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AÇÃO POPULAR AMBIENTAL

Os ensinamentos do professor Celso Antonio Pacheco Fiorillo mostram


que “a ação popular é um dos remédios jurisdicionais mais antigos e, mesmo com
marchas e contramarchas da história, podemos dizer que foi pioneiro na defesa dos
direitos coletivos lato sensu1”.
A nossa Constituição Federal de 1988 traz em seu artigo 225 que “todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Assim, deve-se proporcionar aos titulares desse direito, meios
processuais de proteção ao meio ambiente. Destarte, “qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência”( art. 5º, inc. LXXIII da CF/88).
Com isso, observa-se que a ação popular tem como objeto: a defesa ao
patrimônio público e defesa de interesses difusos como o meio ambiente.
O rito processual é o ordinário, estabelecido pela Lei nº 4.717/65, porém
nem todo o procedimento desta lei é aplicado à ação popular ambiental, pois, como
tratar-se de ação coletiva, obedecerá ao procedimento previsto na Lei nº 7.347/85 (Ação
Civil Pública), bem como, deve-se observar o disposto na CF/88, no CDC e no CPC.
Vale ressaltar que é incabível a aplicação do prazo prescricional de cinco
anos estabelecido na Lei nº 4.417/65, pois a ação popular ambiental é de interesse
coletivo não-patrimonial.
A Lei nº 4.717/65 concede ao autor da ação popular a isenção das custas
judiciais que resultam do processo, como também do ônus da sucumbência,
desobrigando-o a arcar com toda a despesa processual no caso de vir a ser vencido ou
declarada a improcedência do propósito da ação pelo juiz, salvo comprovada má-fé.
Tem legitimidade ativa para propor ação popular ambiental todo e
qualquer cidadão no gozo de seus direitos civis e políticos, conforme previsto no art. 1º,
§ 3º da Lei nº 4.417/65 “a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o
título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”. Assim, excluem desse rol, os
não leitores e as pessoas jurídicas. Ficando, portanto, restrita a legitimação para figurar
no pólo ativo, o que é lastimável, visto que, o meio ambiente pertence a todos
indistintamente, bem como, os órgãos ambientais da administração pública e o
Ministério Público não tem estrutura suficiente para fiscalizar as atividades
empresariais.
Todavia, não é este o entendimento dominante nos tribunais, senão
vejamos:

CONSTITUCIONAL - AÇÃO POPULAR PARA


OBSTACULIZAR DANO AO MEIO AMBIENTE -
ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM - AUSÊNCIA
DE INTERESSE PROCESSUAL - EXTINÇÃO DO
PROCESSO. 1 - "Qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
1
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco, ABELHA RODRIGUES, Marcelo. Manual de
direito ambiental e legislação aplicável. São Paulo: Max Limonad, 1997.
patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência”.(Constituição Federal, art. 5º, LXXIII). 2 -
Parte legítima para propor ação é o cidadão
brasileiro, investido da plenitude de seus direitos
políticos, noção que exclui as pessoas jurídicas de
direito público ou de direito privado. 3 - Não
comprova a condição de cidadão, no pleno gozo de
seus direitos políticos, a simples cópia reprográfica de
um título de eleitor. 4 - Impõe-se o decreto de extinção
do processo, por ausência de interesse processual, se o
autor de ação, após a distribuição, não se desincumbe
da prática de nenhum ato que lhe competia no curso
da ação, e o Ministério Público Federal, instado a
manifestar-se, opina pela extinção do feito. 5 -
Remessa Oficial denegada. 6 - Sentença confirmada.
(Superior Tribunal de Justiça. REO 92.01.11764-7 /DF;
REMESSA EX-OFFICIO - Primeira Turma - Relator:
Amílcar Machado - Publicado no Diário da Justiça em
30.09.1996 P.73286). (grifos nossos).

Quanto à legitimidade passiva, qualquer pessoa (física ou jurídica) pode


se enquadrar nesse pólo.
Portanto, todos nós devemos exercer nosso direito-dever de proteger,
defender e preservar o meio ambiente, em prol de uma vida sadia e equilibrada para as
presentes e futuras gerações.

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