Ourinhos-SP
2009
Ficha Catalográfica
Banca examinadora
_________________________
Prof. Elaine Pasqualini, Me. (Orientadora)
_________________________ _________________________
Prof. .............................., Dr. Prof. ....................................., Dr.
Agradecemos em primeiro lugar a Deus, que nos capacitou, e que foi nosso
apoio, força e refúgio em momentos difíceis e incentivo, coragem e
determinação nos momentos bons.
Aos nossos amigos, aos antigos de longos anos, e aos novos que encontramos
no decorrer desses anos em busca de conhecimentos e realizações, por
entrarem e nossas vidas, trazerem as suas experiências, compartilhar
conhecimentos e fazer de nós pessoas melhores.
Aos nossos professores, a todos eles, aos que conviveram conosco apenas um
semestre e aos que estiveram presentes em nossas vidas universitárias por mais
tempo, por contribuírem com nosso crescimento profissional e pessoal, por nos
passarem conhecimentos e lições de vida, e que ao longo desses anos deixaram
em nossas vidas um pouco de si e levarão consigo em pouco de nós.
“A distância que você consegue percorrer na vida depende da sua ternura
para com os jovens, compaixão pelos idosos, solidariedade com os
esforçados e tolerância para com os fracos e os fortes, porque chegará o dia
em que você terá sido todos eles.”
George Washington
Resumo
O presente projeto buscou analisar alguns telecentros em andamento e citar melhorias nos
telecentros comunitários Acessa - SP, que têm proporcionado aos excluídos digitalmente
acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) à população de forma
gratuita, para que com estas melhorias atinjam uma quantidade maior de incluídos
digitalmente. Sendo o Brasil uma nação marcada por diversidades e o percentual de
pessoas que vivem em condições de extrema pobreza ser alto, surge a necessidade de
proporcionar uma melhor condição de vida para a população e a ação de incluir
digitalmente cria um cenário de inclusão social a fim de proporcionar uma vida melhor a
comunidades carentes. A tecnologia está evoluindo rápido e a sociedade não consegue
acompanhar esse ritmo acelerado por ser um grande desafio incluir toda a sociedade
digitalmente, diante desse desafio, foram pesquisados telecentros comunitários. Para o
desenvolvimento desse trabalho foram utilizadas referências encontradas em livros, sites,
monografias, dissertações e artigos que foram analisados a fim de se propor melhorias nos
programas governamentais selecionados. O instrumental utilizado para coleta de dados foi
um questionário respondido por três atuais monitores de postos do Acessa - SP e um ex
monitor do telecentro, para sanar duvidas quanto à rotina e funcionamento do telecentro a
fim de propor melhorias nos programas governamentais selecionados, visando a utilização
destes de forma gratuita e com base nesses dados esse projeto disponibilizará propostas de
melhorias à telecentros que já estão em funcionamento ou que futuramente funcionarão
utilizando meios e processos de inclusão digital.
The present project sought to analyze some telecentros in course and cite improvements in the
telecentros communal Accesses - SP, that have provided them excluded digital I access to the
Technologies of Information and Communication (TICs) to the population of free form, for
that with these improvements reach a bigger quantity of included digital. Being Brazil a
nation marked by diversities and the percentage of persons that live in conditions of extreme
poverty be highly, arises the need of provide a better condition of life for the population and
the action of include digital creates a setting of social enclosure in order to provide a better
life the lacking communities. The technology is evolving quick and the society is not going
to accompany that rhythm accelerated by be a big challenge include all the society digital,
faced with that challenge were researched some telecentros, For the development of that work
were utilized references found in books, sites, monographs, dissertations and articles that
were analyzed in order to be proposed improvements in the governmental programs selected.
The instrumental one utilized for fact-gathering was a questionnaire taken responsibility for
three present monitors of positions of accesses- SP and an ex monitor of the telecentro, for of
cure doubts as regards the routine and operation of the telecentro in order to propose
improvements in the governmental programs selected, aiming at the utilization of these of free
form and on the basis of those facts that project will dispose proposals of improvements That
future will function utilizing means and trials of digital enclosure.
OS - Organizações Sociais
OSCIPs –Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
1.Introdução............................................................................................................................................15
1.1.Contextualiazação.............................................................................................................................15
1.2.Objetivo............................................................................................................................................16
1.3.Justificativa.......................................................................................................................................16
1.4.Metodologia......................................................................................................................................17
1.5.Descrição do trabalho.......................................................................................................................17
2.Revisão de literatura............................................................................................................................18
3.Inclusão digital....................................................................................................................................19
3.1.Conceitos..........................................................................................................................................19
3.2.Programas e projetos para a inclusão digital....................................................................................20
3.3.Gráficos e estatísticas........................................................................................................................21
3.4.A importância da inclusão digital.....................................................................................................23
4.Software livre.......................................................................................................................................25
4.1.Licenças de distribuição....................................................................................................................25
4.2.O Software livre e Inclusão Digital..................................................................................................26
5.Telecentros no Brasil...........................................................................................................................27
5.1.Telecentros comunitários..................................................................................................................27
5.2.Projetos de inclusão digital no Brasil...............................................................................................27
5.2.1.Acessa São Paulo...........................................................................................................................28
5.2.2. Inclusão Sócio-Digital..................................................................................................................29
5.2.3.Paranavegar....................................................................................................................................30
5.2.4.Projeto Beija-Flor..........................................................................................................................30
5.2.5.CDI – Comitê para democratização da informática.......................................................................31
5.2.6.Estação Digital...............................................................................................................................32
6. Proposta de melhoria em telecentros..................................................................................................33
6.1. Telecentros móveis..........................................................................................................................33
6.1.1. Melhorias previstas.......................................................................................................................37
6.2. Biblioteca - Telecentro Digital........................................................................................................38
6.2.1.Melhorias previstas........................................................................................................................42
7.Considerações finais............................................................................................................................43
8.Continuidade do trabalho.....................................................................................................................44
Referências .............................................................................................................................................45
Apêndice A.............................................................................................................................................47
Apêndice B.............................................................................................................................................51
Apêndice C.............................................................................................................................................55
Apêndice D.............................................................................................................................................58
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 15
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
1.2 Objetivo
1.3 Justificativa
1.4 Método
2. Revisão de literatura
Rebelo (2005) comenta que o Brasil é um país marcado por diversidades, surgindo a
necessidade de incluir-se digitalmente a sociedade como suporte para a inclusão social.
Entretanto oferecer apenas a tecnologia não é o suficiente para ocorrer a inclusão. Deve-se
ensinar as pessoas como utilizá-las e como poderão melhorar as suas condições de vida com o
uso delas.
A inclusão digital segundo Silveira (2005) ocorre com a disponibilização de internet,
e-mail, acesso aos conteúdos na rede, como sites governamentais, de notícias e culturais,
ferramentas para produção de conteúdos, fornecendo meios de comunicação e aprendizado
para a sociedade. Para que isso ocorra, Silveira e Cassiano (2003) sustentam a idéia de que
utilizando plataformas abertas e o uso de programas de computadores considerados livres, os
projetos de inclusão digital seriam implantados em mais municípios do Brasil.
Em seu estudo Waiselfiez (2007) diz que acesso ao computador e a internet são fatores
de competitividade para o desenvolvimento econômico de um país.
Sendo assim, o telecentro tem como missão alfabetizar, mas diferentemente de uma
escola. A inclusão digital se faz necessária para a melhoria não somente da pessoa que está
incluída, mas também para sociedade como um todo.
Com base nos estudos, aqui apresentados, este projeto poderá beneficiar pessoas
privadas de tecnologias, tanto de equipamentos quanto aos benefícios e serviços que ela pode
oferecer, pois seu objetivo é incentivar e desenvolver propostas viáveis que atendam as
necessidades da sociedade e que seja capaz de criar oportunidades de melhorias de vidas para
os seus usuários.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 19
3. Inclusão digital
3.1 - Conceitos
Acesso para todos sim! Mas não se deve entender por isso um “acesso ao equipamento”, a
simples conexão técnica que, em pouco tempo, estará de toda forma muito barata (...).
Devemos antes entender um acesso de todos aos processos de inteligência coletiva, quer
dizer, ao ciberespaço como sistema aberto de autocartografia dinâmica do real, de expressão
das singularidades, de elaboração dos problemas, de confecção do laço social pela
aprendizagem recíproca, e de livre navegação nos saberes. (Lévy, 1999. p.196).
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 20
Portanto entende-se que incluir digitalmente não é somente equipar a população com
microcomputadores e sim proporcionar meios de comunicação e aprendizado a toda à
sociedade.
Dados que precisam aumentar, pois a inclusão digital ajuda a desenvolver e a incluir, a
fim de proporcionar melhorias nas condições de vida da população.
As figuras abaixo mostram dados sobre telecentros revelados pela ONID, segundo a
figura 01 aproximadamente 60% dos municípios brasileiros não possuem telecentros
instalados, a figura dois mostra que as regiões norte, sul e centro - oeste do país ainda possui
poucos telecentros e a figura três afirma que o município de São Paulo com 385 unidades é o
que possui o maior número de telecentros do Brasil, seguido do Rio de janeiro com 178 e
Belo Horizonte com 134.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 22
40%
60%
A ilustração acima mostra que os grandes centros do país estão preocupados com a
inclusão digital, disponibilizando um grande número de telecentros nos municípios.
curso para estes aplicativos, possui um valor extremamente alto para o poder aquisitivo médio
do brasileiro, especialmente para os jovens.
Segundo Rondelli (2004) há quatro passos importantes na inclusão digital, sendo eles:
o ensino (para a autora possibilitar apenas o simples acesso não adianta); a oportunidade de
emprego dos suportes técnicos digitais na vida cotidiana e no trabalho; a necessidade de
políticas públicas para inclusão e a exploração dos potenciais dos meios digitais.
Sendo assim é possível considerar os telecentros que possuem a missão de incluir
digitalmente um importante processo para a inclusão social e digital, pois os mesmos
colaboram para o avanço tecnológico do país.
4. Software livre
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 25
Danesh (2000) cita que o software aberto pode ser distribuído em uma grande
variedade de licenças.
O autor afirma que a mais famosa é a GNU, General Public License (GPL), usada pela
maior parte do software desenvolvido pela Free Software Foundation. É por isso que é
possível que tantos fornecedores diferentes produzam distribuições gratuitas ou
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 26
Nos últimos anos têm se falado muito em inclusão digital e como os softwares livres
têm crescido exponencialmente percebeu-se que a união dos dois pode ser útil.
A principal característica do software aberto é a disponibilização do código fonte a
qualquer interessado, o que traz inúmeros benefícios para desenvolvedores e usuários em
geral. Já a inclusão digital depende de alguns elementos, tais como, computador, telefone,
provimento de acesso e a formação básica em softwares aplicativos.
Os autores Silveira e Cassino (2003) afirmam que no Brasil apenas 15% da população
tem acesso ao mundo digital. Utilizam-se de programas para computadores considerados
livres, que garantem uma economia na aquisição de licenças de uso. Assim facilita-se a
implementação de projetos de inclusão digital, na tentativa de combater o monopólio que
existe atualmente sobre os programas de computador.
Atualmente para a inclusão digital ser economicamente sustentável, deve-se utilizar
plataformas abertas e não-proprietárias. O fato de desenvolver softwares livres é um elemento
de afirmação de cidadania, inteligência coletiva e redução da dependência tecnológica.
5. Telecentros no Brasil
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 27
5.1-Telecentros comunitários
Segundo a ONID (2009a) existem no Brasil mais de 5192 telecentros espalhados pelo
país.
Os maiores telecentros relatados pela ONID (Observatório Nacional de Inclusão
Digital) são: Acessa São Paulo (São Paulo) com 448 telecentros, Programas de Inclusão
Sócio-Digital (Bahia) com 382 telecentros, programa Paranavegar (Paraná) com 121
telecentros e Projeto Beija-Flor (Santa Catarina) com 88 telecentros mapeados.
Outros telecentros como CDI (Escola de Democratização da Informática), Estação
Digital também são citados pela ONID. A seguir descrevem-se esses telecentros.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 28
De acordo com Acessa São Paulo (2009), esse é um programa de inclusão digital do
Governo do Estado de São Paulo, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública, com gestão
da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo). Instituído em
julho de 2000, o Programa Acessa São Paulo oferece para a população do Estado o acesso às
novas tecnologias da informação e comunicação (TIC's), em especial à internet, contribuindo
para o desenvolvimento social, cultural, intelectual e econômico dos cidadãos paulistas.
Para atingir seus objetivos, o Programa Acessa São Paulo abre e mantém espaços
públicos com computadores para acesso gratuito e livre à internet conforme necessidade do
município, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural, intelectual e econômico dos
cidadãos paulistas.
Sua missão é garantir o acesso democrático e gratuito às tecnologias da informação e
comunicação, acabando com a exclusão digital no Estado de São Paulo para o
desenvolvimento econômico, social, pessoal e da cidadania e ser reconhecido
internacionalmente como referência em inclusão digital.
Para melhor atender a população e atingir os objetivos de inclusão digital, o Programa
Acessa São Paulo possui 2 tipos distintos de postos, cada um com características especiais. Os
postos municipais que são implantados em parceria com as prefeituras paulistas e os POPAIS
- Postos Públicos de Acesso à internet que são implantados em parceria com secretarias e
órgãos do Governo do Estado, como por exemplo os postos Poupatempo.
Segundo o Acessa São Paulo (2009) o programa possui 8 anos de existência.
Aproximadamente 1,74 milhões de usuários cadastrados em 504 postos, 40,33 milhões de
atendimentos anuais e emprega no total 1.154 monitores.
O Acessa -SP conta com a parceria e o expertise do LIDEC - Laboratório de Inclusão
Digital e Educação Comunitária da Escola do Futuro da USP - co-responsável por diversas
das atividades desenvolvidas pelo programa.
5.2.3 – Paranavegar
Segundo o site Inclusão Digital IBICT (2009), o programa Paranavegar foi criado em
2003 com o objetivo de disponibilizar computadores com acesso à internet e correio
eletrônico a toda a população do Paraná e formar os Agentes Locais de Inclusão Digital,
pessoas da própria comunidade que tenham interesse e capacidade de articulação com o seu
meio, atendendo prioritariamente os locais com menor índice de desenvolvimento humano
(IDH). Atualmente, o projeto beneficia mais de 50 comunidades em todo o Estado e foram
implantados 103 telecentros.
Segundo o site da ONID (2009c) o programa Paranavegar possui 121 telecentros
mapeados, tendo 129 unidades declaradas, com uma abrangência estadual de gestão pública.
O programa tem por objetivos a disponibilização de computadores com acesso à
internet e os seus utilitários para toda a população paranaense. Formar pessoas da comunidade
com interesse em se tornarem Agentes Locais capacitando-os em seus meios.
Esses agentes trabalham na capacitação da comunidade em TI (Tecnologias da
Informação), na identificação de caminhos para o seu desenvolvimento e para conhecimento
de sua realidade. Assim esse trabalho de Agentes Locais visa a capacitação de agentes para a
inclusão social, sendo de responsabilidade do agente auxiliar a produção de informação e
construção do conhecimento da comunidade.
Esse programa baseia-se em padrões que garantam o acesso universal, em solução de
baixo custo tecnológico que permite uma rápida expansão dessa política de inclusão. Todo
acesso público aos computadores e à internet são realizados por meio de softwares livres.
outros. Acredita-se que o domínio das novas tecnologias abre oportunidades de trabalho e de
geração de renda, possibilita o acesso a fontes de informação e espaços de sociabilidade.
Para Rebelo (2005), o CDI tem obtido bons resultados sobre a inclusão social apesar
de ser um cenário pouco estudado no Brasil, o comitê é reconhecido e elogiado por vários
estudiosos que costumam classificar as ações do comitê como exemplo em palestras mundo
afora.
5.2.6–Estação Digital
Segundo a ONID (2009b) a Estação Digital é um espaço social que faz parte do
Programa de Inclusão Digital da Fundação Banco do Brasil, ou seja, um espaço que se dispõe
a facilitar a mobilização das pessoas da comunidade. A Estação Digital tem por objetivo
contribuir com a comunidade local para o desenvolvimento de sua qualidade de vida.
Esse projeto foi desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil, por acreditarem que a
informação é fundamental para o conhecimento, participação em sociedade e ampliação de
oportunidades de trabalho. É composto por estações digitais implantadas em comunidades
carentes de acesso a tecnologias, em parceria com entidades do município e organizações.
Consiste em Estações Digitais implantadas em comunidades que não possuem acesso
a tecnologias, em parceria com entidades do município e organizações. Sempre que possível,
busca fortalecimento dessa ação integrando-a a outros programas já desenvolvidos.
Cada comunidade poderá ter três turmas nos períodos da manhã e tarde, com no
máximo vinte e quatro alunos cada, com datas de início e fim estipuladas e uma coleção de
atividades para cada semana.
As aulas semanais seguirão um plano e teriam um prazo a cumprir conforme ilustrado
na Tabela 1.
O curso disponibilizado pelo telecentro móvel seguiria o roteiro de atividades da
Tabela 2. Nos três primeiros meses ensinará a origem da informática, os conceitos como
dados, informação, conhecimento e os dispositivos de entrada, processamento e saída, após
passado todo o conhecimento necessário, será realizada uma prova prática em laboratório
utilizando softwares aplicativos. Concluída a primeira parte dará início a segunda parte do
curso onde será ensinado a tecnologia da informação, aplicativos (Word, Excel, Power Point),
segurança das informações e internet, sendo que mesmo antes das aulas práticas sobre internet
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 36
o aluno já pratica o uso da mesma. Após concluída esta última parte os alunos farão uma nova
avaliação e receberão o certificado de conclusão do curso.
TABELA 1
Quadro dos horários de aulas semanais do telecentro móvel
TABELA 2
Plano de aulas do telecentro móvel
PLANO DE AULAS
Matéria/ Meses 01 02 03 04 05 06
Dados, informação, conhecimento e os dispositivos O O O
de entrada, processamento e saída.
Prova O
Cada microcomputador será ocupado por no máximo dois alunos e as lições deverão
ter nomes, limite de tempo para serem executadas, nota máxima, número máximo de
tentativas de resolução pelos alunos. Já a prova é uma atividade no qual o professor estabelece
uma tarefa com data de execução, incluindo uma nota para a tarefa total completada. A data
em que a prova será realizada é registrada pelo monitor. Depois da realização da prova o
monitor irá corrigir e os alunos receberão via e-mail suas notas para assim praticarem o uso
do mesmo.
O telecentro móvel e seria um veículo adaptado. No caso seria um ônibus adaptado
que já possua banheiro. Geralmente são doados pela Receita Federal e comportariam de 8 a
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 37
Algumas cidades do Estado de São Paulo já possuem unidades móveis para atender as
comunidades, no entanto disponibilizam apenas serviços de pedidos de segunda via de
documentos, consultas de pendências ou dívidas para o governo. Permanecem nessas
comunidades por até 3 dias e partem sem data prevista para retornarem. Algumas capitais do
Brasil que possuem o telecentro- móvel, como a cidade de Curitiba no Paraná, atendia apenas
os bairros mais carentes da cidade, fornecendo apenas o serviço de internet.
A melhoria no telecentro- móvel visa não apenas disponibilizar o acesso à internet,
mas também incluir digitalmente os seus usuários, disponibilizando gratuitamente cursos
básicos de informática e internet, serviços de pedidos de segunda via de documentos e
acesso a internet a toda a comunidade. O posto móvel pretende atender principalmente
regiões mais isoladas e carentes, como comunidades rurais, e locais onde não haja a
possibilidade e infra-estrutura para a instalação de um telecentro fixo. Atenderia a
comunidade a cada 15 dias durante um semestre.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 38
como por exemplo as oficinas oferecidas; teriam dois banheiros um normal e outro para
pessoas com necessidades físicas, conforme planta abaixo:
A partir desta iniciativa poderá surgir a hora do conto, com os monitores disponíveis
para contar e criarem histórias e até peças de teatros estimuladas pelos jovens usuários do
Acessa – SP, pois a leitura se tornaria um hábito e possivelmente um lazer para os usuários.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 41
Segundo Calgaro (2009) no Ceará funciona um projeto parecido com esta proposta,
funciona da seguinte forma: a pessoa pode utilizar o microcomputador equivalente ao tempo
em que praticou a leitura, ou seja, uma hora de leitura equivale a uma hora de uso do
computador. Já no Acessa- SP o tempo de uso de cada pessoa no microcomputador continuara
sendo de 30 minutos por vez, já que a demanda de usuários é grande para o volume de
microcomputadores disponíveis por posto.
A autora diz que o projeto do Ceará, que possui o nome de Bila, teve a iniciativa em
2008 e chamou a atenção fora do Ceará pela a sua iniciativa de incluir a leitura na vida dos
jovens. Foi um dos 15 finalistas do prêmio Vivaleitura 2008, iniciativa do Ministério da
Educação e da Organização dos Estados Libero - Americanos (OEI). A premiação foi
realizada em São Paulo em novembro de 2008.
Segundo a mesma, com a digitalização dos acervos, as bibliotecas de papel vem sendo
deixadas de lado, o que torna o aprendizado complicado, pois com esta facilidade os alunos
somente copiam o que esta na internet e colam no trabalho, sem ao menos fazer a leitura
completa do que estão utilizando. A maioria dos jovens já não sabem como pesquisar em
livros, por isso preferem utilizar sites de busca, o que deixa tudo muito mais fácil. Para o
aluno este projeto poderá ajudar a resgatar essa aptidão perdida pelos jovens estudantes e
contribuirá para terem uma ótima leitura e escrita.
O acervo seria composto por doações de bibliotecas, também poderiam ser realizadas
pelos usuários e pessoas da comunidade e por colaboração da prefeitura municipal e do
governo do Estado por meio de requerimentos feito pelo responsável pela abertura do
telecentro.
O projeto também disponibilizaria várias oficinas com temas como educação,
educação ambiental, criação de sites, digitação, internet, inglês, artesanato entre outros temas
sociais, ambientais e profissionais. As oficinas seriam gratuitas e aconteceriam de manhã e à
tarde, para participar bastaria estar com RG e comparecer no posto com um dia de
antecedência para efetuar a inscrição. As oficinas seriam aplicadas por voluntários e por
funcionários que a prefeitura disponibilizaria.
Nas bibliotecas - telecentros poderiam também ser impressos documentos, segunda via
de boletos, mensagens e informações de interesse dos usuários. Todos os serviços, oficinas e
materiais seriam fornecidos pelos Telecentros gratuitamente.
7. Considerações finais
Com o uso do computador, por meio de sites, softwares e jogos, a comunicação entre a
sociedade tem renovado as normas tradicionais da produção do conhecimento.
Embora o molde tradicional dos telecentros seja eficiente, a utilização das novas
ferramentas abre novas possibilidades significativas de aprendizagem, pois atualmente os
usuários de telecentros utilizam-no somente para sites de relacionamentos e jogos on-line.
8. Continuidade do trabalho
Para dar continuidade ao projeto é interessante a união das duas propostas, isto é, a
criação de telecentro - biblioteca móvel já que as comunidades que receberiam o telecentro
móvel também não possuem acesso a bibliotecas.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 44
Este projeto foi concebido para fins de estudo, porém visando aplicação profissional.
Como as propostas não estão completamente concluídas, pretende-se inicialmente efetuar
melhorias, em seguida, efetuar o desenvolvimento e implementação da união das duas
propostas. Quando ambas estiverem concluídas e em funcionamento, o projeto será submetido
a teste.
Referências
Acessa São Paulo. O que é o Programa Acessa São Paulo? Disponível em:
<www.acessasp.sp.gov.br>. Acessado em: 14 de maio de 2009.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 45
CALGARO, Fernanda. Em lan house, uma hora de leitura vale uma hora de internet.
Disponível em < http://www.portaldetonando.com.br/forum/em-lan-house-uma-hora-de-
leitura-vale-uma-hora-de-internet-t10313.html>. Acessado em: 20 de out. de 2009.
CAMARGO, Marly F.; RIBEIRO, José Carlos; SANTOS, Cléria V. Soares. Experiências de
inclusão digital em Salvador (Bahia): Projetos com uso do computador em 2004.
Diponível em < http://dici.ibict.br/archive/00000522/01/RibeiroCleriaMarly.pdf> . Acessado
em: 02 de maio de 2009.
DANESH, Armand. Dominando o Linux – “A Bíblia”, São Paulo: Makron Books, 2000.
Free Software Fundation. O que é software livre?. Disponível em: <www.fsf.org.br >.
Acessado em: 21 de nov. de 2008.
Fundação Banco do Brasil Estão Digital. Sobre o Programa Inclusão Digital. Disponível
em: < http://www.fbb.org.br/estacaodigital/action/publico/sobreOPrograma.fbb>. Acessado
em: 15 de set. de 2009, às 17:12 horas.
IDBrasil a. Internet banda larga vai chegar a todos os municípios do Brasil até o final de
2007. Disponível em: < www.idbrasil.org.br>. Acessado em: 17 de maio de 2009.
IDBrasil b. Inclusão Digital para fazer Inclusão Social. Disponível em: <
http://www.idbrasil.gov.br/docs_prog_gesac/artigos_entrevistas/Document.2004-06-
30.2807>. Acessado em: 13 de out. de 2009.
ONID a. Maiores programas estaduais de ID mapeados pelo ONID – boletim mensal, nº9,
março/abril 2009. Disponível em: < www.onid.org.br > Acessado em: 20 de abr. de 2009.
ONID b. Programas de inclusão digital. Disponível em: < www.onid.org.br > Acessado em:
20 fev. de 2009.
RONDELLI, Elizabeth (2004). Quatro passos para a inclusão digital. Disponível em:
<http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/5/4passos.htm>. Acessado em 26 de março de
2009.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu da; CASSIANO, João. Software Livre e Inclusão Digital. São
Paulo: Conrad, 2003.
APÊNDICE A
1-Qual o seu nome e em que telecentro você trabalha, e qual a sua função?
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 47
______________________________
Daiana Borges de Camillo
APÊNDICE B
1-Qual o seu nome e em que telecentro você trabalha, e qual a sua função?
R-Bom meu nome é Cássia Regina e sou monitora do Acessa- SP do metro São Bento.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 51
16-Você tem alguma sugestão que em sua opinião poderia melhorar o atendimento nos
telecentros? Ou melhorar o próprio telecentro, seu funcionamento, rotinas, programas?
R-Sim, acho que para as pessoas que vem para fazer seus trabalhos o tempo de uso deveria ser
maior, já que em 30 minutos a pessoa não consegue fazer a pesquisa e montar seu trabalho,
também acho que deveria ter um programa de incentivo a leitura, pois vejo que muitos
usuários não possuem uma boa escrita.
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 53
Eu, Cássia Regina, monitora do Acessa –SP do metro São Bento, AUTORIZO as
alunas Ana Paula Quitério Matr.2050160-9 e Natalia Leite Alvarenga Matr. 2050148-1,
matriculados regularmente na FATEC – Faculdade de Tecnologia de Ourinhos/SP a utilizar o
questionário respondido para fins de estudo.
______________________________
Cássia Regina
APÊNDICE C
1-Qual o seu nome, em que telecentro você trabalha, e qual a sua função?
R - Natalia Leite Alvarenga ex monitora do acessa de Salto Grande.
16-Você tem alguma sugestão que em sua opinião poderia melhorar o atendimento nos
telecentros? Ou melhorar o próprio telecentro, seu funcionamento, rotinas, programas?
R - Se pudessem colaborar para a aprendizagem dos usuários para utilizar as máquinas
corretamente o funcionamento do posto ficaria melhor, já que haveria menos estress e tumulto
sobre os computadores.
Eu, Natalia Leite Alvarenga, ex monitora do Acessa –SP de Salto Grande AUTORIZO
as alunas Ana Paula Quitério Matr.2050160-9 e Natalia Leite Alvarenga Matr. 2050148-1,
matriculados regularmente na FATEC – Faculdade de Tecnologia de Ourinhos/SP a utilizar o
questionário respondido para fins de estudo.
______________________________
Natalia Leite Alvarenga
APÊNDICE D
1-Qual o seu nome, em que telecentro você trabalha, e qual a sua função?
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 58
R-Bom meu nome é Fernando Menezes Veloza e sou monitor do Acessa - SP de Francisco
Morato.
16-Você tem alguma sugestão que em sua opinião poderia melhorar o atendimento nos
telecentros? Ou melhorar o próprio telecentro, seu funcionamento, rotinas, programas?
R - Acho que deveria ter algo que chamasse mais a atenção dos usuários algo que ajudasse a
aumentar a capacidade de raciocínio, que faça que os postos ajudem em sua vida, e que não
sirvam somente para diversão.
AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE QUESTIONÁRIO
Fatec – Ourinhos - Análise de Sistemas e Tecnologias da Informação - Trabalho de Titulação 60
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Fernando Menezes Veloza