MONOGRAFIA
2010
1
MONOGRAFIA
Patos, PB
Abril de 2010
2
L972a
2010 Lustosa, Elane Maria Camboim.
Avaliação do sangue total e suas frações no diagnóstico de erliquiose
canina pela reação em cadeia da polimerase em nested (nested PCR) /
Elane, Maria Camboim Lustosa. - Patos - PB: CSTR, UFCG, 2010.
41p.
Inclui bibliografia.
Orientadora: Márcia Almeida de Melo
Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) – Centro de
Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande.
1 – Diagnóstico Laboratorial - Monografia. 2 – Erliquiose – cão. - I –
Título.
CDU: 616-074
3
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo seu amor, proteção, misericórdia e bondade sobre mim desde que nasci, por
permitir que eu chegasse até aqui, me dando força para suportar as perdas da vida e os
obstáculos, não me deixando desistir nem enfraquecer, colocando-me em seus braços,
curando minhas feridas, sendo meu amigo nos momentos de aflição em que eu me senti
sozinha, colocando em meu caminho pessoas especiais para realizar em mim a sua obra. A
ti meu amado Deus, a minha eterna gratidão e adoração.
A meu pai (in memorian) pela sua dedicação a minha vida, por seu amor incondicional aos
seus filhos, por todos os esforços sem medida durante sua vida para a nossa criação, por
sua vontade de me ver vencer, por todos os ensinamentos deixados em minha memória.
Saudades!
À minha mãe por todo amor e dedicação que foram essenciais me servindo de base nos
momentos difíceis, contribuindo para o meu crescimento pessoal e por toda sua
preocupação em me ver feliz.
Aos meus irmãos Edvânia e Ewerton, meus cunhados Geovannio e Renata, por todo
carinho e atenção e força nesta caminhada, me estimulando a seguir em frente e não
desistir nas horas difíceis, a todos eles a minha gratidão.
Ao meu grande amor Abraão Lyncolly pela sua presença constante em todos os momentos
desde que nos conhecemos, sua dedicação, amor, carinho, cuidado, compreensão, exemplo,
que me ensinou o verdadeiro sentido do amor.
A minha família paterna, em especial minha avó Leca que é até hoje a minha referência, e
aos meus tios Edilbelto (in memorian), Edilênia, Edmone e Edilpia a quem devo meus
verdadeiros valores de vida.
A minha família materna: minha avó Maria José, meus tios Naldo, Antônio, Sebastião,
França, Fátima, em especial Lúcia, que sempre me apoiaram e torceram por mim.
À família do meu noivo Lyncolly que considero minha nova família: Diassis e
Auxiliadora, meus sogros, a quem tenho grande admiração, meus cunhados Adão, Andrei,
Jaciara e Juliermson seu esposo pela amizade, apoio e carinho que sempre tiveram por
mim.
A minha orientadora Profª Drª. Marcia Melo e ao seu esposo Prof. Dr. Paulo de Andrade e
ao Fauzinho (alegria do laboratório) por todos os ensinamentos profissionais e pessoais,
pela amizade, apoio, acolhimento, por terem acreditado na minha capacidade, e por todo
exemplo que são para mim. Vocês foram fundamentais em minha vida.
A Tereza Emanulle que foi peça fundamental, trabalhando comigo em todos os momentos
deste estudo, partilhando seus conhecimentos, sendo acima de tudo amiga, sem a sua
presença não seria possível à realização deste trabalho.
6
As minhas amigas Claúdia, Rachel, Karla, Nanita, Verônica, Katyany e Herta que desde
sempre estiveram presentes seja por um telefonema ou visita, nunca perdendo o contato,
estando nos momentos mais precisos, me escutando, me aconselhando, torcendo sempre
por mim.
A todos do Centro Médico Veterinário (Dr. Leonardo, sua esposa Sibele, Drª. Aline, Diná,
Rodrigo e Ramon), pela amizade, acolhimento, confiança e ensinamentos contribuindo
para a minha vida profissional.
A todos os funcionários que direta ou indiretamente foram essenciais nesta etapa da minha
vida, em especial Tereza e Damião.
Aos professores Dr. Adriano Ferreira e Drª. Rosângela Maria que participaram da banca
examinadora, mesmo não tendo sido meus professores durante o curso teve maior respeito
e cuidado na avaliação do meu trabalho.
A todos que participaram desta etapa da minha vida direta e indiretamente me apoiando e
acreditando na minha capacidade.
7
SUMÁRIO
Pág
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 14
2.1 Etiologia...................................................................................................... 14
2.2 Histórico...................................................................................................... 14
2.3 Taxonomia.................................................................................................. 15
2.4 Epidemiologia............................................................................................. 16
2.5 Principais espécies que acometem o cão..................................................... 17
2.5.1 Ehrlichia ewingii (EGC)............................................................... 17
2.5.2. Ehrlichia platys (ETC)................................................................ 18
2.5.3. Ehrlichia canis (EMC)................................................................ 18
2.6 Transmissão, clínica e patogenia da infecção por Ehrlichia canis............. 19
2.7 Principais métodos de diagnósticos utilizados na detecção de Ehrlichia... 21
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 24
4.1 Local de Execução...................................................................................... 24
4.2 Amostras de Ehrlichias............................................................................... 24
4.3 Esfregaço Sanguíneo................................................................................... 25
4.4 Extração do DNA........................................................................................ 25
4.5 Nested PCR................................................................................................. 26
4.6 Análise Estatística....................................................................................... 27
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................... 28
7 CONCLUSÃO...................................................................................................... 33
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................... 34
8
LISTA DE FIGURAS
Pág
Figura 1 - Fotomicrografias de esfregaços de papa leucocitária de sangue de cães 22
positivos na nested PCR para Ehrlichia canis e/ou PCR para Anaplasma
platys..........................................................................................................................
Figura 2 - SepCell:LGC – Reagente para isolamento in vitro de linfócitos............. 25
Figura 3 - Eletroforese em gel de agarose apresentando os resultados da nested 30
PCR para detecção do gene 16S RNA ribossômico de Ehrlichia canis..................
9
LISTA DE TABELAS
Pág
Tabela 1. Esquema de classificação antiga e atual das principais espécies do gênero Ehrlichia, 16
Anaplasma e Neorickettsia com suas respectivas células alvos e
hospedeiros........................................................................................................................................
Tabela 2. Sequência de primers selecionados para amplificação do fragmento do 27
gene 16S RNA ribossômico de Ehrlichia, pela reação em cadeia da polimerase em
nested (nested PCR)...................................................................................................
Tabela 3. Resultados do esfregaço sanguíneo e da nested PCR das frações 28
sanguíneas das amostras do ácido desoxirribonucleico (DNA) dos cães com sinais
de Erliquiose................................................................................................................
Tabela 4. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e esfregaço 29
sanguíneo na detecção de Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica de
hemoparasitoses...........................................................................................................
Tabela 5. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e de mononucleares 31
(M) no diagnóstico de Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica............
Tabela 6. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e de granulócitos 31
(G) no diagnóstico de Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica.............
Tabela 7. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e papa leucocitária 31
(PL) no diagnóstico de Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica...........
Tabela 8. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e coágulo de sangue 32
(CS) no diagnóstico de Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica...........
10
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista que não existem estudos anteriores que avaliem frações
sanguíneas qualificando a melhor fonte de ácido desoxirribonucléico (DNA) para se
diagnosticar as diferentes espécies de Ehrlichia, e que atualmente técnicas moleculares têm
sido mais eficientes no diagnóstico de erliquiose é que se realizou através deste trabalho
um estudo que avalia o sangue total e suas frações (sangue total, papa leucocitária,
granulócito e coágulo de sangue) pela nested PCR a fim de identificar em qual destas, o
DNA de Ehrlichia pode ser mais facilmente detectado, facilitando assim o diagnóstico da
doença, além de comparar a nested PCR ao esfregaço sanguíneo, confirmando a baixa
sensibilidade da segunda técnica vista em estudos anteriores.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Etiologia
2.2 Histórico
momento são Ehrlichia canis e Anaplasma platys (AGUIAR et al., 2007; RAMOS et al.,
2009).
2.3 Taxonomia
Anaplasma e Neorickettsia com suas respectivas células alvos e hospedeiros principais são
demonstradas na Tabela 1 de acordo com a classificação modificada.
Tabela 1. Esquema de classificação antiga e atual das principais espécies do gênero Ehrlichia, Anaplasma e
Neorickettsia com suas respectivas células alvos e hospedeiros.
Classificação antiga Classificação atual Células Alvo Hospedeiros
Principais
Genogrupo I
Ehrlichia canis Ehrlichia canis Mononucleares Caninos
Ehrlichia chaffeensis Ehrlichia chaffeensis Mononucleares Humanos
Ehrlichia ewingii Ehrlichia ewingii Granulócitos Caninos
Cowdria ruminatium Ehrlichia ruminatium Endoteliais Ruminantes
Genogrupo II
Ehrlichia phagocytophila Anaplasma phagocytophila Granulócitos Ruminantes
Ehrlichia equi Anaplasma phagocytophila Granulócitos Equídeos
Erliquiose Granulocítia Anaplasma phagocytophila Granulócitos Humanos
Humana (EGH)
Ehrlichia platys Anaplasma platys Plaquetas Caninos
Genogrupo III
Ehrlichia sennetsu Neorickettsia sennetsu Mononucleares Humanos
Ehrlichia risticii Neorickettsia risticii Mononucleares Equídeos
Neorickettia helminthoeca Neorickettia helminthoeca Mononucleares Cães
Fonte: Dagnone et al. (2001); Dumler et al. (2001); Almosny (2002); Quinn et al. (2005); Silva et al. (2009).
2.4 Epidemiologia
diagnóstico direto para Ehrlichia canis a partir de diferentes tecidos como sangue
periférico (SP) capa leucocitária (CL), aspirados de medula óssea (MO) e linfonodo (LN),
concluíram que o diagnóstico a partir de SP é o que apresenta a menor sensibilidade (8%)
quando comparado a CL (66%), MO (34%) e LN (60,9%), desencorajando a utilização
dessa técnica para diagnóstico. A técnica não é eficaz devido também à constante flutuação
da parasitemia durante o curso da enfermidade (ELIAS, 1992). Corpúsculos iniciais,
mórulas e inclusões intraplaquetárias sugestivos para Ehrlichia canis e/ou Anaplasma
platys podem ser vistos na Figura 1.
etiológico. Os testes sorológicos também não são capazes de distinguir entre infecção
aguda e exposição prévia (RIKIHISA et al., 1994; SUKASAWAT et al., 2000).
Técnicas moleculares de diagnóstico reconhecidamente mais sensível, como a
PCR e a nested PCR, têm sido empregadas para o diagnóstico de Ehrlichia canis
(AGUIRRE et al, 2008; NAKAGHI et al. 2008; BANETH et al., 2009; KLEDMANEE et
al., 2009; MYLONAKIS et al., 2009; RAMOS et al., 2009).
A padronização da PCR é essencial para que esta possa ser usada como
diagnóstico seguro (ROTONDANO, 2007), pois se trata de uma reação que multiplica um
trecho específico do DNA utilizando primers que, por definição, são pequenos segmentos
de nucleotídeos capazes de se ligar em áreas conservadas de DNA do organismo testado,
amplificando uma região do mesmo e, dessa forma, permitindo sua identificação (COHN
et al., 2003). A nested PCR é uma segunda reação que utiliza o produto da amplificação da
primeira reação, obtendo assim, um produto menor que o da primeira amplificação. Uma
análise comparativa entre a PCR (gene dsb) e a nested PCR (16S RNA ribossômico),
realizada em amostras sangüíneas de cães infectados por Ehrlichia canis, demonstrou que
as duas técnicas são adequadas ao diagnóstico da EMC; no entanto, a nested PCR é até
agora a única capaz de diferenciar as espécies de Ehrlichia spp. (NAKAGHI et al., 2004).
A presença de DNA de Ehrlichia canis em cães infectados foi inicialmente
demonstrada pela PCR de sangue, medula óssea, baço, fígado, rim e linfonodos (IQBAL &
RIKIHISA, 1994; HARRUS et al., 1998; 2004; MYLONAKIS et al., 2004). Infecções
experimentais indicaram que o baço foi o local de maior probabilidade de encontrar
Ehrlichia canis durante a fase subclínica da EMC, apoiando a hipótese de que os
organismos são mais facilmente encontrados nos órgãos do que no sangue periférico.
Entretanto, o estudo não avaliou cães na fase aguda nem no início da fase sub-clínica, fases
estas em que se encontram em geral, os cães que recebem atendimento nos hospitais e
clínicas veterinárias (HARRUS et al., 1998; NEITZ & TOMAS, 1938)
No entanto, Gal et al. (2008) ressaltaram que informações comparativas sobre a
propagação e a presença de Ehrlichia canis por PCR em diferentes órgãos são limitadas e
que a comparação é difícil devido: a) diferenças na infecção natural e experimental, b)
diferentes fases da doença, c) metodologia de amostragem, d) natureza dos tecidos
avaliados.
24
4 MATERIAL E MÉTODOS
1
Sep Cell®, LGC Biotecnologia
25
2
LaborClin, Brasil
3
Invisorb ® Spin Blood kit Midi; INVITEK
26
Tabela 2. Sequencia de primers selecionados para a amplificação do fragmento do gene 16S RNAr de
Ehrlichia pela nested PCR.
Primer Agente Seqüência de Primer Pares de De-a
etiológico 5’-3’ base (pb)
(pb)
EHO sense E. spp AGAACGAACGCTGGCGGCAAGCC*
478 pb 13 – 490
EHO antisense E. spp CGTATTACCGCGGCTGCTGGC*
EHCA sense E. canis CAATTATTTATAGCCTCTGGCTATAGC*
EHCA E. canis TATAGGTACCGTCATTATCTTCCCTAT* 389 pb 58 – 446
antisense
EHPL sense A. platys TTTTTGTCGTAGCTTGCTATGATA**
384 pb 49 – 432
EHPL antisense A. platys TGTGGGTACCGTCATTATCTTCCCCA**
Fonte: *Bula et al., 2004/**João Pessoa Araújo Jr., comunicação pessoal.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 3. Resultados do esfregaço sanguíneo e da nested PCR das frações sanguíneas das amostras do ácido
desoxirribonucleico (DNA) dos cães com sinais de Erliquiose.
Nº de Esfregaço PCR PCR PCR PCR PCR
identicação sanguíneo Sangue total Granulócitos Mononucleares Papa de leucócitos Coágulo
do animal (E. spp.) (ST) (G) (M) (PL) sanguíneo
(C)
01 Positivo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo *
02 Negativo Ehrlichiacanis Ehrlichia canis Ehrlichia canis Ehrlichia canis *
03 Negativo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo Negativo
04 Negativo Ehrlichia canis Ehrlichia canis Ehrlichia canis Ehrlichia canis *
05 Negativo Negativo * * Negativo Negativo
06 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo *
07 Negativo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo *
08 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo
09 Positivo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo *
10 Negativo Ehrlichia canis Negativo Ehrlichia canis * Ehrlichia canis
11 Negativo Ehrlichia canis Ehrlichia canis Ehrlichia canis Ehrlichia canis *
12 Positivo Ehrlichia canis * * Ehrlichia canis/ Anaplasma
Anaplasma platys platys
13 Positivo Ehrlichia canis Negativo Ehrlichia canis Ehrlichia canis Negativo
14 Negativo Anaplasma platys Negativo Negativo Negativo Anaplasma
platys
15 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo
16 Positivo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo Negativo
17 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo
18 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo
19 Positivo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo Negativo
20 Positivo Ehrlichia spp. Negativo Negativo Negativo Negativo
21 Negativo Ehrlichia canis Negativo Ehrlichia canis Ehrlichia canis Negativo
22 * * * * * Negativo
23 * * * * * Ehrlichia canis
24 Positivo * * * * Ehrlichiacanis
* não foi feito
em Salvador e região metropolitana (5,33% para Ehrlichia canis), por Ramos et al. (2009)
em Recife-PE (9% e 21% para Ehrlichia canis e Anaplasma platys, respectivamente) e por
Nakaghi et al. (2008), em Jaboticabal, SP (3,3%). A alta sensibilidade da PCR foi relatada
por Mcbride et al. (1996) e Wen et al. (1997).
Das 14 (63,6%) amostras negativas no esfregaço sanguíneo, 8 (57,15%) foram
falso negativas, apresentando-se positivas na nested PCR de ST. Ramos et al. (2009)
observou uma proporção maior de falso negativos no exame direto em relação à nested
PCR para Ehrlichia canis e Anaplasma platys, concordando com os resultados encontrados
no presente trabalho. O teste Kappa indicou concordância fraca entre a presença de
mórulas em esfregaços sanguíneos e a nested PCR, mostrando uma diferença significativa
(p = 0,0133) para o esfregaço sanguíneo como demonstrado na Tabela 4. Todas as
amostras negativas na nested PCR de ST foram negativas no esfregaço sanguíneo, podendo
ser justificados pela subjetividade do exame direto, devido a curta duração de parasitemia e
da pouca sensibilidade da técnica como método de diagnóstico da infecção (MENESES, et
al., 2008).
Tabela 4. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e esfregaço sanguíneo na detecção de
Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica de hemoparasitoses.
Esfregaço sanguíneo
PCR (ST) Total
Positivo Negativo
Positivo 7 8 15
Negativo 0 6 6
Total 7 14 21
Qui - quadrado de McNemar (p = 0, 0133)
Kappa = 0, 3333
PM AMOSTRAS CP CN CN
500 pb
389 pb
400 pb
fração (ST, M e PL). Entre os 11 animais, em apenas 1 (9%) foi diagnosticada Anaplasma
platys nas frações de ST e CS.
Através do teste qui- quadrado de McNemar foi avaliado a sensibilidade diagnóstica
das frações (G, M, PL, CS) comparada ao ST. Quando os resultados do sangue total foram
comparados com os das frações de M e PL, a sensibilidade foi de 42,86% e com as frações
de G e CS foi de 21,43% e 33,33%, respectivamente.
Pelo teste kappa, as frações M, PL e CS apresentaram concordância fraca
comparado ao ST (Tabelas 5, 6, 7 e 8) e concordância pobre com a fração de G. Houve
significância estatística entre todos os testes.
Tabela 5. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e de mononucleares (M) no diagnóstico de
Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica.
PCR (M)
PCR (ST) Total
Positivo Negativo
Positivo 6 8 14
Negativo 0 5 5
Total 6 13 19
Qui - quadrado de McNemar (p = 0, 0133)
Kappa = 0, 2830
Tabela 6. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e de granulócitos (G) no diagnóstico de
Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica.
PCR (G)
PCR (ST) Total
Positivo Negativo
Positivo 3 11 14
Negativo 0 5 5
Total 3 16 19
Qui - quadrado McNemar (p = 0,0026)
Kappa = 0, 1255
Tabela 7. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e papa leucocitária (PL) no diagnóstico de
Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica.
PCR (PL)
PCR (ST) Total
Positivo Negativo
Positivo 6 8 14
Negativo 0 6 6
Total 6 14 20
Qui - quadrado McNemar (p = 0, 0133)
Kappa = 0, 3103
32
Tabela 8. Comparação entre nested PCR de sangue total (ST) e coágulo de sangue (CS) no diagnóstico de
Ehrlichia e Anaplasma em cães com suspeita clínica.
PCR (CS)
PCR (ST) Total
Positivo Negativo
Positivo 3 6 9
Negativo 0 5 5
Total 3 11 14
Qui - quadrado McNemar (p = 0, 0412)
Kappa = 0, 2632
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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