Química Fisiológica
Romana Jorge
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ÍNDICE ÁCIDOS NUCLÉICOS
Nucleotídos ..................................................................................................... 7
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De uma maneira geral, até 1952 não havia consenso entre os cientistas sobre
a verdadeira natureza química dos genes, com muitos acreditando tratar-se de
proteínas altamente especializadas. Isto começou a ser esclarecido após os
estudos de Griffth em 1928 que demonstrou a existência de um "princípio
transformante" em cepas de Dipoplococcus pneumoniae responsável pela
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Ilustração 1 - Experimento de Griffth (1928). 1)Colônias lisas (S) de D. pneumoniae induzem a morte 2) de um
camundongo por pneumonia, enquanto que colônias rugosas (R) não o fazem 3). Quando submetido ao calor,
colônias R tomRNA-se inertes 4), porém quando misturas a colônias S mortas pelo calor, transformamse em
letais 5).
Ilustração 2 - No experimento de Hershey e Chase (1952), vírus bacteriófagos foram cultivados em meio
contendo enxofre e fósforo radioativos (35S e 32P), marcando-se as proteínas e o ADN, respectivamente. Após
a infecção desses bacteriófagos em bactérias Escherichia. coli observou-se que o 35S (portanto, as proteínas)
não penetrava nas bactérias e somente o 32P (o ADN) penetrava e induzia a replicação do vírus.
Ilustração 3 - Os PRIONS possuem estrutura primária idêntica, mas terciária diferente em relações às proteínas
priônicas celulares. Mecanismos de interação proteína-proteína ainda não totalmente esclarecidos promovem a
replicação de novas proteínas com a configuração espacial causadora de danos celulares
Desde então, um ramo novo do estudo genético deve início, com a era da
biologia molecular inaugurando técnicas sofisticadas do estudo do ADN que
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NUCLEOTÍDOS
Todas as células dos seres vivos possuem ADN e RNA, com exceção dos vírus
que não são organismos celulares e possuem ADN ou RNA em sua
composição, nunca os dois ao mesmo tempo (os PRIONS ainda precisam ter
melhor caracterizada sua relação com os seres vivos, mas não possuem
ácidos nucléicos em sua composição, sendo somente proteínas).
e fosfato.
Ilustração 4 - Estrutura molecular da adenosina-trifosfato (ATP), um nucleotídeo. A base azotada liga-se ao C1'
e o fosfato no C5' da pentose.
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As bases azotadas presentes nos ácidos nucléicos são de dois tipos: as bases
púricas, purínicas ou, simplesmente, purinas e as bases pirimídicas,
pirimidinicas ou pirimidinas (Ilustração 6), com todas elas ligando-se à molécula
de pentose no C1', sendo que nas purinas o ponto de ligação é o azoto na
posição 9 (N9) e nas pirimidinas é o N1. Presentes tanto no ADN quanto no
RNA, encontram-se a adenina, citosina e a guanina, com a timina sendo
própria do ADN e a uracila do RNA. Esta exclusão de bases azotadas dá-se
devido à impossibilidade da timina no RNA e uracila no ADN parearem
formando uma perfeita hélice.
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(ilustração 11).
Ilustração 8 - Representação simplificada de uma sequência de ADN e de RNA (oligonucleotídeo). Observe que
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Uma forma de ADN obtido por síntese in vitro é a C-ADN, na qual todas as
sequências são codificadoras, ao contrário das demais formas que há regiões
não codificadoras mesmo dentro das sequências gênicas.
Ilustração 10 - Organização da cadeia de ADN em fita dupla, mostrando o sentido antiparalelo 5' 3' e 3' 5'.
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As pontes de hidrogênio ocorrem entre adenina e timina ou entre guanina e citosina (sempre uma purina e uma
pirimidina) garantindo o tamanho constante da cadeia.
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A MOLÉCULA DO RNA
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Ilustração 13 - Modelo de formação das pregas entre os nucleotídeos de uma molécula de RNA, assumindo
conformação que lembra um grampo de cabelo.
Ilustração 14 - Modelo esquemático de uma molécula do trNA para o aminoácido fenilalanina. A extremidade 3'
(ACC) é responsável pelo transporte do aminoácido. A alça do anticódon contém a sequência complementar ao
mRNA (códon) durante a síntese protéica. Em algumas regiões da molécula, há o pareamento intramolecular
das bases, formando as pregas de filamento em hélice dupla.
Ilustração 15 - Representação esquemática de uma molécula de rRNA 16s de E. coli e seus quatro domínios.
Notar os hairpins freqüentes em toda a molécula.
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A principal forma de ADN que não faz parte da composição normal do genoma
de um ser vivo, corresponde ao ADN mitocondrial e ADN dos cloroplastos em
eucariotas e o ADN de plasmídios em bactérias. Uma espécie peculiar de ADN
é o ADN viral, que possui características próprias, podendo ser em fita simples
dupla ou ainda híbrida com RNA.
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Possuindo uma taxa evolutiva cerca de 10 vezes maior que o genoma nuclear,
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