Rafael Almeida Felisberto1, Rhayanna Kalline do Nascimento1, Gabriella Nazário Viana1, Felipe
Augusto Galvão do Nascimento1, Vinicius Alexandre Sikora de Souza1, Marcelo Barroso2.
¹Graduando de Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Ji-
Paraná. 2Professor do Departamento de Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Rondônia –
UNIR, Campus de Ji-Paraná.
INTRODUÇÃO
ESTUDO DE CASO
Plano de Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para o quadriênio
2008-2011
Foi um estudo integrado de três bacias, o qual ressaltou fortemente suas projeções nas
áreas urbanas dos municípios que contêm estas. Para a elaboração deste plano foram
utilizados o Plano das Bacias Hidrográficas 2004-2007; o Relatório de Situação dos Recursos
Hídricos 2004-2006; os dados parciais do Relatório de Situação 2007 e os relatórios parciais
do Plano Diretor de Recursos Hídricos para as Bacias PJ 2008-2009 e do Plano de Bacias PCJ
2008-2020. Assim, constitui-se o Plano das Bacias PCJ 2008-2011 documento que representa
uma complementação e revalidação do Plano 2004-2007.
As bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que fazem parte da bacia do rio Tietê
em sua porção média, localizam-se entre as coordenadas geográficas 45° 50’ e 48° 30’ de
longitude oeste e 22° 00’ e 23° 20’ de latitude sul, e abrangem uma área de 15.303,67 km², o
que equivale ao território integral de 58 municípios paulistas e 4 mineiros, assim como a parte
do território de outros 14 municípios, sendo 13 paulistas e 1 município mineiro.
Após o estudo das bacias foram elaboradas ações para serem executadas em todos os
municípios que abrangiam os estudos, sendo que como fatores comuns, destas ações, a estes
podem citar:
Ações de curto prazo:
• Execução das obras dos sistemas de afastamento e tratamento de esgotos urbanos,
prioritariamente para conclusão de obras já iniciadas e adequação da eficiência em
obras existentes;
• Elaboração de estudos e projetos de sistemas de afastamento e tratamento de esgotos
urbanos;
• Elaboração de estudos, projetos e obras para sistemas de tratamento de efluentes das
ETAs (lodo);
• Elaboração de estudos, projetos e obras para sistemas de disposição de lodos de ETEs;
• Estudos para o levantamento de trechos críticos quanto ao assoreamento e à qualidade
dos corpos d’água que afete o abastecimento público;
• Estudos para identificação de trechos críticos quanto ao assoreamento e à qualidade
dos corpos d’água causados por empreendimentos imobiliários;
• Levantamento do potencial de eutrofização dos corpos d’água para subsidiar os
estudos de viabilidade de novos reservatórios.
Ações de médio prazo:
• Realização de estudo para avaliar trechos críticos da qualidade da água para os demais
usos que não o abastecimento público;
• Elaboração de estudos da vulnerabilidade à poluição dos aqüíferos.
Ações de médio-longo prazo:
• Cadastro de erosões nas bacias;
• Estudo das medidas preventivas e corretivas de combate à erosão dos municípios das
bacias;
• Fomento à criação de leis de combate e monitoramento dos processos erosivos
municipais.
Ações de longo prazo:
• Fomento a ações para elevar o índice do atendimento da população urbana com
sistemas de coleta, afastamento e transporte de esgoto para 100%;
• Fomento a ações para elevar o índice de tratamento do esgoto coletado para 100%;
• Fomento a ações para elevar a eficiência dos sistemas de tratamento do esgoto para
pelo menos 95% ou mais, conforme exigir a legislação vigente;
• Fomento à implantação de técnicas avançadas de tratamento de
• Fomento à ações para manutenção de um IQR médio em condição adequada nas
instalações de disposição final de resíduos.
O Projeto Plano de Bacia Urbana Cabuçu de Baixo é um projeto que ainda vem sendo
executado, este adotou como objeto de estudo a bacia do Córrego Bananal, parte da Bacia do
Rio Cabuçu de Baixo. A escolha dessa bacia se deve ao fato dela caracterizar todos os
problemas relativos à água urbana na Região Metropolitana de São Paulo.
O Córrego Bananal localiza-se à montante do rio Cabuçu de Baixo, afluente da
margem direita do rio Tietê localizado na Zona Norte da cidade de São Paulo. A sua área de
drenagem é de cerca de 10 km², com declividade média do talvegue de 0,033 m/m. A média
anual de precipitação nesta bacia é 1.620 mm. É uma área em processo de urbanização, onde
se encontra um grande número de favelas e ocupações irregulares. Além disso, a ocupação do
espaço é extremamente densa, com altos índices de impermeabilização.
Utilizando-se apenas de dados parciais dessa pesquisa já se criou a proposta de um
conjunto de estratégias ações e instrumentos de gestão urbana ambiental, visando contribuir
para o re-equilíbrio do sistema hidráulico e hidrológico bem como para a recuperação da
quantidade e qualidade dos recursos hídricos, sendo que suas ações são:
Ações de curto prazo:
• Cartilha ilustrativa de conscientização sobre o correto descarte do lixo doméstico da
população local;
• Caçambas de armazenamento dos resíduos domésticos para coleta periódica;
• Sistema de coleta para esgotos residenciais;
• Caixas Wetlands, para tratamento do esgoto antes do despejo no córrego.
Ações de médio prazo:
• Programa de habitações populares;
• Construção de habitações provisórias;
• Plantio de espécies arbóreas típicas de mata ciliar;
• Parques lineares.
Ações de longo prazo:
• Remoção das habitações subnormais situadas em áreas de risco à margem do córrego;
• Retirada de todas as habitações irregulares;
• Remoção dos moradores em áreas irregulares para habitações populares;
• Restauração da área degradada.
Ji-Paraná
CONCLUSÃO
Sobre a situação dos planos de bacias urbanas no país constatou-se que sua utilização
não é comumente usada, porém foram mais adotados por municípios de estados em alto grau
de desenvolvimento, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Constatou-se que o objetivo geral deste é garantir um ambiente salubre para o bem
estar da população e o incentivo ao desenvolvimento sustentável na bacia.
Verificou-se que quando um plano de bacia urbana é concretizado, produz metas de
projetos e ações que serão de grande valia para a sociedade, que tem como dever estar
inserida nas projeções para as futuras gerações.
Investigando o estado de Rondônia observou-se que no município de Ji-Paraná não há
um plano de bacia urbana, verificando apenas a existência de um projeto que abrange o estado
por completo, denominado Projeto Pró Bacia criada pelo SIPAM e vem se desenvolvendo
para as melhorias dos corpos hídricos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Federal Nº 9.433/97. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art.
21 da Constituição Federal e altera o art. 1 o da Lei 8.001, de 13 de março de 1990, que
modificou a Lei 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em
<http://www.pmf.sc.gov.br/portal/meioambiente/pdf/legislacao/Lei_Federal_N_9_433_97.pdf
>, acessado em 26 de novembro de 2009.