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COMPORTAMENTO DO CRENTE

Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus Cristo, deve andar “de
modo digno da vocação a que fostes chamados”. Isso será demonstrado através de sua
conduta, o seu viver diário. A Palavra de Deus nos fornece inúmeros modelos para aplicarmos
em nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente deve refletir a de uma
pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da
Palavra de Deus é que iremos saber se o comportamento do crente é correto ou não.
Baseados nisso, iremos verificar alguns princípios que, se forem seguidos, com toda certeza
farão uma grande diferença na vida daquele que praticar, bem como na vida das pessoas que
estão a sua volta. Há uma grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar.

Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal objetivo. Somos exortados, pela
Palavra de Deus, como deve ser a nossa conduta “para que vos torneis irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual
resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15).

I. O SERVIÇO CRISTÃO

Paulo instrui princípios sadios de como deve ser o comportamento do cristão em várias áreas.
O crente deve manter um padrão exemplar de conduta, para que em tudo, Cristo venha a ser
glorificado. Primeiramente, somos instruídos de que o “Eu” (aquilo que realmente eu sou) deve
ser sacrificado. Sacrifício é algo que por natureza, nós não estamos acostumados a fazer.
Custa muito sacrificar. Mas é necessário.

1. EM RELAÇÃO A DEUS
A conduta cristã está baseada em ter-se uma atitude certa para com Nosso Deus. A
atitude com que fazemos, realizamos, recebemos as coisas demonstra como está o nosso
nível para com Deus. O crente fora justificado, no entanto, deve procurar viver uma vida de
santidade. A primeira cláusula de importância nessa etapa da conduta cristã é “Apresentar-se a
Si mesmo a Deus”. Isso significa que por meio de nossas próprias forças não somos capazes
de realizar algo ou alguma coisa (Rm 12.1,2; comparação 1Co 6.19,20). “Como por um ato de
rendição nossa, alcançamos o poder da cruz, para uma vida separada, assim agora, por um
ato semelhante, entramos numa vida de serviço. Isto feito segue-se a atitude de prontidão para
qualquer serviço que Ele requeira de nós. Assim o ato torna uma atitude constante, de toda a
vida, sempre se rendendo, desejando e esperando fazer a vontade dELe”.[1]

As implicações de se apresentar a Deus são várias, notemos:

1) é voluntária: Deus deseja que apresentemos nossos corpos, isso cabe a cada um de nós.
Não é uma obrigação, mas isso implica necessariamente em viver de acordo com a Vontade de
Deus. Se não se apresenta o corpo voluntariamente o resultado é derrota e falta de fruto.
2) é pessoal: cada um deve apresentar o seu próprio corpo, não o de seu amigo, não de sua
amiga, namorada, esposa, pai ou mãe, mas, sim, o seu próprio corpo.
3) é sacrificial: sem sacrifício não há recompensas, sem um sacrifício vivo não existe
conquistas e vitórias espirituais.
4) é racional: não é uma entrega insensata, mas uma entrega da razão, a pessoa sabe
exatamente o que está fazendo. É um culto prestado pela mente e pelo coração. Com toda
certeza o maior exemplo desta entrega total do corpo, sem reservas, fora a do Senhor Jesus
Cristo, que quando estava nesta terra, fez exatamente aquilo que o Pai Se agradava, pois não
procurou fazer a Sua vontade e, sim, a do Pai.

2. EM RELAÇÃO A NÓS MESMOS


O crente não deve procurar estimar-se mais do que lhe é próprio. “Não pense de si mesmo,
além do que convém” (Rm 12.3). É uma ordem! Caso uma pessoa pense de si mesma, além
do lhe convém, com toda certeza, começará a causar problemas e atritos entre os irmãos e
entre o corpo de Cristo, a Igreja. Pessoas assim se tornam orgulhosas, cheias de ambição e
justiça própria, logo entrarão em desacordo com a liderança. Ao contrário, o crente que se
submete ao poderio do Espírito Santo, sabe de suas forças e das suas limitações. Este procura
sempre buscar o auxílio de Deus para exercer o seu dom e nunca o usará fora daquilo que lhe
cabível ou concernente. “Nunca ficamos mais úteis por servirmos em trabalhos para os quais
não somos idôneos”.
O comportamento durante as ministrações(sejam louvores, pregações, oportunidades etc) deve
ser imprescindível, para que os outros irmãos não venham a ser prejudicados no tocante a sua
atenção, é importante que ao adentrarmos na casa do Senhor tenhamos nossa atenção voltada
100% para o desenrolar do culto, até mesmo porque esse tempo deve ser reservado para
adoração.

3. EM RELAÇÃO À IGREJA

A Igreja é um organismo e não uma organização. Aqui verificamos que os crentes prestam
seus serviços na Igreja de Deus por meio de seus dons espirituais. Uma analogia feito com o
corpo humano, que tendo muitos membros, cada um diferente do outro, no entanto é um, cada
membro opera em conjunto para o perfeito funcionamento do todo (1Co 12). Assim, deste
modo, deve ser o Corpo de Cristo, muitos membros, muitas pessoas com diferentes
qualidades, dons, personalidades, mas todas devem agir para um só benefício, para um só
bem comum, que é o aperfeiçoamento dos santos e a glorificação de Nosso Deus. Nenhum
membro desse corpo deve procurar o que lhe é do agrado, mas, sim, aquilo que beneficia aos
outros. “A marca das obras das mãos de Deus é a diversidade, não a uniformidade. Assim é
com a natureza; é assim também com a graça, e em nenhum lugar mais do que na
comunidade cristã. Nesta há muitos homens e mulheres das mais diversas espécies de origem,
ambiente, temperamento e capacidade. E não só isso, mas, desde que se tornaram cristãos,
são também dotados por Deus de uma grande variedade de dons espirituais. Entretanto,
graças a essa diversidade e por meio dela, todos podem cooperar para o bem do todo”.[3]
Cada crente em Cristo Jesus possui um ou vários dons espirituais. Estes dons foram
concedidos com o propósito de edificarmos a cada um, para fazermos com que o corpo
funcione. Assim, desta forma, com a união de cada um em torno de Cristo, corpo funciona.
Paulo nos apresenta neste trecho (Rm 12.4-8) sete destes dons, indicando assim uma
perfeição.

É claro que o número de dons concedidos pelo Espírito não é somente sete, mas estes são os
que o apóstolo considerou na Epístola:
1) dom de profecia, a ministração das verdades espirituais.
2) dom do ministério se refere ao serviço prestado ao Mestre.
3) dom de ensino, explicação da Palavra para o povo.
4) dom de exortação, encorajamento para se fazer o que é certo, chamar a atenção para faltas.
5) dom de contribuição deveria exercer com liberalidade, sem interesses próprios.
6) dom de presidir, aquele que governa, chefia ou guia o povo de Deus.
7) dom de misericórdia, cuidar dos necessitados, com o intuito de confortar.

II. EXORTAÇÕES PRÁTICAS

Paulo apresenta uma série de exortações para os crentes. Esse modo de viver deve marcar a
conduta do crente. Este é exortado a praticar o amor para com todos sem discriminação,
somente assim, será capaz de ter uma conduta adequada perante as pessoas (Rm 12.9).
Temos então uma oportunidade de servir na sociedade que vemos a nossa frente.

1. CONDUTA EM RELAÇÃO À SOCIEDADE


O crente tem um dever de viver uma vida digna perante os demais. “Vivei, acima de tudo, por
modo digno do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27). O Amor deve ser o elemento que governa as
nossas atitudes (Rm 12.9) para com o nosso próximo. “Se não tiver amor, nada serei” (1Co
13.2). Esse amor em nossos corações deve fazer com amemos uns aos outros com amor
fraternal (Rm 12.10), não buscando honras para si mesmo, mas sim honrando aos demais (Fp
2.3-5). “A razão por que é o amor de tão alta importância reside no fato de que o amor é o
cumprimento de toda lei e a lei é o próprio fundamento do Estado. Nenhum crente está isento
da lealdade; ... quem ama ao próximo não fará coisa alguma em detrimento do próximo, ao
contrário, para com ele cumprirá tudo que a lei exige”.[4] Sendo zelosos (Rm 12.11), ou
diligentes, em seus serviços, quer sejam espirituais, quer sejam materiais. O crente será
fervoroso se praticar isso em sua vida (At 18.25). Uma vida frutífera leva a uma vida de
esperança, a esperança da Vinda de Cristo (Rm 12.12). Trará um cultivo a paciência, seja em
tribulações, seja em qualquer outra área da vida, pois uma vida direta com o Senhor em
comunhão com Cristo na oração fará crentes mais maduros. O cristão não vacila, ao invés de
dar lugar à aflição, ele descarrega suas preocupações em Deus por meio da oração
(Fp 4.6). Compartilhar as necessidades (Rm 12.13) é muito mais do que
simplesmente dar algo para nosso irmão, mas é, também, sentirmos o que ele
sente, é sentirmos as suas necessidades (At 4.32). Devemos também demonstrar
hospitalidade para com todos, indiscriminadamente de quem quer que seja. Uma
exortação difícil de ser feita é a de abençoar os perseguidores (Rm 12.14). Não é
qualquer que pode fazer isso, e não somente abençoar, mas também não
amaldiçoar (Mt 5.44,45; Lc 6.28). Alegria deve andar com o crente (Rm 12.15). Ele
se alegra com seus irmãos em Cristo, mas também chora com eles, participa com
eles de seus sofrimentos.

Deve-se ter o mesmo sentimento (Rm 12.16; comp. Fp 2.2-8), ou seja, ninguém é superior a
ninguém, deve-se procurar viver em harmonia com todos, não ser orgulhoso, mas sim humilde,
um contraste notável. Sabedoria deve ser aplicada a cada situação e não se engrandecer ou
achar que pode alguma coisa por si mesmo, não ser sábio aos próprios olhos. Não praticar mal
por mal (Rm 12.17; comp. Mt 5.44; 1Pe 3.9), é seguir o exemplo de Cristo que não revidava
com ultraje e nem injuriava a ninguém (1Pe 2.21-23). O crente deve ter uma vida exemplar,
quer em costumes, vestimentas, negócios, palavras, por está sendo observado por outros. As
pessoas do mundo podem não ler a Bíblia, mas certamente lerão a vida do crente, que deve
ser uma carta viva a testemunhar de seu Criador. Em relação ao convívio do crente com
aqueles que lhe são inimigos (Rm 12.18-20), o crente deve procurar viver em paz, se possível
com todos. Caso não seja possível, não deve se vingar de ultrajes sofridos, mas sim, depender
de Deus (Dt 32.35; Pv 25.21-22; Hb 10.30). Pelo amor, o crente vence o mal com o bem, ele
não se deixa influenciar pelas artimanhas. O filho de Deus deve mostrar sempre o seu amor e a
sua graça para com todos.

2. CONDUTA EM RELAÇÃO ÀS AUTORIDADES


Para com as autoridades civis, o dever do cristão é obedecer. O crente não está isenta para
com as suas responsabilidades perante o seu País. Somos exortados pelas Escrituras a nos
submetermos as autoridades legalmente constituídas, pois a pessoa que resiste a tais
autoridades está resistindo a Deus (Rm 13.1-2). “Os crentes cheios do Espírito, descritos em
Romanos 13, vivem pela lei do amor e da fé. Portanto, o que vão dizer e fazer muitas vezes
será superior à sociedade que os rodeia. Mas muitas vezes serão incompreendidos pela
sociedade. Quando a humanidade é corrupta e os governos são injustos e egoísticos, a
cristandade pode ser perseguida. É aqui que se concretiza a cruz diária do crente. A única
solução para este problema é a eterna dívida de amor do homem para com Deus e o próximo”.
O cristão tem por consciência ser submisso a autoridade constituída (Rm 13.5).

O governo humano é fundamental para a convivência do homem na sociedade e é


perfeitamente aprovado por Deus. O cristão tem como obrigação garantir o cumprindo das leis.
O cristão deve se submeter às autoridades, não somente por encargo de consciência, mas
também devido ao castigo que é imposto àqueles que são infratores das leis estabelecidas pelo
governo. É óbvio que não se torna um bom testemunho para o cristão que é achado em falta
ou em estado de insubmissão para com o governo, pois primeiramente não está sendo
insubmisso para com o governo, e sim, para com Deus, que foi Quem o constituiu (Rm 12.1;
13.1,2; Dn 4.25-35; 5.21; Tt 3.1).

Nem toda autoridade é cristã. Há e certamente haverá muitos que são ímpios, tiramos, estes
responderão pessoalmente a Deus (Ap 20.12). Agora, está também claro na Palavra de Deus
que se a autoridade civil, legalmente constituída, for contra o que a Bíblia ensina, o cristão deve
antes, obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).

“Podemos ver, então, que a submissão do crente às autoridades manifesta-se de quatro


maneiras:
a) a obediência às leis do país (ou do município).
b) o civismo: ‘fazendo bem’ como cidadãos, respeitando os direitos dos outros, não sendo
desordeiros nem estragando os jardins, os parques e as outras propriedades públicas (Rm
13.3).
c) o pagamento de impostos e taxas legais; a pessoa que rouba o governo está roubando o
‘ministro de Deus’ (Rm 13.4-7).
d) a honra (ou respeito) para com os oficiais do governo, conforme a sua posição (Rm 13.7)”.[6]
Para que uma pessoa tenha uma vida bem sucedida nos dias de hoje, é fator importante
verificar qual é a sua capacidade em verificar a mão de Deus nas atitudes, nas ações, bem
como nas reações daqueles que estão investidos de autoridade sobre a nossa vida.

Verdades absolutas a reconhecer em autoridade:

1) a autoridade dos pais exerce o mais forte impacto na vida de uma pessoa, quer seja positiva,
quer seja negativa. A atitude do filho para com a autoridade dos pais no presente, ou quando
este os deixa, influenciará fortemente o seu futuro (Pv 6.20-23).
2) é nosso dever reconhecer na autoridade a mão de Deus, quando esta está de acordo com
os padrões do Mestre. Rebelar-se contra as autoridades que Deus colocou na vida trará
frustrações intensas. A pessoa, portanto, tem que saber receber ordens, para então, depois
poder vir a guiar e dar orientação também (Pv 30.17).
3) muitos pensam que a liberdade está em escapar da autoridade quando antes melhor.
Porém, aprendemos de Deus que o segredo está em se estabelecer um relacionamento correto
e procurar reagir positivamente para com a autoridade que Ele colocou sobre a nossa vida. Um
princípio claro, portanto é: Resistir a autoridade é resistir a Deus. “O grande erro consiste em
que o indivíduo não aceitar a verdade de que o próprio Deus está por trás da autoridade”.[7]
4) a autoridade dos pais advém de Deus. Ele é responsável pelos pais que lhe concedeu, e
Deus é maior que seus pais (Pv 21.1). A autoridade dos pais é para obediência dos filhos, para
que este venha a ter maturidade por meio dela (Cl 3.20). Quando os pais verificam que seu
filho se submete à sua autoridade, sendo-lhes obediente, eles passam a verificar que já podem
ter confiança em seu filho para deixar que este venha a tomar as suas próprias decisões. Por
causa da maturidade que muitos jovens aceitam a autoridade de seus pais, como colocada por
Deus, estes conquistam sua liberdade muito antes de casarem.
5) em todos os nossos relacionamentos existe a figura da autoridade, esta é claramente
enfatizada pelas Escrituras Sagradas: Deus exerce autoridade sobre o homem (1Co 11.3); o
homem sobre a mulher (1Co 11.3; 1Pe 3.1-5); os pais exercem sua autoridade sobre os filhos
(Ex 20.12; Ef 6.1-3); Deus exerce autoridade sobre os senhores empregadores (Ef 6.9); os
servos devem obedecer a autoridade de seus patrões (Ef 6.5); os cidadãos devem obedecer a
autoridade do Governo (Rm 13.1-7; Mt 22.21; 1Pe 2.13-18).

3. CONDUTA EM RELAÇÃO AOS CIDADÃOS


Como cidadãos, os cristãos também têm deveres em sua conduta para com todos aqueles com
quem tem contato em sua vida diária. Ele deve, portanto, cumprir bem o seu papel de cidadão.
A única dívida que o cristão pode ter é o amor para com todos (Rm 13.8). Muitas vezes, o
emprestar dinheiro traz profundas mágoas, pode estragar amizades, arruinar a vida de uma
pessoa. Deve-se tomar cuidado com essa prática. O amor do cristão para com seus
semelhantes deve ser o mesmo, sem favoritismo ou exclusividade. “Se é verdade que esse
amor cristão deve caracterizar nossa atitude para com os demais crentes, não menos o é o fato
de que temos de mostrar essa mesma disposição para com todos os homens”.[8] A Parábola
do Bom Samaritano é uma ilustração belíssima do exemplo de amor para com o nosso próximo
(Lc 10.30-37).

A lei está resumida no amor para com Deus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” e no amor para com o próximo:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37; Lc 10.27; Rm 13.9; Lv 19.18). Obviamente
que quem ama a Deus amará a seu próximo (1Jo 2.10,11; 4.11,12). Além do amor, um outro
motivo para sermos bons cidadãos é que a Vinda do Senhor está próxima (Rm 13.11; Lc
21.28). Com isso, a grande esperança do cristão está cada vez mais próxima, isto traz
responsabilidade por parte do cristão, de viver uma vida digna e de acordo com os padrões
divinos. Na sua vinda, seremos então tirados da atual conjuntura do pecado e das condições
atuais, bem como do derramamento da ira vindoura (Rm 8.23,24; 1Ts 1.10; 4.13-17; 5.9). Por
isso não devemos estar andando nas obras das trevas e sim, “revestindo-nos das armas da
luz”. Quando Ele voltar, como nos achará? Andando nas trevas do pecado, ou como bons
cidadãos dos céus, amando a Deus e ao nosso próximo?
4. CONDUTA EM RELAÇÃO AOS FRACOS NA FÉ
Em se tratando da matéria moral, as suas dúvidas, o apóstolo Paulo estabelece três grandes
princípios de grande valia:
1) não devemos julgar os outros (14.1-12);
2) não devemos tentar uns aos outros (14.13-23);
3) seguir o amor de condescendência e amor de Cristo (15.1-13). No capítulo 14 de Romanos,
Paulo trata de questões duvidosas. Fala das responsabilidades do forte para com o irmão
fraco, bem como do irmão fraco, para com o irmão forte. No entanto, deixa claro que cada um
comparecerá perante Deus (v.12). “No idólatra Império Romano, faziam-se sacrifícios de
animais aos deuses pagãos. Depois, a carne era vendida nos mercados e açougues (1Co
10.25). Sendo essa carne associada à ideia de culto pagão, alguns dos novos convertidos não
conseguiam comê-la, sem sentirem profunda perturbação interior. Outros, porém, já criam que
todas as coisas pertencem a Deus, e, assim sendo, comiam-na sem nenhum problema. Afinal,
‘ao Senhor pertence toda a terra’.[9] Aqui, o irmão “débil na fé” estava escandalizado pela
liberdade que o mais forte tinha. O problema é a falta de sabedoria quanto a liberdade que
temos em Cristo.

Essas pessoas não tinham convicção na aplicação de sua liberdade em Cristo. Nos dias de
hoje seria o fato de alguém que se converteu do catolicismo para o cristianismo e não sabe
com certeza se pode ou não comer carne da “sexta-feira santa”, pelo simples fato de ainda não
entender muito bem a sua liberdade em Cristo. “O erro do irmão fraco consiste em julgar e
condenar aos irmãos ‘fortes’, isto é, os que reconhecem que são livres dessas proibições
ritualísticas acerca de dias e comidas; e os fortes podem errar também, em desprezarem a
seus irmãos fracos, ofendendo-os desnecessariamente na ostentação da liberdade”.[10]

O apóstolo Paulo faz uma alusão muito importante aqui, um princípio que deve ser seguido, o
princípio do amor, ele fala que amar ao próximo é muito mais importante do que a nossa
liberdade nestas coisas. “Também, é mais importante ser ‘conhecido’ por Deus do que
‘conhecer’ o que se refere a ídolos! Se não estamos interessados na maneira como nossa
‘sabedoria’ afeta a nosso irmão, então nosso conhecimento nos encheu de soberba. Se não
nos preocupamos com os sentimentos de nosso irmão, provamos que, em vez de sermos
sábios, realmente nada sabemos”.[11] Cabe aqui notar que os crentes de romanos eram
oriundos do paganismo, estavam envoltos com uma cultura pagã. Por isso, tinham suas
dificuldades em relação a estes assuntos controvertidos. Paulo fala da comida e da
observância religiosa de certos dias. Para Paulo, e também outros irmãos, o comer qualquer
alimento não havia problema algum, ao passo que para outros, os irmãos mais fracos na fé,
isso era escândalo.

Da mesma sorte, com relação aos dias, alguns consideravam que cada dia era igual ao outro,
não faziam distinção entre os dias que eram mais ou menos sagrados, consideravam cada dia
como sendo “santo ao Senhor”, ainda outros achavam que certos dias eram mais santos do
que outros. O que é que deve ser feito, visto que na mesma comunidade havia cristãos com tão
diferente pontos de vista? Cada qual deveria resolver em sua mente e em sua consciência.
“Aquele que desfruta maior liberdade não deve menosprezar o outro julgando-o espiritualmente
imaturo.

Quem tem escrúpulos de consciência não deve criticar o seu irmão na fé por praticar o que
aquele não pratica”.[12] Paulo “nos fornece o verdadeiro meio de decidir todas aquelas
questões casuais que tão frequentemente aparecem na vida cristã, e que levam tantos crentes
a ficarem embaraçados. Posso admitir a mim mesmo esta ou aquela diversão? Sim, caso
possa desfrutá-la para o Senhor, ao mesmo tempo que possa agradecer-Lhe pela mesma.
Não, se não puder recebê-la como presente de Suas mãos e bendizê-lo por causa da mesma.
Essa maneira de solucionar tais problemas respeita tanto os direitos do Senhor como a
liberdade do indivíduo”.[13]

III. PRINCÍPIOS ACERCA DE QUESTÕES DUVIDOSAS

1. DECISÕES ACERTADAS
A Palavra de Deus é rica para com todas as questões, verificaremos, a seguir alguns princípios
que cabem em situações duvidosas. Quando Deus dá um mandamento específico, torna-se
fácil saber o que Ele quer de nós. Mas há muitos aspectos em que não existem mandamentos
específicos. Deixar de agir coerentemente nesses assuntos duvidosos pode facilmente minar a
dedicação da pessoa a Deus. As seguintes indagações podem ser usadas como teste ao fazer
decisões difíceis:
1.1 ENTREGA TOTAL COMO PRIMEIRO E PRINCIPAL REQUISITO DEVE-SE PERGUNTAR A SI MESMO : “Entreguei
todos os aspectos da minha vida a Deus?” Para seguir nosso caminho diante de Deus, torna-se
como fator essencial uma entrega total de nossa vida, de todos os aspectos, de todo o ser a
Deus. “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
RECONHECE-O EM TODOS OS TEUS CAMINHOS, e Ele endireitará as tuas veredas. Não
sejas sábio a teus próprios olhos: teme ao Senhor e aparta-te do mal” (Pv. 3.5-7 ).

1.2 SACRIFICAR MEUS DESEJOS SERÁ QUE EU ESTOU PRONTO A SACRIFICAR MEUS DESEJOS EM FAVOR DA VONTADE
DE DEUS?
Uma das condições básicas do discipulado é o sacrifício. Quando se tem uma escolha entre
duas oportunidades é essencial verificar estes princípios já citados. Qual deve ser a escolha
certa? Escolher entre uma atividade que irá oferecer oportunidade para a pessoa servir a Deus
ou entre uma atividade pelo qual não lhe será permitido fazê-lo? “Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser
salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará”
(Lc. 9.23,24).

2.1 SERÁ DEUS LOUVADO?


TUDO QUE EU FIZER DEVE GLORIFICAR A DEUS Glória significa “uma opinião, uma
estimativa”. Podemos colocar como sendo uma opinião ou uma estimativa que as pessoas têm
acerca de Deus, por causa da nossa atitude, da nossa vida exemplar ou não. Se formos servos
fiéis a Deus, isso resultará na glorificação do nome de Nosso Grandioso Deus. “Portanto, quer
comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co.
10.31).

2.2 POSSO AGRADECER A DEUS POR ESTA ATIVIDADE?


O PRÓPRIO JESUS APROVARIA MINHA DECISÃO? Quando faço algo devo verificar se isto
agradaria ou não ao nosso Mestre. “E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação,
fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl. 3.17). 2.3 Será que
Pode me Advir Algum Resultado Espiritual desta Atividade?

ELA DEVE MELHORAR MEU CARÁTER CRISTÃO? Posso crescer espiritualmente com esta
atividade ou ela resultará em perdas para a minha pessoa, deve ser o nosso pensamento.
“Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém (é proveitoso, vantajoso). Sim, tudo me é
permitido, mas nem tudo é edificante. (Contribui para o caráter espiritual e o crescimento)” (I
Coríntios 10.23) 2.4 Eu Ficaria Aborrecido se não o Fizesse? “Tudo me é permitido, o que não
significa que tudo seja bom. Tudo me é permitido, mas não devo ser escravo, seja do que for” (I
Co 6.12). 2.5 Levarei um Crente mais Fraco a Pecar?

SOU RESPONSÁVEL A DEUS POR CRENTES MAIS FRACOS O apóstolo Paulo declara que
se o simples fato de eu vir a comer uma carne que o novo convertido em Cristo costumava
oferecer aos ídolos, antes da sua conversão, irá levá-lo a se escandalizar com minha atitude,
então eu devo abrir mão desse privilégio de comer aquele carne. A vida espiritual de meu irmão
deve ser muito mais importante do que qualquer comida ou atividade que eu venha a
desempenhar para o meu próprio benefício. Algo que deve ficar em nossa mente é que quando
eu, por meus modos, ou por minhas atitudes, ou palavras, enfraqueço o meu irmão mais novo
na fé, estou pecando contra Deus, por não estar edificando a este irmão. “Mas vede que essa
liberdade não seja DALGUMA maneira escândalo para os fracos... pecando assim contra os
irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo.
PELO QUE, SE O MANJAR ESCANDALIZAR a meu irmão, nunca mais comerei carne, para
que meu irmão não se escandalize” (I Co. 8.9-13) 2.6 Estou em Dúvida? Não Devo Fazê-lo!

PRECISO TER A CONVICÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAQUILO QUE ESTOU FAZENDO


É claro que o que não provém da fé é pecado, relacionado a isso está a dúvida, se ela existe
não faça. “As vossas convicções pessoais são assunto de fé, entre vós e Deus, e podeis dar-
vos por felizes se não tiverdes escrúpulos acerca daquilo que vos é permitido comer. Se não se
come carne com a consciência tranquila, não é bom sinal, porque tal procedimento não provém
da fé, e o que é feito à parte da fé é pecado” (Rm 14.22,23). 2.7 Terei eu a Aprovação Final de
Deus?
PRECISO DAR CONTAS A DEUS DE TODAS AS MINHAS AÇÕES Cada ato que pratico, um
dia prestarei contas a Deus por eles, por isso, devo procurar fazer o máximo possível para
agradar a Ele. “Pela minha vida, diz o Senhor; que todo joelho se dobrará diante de mim, e toda
língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”
(Romanos 14.11,12). Podemos sempre provar que estamos certos, mas estará o senhor
convencido? (Pv 16.2). 2.8 O que os Outros Pensam é Importante?

MEU COMPORTAMENTO DEVE EVITAR TODA A APARÊNCIA DO MAL


“Abstende-vos de toda aparência do mal” (I Tessalonicenses 5.22). Raramente pensamos no
que os demais pensam a respeito de tal coisa ou assunto, mais isso deve ser relevante da
mesma forma. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como
sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Ef. 5.15,16).

CONCLUSÃO:
A maneira de se comportar, a conduta do crente, é um fator de muita importância. Ela pode ou
edificar ao irmão que nos rodeia ou até mesmo enfraquecê-lo. Portanto, torna-se necessário
vigiarmos nossas atitudes para que possamos viver de vidas dignas. A conduta ideal é aquela
que está permeada pelos princípios bíblicos. Uma vida que honra a Cristo e onde o Seu amor é
derramado em nosso coração. O princípio do amor deve andar lado a lado conosco, para que
com isso possamos edificar a nosso irmão. A conduta certa, o modo de viver certo, o
comportamento correto, tudo isso depende única e exclusivamente de uma submissão de
nosso próprio ser ao senhorio de Jesus Cristo. Só assim, seremos capazes de praticar os
princípios contidos em Sua Palavra.

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