos cargos da Polícia Rodoviária
Federal.

Art. 38. Quando da realização de concurso público para o provimento dos cargos
do Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária Federal, serão reservadas 5% (cinco por
cento) das vagas para os portadores de necessidades especiais, observada a compatibilidade com
as atribuições do cargo.

Art. 39. Para o cargo de Policial Rodoviário Federal, em razão das suas
atribuições, não haverá reserva de vagas para portadores de necessidades especiais.

Seção VI
Da Nomeação, Posse e Exercício

Art. 40 A nomeação para os cargos definidos nesta Lei dar-se-á nas classes
iniciais, após aprovação em concurso público, obedecida a ordem de classificação.
Parágrafo único. A lotação observará a classificação final do concurso, os
interesses da Administração e as regras estabelecidas em Edital.

Seção VII
Do Estágio Probatório

Art. 41. Nos 3 (três) primeiros anos de exercício o servidor cumprirá estágio
probatório durante o qual será avaliada sua aptidão para o desempenho das atividades do cargo,
conforme regulamentação interna, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – iniciativa;
IV – eficiência;
V – responsabilidade;
VI – aptidão física e mental.

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§ 1º O resultado e os instrumentos de avaliação, a indicação dos elementos de
convicção e de provas dos fatos narrados na avaliação, bem como os recursos interpostos serão
arquivados na pasta ou base de dados referente ao servidor avaliado.
§ 2º O termo de avaliação relatará as deficiências identificadas no desempenho do
servidor e indicará as medidas de correção necessárias.
§ 3º. Além do disposto no caput deste artigo, para aprovação no estágio
probatório, ao final do período de 3 (três) anos, o servidor deverá ser submetido a prova de
conhecimentos específicos, nos termos de regulamentação interna.

Art. 42. No decorrer do estágio probatório são vedadas a cessão ou redistribuição


do servidor e a concessão de:
I – licença para atividade política;
II – licença para tratar de interesses particulares;
III – licença para desempenho de mandato classista;
IV – afastamento para exercício de mandato eletivo.

Art. 43. A contagem do prazo do estágio probatório será suspensa, reiniciando-se


a partir do retorno do servidor, nas seguintes hipóteses:
I – licença por motivo de doença do servidor ou em pessoa da família conforme
previsto no artigo 83 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
II – licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III – participação em curso de formação decorrente de aprovação em concurso
público;
IV – prisão cautelar ou definitiva.

Art. 44. O servidor considerado inapto será exonerado do cargo, preservadas as


garantias constitucionais e legais.

Seção VIII
Da Progressão e da Promoção

Art. 45. O desenvolvimento do servidor nas carreiras de que trata esta Lei
ocorrerá mediante progressão e promoção.
§ 1º Progressão é a passagem do servidor do padrão em que se encontra para o
imediatamente superior dentro da mesma classe.
§ 2º Promoção é a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o
primeiro padrão da classe imediatamente superior.

Art. 46. Decreto regulamentará o método de avaliação de desempenho funcional,


observados os critérios previstos nos incisos do art. 41 desta Lei.
§1º A avaliação representará o desempenho do servidor no período de 12 (doze)
meses.

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§ 2º As promoções e progressões serão preferencialmente divulgadas em datas
comemorativas e alusivas à Instituição, produzindo seus efeitos a partir da data em que se
concretizar o interstício de um ano, conforme parágrafo anterior.

Art. 47. O Policial Rodoviário Federal aprovado em estágio probatório será


promovido para o padrão inicial da classe de Agente Operacional.

Art. 48. Durante o estágio probatório as avaliações previstas no art. 41 desta Lei
servirão para progressão dos servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária
Federal, respeitado o interstício.

Art. 49. As promoções para as classes de Agente Especial e Inspetor serão


condicionadas à avaliação prevista no art. 46 desta Lei e à aprovação em curso de especialização,
conforme Regulamento Interno.
§ 1º Para promoção à classe de Agente Especial, o servidor deverá participar, com
aproveitamento, do Curso de Especialização Policial, com duração mínima de 360 (trezentas e
sessenta) horas/aula, ao qual concorrem os servidores posicionados na Classe de Agente
Operacional.
§ 2º Para promoção à classe de Inspetor, o servidor deverá participar, com
aproveitamento, do Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal, com duração mínima de 480
(quatrocentas e oitenta) horas/aula, ao qual concorrem os servidores posicionados na classe de
Agente Especial.
§ 3º O Departamento de Polícia Rodoviária Federal deverá promover, ao menos
anualmente, os cursos previstos nos parágrafos anteriores, podendo celebrar convênio com
Instituição de Ensino Superior.
§ 4º O descumprimento do previsto no parágrafo anterior implicará em apuração
de responsabilidade funcional.
§ 5º Não oferecidos os cursos mencionados neste artigo por 02 (dois) anos
consecutivos a promoção se dará com base na avaliação prevista no art. 41 desta Lei.

Seção IX
Da Lotação

Art. 50. Para fins de aplicação desta Lei, a lotação do servidor será a unidade do
Departamento de Polícia Rodoviária Federal para onde for designado, em caráter permanente,
para exercer as atribuições e responsabilidades do cargo.
Parágrafo único. Consideram-se como unidades a sede do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, as sedes das Superintendências e as Delegacias.

Art. 51. Remanejamento é o deslocamento do servidor, dentro da mesma


Unidade, de ofício ou a pedido.

Art. 52. Remoção é o deslocamento do servidor para ter exercício em outra


Unidade.
Parágrafo único. São modalidades de remoção:

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I – de ofício, no interesse da Administração, independente da vontade do servidor;
II – a pedido, a critério da Administração;
III – a pedido, independente do interesse da Administração:
a) por motivo de saúde do servidor, do cônjuge ou do companheiro, de
dependente que viva sob suas expensas e conste em seus assentamentos funcionais, após
pronunciamento da junta médica oficial atestando a necessidade de tratamento na nova
localidade;
b) para acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público civil ou militar, de
quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que foi
deslocado para outra Unidade da Federação no interesse da Administração;
c) quando atendidas as formalidades estabelecidas no concurso de remoção.

Art. 53. O servidor que, em razão da remoção, necessitar fixar residência no local
da nova lotação terá, a critério da Administração, no mínimo dez e no máximo trinta dias de
prazo, contados da publicação do ato, para retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo.
Parágrafo único: Caberá ao servidor comprovar a necessidade de fixar residência
no local da nova lotação.

Art. 54. As remoções e os remanejamentos são considerados ato de gestão do


administrador.

Art. 55. As remoções serão efetivadas mediante processo administrativo.

Art. 56. O servidor que estiver respondendo a sindicância ou processo


administrativo disciplinar somente será removido se sua remoção não resultar em prejuízo à
apuração dos fatos, sendo necessária a manifestação prévia do Presidente da Comissão
processante, observados os demais requisitos estabelecidos em Regulamentação Interna.

CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS

Seção I
Dos Direitos

Art. 57. São direitos dos ocupantes dos cargos da Polícia Rodoviária Federal,
além de outros previstos na legislação:
I – percepção de remuneração sob a forma de subsídio ou vencimentos, conforme
o caso;
II – percepção de indenizações, gratificações e adicionais;
III – gozo de férias, licenças, afastamentos e concessões.
IV – assistência psicológica.

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Art. 58. Fica instituído o auxílio-uniforme, de caráter indenizatório, devido
anualmente a todos os policiais rodoviários federais em atividade, em valor correspondente a
50% (cinqüenta por cento) do subsídio da classe de Agente, a ser pago no mês de junho de cada
ano.
§1º Em decorrência do recebimento do auxílio-uniforme, o Policial Rodoviário
Federal deverá adquirir uniforme completo, nos termos de Regulamento Interno, e apresentar-se
adequadamente uniformizado quando em exercício das atividades do cargo.
§ 2º Ao tomar posse o Policial Rodoviário Federal receberá o auxílio-uniforme no
pagamento seguinte, sendo vedada a percepção deste benefício em duplicidade no mesmo
exercício financeiro.

Art. 59. O Policial Rodoviário Federal fará jus à percepção de diária, por dia de
afastamento, com a finalidade de indenizar as despesas extraordinárias com hospedagem,
alimentação e locomoção urbana, quando em deslocamento a serviço para fora da sua sede de
lotação, em caráter eventual ou transitório.
§ 1º Para os deslocamentos em território nacional o valor da diária será de 1/30
(um trinta avos) do subsídio do padrão inicial da classe de Agente Especial.
§ 2º Será concedida meia diária nos seguintes casos:
I – quando a União custear as despesas de hospedagem, alimentação, locomoção
urbana e transporte;
II – quando o deslocamento não exigir hospedagem fora da sede e a União não
custear as despesas de locomoção urbana e transporte.
III – no dia de retorno à sede de serviço.
§ 3º Nos deslocamentos internacionais se aplica o disposto no § 2º, do artigo 1º do
Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 1996.

Art. 60 Aos servidores da Polícia Rodoviária Federal, nos deslocamentos


nacionais com duração superior a 45 (quarenta e cinco) dias, serão autorizados retornos
intermediários à sede de lotação, a cada trinta dias, às expensas da União, sempre no último dia
útil da semana.
Parágrafo único. Às expensas da União, o servidor deverá retornar ao local da
convocação no prazo máximo de três dias, período em que estará dispensado de suas atividades
laborais, sem prejuízo da remuneração, não sendo devida a concessão de diárias nesse período.

Art. 61. O Policial Rodoviário Federal fará jus ao auxílio-alimentação, de caráter


indenizatório, percebido mensalmente, cujo valor não será inferior a 2/30 (dois trinta avos) do
subsídio do padrão inicial da Classe de Agente Especial.

Art. 62. O Policial Rodoviário Federal fará jus ao auxílio pré-escolar, de caráter
indenizatório, cujo valor não será inferior a 2/30 (dois trinta avos) do subsídio do padrão inicial
da Classe de Agente Especial, por filho com até 06 (seis) anos de idade.

Art. 63. Aos servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Rodoviária


Federal a concessão de diárias, auxílio alimentação e auxílio pré-escolar obedecerá o disposto na
regra dos servidores do Poder Executivo.

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Art. 64. Os policiais rodoviários federais farão jus à assistência psicológica, a


qual consistirá em propiciar ao servidor tratamento para recuperação dos desgastes emocionais
ou distúrbios mentais resultantes do exercício da função.
Parágrafo único. Sempre que o exercício de missão policial resultar em grave
violência, com consequência fatal ou potencialmente danosa à vida de qualquer pessoa, o
servidor policial será examinado por profissional especializado, objetivando à constatação de
possíveis distúrbios emocionais que justifiquem o afastamento temporário das atividades
operacionais.

Art. 65. Os servidores da Polícia Rodoviária Federal, como reconhecimento pelos


bons serviços prestados, nos termos de Regulamento Interno, terão direito a:
I – prêmios de honra ao mérito;
II – condecorações de serviços prestados;
III – elogios, louvores e referências elogiosas.

Seção II
Das Prerrogativas

Art. 66. Constituem prerrogativas, garantias funcionais e instrumentos de atuação


do Policial Rodoviário Federal, dentre outros previstos em Lei:
I – o exercício do Poder de Polícia e as funções de agente da autoridade de
trânsito;
II – o uso do uniforme, com seus distintivos, insígnias e emblemas,
correspondente ao cargo ou função desempenhada, bem como dos títulos decorrentes do
exercício do cargo ou função;
III – carteira de identidade funcional, com fé pública, válida em todo território
nacional, inclusive como documento de identidade civil;
IV – livre porte de arma em todo território nacional;
V – ingresso e trânsito livres, com franco acesso, em qualquer recinto público ou
privado, quando em serviço;
VI – prioridade nos serviços de transportes e comunicações públicos e privados,
quando em serviço;
VII – atuar, sem revelar sua condição de policial, quando necessário;
VIII – cumprir prisão provisória ou definitiva em dependência separada, isolado
dos demais presos comuns, no primeiro caso sob custódia da Polícia Rodoviária Federal;
IX – ter sua prisão imediatamente comunicada à autoridade da Polícia Rodoviária
Federal mais próxima, que acompanhará a lavratura do auto respectivo;
X – assistência jurídica da Advocacia-Geral da União, perante qualquer juízo ou
tribunal, quando acusado de prática de infração penal ou civil, decorrente do exercício regular do
cargo ou em razão dele;
XI – assistência integral à saúde, quando vitimado no exercício do cargo ou em
razão dele;

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XII – seguro de vida e de acidentes, quando no exercício do cargo ou em razão
dele;
XIII – acesso aos dados cadastrais existentes nos órgãos da Administração
Pública, observado o disposto no inciso X, do artigo 5º da Constituição da República Federativa
do Brasil;
XIV – aposentadoria especial, na forma de lei complementar;
XV – proventos de aposentadoria e pensão revistos na mesma proporção e nas
mesmas datas sempre em que se modificarem o subsídio dos servidores em atividade.
§ 1º Serão estendidos aos aposentados e aos pensionistas, quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes
de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão na forma da lei.
§ 2º O uso dos uniformes, dos emblemas, dos distintivos e das insígnias, bem
como os modelos, a descrição, a composição, as peças acessórias e outras disposições, serão
estabelecidos em regulamentação específica.
§ 3º Os uniformes, os emblemas e as insígnias, inclusive nas suas cores, não
poderão ser reproduzidos por outros organismos policiais ou de segurança pública.
§ 4º É vedado o uso dos uniformes oficiais em manifestações de caráter sindical
ou político-partidária.
§ 5º A utilização ou reprodução indevida ou não autorizada dos uniformes,
emblemas, distintivos e insígnias da Polícia Rodoviária Federal constitui crime na forma da
legislação em vigor, sem prejuízo de outras sanções decorrentes.

CAPÍTULO V
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 67. A hierarquia e a disciplina funcional são as bases institucionais da Polícia


Rodoviária Federal.
§ 1º Hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferenciados, dentro da
estrutura da Polícia Rodoviária Federal, sempre respeitadas as classes imediatamente superiores,
do mais graduado para o menos graduado.
§ 2º A precedência entre os integrantes de mesmo cargo, classe e padrão se
estabelece pela subordinação funcional.
§ 3º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e disposições, que fundamentam a organização policial e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte
de todos e de cada um dos servidores do Órgão.

Art. 68. São manifestações essenciais de disciplina:


I – a correção de atitudes de modo a preservar o respeito e o decoro da função;
II – a obediência pronta às ordens não manifestamente ilegais;
III – a consciência das responsabilidades e deveres;
IV – o exercício das atribuições com presteza e respeito;

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V – a discrição de atitudes e maneiras;
VI – o acatamento dos valores e princípios éticos e morais;
VII – a atuação solidária para a disciplina coletiva;
VIII – a preservação e a melhoria dos padrões de qualidade profissional;
IX – a manutenção de comportamento correto e de decoro na vida pública e
privada.

CAPÍTULO VI
DO CONTROLE INTERNO

Art. 69. Cabe à Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, além de outras


atribuições:
I – atuar preventivamente na área disciplinar;
II – apurar as irregularidades e transgressões disciplinares;
III – realizar correições nos procedimentos disciplinares, em caráter ordinário e
extraordinário;
IV – acompanhar a apuração dos procedimentos relacionados a crimes cometidos
pelos servidores da Polícia Rodoviária Federal;
V – orientar a atuação das Corregedorias Regionais;
VI – investigar denúncias contra os servidores do órgão, em conjunto com o
Ministério Público.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 70. A atividade Policial Rodoviária Federal é considerada de risco, exercida


sob condições especiais com prejuízo à saúde e à integridade física.

Art. 71. O Policial Rodoviário Federal poderá adquirir diretamente da indústria


nacional, armas e munições em calibres e quantidades permitidos em lei, observada
regulamentação interna.

Art. 72. Ficam estabelecidos os seguintes prazos, contados a partir da entrada em


vigor desta Lei:
I – 120 (cento e vinte) dias para:
a) reestruturação do Departamento de Polícia Rodoviária Federal atendendo ao
art. 6º desta Lei;
b) o estabelecimento do Regimento Interno do Departamento de Polícia
Rodoviária Federal previsto no art. 26 desta Lei;
II – 210 (duzentos e dez) dias para a elaboração e publicação dos Regimentos
Internos do Conselho Superior de Polícia Rodoviária Federal e dos Conselhos Regionais de
Polícia Rodoviária Federal, conforme art. 10, I desta Lei;
III – 480 (quatrocentos e oitenta) dias para:

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a) estabelecer o método de avaliação previsto no art. 46 desta Lei;
b) realização dos procedimentos necessários para a disponibilização da
assistência psicológicas mencionada nos arts. 57, IV, e 64 desta Lei;
c) estabelecer o Regulamento de Uniforme, regulamentar o pagamento do
auxílio-uniforme previsto no art. 58 e credenciar os estabelecimentos para sua
comercialização;
IV – 03 (três) anos para:
a) adequação aos comandos do art. 17 desta Lei (nomeação para
Superintendente);
b) realização do primeiro Curso de Especialização Policial previsto no § 1º do
art. 49 desta Lei;
c) realização do primeiro Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal previsto
no § 2º do art. 49 desta Lei;
V – 08 (oito) anos para adequação aos comandos do § 1º do art. 18 desta Lei.

Art. 73. Não será exigida a colação de grau em curso superior aos policiais
rodoviários federais em exercício na data de publicação desta Lei, para participação no Curso de
Especialização Profissional e no Curso Superior de Polícia Rodoviária Federal.

Art. 74. Aos servidores de que trata esta Lei, aplicam-se no que couber, os
preceitos da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e de outros diplomas legais, bem como as
disposições gerais referentes aos servidores públicos.

Art. 75. Lei própria disporá sobre o Regime Disciplinar dos policiais rodoviários
federais.

Art. 76. Fixada a dotação da Instituição na Lei de Orçamento Anual do


Departamento de Polícia Rodoviária Federal, não haverá contingenciamento.
Parágrafo único. O superávit financeiro decorrente de receitas próprias e
vinculadas deverá, obrigatoriamente, ser revertido em aumento do limite orçamentário ou em
créditos adicionais.

Art. 77. Comemora-se no dia 23 de julho o “Dia do Policial Rodoviário Federal”


e no dia 24 de julho o aniversário da Polícia Rodoviária Federal.

Art. 78. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as
disposições em contrário.

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ANEXO

Classe Padrão %

III 3

Inspetor II 3

I 6

VI 3

V 3

IV 3
Agente Especial
III 3

II 3

I 9

VI 1

V 1

IV 1
Agente Operacional
III 1

II 1

I 22

Agente - -

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