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Monitorização ambiental e biológica: Estudo dos efeitos nocivos sobre o

homem das substâncias químicas utilizadas ou produzidas em processos


industriais. Para assumir que um risco seja aceitável deve-se identificá-lo e
quantificá-lo. Para apreciar o risco da exposição ocupacional aos xenobióticos,
programas de avaliação podem ser aplicados: 1-Monitorização ambiental: que
avalia a exposição externa dos trabalhadores; 2-Monitorização biológica:
avaliação realizada em cada indivíduo com o objetivo de estimar o risco para a
saúde do trabalhador; 3-Vigilância da Saúde: visa detectar efeitos adversos
ainda que precoces. Ex: elevação plasmática de enzimas quando da exposição
a agentes hepatotóxicos.
1-Monitorização ambiental: Para a monitorização ambiental o higienista
ocupacional deve conhecer vários fatores como: área a ser avaliada, número
de trabalhadores eventualmente expostos, movimentação dos trabalhadores,
movimentação dos materiais, condições de ventilação, ritmo de produção
(proporcional ao risco de exposição), atividades ou funções dos trabalhadores,
agentes que possam interferir nas medições (umidade). De posse das
informações acima se passa a determinar melhor a estratégia de amostragem.
Comparam-se os dados obtidos com padrões recomendados pela ACGIH
(American Conference of Govermental Industrial Hygienists). Os limites de
exposição ocupacional propostos (LEO) pela ACGIH em 1996 são as TLV
(threshold limit values): TLV-TWA (time weight average) - é a concentração
média ponderada pelo tempo de exposição à qual todos os trabalhadores
estão expostos. Brasil. TLV Stel (short time exposure limit) é a concentração à
qual os trabalhadores podem se expor por um curto período de tempo sem
danos. Normalmente é de 15 min 4 x por dia com intervalos de no mínimo 1
hora. Mais usado para efeito agudo do que crônico. TLV-C (ceiling) – é a
concentração máxima permitida que não pode ser ultrapassada em momento
algum da jornada. Brasil.

2- Monitorização Biológica: Para as substâncias químicas que devem


penetrar no organismo para seus efeitos tóxicos, a monitorização biológica,
através de indicadores biológicos, fornece melhor avaliação de risco para a
saúde do que a monitorização ambiental. Vários são os parâmetros biológicos
que podem estar alterados como conseqüência da interação entre o agente
químico e o organismo. Temos 2 tipos de indicadores biológicos: de dose
interna ou de efeito. Dose interna: quantidade do toxicante ligado ao sítio alvo.
Pode ser: 1-Dose verdadeira avalia a quantidade do toxicante ativo ou seu
metabólito no se sítio de ação; 2- Exposição: a medida avalia se o indivíduo
está ou não exposto a um agente tóxico sangue, urina; 3- Armazenamento ou
depósito: É necessário se ter um bom conhecimento das características
toxicocinéticas do agente toxicante. - Indicadores biológicos de efeito: Para
serem utilizados em monitorização biológica estes bioindicadores devem
indicar efeitos ainda considerados não nocivos. Além disso, temos que
conhecer o mecanismo de ação tóxica do agente químico. Os bioindicadores
mais utilizados são: Análise de carboxihemoglobina correlaciona à exposição
ambiental ao CO com a intensidade de anóxia; Colinesterases em sangue:
organofosforados; Metalotioneína urinária: exposição ao cádmio gera uma
proteína de baixo PM a metalotioneína (armazena metais); Delta-
aminolevulínico desidratase e protoporfirina eritrocitátia; exposição ao chumbo
aumento de ALA no sangue. Utilização dos indicadores biológicos - Podem
ser utilizados em: 1-Controle periódico individual dos trabalhadores, 2-
Avaliação da exposição de grupos de trabalhadores; 3-Avaliação
epidemiológica - indicadores biológicos podem ser influenciados por fatores
não ligados à exposição (alimentos); 4- Deve - se controlar um indicador de
dose interna e um de efeito. Para praguicidas e metais temos vários níveis: 1o
nível: valores abaixo dos quais não se observam efeitos sem intervenção; 2o
nível: de vigilância valores que indicam exposição, monitorização ambiental e
biológica; 3o nível: valores superiores com leves alterações, afastamento
temporário; 4o nível: intoxicação propriamente dita, afastamento do trabalho,
intervenções terapêuticas e melhoria das condições ambientais. Nível 3 e 4
poderão desenvolver estados patológicos. Para que os valores tenham
significado os trabalhadores não podem mudar de cargo e seção. Os valores
dos indicadores biológicos constam da NR-7, anexo 11. Os limites de tolerância
biológica LTB foram atualizados em 1994 sendo denominados IBPM (Índice
Biológico Máximo Permitido). Nesta norma consta o indicador biológico a ser
determinado, o horário da coleta e a técnica de identificação a ser usada.
Fatores independentes da exposição que podem influenciar os indicadores
biológicos: Dieta, sexo, idade, hábito de fumar, consumo de bebidas alcoólicas
e uso de fármacos. Como exemplo temos o arsênico pois alimentos marinhos
fornecem arsênico ao organismo o que pode influenciar no controle deste
metal. O trabalhador não pode ter consumido produtos marinhos em 48h.
Protoporfirina eritrocitária é mais alta em mulheres do que em homens.
Fumantes apresentam mais cádmio e carboxiemoglobina do que não
fumantes. O álcool inibe a enzima ALA dehidratase. Patologias pulmonares e
renais também podem interferir com as medidas. Vigilância da Saúde:
Exames médicos periódicos de trabalhadores expostos com o objetivo de
proteger a saúde e prevenir o aparecimento de doença. (exposição crônica)
Efeitos reversíveis.

ORGANOFOSFORADOS - Introdução: Os agrotóxicos /inseticidas são a 2ª


maior causa de intoxicação no estado de São Paulo seja por meios acidentais
(contaminação do lavrador, ingestão de alimentos contaminados ou ingestão
proposital). Portanto, o conhecimento do mecanismo de ação, dos sintomas de
intoxicação e a abordagem terapêutica é de suma importância na prevenção
de óbitos. Os organofosforados são ésteres fosfóricos, tendo um grande uso
na atividade agro-pecuária para destruir, repelir ou diminuir pragas ou ainda
como reguladores do crescimento vegetal. Estes compostos são insolúveis ou
muito pouco solúveis em meio aquoso. Decompõem-se rapidamente em meio
alcalino. São facilmente oxidados tornando-se mais tóxicos. Quando
armazenados em locais úmidos e/ou alcalinos sofrem isomerização com a
formação de compostos mais tóxicos. Podemos ter: Compostos fosforados e
Compostos monotiofosforados.

CARBAMATOS: São ésteres e têm como representantes: aldicarb, carbaril,


carbofuran. São pouco absorvidos, as intoxicações ocorrem por ingestão oral.
A biotransformação se dá por hidrólise e hidroxilação. A excreção é bastante
rápida nas primeiras 24 horas 80% é excretado. Mecanismo de ação tóxica:
Inibidores reversíveis da AchE. Monitorização biológica: Inibição da atividade
de AchE não pode ser maior do que 30%. Esta avaliação deve ser feita
enquanto o trabalhador está em contato com o inseticida.

ORGANOCLORADOS: São compostos de estrutura cíclicas, bastante


lipofílicos e altamente resistentes aos mecanismos de decomposição dos
sistemas biológicos. Os principais grupos de compostos organoclorados são:
Ciclohexano lindano, BHC; Análogos do DDT : DDT, DDD, Pertane, dioxinas;
Ciclodienos : aldrin, dieldrin, endrin, clordano (rapidamente absorvidos pela
pele); Dodecacloro: mirex (formicidas) O DTT Tem sido utilizado no combate à
malária. Mecanismo de ação tóxica: DDT - aumenta o transporte de sódio e
inibe o transporte de potássio; lindano – bloqueia bomba de sódio e potássio e
interfere na saída de cálcio; aldrin – bloqueia receptor GABA. Atualmente tem-
se demonstrado que inibe a fosforilação oxidativa bloqueando a respiração
celular. Ocorre fibrilação ventricular. Toxicocinética: Ciclodienos são bem
absorvidos pela pele e via oral (DL50 oral 5 mg/kg e dérmica 15mg/kg).Os
hexanos são absorvidos pelo vias GI, respiratória e dérmica. Biotransformados
pelo fígado com geração de metabólitos tóxicos. Excretados por via urinária.
Podem ser eliminados no leite materno e atravessam a barreira placentária.
Excreção lenta 1% do estocado é excretado por dia. Há indução de enzima
citocromo P-450. Toxicidade: Se acumulam no tecido adiposo, SNC. No
envenenamento agudo (1as 24 horas) tem-se: náuseas, vômitos, cefaléia,
vertigem hiperexcitabilidade, tremores (ataxias), parestesias, depressão
respiratória e convulsões. As convulsões podem ser violentas. Após 24 horas –
edemas. No envenenamento crônico tem-se: anorexia, perda de peso,
desconforto abdominal, hepatomegalia, dificuldade de fala, tremores na mão,
incoordenação motora. Apresentam potencial carcinogênico em fígado de
roedores e tem sido relatado aumento de câncer de mama 1/2 vida do DDT no
tecido adiposo é de 7,5 anos. O local onde houve contaminação com DDT é
irrecuperável. Vias de intoxicação: Oral; Inalação pulmonar; Cutânea; Crianças
- acidental via oral. Doses Letais em adultos: DDT – 30 g; Aldrin – 3 – 5g - LTB
(TLV- TWA) 150 µg/L; Lindane - 3 g – LTB (TLV –TWA) 20 µg/L; Dodecacloro –
2 g. Tratamento: Não existe antídoto. 1- Medidas de eliminação: a) Lavagem
gástrica com NaHCO3; b) Carvão ativado; c) Laxante; d)Lavagem cutânea com
água 2 – Apoio vital: a) Controle da via aérea 3- Tratamento das convulsões;
diazepam.

PIRETRINAS E PIRETRÓIDES: São substâncias utilizadas em inseticidas


domésticos. Piretrinas (natural): tetrametrina obtidas do crisântemo. Piretróides
(sintética): Aletrina, resmetrina, permetrina, cipermetrina, decametrina.
Toxicocinética: Praticamente insolúveis em água. São facilmente absorvidos
pela via oral e respiratória mas não dérmica. As piretrinas e os piretróides são
biotransformados rapidamente em humanos, mas lentamente em insetos. Essa
baixa transformação é diminuída quando é usado o solvente butoxido piperonil
pois ele inibe citocromo P450 aumentando a eficácia do inseticida. Os peixes
são mais sensíveis aos piretróides. Os metabólitos dos piretróides são
conjugados com glicina ou ácido glicurônico. As piretrinas são
biotransformadas por hidrólise. Mecanismo de ação: Permetrina: aumenta
oferta de cálcio aumentando a liberação de neurotransmissores. Cipermetrina,
decametrina: aumenta influxo de sódio com despolarização persistente, e
inibem o influxo de cloro ligando-se com receptor GABA. Piretrina = DDT.
Toxicidade: Classe I: aletrina, resmetrina, permetrina: quadro de tremores ,
espasmos convulsivos conhecidos por síndrome T. Classe II: cipermetrina,
decametrina salivação excessiva, movimentos irregulares dos membros. Nos
envenenamentos por ingestão os sintomas iniciais compreendem dores
epigástricas, náuseas e vômitos. Nos casos graves fasciculações, sonolência,
coma e depressão respiratória (morte). Nas exposições ocupacionais com
poeiras finas e spray ou quando do contato dérmico ocorrem ardência e
sensação de formigamento na face e vertigens 4 a 6 horas após a exposição.
Piretrinas: dermatite e alergia respiratória. Os sintéticos causam menos
alergias do que os naturais. Tratamento em caso de intoxicação: Inalação :
lugar arejado; Contato com os olhos: lavar com água durante 15 minutos;
Dérmica: lavar com água e sabão em abundância; Oral: Não induzir vômito
pois pode aumentar a absorção dos solventes orgânicos, beber bastante água.
Em caso de ingestão de grande quantidade fazer lavagem gástrica com 15 a
30 gramas de sulfato de sódio ou magnésio dissolvidos em água; Medicação:
anti-histamínicos.

MERCÚRIO: O mercúrio elementar (Hg0) é um líquido de elevada tensão


superficial, inodoro e de coloração prateada. Os compostos mercurosos e os
compostos mercúricos apresentam uma ampla variedade de cores. Os
cloretos, nitratos, cloratos, cianetos, brometos e fluoretos são hidrossolúveis;
os óxidos e os sulfetos são insolúveis em água. Os compostos
organomercuriais possuem átomos de carbono ligados ao mercúrio, Ex:
metilmercúrio, alquilmercúrio.
No processo de extração o mercúrio é liberado no ambiente principalmente a
partir do minério cinábrio (HgS). A progressiva utilização do mercúrio para fins
industriais e o emprego de compostos mercuriais durante décadas na
agricultura, resultaram no aumento significativo da contaminação ambiental,
especialmente da água e dos alimentos. O agravamento desta situação é
devido a especial característica do mercúrio no meio ambiente conhecida como
Ciclo do mercúrio. A biotransformação do mercúrio inorgânico a metilmercúrio
por bactérias é o processo responsável pelos altos índices do metal no
ambiente. O metilmercúrio acumula-se em cada passo da cadeia alimentar,
chegando a alcançar altos níveis nos peixes. A mudança da forma inorgânica
para a forma metilada é a etapa crucial para o acúmulo de mercúrio no meio
aquático. As formas inorgânicas de mercúrio não se acumulam nos alimentos
consumidos pelo homem a não ser em cogumelos. O processo de metilação
ocorre principalmente nos sedimentos de água doce e nos oceanos. Pode
ocorrer também no intestino dos peixes e no limo externo aderido ao peixe. A
metilação de mercúrio envolve a presença de metilcobalamina (análogo de
vitamina B12) produzida por síntese bacteriana. O metilmercúrio liberado pelos
microorganismos entra na cadeia alimentar por difusão e liga-se às proteínas.
Também pode ocorrrer a intoxicação com mercúrio elementar. O processo de
oxidação do mercúrio elementar ao mercúrio inorgânico Hg++ é realizado pela
enzima catalase nos eritrócitos e nos tecidos. Farmacocinética: O trato
respiratório é a via mais importante de introdução do mercúrio elementar nas
exposições ocupacionais. Estima-se que aproxidamente 80% do mercúrio
retido nos pulmões sejam absorvidos em razão de sua alta lipossolubilidade.
Os metilmercúrios também podem ser inalados. A absorção cutânea de todos
os compostos é possível mas às taxas são desconhecidas. O mercúrio
elementar não é absorvido pelo trato GI (absorção menos do que 0,01%).
Inorgânico é absorvido cerca de 7% e o orgânico é de 95%. Mercúrio
elementar e inorgânico são excretados pela urina e o orgânico pelas fezes. O
metilmercúrio e seus homólogos alquilmercuriais de cadeia curta são
uniformemente distribuído pelo organismo. A distribuição para todos os tecidos
ocorre em 4 dias sendo que no SNC o nível máximo é alcançado após 5-6 dias
de exposição. Juntamente com o mercúrio elementar, distinguem-se pelos
demais pela capacidade e atravessar com facilidade as barreiras
hematoencefálica e placentária. Os principais sítios de deposição de mercúrio
são: - Mercúrio elementar: rins e cérebro; - Inorgânicos: rins; - Metilmercúrio:
cérebro. São excretados pela urina, e pequena parte por salina, suor e
lágrimas. Meia vida: Mercurio elementar: 60 dias; Mercurio inorgânico: 40-50
dias; Metilmercurio: 120 dias. Mecanismo tóxico: O mercúrio é um elemento
tóxico, não essencial e de efeito cumulativo. Possui grande afinidade por
grupos sulfidrila, por fosfato, carboxila, amino. A ação neurotóxica do mercúrio
elementar é atribuída ao mercúrio inorgânico Hg++ formado por oxidação no
tecido cerebral. Os íons mercúricos penetram nas membranas através dos
canais de sódio e cálcio causando despolarização irreversível. Tanto os íons
mercúricos quanto os metilmercúrios reagem com DNA e RNA e alteram as
estruturas terciárias destas moléculas, também interferem em estruturas
lipídicas, na síntese de DNA mitocondrial, na mielina e na enzima glutationa
peroxidase. O transporte de aa através de microtúbulos é inibido pelo
metilmercúrio. O metilmercúrio reage principalmente com os grupos sulfidrilas
dos ribossomas. Nos rins provoca lesão glomerular por reação autoimune e
perdas de enzimas tubulares renais. Síndrome tóxica: As intoxicações por
exposições ocupacionais raramente ocorrem a curto prazo e o mais comum
são intoxicações a longo prazo. Intoxicações a curto prazo: Para mercúrio
elementar: Febres, calafrios, dispnéia e cefaléia, diarréia, cãibras abdominais e
diminuição da visão. Raramente ocorre falência renal aguda. Metilmercúrio nos
adultos diferem dos fetos pois causa lesões neurológicas graves. Adulto afeta
mais visão, audição e coordenação. A parestesia pode ser permanente.
Intoxicação a longo prazo: Por mercúrio elementar: Gengivite, salivação,
estomatite, tremor e alterações psicológicas (perda de memória, insônia, perda
de apetite, instabilidade emocional). Mercúrio inorgânico: além datríade
envolvendo a cavidade oral disfunção renal, alterações dermatológicas,
cardiovasculares e neurocomportamentais. Metilmercúrio: ataxia
(ccordenação), diminuição do campo visual, disartria. Relação dose-efeito: A
NR-15 (Brasil) estabelece como limite de tolerância para mercúrio elementar
no ambiente concentrações de 0,04 mg/m3. As doses letais variam de 29 mg/kg
a 50 mg/kg. A ingestão diária de 3-7 µg pode provocar efeitos adversos no
SNC. O que resulta em parestesia da boca, pés e mãos. Nestes níveis de
ingestão as concentrações encontradas nos cabelos são da ordem de 50-125
µg/g. Quando as mulheres grávidas apresentam 70 µg/g de metilmercúrio nos
cabelos, os fetos apresentam risco de 30% de sinais de anormalidade
neurológica. De 10-20 µg/g apresentam 5% de risco de anormalidade
neurológica. Prevenção: O WHO estabeleceu o limite de 300 µg (5 µg/kg) de
ingestão de mercúrio total sendo que não mais de 200 µg (3,3 µg/kg) de
metilmercúrio. Estes limites não são válidos para mulheres grávidas e em
período de amamentação. No Brasil o limite máximo de tolerância em peixes é
0,5 ppm (para não predadores 0,5 mg/kg e para predadores 1 mg/kg) e
genericamente para qualquer outro tipo de alimento 0,01 ppm. Quando os
níveis são elevados afasta-se o indivíduo da fonte contaminadora. Primeiros
Socorros: - Na inalação: Retirar da exposição, administrar oxigênio, se
necessário. Atenção à possibilidade de o paciente apresentar pneumonite. Em
caso de intoxicação aguda, administrar BAL (2-3 dimercaptopropanol) via
intramuscular. Na intoxicação crônica não existe antídoto específico. Pode-se
tentar: Penicilamina: 250 mg 4 vezes ao dia, durante 10 dias. - Na ingestão:A
indução do vômito está indicada em ingestão recente, e se o paciente está
consciente e não tem convulsões. Pode ser usado xarope de ipeca. Se após
duas doses não houver êxito, estará indicada a lavagem gástrica. O carvão
ativado em solução pode ser utilizado. Uma resina de politiol absorve o
mercúrio em casos de envenenamento agudo. - No contato com a pele:Lavar
com água. - No contato com os olhos:Lavar com água corrente. Controle
biológico: Dosagem urinária do mercúrio. IBMP (NR 7) = 35 ug/g creatinina. No
sangue para metilmercúrio 10 ug/100 mL e para inorgânico 15 ug/L.

CHUMBO: Há mais de 4000 anos o homem utiliza o chumbo sob várias


formas. Os romanos utilizavam o chumbo na área de engenharia, fabricando
tubulações para o transporte de água . Também era utilizado na fabricação de
utensílios domésticos. Chumbo é um metal de cor prateada ou azulada
resistente à corrosão. São insolúveis em meio aquoso mas são dissolvidos por
ácidos. Nos fluidos orgânicos a maioria dos compostos inorgânicos são
insolúveis, inclusive as formas finamente divididas, introduzidas por via
respiratória. O chumbo tetraetila e o tetrametila são usados como aditivos de
combustíveis e se caracterizam por serem lipossolúveis. O principal minério de
chumbo é a galena (PbS) porém uma importante fonte de obtenção é a
recuperação de sucatas do metal. - Fontes de exposição: Os principais usos
estão relacionados às indústrias: extrativa, petrolífera, de baterias, tintas e
corantes, cerâmica, cabos, tubulações e munições. Os organismos que vivem
no meio aquático, captam e acumulam chumbo existente na água e no
sedimento. Nos peixes o chumbo se acumula principalmente nas brânquias,
fígado, rins e ossos. Vegetais também podem captar chumbo do solo e de
deposição do material particulado nas folhas. A lavagem dos vegetais pode
remover até 98% do chumbo presente. Nos países onde o chumbo foi abolido
do combustível o nível de poluição ambiental diminuiu. O chumbo também faz
parte dos cristais. - Toxicocinética: A deposição, a retenção e a absorção de
chumbo no trato respiratório estão relacionados a diversos fatores como:
tamanho da partícula, solubilidade, concentração, ritmo respiratório e a
duração da exposição. De 35 a 50% do chumbo inalado são absorvidos. A
absorção gastrointestinal é estimada em 10% e está ligada à quantidade de
cálcio, ferro, gorduras, e proteínas da dieta. A absorção também é maior em
crianças. Alguns compostos de chumbo são absorvidos percutaneamente
como os sais de chumbo de ácidos orgânicos (naftaleno de chumbo), chumbo
finamente dividido e solução de nitrato de chumbo. Os compostos orgânicos
como o chumbo tetraetila e tetrametila são absorvidos através da pele intacta,
por serem lipossolúveis. A maior característica do chumbo é sua rápida
transferência para os ossos. No sangue, o chumbo liga-se aos eritrócitos em
maior proporção do que se liga ao plasma e à albumina. Estudos cinéticos
indicam 3 compartimentos para o chumbo corpóreo. 1-Sangue - meia vida de
35 dias – 90 a 95% de chumbo liga-se aos eritrócitos. 2-Tecidos moles - meia
vida de 40 dias; 3-Ossos meia vida de 20 anos; 76% do chumbo absorvido é
excretados na urina; 16% pelo trato GI; 8% pelo cabelo, unhas e suor. Pode
ser excretado pelo leite materno. - Mecanismo de ação tóxico: Chumbo forma
complexos com vários grupamentos: fosfatos, hidroxilas, nitrilas, sulfidrilas. As
ligações entre chumbo e grupos sulfidrilas são as de maiores relevâncias. O
SNC, medula óssea e os rins são considerados órgãos críticos para o chumbo.
SNC - irritação, dores de cabeça, cansaço, tonturas, tremores, ataxia, perda de
memória. Podem progredir para coma e morte. O acúmulo pode também
resultar em epilepsia e hidrocefalia. Não se conhece o mecanismo de ação
tóxico no SNC. Foi demonstrado que a liberação de neurotransmissores do
simpático e parassimpático pode ser inibida pelo chumbo. Rim: danos ao
túbulo proximal, efeito crônico: fibrose irreversível e atrofia glomerular. Sistema
hematopoiético: é o mecanismo mais compreendido. Intoxicação com chumbo
induz a uma anemia resultante da diminuição de eritrócitos circulantes. A
interferência de chumbo neste mecanismo é um aumento de protoporfirina
eritrocitária e aumento de ALA urinária e coproporfirina. Tratamento: Quelação
do chumbo por infusão endovenosa de CaEDTA 1 a 2 g por dia por 5 dias,
pode-se combinar com BAL.

CÁDMIO – Características: Só foi identificado em 1917 e ocorre na natureza


em associação com zinco e chumbo A galvanoplastia (processo de
revestimento para maior resistência) é um dos processos industriais que mais
utilizam cádmio. O cádmio também é utilizado em baterias, fabricação de tubos
para TV, pigmentos, esmaltes, fotografia, contadores de cintilação, lasers.
Somente os compostos inorgânicos de cádmio têm importância. No Japão em
1950 em Toyama a ingestão de alimentos contaminados por cádmio
contaminou uma grande parte da população. A principal fonte de poluição do
cádmio era uma mina, os arrozais da região incluindo Fuchu foram
contaminados. O Cádmio é encontrado em cereais, raízes e tubérculos. Nos
animais é encontrado em ostras, mariscos, fígado e rins. Também é encontrado
em fumaça de cigarro. A contaminação dos alimentos com cádmio é devido à
utilização de fertilizantes fosfatados (as rochas de fosfatos contém cádmio).
Quanto menor o pH do solo maior a captação de cádmio pelas plantas. O
processamento dos alimentos pode diminuir a concentração de cádmio. Como
o cádmio está presente nas cerâmicas deve-se evitar o armazenamento de
alimentos ácidos pois esses favorecem a liberação de cádmio. Toxicocinética:
A via respiratória é a principal via de introdução de partículas de cádmio a
absorção depende do tamanho das partículas. A absorção de cádmio é em
média 5% do total introduzido pela via oral. A absorção cutânea é
insignificante. No sangue o cádmio está presente nos eritrócitos ligado a
metalotioneína. É um agente tóxico acumulativo com meia vida de 10-30 anos.
De 40-80% são depositados no fígado e rins; 20% nos músculos. Nos rins se
deposita principalmente no córtex. Nestes tecidos ele quase sempre está
ligado a metalotioneína. A síntese de metalotioneína ocorre no fígado. Quando
as exposições são mais elevadas à retenção de cádmio renal diminui a
hepática aumenta. O cádmio é excretado pela urina. Toxicodinâmica: -
Síndrome renal: O órgão alvo primário nas exposições a longo prazo ao
cádmio é o rim. Acumula-se no córtex renal principalmente nos túbulos
proximais. Parece que cádmio substitui o zinco em enzimas necessárias aos
processos de reabsorção de proteínas. Uma das enzimas lesadas é a leucino
aminopeptidase, zinco dependente. Essa inibição provoca proteinúria tubular
pois as proteínas não são reabsorvidas ou catabolizadas. Com o agravamento
do processo de reabsorção tubular a concentração de cádmio cessa de
aumentar, as células dos túbulos são danificadas e o metal é eliminado com as
células tubulares. Cádmio metalotioneína produz lesões mais acentuadas do
que cádmio isolado. Síndrome associada ao sistema ósseo e metabolismo do
cálcio. Essa síndrome é chamada de Itai-Itai apresenta como características
principais a osteomalácia (mineralização inadequada da matriz óssea;
raquitismo, osso mole) e a osteoporose (diminuição de matriz óssea). Os
indivíduos apresentam dores nas pernas e costas e com evolução do quadro
clínico ocorrem fraturas em várias partes do esqueleto. A síndrome de Itaí- Itaí
pode ser explicada por: - A perda de cálcio na urina em razão dos danos
ocorridos nas estruturas renais. - Pela diminuição da absorção intestinal de
cálcio e de vitamina D. Síndrome tóxica: - Curto prazo: Após ingestão-
distúrbios gastrintestinais; Inalação – edema pulmonar - Longo prazo:
Sintomas gastrintestinais, anemia, descoloração dos dentes, micro fraturas,
enfisema pulmonar e doença renal. - Monitorização: Cd-U indicador biológico
de exposição em curso 5 ug Cd/g de creatinina na urina; Cd-S é indicador
biológico de exposição recente 5 ug/L. Metalotioneína indicador biológico de
efeito. Tratamento: Altas doses de vitamina D. Agentes quelantes não são
recomendáveis pois aumentam a captação renal de cádmio . Também pode-se
administrar zinco pois ele neutraliza vários efeitos tóxicos do cádmio.

ARSÊNICO - Características: Apresenta uma cor cinza prateada que quando


exposto ao ar fica preto. O arsênico é encontrado na natureza no solo na sua
forma pentavalente. É um constituinte natural da comida podendo ser
encontrado em altas concentrações em, mariscos, carne de porco, fígado e sal.
Os compostos trivalentes (arsenitos) são mais tóxicos que os pentavalentes
(arsenatos) e oxidação natural favorece a transformação de trivalente para
pentavalente. O arsênico elementar é utilizado como agente de fusão para
metais pesados tornando-os mais resistentes como por ex na fabricação de
placas de chumbo e de baterias elétricas e ao chumbo na fabricação de
munições. Arsenitos são herbicidas; Arsenatos são inseticidas. Arsenitos – Na
As O2 – trivalente. Arsenato – Na3As O4 pentavalente. Toxicocinética: O
arsênico é bem absorvido pelas vias respiratória e oral. A excreção dos
arsenatos se dá por via urinária e dos arsenitos por bile. Os arsenitos se ligam
às proteínas e a leucócitos. Eles se acumulam em cabelos, fígado, músculos,
unhas e pele (queratina rica em grupos sulfidrilas). Toxicodinâmica: Reage com
grupos sulfidrilas das proteínas. Diminui a fosforilação oxidativa inibe a
atividade mitocondrial. (respiração celular). Toxicidade: - Aguda: Queimação e
secura das cavidades oral e nasal, distúrbios gastrintestinais, espasmos
musculares, desmaios, delírio e coma. Edema de face e pálpebras. – Crônico:
Respiratório: Irritação, perfuração do septo nasal e rouquidão, insuficiência
respiratória; Cardiovascular: lesões vasculares periféricas; SNC: Alterações
sensoriais; Hematopoiético: Leucopenia, anemia; Têm-se ainda bandas claras
nas unhas e câncer de pele. Monitorização: AR-U reflete exposições recentes
não se deve consumir alimentos marinhos antes do exame pelo menos 2 ou 3
dias antes das coletas. IBPM 50 ug/g de creatinina. As determinações de
arsênico no cabelo e unhas são úteis também.

TOXICOLOGIA AMBIENTAL - Toxicologia ambiental estuda os efeitos nocivos


causados em determinada espécie biológica pelas subst. presentes no meio
ambiente. Ecotoxicologia estuda-se o impacto das subst. químicas sobre todas
as espécies biológicas. Principais fontes de contaminação do meio ambiente:
1. Naturais: - Atividade vulcânicas; - Incêndios florestais; - Maré vermelha; 2.
Antropogênicas: - Doméstica e urbana; - Esgoto; - Lixo; - Veículos; - Industria: -
Esgoto; - Lixo; - Queima de combustível; - Agropecuária: - Queimadas; -
Fertilizantes; - Praguicidas; - Outras: - Vazamentos de óleos (petróleo); -
Contaminação de solo com metais; Existe uma inter-relação entre agentes
poluentes e o homem. Poluentes de solo: - Petróleo, praguicidas, metais. Os
praguicidas são degradados naturalmente com o tempo, exceção feita para os
organoclorados onde a área se torna irrecuperável, pois esses xenobióticos
não são biodegradados. Para remoção de metais e petróleo de solos
contaminados é usada à técnica de bioremediação onde são usadas bactérias
que degradam hidrocarbonos e se reproduzem a uma temperatura entre 20 e
30 graus. Poluentes da atmosfera: A atmosfera é a camada de gases que
envolvem a terra é dividida em troposfera (ar que respiramos) Estratosfera,
Termosfera e mesosfera. O ar é uma mistura de gases: Nitrogênio 78%,
Oxigênio 21%, Argônio 0,93%, Dióxido de carbono 0,035% e outros gases. O
dióxido de carbono e vapor de água têm concentração variável dependendo do
local e época do ano. O ar nunca é puro os gases são liberados
constantemente na natureza. Classificação dos poluentes: - Primários : fonte
identificável; - Secundários: interação de um ou mais poluentes com os
constituintes da atmosfera. Os primários são responsáveis por 98% da
poluição: CO >, SOx> HC, MP e NOx. O mais perigoso é o SOx seguido por MP,
NOx e HC o CO não é o mais perigoso. A indústria e os veículos automotores
são os maiores responsáveis pela emissão destes poluentes Poluentes
secundários temos o ozônio formado na troposfera quando há combinação de
NO2 e HC. Classificação das fontes emissoras: Estacionárias: indústrias
contribuem com SOx e MP. Móveis: veículos automotores contribuem com CO,
HC e NOx. Efeitos tóxicos causados pelos poluentes do ar: Os efeitos nocivos
são difíceis de serem estabelecidos pois as condições de exposição e as
respostas individuais são muito variadas. Podem ocorrer intoxicações agudas
em condições favoráveis como por exemplo em inversão térmica mas,
geralmente o que observa são os efeitos a longo prazo. Intoxicação aguda:
Lacrimejamento; Dificuldade de respiração; Garganta irritada; Diminuição da
capacidade física (falta de oxigênio); Intoxicação crônica: Problemas de visão;
Asma bronquite enfisema pulmonar; Doenças cardiovasculares; Efeitos
teratogênicos; Câncer; Os maiores grupos de risco são: crianças, idosos e
indivíduos com problemas respiratórios ou cardíaco. Avaliação da poluição do
ar: Monitorização ambiental (CETESB- Companhia de Tecnologia e
Saneamento ambiental). é utilizada como controle da qualidade do ar. A
qualidade do ar define um limite máximo para a concentração de um
componente atmosférico que garanta proteção da saúde e o bem-estar das
pessoas. Os limites são difíceis de estabelecer experimentos em laboratório
difíceis de reproduzir a condição real ambiental, susceptibilidade individual,
avaliação a múltiplos agentes. Os indicadores da qualidade do ar são: SO2,
MPS, CO, oxidantes fotoquímicos expressos como HC, NO e NO2 e ozônio. O
índice de qualidade do ar relaciona a concentração do poluente com um índice
pré-estabelecido. O índice mais elevado determina a qualidade do ar. No
inverno temos problemas com a poluição do ar devido à inversão térmica a
baixas altitudes. Principais ações que podem ser adotadas no inverno: Uso de
combustível com baixo teor de enxofre; Redução da atividade industrial;
Rodízio de automóveis.

Estudo dos principais poluentes da atmosfera: Compostos de enxofre: O


SOx provém de fontes naturais (vulcão e queimadas) e fontes antropogênicas
(combustão de carvão e derivados de petróleo). Em automóveis a emissão de
SOx só acontece em motores Diesel e assim mesmo é muito pequena. O SO2
possui odor desagradável e irritante. Pode reagir com O3 em baixas altitudes
ou com O2 na presença de ferro ou manganês produzindo H2SO4, (NH4)2SO4.
Quanto maior a umidade relativa do ar maior a produção de ácido sulfúrico
podendo formar as chuvas ácidas. O SO2 é um gás irritante aumentando a
secreção e muco pulmonar. Material particulado: O material particulado é
classificado em: Poeiras, Fumos, Fumaça, Névoa e neblina. Maiores fontes
são as indústrias. Poeiras: partículas sólidas com a constituição química do
material de origem/ Talco, asbesto, óxido de ferro; Fumos: partículas sólidas
com a constituição química diferente do material de origem. Diâmetro menor do
que 0,1 µm. Gerados em processo de combustão, fundição de metais. É mais
tóxico do que a poeira.; Fumaça: partículas sólidas formadas pela combustão
de matéria orgânica. O diâmetro é menor do que 0,5 µm; Névoa: partículas
líquidas obtidas por processos mecânicos. Ex: spray; Neblina: partículas
líquidas obtidas por condensação de vapores; Interessa as partículas com
diâmetros menores do que 30 µm que contribuem para o aparecimento de
asma e bronquite. As partículas podem interagir com o SO2 aumentando a
absorção deste gás. Monóxido de carbono: É um gás inodoro e incolor e
forma-se na combustão incompleta da matéria carbonada. É o poluente
lançado em maior quantidade na atmosfera. Uma grande parte tem origem na
combustão incompleta de combustíveis de automóveis. Dentre as indústrias a
principal é a siderúrgica. A remoção de CO é feita por ventos e
microorganismos do solo. Nos centros urbanos onde as ruas são asfaltadas
esta via de remoção está diminuída. Algumas plantas podem fixar o CO. O CO
pode reagir com a hemoglobina e formar carboxiemoglobina que não
transporta o O2. Em cidades onde o tráfego é muito intenso pode-se atingir 100
ppm de CO causando: dores abdominais, cefaléia, desmaios. Compostos de
Nitrogênio: O NO não causa nenhum efeito significativo no homem nas
concentrações encontradas na atmosfera. O NO2 é um gás irritante,
lipossolúvel podendo causar enfisema pulmonar (longo prazo) e edema
pulmonar (agudo). O ácido nítrico é componente da chuva ácida.
Hidrocarbonetos: Os HC são liberados pela vegetação e pela evaporação da
gasolina e pela combustão parcial de petróleo, carvão, madeira. Mas os
principais emissores são os automóveis. Os HC interferem como ciclo fotolítico
do NO2 e com isto há a formação de O3, e aldeídos (formaldeído)e nitrato de
peroxiacila (PAN). Parte de O3 reage com SO2 e NO dando origem aos ácidos
sulfúricos e nítricos que são constituintes da chuva ácida. Os aldeídos e o PAN
são irritantes pulmonares. O O3 pode causar edema pulmonar e enfisema. Os
hidrocarbonetos aromáticos são cancerígenos. Controle da poluição: - SO2: -
Retirar enxofre dos combustíveis; - Utilizar chaminés altas ; - Tratar efluente
gasoso com CaCo3. - MP: - Separadores mecânicos; - Precipitadores; -
Filtros . - CO, NO2 e HC: - Regulagem de motor; - Catalisadores; - Troca de
combustível;

FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS: Chuva ácida: SO2 e NO reagindo com a


umidade do ar forma ácido nítrico e sulfúrico. - Inversão térmica: Ocorre no
inverno pois o ar frio próximo do solo forma uma camada de inversão térmica
onde o ar frio está embaixo do ar quente impedindo a dispersão dos poluentes
presentes. A inversão térmica é um fenômeno natural que não provoca
poluição. - “Smog”: Associação de Smoke + fog. Acúmulo de poluentes no ar.
Têm 2 tipos o redutor (Londres) e o oxidante (Los Angeles). O tipo Londres é
rico e SOx e material particulado ocorre em temperaturas frias (5o C) com alta
umidade do ar (neblina) e a intensidade máxima é pela manhã. O tipo Los
Angeles é rico em O3, aldeídos, NOx, Pan ocorre em temperaturas quentes
(25o C) com baixa do ar e a intensidade máxima é ao meio-dia. Efeito estufa:
Aumento de CO2 que retêm parte dos raios infravermelhos aumentando a
temperatura da terra (efeito estufa). Redução da camada de ozônio:
Cloroflurocarbono (CFC) que reage com O3;
BARBITÚRICOS: Até o início do século as substâncias mais usadas para
induzir o sono eram o etanol e hidrato de cloral. Em 1903 foi criado o primeiro
barbitúrico (barbital) . Poucos anos depois surgiu o fenobarbital. A partir da
década de 30 iniciou-se o uso de tiobarbitúricos. A superdosagem com indução
de morte fez com que houvesse um desuso destes medicamentos sendo na
década de 60 substituídos com sucesso pelos BDZ. Barbitúricos: O ácido
barbitúrico não deprime o SNC mas a adição de um grupo alquil ou aril no
carbono 5 confere ao composto propriedades sedativas. Estes compostos são
bastante lipossolúveis e baseados na meia vida de eliminação em animais os
barbitúricos são divididos em 4 categorias. Toxicidade: Os barbitúricos são
depressores do SNC. Atuam no receptor GABAa (canal) GABAb (proteína G).
diretamente no canal de cloro. A dose letal depende do barbitúrico. Os
barbitúricos de ação curta são mais potentes e mais tóxicos do que os ação
prolongada. De 10 a 100 vezes a dose terapêutica. O início dos sintomas nos
casos de superdosagem com barbitúricos de ação longa ocorre 2 horas após a
ingestão. Segundo Reed e col os efeitos dos barbitúricos no SNC podem ser
divididos em 4 estágios: Estágio 1: estupor mas responde ao comando verbal.
Estágio 2: não responde a todos os estímulos mas seus reflexos e sinais vitais
estão intactos. Estágio 3: não responde aos estímulos e reflexos mas
apresenta sinais vitais estáveis. Estágio 4: o paciente não responde aos
estímulos, reflexos e os sinais vitais estão instáveis. A intoxicação se
caracteriza por depressão dos centros respiratórios e vasomotores e são
alterações reversíveis. Mesmo em uma intoxicação severa a recuperação
geralmente ocorre sem seqüela neurológica. A causa mais comum de morte é
por depressão respiratória quando não há suporte respiratório. Toxicidade
neonatal: Quando usados nos 3 primeiros meses de gravidez podem induzir a
efeitos teratogênicos. Mas, quando usados no final da gravidez poderá
provocar depressão respiratória, sedação e síndrome de abstinência no bebê.
Os derivados de ação longa (fenobarbital pKa 7,2) passam mais para o leite
materno mais do que outros. Toxicocinética: - Absorção e distribuição: Todos os
compostos são bem absorvidos pelo intestino delgado. Os barbitúricos
ultrapassam todas as barreiras podendo se distribuir por todo organismo. Os
derivados de ação curta são altamente lipossolúveis distribuindo-se na massa
cinzenta do cérebro em poucos segundos após a sua administração. Os
compostos como fenobarbital permanecem no organismo por mais tempo
devido à lenta metabolização dependendo da excreção urinária para o término
dos seus efeitos. O tecido adiposo pode conter altas concentrações de
barbitúricos. Portanto o término do efeito dos barbitúricos decorre mais da sua
redistribuição que realmente da sua biotransformação.
BIOTRANSFORMAÇÃO: A biotranformação ocorre principalmente no fígado
por reação de oxidação. Esta oxidação ocorre no radical do carbono 5. Os
derivados de ação curta são oxidados a compostos mais polares e inativos,
como álcool, cetonas, fenóis ou ácido carboxílico. A excreção é principalmente
urinária e é dependente de pH a alcalinização favorece a ionização de vários
barbitúricos e dificulta a sua reabsorção tubular. Dependência: O uso repetido
de barbitúrico em curtos intervalos de tempo acarreta tolerância metabólica e
farmacodinâmica. Metabólica: aumento da atividade enzimática microssômica.
Farmacodinâmica: dependência física. A retirada abrupta do medicamento
pode gerar síndrome de abstinência: debilidade, ansiedade, alucinações,
delírios, convulsões, náuseas, que podem ocorre de 12 a 16 horas após a
retirada do medicamento. Em recém nascidos ocorre 7 dias após o
nascimento. Tratamento: - Intoxicações podem ocorrer por: Tentativa de
suicídio; Ingestão acidental por descontrole; Ingestão acidental por crianças;
Terapia de suporte de ventilação, monitorar PA: Lavagem gastrintestinal;
Aumento de eliminação com carvão ativado, alcalinização urinária. E em
drogas de ação longa a hemodiálise é recomendada.

BENZODIAZEPÍNICOS: Os BDZ são mais seguros que os barbitúricos não


induzindo depressão respiratória. São utilizados com ansiolítico-hipnóticos,
anticolvulsivantes, relaxantes musculares. Derivado hidroxilado e
Nordiazepam. Toxicocinética: Os BDZ são bem absorvidos pelo trato
gastrintestinal e são bem distribuídos pelos tecidos apresentando suficiente
lipossolubilidade para atingir o cérebro. Estes fármacos são metabolizados
pelo fígado envolvendo vias oxidativas e não oxidativas (nitroredução,
conjugação). Os metabólitos podem apresentar atividade farmacológica similar
àquela do composto original. São excretados pela urina. Mecanismo de ação
tóxico: Atuam no sistema gabaérgico, mas em sítio independente de GABA
induzindo a abertura de canal de cloro. Só em GABAa; Dependência: Amnésia
anterógrada com todos os BDZ. O primeiro fenômeno observado com o uso
crônico de BDZ é o desenvolvimento de tolerância. Este risco é maior com o
uso de doses altas e por tempo prolongado. Esta tolerância não depende de
indução enzimática, mas envolve alterações no número e sensibilidade de
receptores de GABA. O segundo fenômeno observado com o uso crônico de
BDZ é a dependência manifestada através dos sintomas de abstinência. Os
sintomas de abstinência decorrentes da interrupção do uso desses fármacos
incluem: disforia, ansiedade, agitação, insônia, vertigens, anorexia, náuseas. É
mais comum ocorrer síndrome de abstinência com BDZ de meia vida ultra-
curta e curta (triazolam e lorazepam) do que os meia vida longa (diazepam). O
tratamento não deve exceder 12 semanas incluindo a fase de descontinuação
gradual do medicamento. BDZ são drogas relativamente seguras depressão
respiratória e cardiovascular só ocorrem em injeção intravenosa ou disfunção
hepática. Flumazenil é o antagonista de BDZ usado para superdosagem.
A interrupção do uso pode levar a 3 tipos de síndrome: -Recorrência os sinais
voltam a se manifestar; -Rebote- os sinais voltam a se manifestar piores do
que no início do tratamento; -Síndrome de abstinência mais severa.

ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS: Estes medicamentos têm como


efeitos tóxicos mais comuns lesões gástricas, discrasias sangüíneas,
toxicidade renal, toxicidade hepática. ÁCIDO ACETILSALICÍLICO -
Toxicocinética: Após a administração oral o pico de concentração plasmática é
atingido em cerca de ½ a 2 horas. Os salicilatos são distribuídos amplamente e
ligam-se de 80-90% às proteínas plasmáticas. Fármacos que competem com
as proteínas plasmática como as penicilina podem facilitar a intoxicação. A
biotransformação é realizada pelas esterases presentes no plasma e enzimas
hepáticas. É excretado pela urina e sua excreção é dependente de pH. Pode
atingir cerca de 80% do salicilato livre em urina alcalina e 10% em urina ácida.
A cinética dos salicilatos é dependente da dose em doses baixa a ½ vida é de
2 a 3 h e em dose altas atinge de 15-30 h. Efeitos gastrintestinais: PGE2 e
PGI2 Irritação gástrica, ação direta sobre a mucosa e com a inibição de
prostaglandinas. Em doses de 1 a 3 g/dia induz sangramento em 70% dos
pacientes sadios. 15 g por semana sangramento, ulceração gástrica. Efeitos no
sangue: Inibição de tromboxana A2 . Retardo na coagulação. Uma plaqueta
vive de 8-11 dias. Efeitos Renais: Não significativos em pessoas
hemodinamicamente normais. Efeitos hepáticos: Podem ser hepatotóxicos em
crianças e jovens, principalmente em portadores de artrite reumatóide juvenil,
50% dessas pessoas apresentam algum tipo de dano hepático sendo que as
mulheres são mais sensíveis. Há um aumento de transaminase plasmática os
valores se normalizam em 1 semana após a interrupção do tratamento. Efeitos
sobre a gestação: Apresenta também efeitos anti-plaquetário (TX). Na dose
antiinflamatória o AAS (e qualquer antiinflamatório) deve ser evitado na
gravidez pois além de inibir as PG E e F que são importantes na contração
uterina prolongando o tempo de gestação em até 10 dias podem induzir à
morte do feto. No útero o ductus arteriousus junto com a circulação placentária
é responsável pela troca gasosa. Esse ducto se contrai rapidamente após o
nascimento no entanto pode-se fechá-lo prematuramente quando as
prostaglandinas são inibidas por antiinflamatórios causando hipertensão
pulmonar e morte do feto. Estudos com antiinflamatórios têm demonstrado que
o uso desses no 1o trimestre também causa cardiomiopatias. Efeitos
respiratórios: Em doses mais baixas estimulam a respiração causando uma
alcalose respiratória que é compensada por eliminação de bicarbonato. Em
doses muito altas pode haver inibição do bulbo respiratório com morte.
Crianças menores de 1 ano podem apresentar também uma acidose
metabólica devido ao metabolismo ácido-básico (tamponamento) ainda não
compreendido. Síndrome de Reye: Doença rara e freqüentemente fatal em
crianças é caracterizada por falência hepática e encefalopatia (retardo),
ocorrendo sempre após virose, principalmente após o vírus da influenza.
Salicilatos administrado em crianças com catapora e gripe é contra-indicado.
Efeitos irritantes locais da pele e mucosa: - Hipersensibilidade: 4% dos
pacientes apresentam rinite, urticária e asma brônquica podendo desenvolver
broncoconstrição, hipotensão, choque. Parece que algumas pessoas ao inibir a
via ciclooxigenase favorecem a formação de leucotrienos podendo precipitar
um broncoespasmo. As mulheres e asmáticos parecem ser mais sensíveis. -
Intoxicação e tratamento: Foram relatados óbitos com doses de 10 a 30 g de
AAS. A morte ocorre por depressão do centro respiratório. Quando há a
suspeita de intoxicação deve-se fazer: - Emese para crianças; - Lavagem
gástrica para adultos; - Carvão ativado para prevenir absorção; - Hidratação; -
Casos graves – hemodiálise;

PARACETAMOL (DERIVADOS DO P-AMINOFENOL): - Toxicocinética: O


paracetamol é rapidamente absorvido no trato digestivo. O pico de
concentração ocorre entre 15’e 2h após ingestão e a ½ vida é de 2,5 após
doses terapêuticas. Doses tóxicas a ½ vida pode ser de 4 horas. Sua ligação
com proteínas plasmáticas é variável em concentrações terapêuticas não se
liga. - Efeitos tóxicos: O mais grave é o efeito hepatotóxico. Este efeito não
ocorre em doses terapêuticas. A hepatotoxicidade ocorre após dose única de
10-15 g e é fatal após 20-25 g. Nas primeiras 24 horas ocorrem náuseas,
vômitos, anorexia e dor abdominal que podem persistir por 1 semana. A
manifestação de lesão hepática surge 2 a 4 dias após a ingestão. O
paracetamol desenvolve lesão hepática através de seu metabólito
intermediário resultante de biotransformação hepática. O paracetamol e a
fenacetina exercem função nefrotóxica aguda. Tratamento: Quando houver
história sugestiva do uso de doses excessivas de paracetamol deve-se:
-Proceder à lavagem gástrica no máximo 4 horas após a ingestão; Administrar
N-acetilcistéina i.v. estudos demonstram que a N-acetilcistéina aumentam a
concentração de glutationa. O tratamento deve ser iniciado no máximo de 8-10
horas após a ingestão sendo ineficiente 12 horas após a ingestão. A metionina
via oral aumenta a reação de conjugação com glutationa. OBs: Anemia
aplástica é uma deficiência na formação de todas as células
sangüíneas.Agranulocitose leucócitos estão ausentes (ocorre somente em
infecções graves, ou por medicamentos ou radiações).

DOPAGEM NO ESPORTE: As substâncias utilizadas como doping podem ser


sintéticas ou compostos endógenos. As mais utilizadas são: 1. Fármacos que
atuam sobre o SNC: Estimulantes: Simpatomiméticos: Cocaína e Cafeína.
Depressores: Opióides e Álcool. 2. Bloqueadores beta-adrenérgicos 3.
Hormônios: Gonadotrofinas, Hormônio do crescimento, Corticotrofina e
Esteróides anabólicos. 4. Diuréticos. 5. Fármacos que atum no sistema
hematopoético. Estimulantes: Anfetaminas e derivados- usados para aumentar
o estado de alerta, resistência, diminuição de apetite para a perda de peso. Em
ciclistas observa-se morte com mais freqüência devido a distúrbios em centro
de regulação de temperatura. Efedrina – agonista beta, liberação de nor e
estimulante fraco do SNC. Depressores: Ação analgésica para tratamento da
dor. Utilizada no ciclismo e pugilismo. Bloqueadores beta adrenérgicos: Para
evitar tremores em atividades físicas que exigem precisão, tiro ao alvo, arco e
flecha e golfe. Hormônios: Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG). A hCG é
uma glicoproteína produzida em grande quantidade durante a gravidez. Esse
hormônio estimula a produção de testosterona e epitestosterona. Também
estimula a formação de eritrócitos devido à ação sobre a produção de
eritropoietina. Um efeito indesejado é a ginecomastia provavelmente como
resultado do aumento da secreção de estrógenos. Hormônio do crescimento
(hGH): O hGH é atualmente uma das substâncias mais procuradas. Acredita-
se que aumente o tamanho corporal, provoca redução nos depósitos de
gordura e produz efeitos semelhantes aos esteróides anabólicos. O hCG
promove a incorporação de aa em proteínas musculares e interfere no
metabolismo de lipídeos. Em longo prazo o efeito adverso observado é
acromegalia (aumento ósseo mãos , pés e faces). Reações alérgicas e até
diabetes. Cara e existe muita falsificação. Corticotrofina (ACTH).: Aumenta os
níveis de corticosteróides endógenos com intenção de obter efeitos
euforizantes. Insulina: Hormônio secretado pelo pâncreas. Acelera a queima de
açúcares e a produção de energia, resultando em ganho de desempenho. O
excesso provoca hipoglicemia levando a perda de controle do organismo.
Esteróides anabólicos: Esteróides anabólicos ou anabolizantes sintéticos são
substâncias químicas relacionadas estruturalmente ao hormônio sexual
masculino –testosterona. A testosterona atua sobre o processo de divisão e
secreção das células germinativas, estimulando o movimento dos testículos
para a bolsa escrotal no feto e determinando as características sexuais
masculinas. Causa um aumento na produção de proteínas e desenvolvimento
muscular, aumentando também a retenção de cálcio e crescimento ósseo.
Aumenta o número de hemácias e o volume de sangue. O aumento de massa
muscular deve-se ao aumento de tamanho da fibra individual muscular e não
no número de fibras. Dentre os anabolizantes mais usados encontram-se os 17
α-metila derivados da testosterona como por ex: Oxandrolona – nome
comercial ANAVAR; Metiltestosterona; Estanozolol – WINSTROL. Derivados
17 α-etila derivados: Noretrandolona. Também temos os ésteres de
testosterona: Cipionato de testosterona (Deposteron); Decanotato de
testosterona _ Durateston. Ésteres da 19-nortestosterona: Nandrolona- DECA
DURABOLIN; Oxandrolona – nome comercial ANAVAR e Estanozolol –
WINSTROL. Ataca o fígado, hepatite, provoca câncer, distúrbios cardíacos.
Cipionato de testosterona (DEPOSTERON); Decanotato de testosterona _
DURATESTON. Aumento de mama nos homens, forte dor no bico da mama,
atrofia testicular, masculiniza a mulher e aumenta o clitóris. Nandrolona- DECA
DURABOLIN. Acúmulo de líquido. Há evidências que todos causam retardo na
excreção de cálcio resultando na formação de depósitos nas articulações e
cálculos renais. Eritropoitina: A eritropoitina é um hormônio sintetizado pelos
rins que regula a velocidade da síntese de eritrócitos e hematócritos. A
epoietina é um derivado da eritropoietina. Essa substância tem sido utilizada
por atletas na tentativa de aumentar a capacidade de transporte de oxigênio
pelo sangue e o seu desempenho. Deve existir um controle nos níveis de
hematócritos pois os efeitos tóxicos são encefalopatias, distensão vascular,
diminuição defluxo sanguíneo, hipóxia, trombose, problemas renais, Após o
uso da substância os níveis de hematócrito podem continuar aumentando por 5
a 10 dias e permanecem de 3 a 4 meses no sangue. Diurético: São utilizados
para diluir a concentração das substâncias para aumentar o volume de urina.
Os diuréticos que elevam o pH (acetazolamida) retardam a excreção de alguns
medicamentos. Probenecida – usada para diminuir excreção de penicilina
também diminui excreção de anabolizantes.

MICOTOXINAS EM ALIMENTOS: Os alimentos e os produtos, na sua


elaboração estão sujeitos à contaminação por substâncias altamente tóxicas.
Entre as diversas substâncias temos: os fungos que se desenvolvem em
condições favoráveis e são capazes de produzir substâncias tóxicas. Muitos
dos fungos que se desenvolvem nos alimentos produzem metabólicos tóxicos,
chamados micotoxinas, quando existem fatores biológicos e ambientais
favoráveis. As micotoxinas são capazes de induzir micotoxicoses que afetam
os animais e os homens. Os principais fungos do gênero: Aspergillus,
Fusarium e Penicillium. Um mesmo fungo pode produzir diversas micotoxinas.
Os diferentes fungos produtores de micotoxinas são encontrados em todas as
regiões do mundo e podem crescer em uma grande variedade de substratos e
sob várias condições de umidade, pH e temperatura. Assim os alimentos estão
sujeitos à invasão por fungos e contaminação com micotoxinas no campo
durante e após a colheita, no processamento, no transporte e na estocagem,
em condições deficientes de manuseio. Condições favoráveis à contaminação
por aflatoxinas: O crescimento e multiplicação dos diferentes grupos dependem
de condições externas favoráveis e nutrientes adequados.
A fonte de carbono assim como a fonte de nitrogênio é importante, o pH e a
presença de íons metálicos para determinar o crescimento do fungo
independente das condições externas favoráveis. O milho e o amendoim são
sensíveis à contaminação por fungos produtores de aflatoxinas. Nem todos os
fungos produzem micotoxinas. Além da presença de nutrientes, outros fatores
como luz, oxigênio, umidade do ar, temperatura, pH, umidade do substrato vão
determinar qual a micotoxina a ser produzida. São 4 os fatores que
determinam à produção de micotoxinas: 1. Toxigenicidade dos fungos: Existem
diferenças entre as espécies. Os fungos produtores de aflatoxinas são:
Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. 2. Substrato: Alguns alimentos são
mais sensíveis que outros. Aflatoxinas: amendoim, nozes, algodão, castanha
do Pará. Zearalenona Milho. Ocratoxina milho, trigo, centeio, aveia, cevada.
Patulina maçã. 3. Umidade: O conteúdo mínimo de umidade dos alimentos
necessário para o crescimento de Aspergillus flavus é de 85%. Em cereais com
teores mais elevados de amido esse conteúdo é de 18-18,5%. A secagem
posterior não afeta o teor de aflatoxina já existente, pois ela resiste ao
processo de secagem e até de torrefação. 4. Temperatura: É um dos fatores
ambientais mais importantes para o crescimento de fungos, produção de
toxinas. Aflatoxinas 27oC; Zearalenona 12-14 oC; Ocratoxina 28 oC; Patulina 20-
25 oC

AFLATOXINAS (Amendoim): É considerada como responsável por lesões


hepáticas de natureza cancerígena.Temos 17 aflatoxinas mas o termo
aflatoxina normalmente se refere aos 4 compostos do grupo bifuranocumarina:
B1, B2, G1 e G2. Temos a aflatoxina M1 que pode ser encontrada no leite
(formada a partir de b1). Sua atividade ocorre em DNA. Ela pode sofrer
detoxificação ao ser biotransformada no fígado. - Via de transmissão: Leite,
carnes e ovos. As toxinas presentes nos produtos são normalmente
metabólitos detoxificados da micotoxina original presente na ração e a
concentração desses metabólitos representam uma pequena fração. Portanto
a principal preocupação refere-se à toxicidade crônica (exposição a
concentrações baixas por um período longo).

ZEARALENONA: Zearalenona é um metabólito tóxico produzido por várias


espécies de Fusarium. É também chamada de toxina F2. (milho). Possui
atividade estrogênica: Vulvovaginite. Inflamação uterina. Aumento de secreção
vaginal. Crescimento e lactação de glândulas mamárias.

OCRATOXINA: Produtores Aspergillus alutaceus (crescimento a 37 oC) e


Penicillinum viricatum( 5 oC). É uma nefrotoxina, progressiva redução da função
renal.

TRICOTECENOS: Produzidos por Fusarium, se encontram nas gramíneas e


outras plantas de consumo animal e humano. Encontra-se em corn flakes,
trigo, arroz, cevada,milho, amendoim, feno. e se desenvolvem tanto durante o
cultivo como no armazenamento. São irritantes de mucosa e pele e podem
provocar leucopenia progressiva que evolui à aplasia medular, similar à da
radiação. Podem causar síndrome gastrintestinal aguda que desaparece com a
suspensão do alimento.

PATULINA: Aspergillus, Penicillium e Byssochlamys. Encontrado na maçã


provoca edemas pulmonares e cerebrais.
ADITIVOS E CONSERVANTES: “Aditivos são definidos como substâncias não
nutritivas, com a finalidade de melhorar a aparência, sabor, textura e tempo de
armazenamento é preciso esclarecer no entanto, que “em certos casos, as
substâncias químicas incluídas para melhorar esta qualidade do produtos,
poderão elevar a sua capacidade nutritiva”. Esta definição não inclue os
contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento
para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais. O uso de aditivos no
Brasil foi regulamentado em 1965 e atualizado em 1968. - Origem e tipos de
aditivos: Os aditivos são provenientes das mais diversas fontes. Podem ser de
origem natural, semi-sintética ou sintética. Os aditivos alimentares e suas
siglas respectivas, são reunidos em diferentes grupos: 1-Acidulantes (H)
intensificam o gosto ácido dos alimentos; 2-Antiumectantes (AU) diminuem as
características higroscópicas dos alimentos; 3-Espessantes (EP) elevam a
viscosidade de soluções, emulsões e suspensões; 4-Estabilizantes (ET)
favorecem e mantêm as características físicas das emulsões e suspensões; 5-
Antioxidantes (A) retardam os processos oxidativos; 6-Conservantes (P)
impossibilitam ou atrasam a deterioração microbiana ou enzimática dos
alimentos; 7-Edulcorantes (D) substâncias não glicídicas que conferem sabor
doce aos alimentos; 8-Corantes (C) conferem ou intensificam a cor dos
produtos; 9 Aromatizantes/flavorizantes (F) conferem e intensificam o sabor e o
aroma dos alimentos; Aditivos alimentares são na sua maioria substâncias
estranhas ao nosso organismo apresentando, portanto potencial tóxico. A
avaliação toxicológica de um aditivo visa determinar o seu potencial tóxico e a
dose que o evidencia. Devemos testar o aditivo e seu metabólito. Os testes a
serem realizados são: Toxicidade aguda; Toxicidade subcrônica; Toxicidade
crônica. Antes da década de 70 só eram realizados os testes de toxicidade
aguda.A ingestão diária aceitável é conhecida como IDA e é definida como
mg/kg. Aspectos toxicológicos de classes específicas de aditivos:

CORANTES: A aparência de um alimento é extremamente importante para o


consumidor. Durante a industrialização muitos alimentos perdem a coloração
sendo necessário adicionar corantes para recuperar a aparência. Nos séc
XVIII e XIX alguns fabricantes de alimentos ao perceberem a influência positiva
da cor passaram a utilizar corantes para mascarar os alimentos de baixa
qualidade ou mesmo deteriorados. Metais eram adicionados nos alimento
como : chumbo, cobre. No picles para ficar verde era adicionado sulfato e
cobre para deixar os doces com cores mais chamativas era adicionado cobre
e/ou chumbo. Também era adicionado corante amarelo no leite. Hoje os
corantes artificiais têm sido cada vez mais substituídos pelos naturais. Dúvidas
sobre os corantes têm sido associadas principalmente a corantes da classe
azo: - Amarelo manteiga – tóxico – cancerígeno; - Laranja SS – tóxico – azo; -
Amaranto - seguro 0,5 mg/kg – azo; - Vermelho soudan 7B – tóxico – azo; -
Tartrazina levemente tóxico – azo; - Eritrosina - seguro 0,1 mg/kg; No
processamento e estocagem estes corantes originam compostos cujas
propriedades tóxicas não são tão bem conhecidas. A tartrazina pode provocar
urticária, asma aguda e rinite em indivíduos alérgicos. Parece haver uma
correlação entre ser sensível à aspirina e a tartrazina. O laranja SS e o
vermelho soudan apresentam potencial carcinogênico. A substituição de
grupamentos amina por sulfatos e carboxilas diminui a absorção e
consequentemente o potencial carcinogênico. O amaranto apresenta 3
substituições parece se seguro. EDULCORANTES: São substâncias não
glicídicas capazes de conferir sabor doce aos alimentos;
São usados em produtos dietéticos: Naturais: estéviosídeo; Artificiais: sacarina,
ciclamato, aspartame, acesulfane K; - Estéviosídeo: Isolado das folhas de erva
– doce. É 300 x mais doce do que a sacarose. Seguro; - Sucralose:
Modificação da sacarose. Não tóxico. Segurança comprovada ao consumo
diário de 10000 litros de refrigerantes por dia. – Sacarina: A sacarina é a mais
antiga dos edulcorantes (1879) e é cerca de 300 a 700 vezes mais doce que a
sacarose. Apresenta gosto residual amargo em altas concentrações. Provoca
câncer de bexiga em ratos ( 2 anos na dieta) no entanto este efeito não foi
encontrado nos homens. Estudos realizados com população diabética não
demonstraram o efeito cancerígeno da sacarina em humanos. 5 mg/kg de
sacarina/dia. A quantidade de sacarina necessária para causar algum efeito
cancerígeno quando se relaciona os efeitos nos ratos com os humanos seria
de um consumo diário de 750 latas de refrigerantes dietéticos por toda a vida.
- Aspartame: O aspartame é derivado de L-fenilalanina e o ácido L-aspártico
189x mais doce que a sacarose. A única restrição quanto ao uso do aspartame
é em fenilcetonúricos pois contém fenilalanina. O aspartame não deixa sabor
residual amargo, não é calórico é bastante utilizado em refrigerantes. –
Ciclamato: O ciclamato é 30-40X mais doce do que a sacarose. É termoestável
possui longa vida na prateleira. É considerada seguro (experimentos com
macacos por 17 anos bebendo 30 latas de refrigerante por dia). - Acesulfane K:
Seguro é eliminado inalterado.

CONSERVANTES ou CONSERVADORES: Nos processos de conservação são


empregados o frio, o calor e o controle da umidade (secagem, defumação e
salga). Além desses, tem sido utilizado o emprego de conservantes como
elementos essenciais no controle da deterioração microbiana.
1-Ácido benzóico e benzoatos, ésteres do ácidio p – hidroxibenzóico; 2-Nitratos
e nitritos; 3-Dióxido de enxofre e derivados; 4-Ácido bórico e tetraborato de
sódio; 5-Ácido deidroacético.
Ácido benzóico e benzoatos, ésteres do ácidio p – hidroxibenzóico: Mais
utilizado por terem baixo custo e baixa toxicidade. Como não são
hidrossolúveis são colocados em alimentos na forma de sal.
Nitratos e nitritos: Os nitritos e nitratos dependendo do valor ingerido são
tóxicos pois podem levar a formação de compostos cancerígenos. Possível
interação com aminas e formação de nitrosaminas (cancerígenas) Também
aumentam a formação de metehemoglobina o que causa dificuldade no
transporte de O2.
Sulfitos (SO2): Em altas concentrações nas dietas (4g) os sulfitos podem
ocasionar irritação do intestino, vômito e diarréia. Também provocam reação
asmática em indivíduos sensíveis.

REALÇADORES DE AROMA - Glutamato monossódico (MSG): Antigamente


era preparado com algas hoje é produto da fermentação de amido, açúcar de
milho, melaço de cano. O leite materno contém glutamato monossódico 10x
mais do que o leite de vaca. Apesar dos estudos toxicológicos não
evidenciarem efeitos tóxicos algumas pessoas apresentam hipersensibilidade
ao MSG os sintomas incluem ardor e sensação de pressão no peito e nas
faces (Síndrome do restaurante chinês). No entanto essas pessoas também
são sensíveis aos tomates e cogumelos.

1-Um paciente chega ao hospital apresentando uma grave intoxicação


ocasionada pela ingestão de mercúrio. Quais sinais e sintomas este paciente
apresenta? Qual seria o tratamento adequado para esta intoxicação? Quais
são os principais órgãos afetados?
R. O paciente apresenta: gengivite, salivação, estomatite, tremor e alterações
psicológicas (perda de memória, insônia, perda de apetite, instabilidade
emocional), além da tríade envolvendo a cavidade oral disfunção renal,
alterações dermatológicas, cardiovasculares e neurocomportamentais e
também ataxia (coordenação), diminuição do campo visual, disartria. Pode ser
usado xarope de ipeca. Se após duas doses não houver êxito, estará indicada
a lavagem gástrica. O carvão ativado em solução pode ser utilizado. Uma
resina de politiol absorve o mercúrio em casos de envenenamento agudo. Os
principais sítios de deposição de mercúrio são: rins e cérebro.
2-Um paciente chega ao hospital apresentando uma grave intoxicação, após
uma tentativa de suicídio, desencadeada pela ingesta de vinte comprimidos de
bromazepam 3mg (benzodiazepínico). Quais sinais e sintomas este paciente
apresenta e qual seria o tratamento para esta intoxicação?
R. É caracterizada por depressão do sistema nervoso central, com depressão
do grau de consciência de grau variado levando a sonolência, letargia,
sedação, confusão mental, ataxia e amnésia. Pode ocorrer ação de
intensidade variável em relação à depressão respiratória; alguns efeitos no
sistema cardiovascular, como hipotensão, hipotermia e bradicardia; alterações
pupilares, como midríase, nistagmo e diplopia. Raramente a depressão do
sistema nervoso central é intensa á ponto de evoluir para coma profundo.
Manifestações musculares podem ocorrer como hipotonia, hiporreflexia e pode
ocorrer também dificuldade de fala. O antídoto para a intoxicação
benzodiazepínica é o flumazenil: antagonista específico. Ele bloqueia os
efeitos centrais das substâncias que agem nos receptores benzodiazepínicos,
por inibição competitiva, e reverte a sedação provocada por essas substâncias,
com melhora do efeito respiratório. No entanto, este medicamento não substitui
a assistência respiratória.
3-Um trabalhador após manipular um inseticida organofosforado apresentou
uma grave intoxicação, por isso foi levado ao hospital. Sobre esta intoxicação
responda: Qual é o mecanismo de ação tóxica deste grupo de inseticidas?
Quais sinais e sintomas este paciente apresenta? Qual seria o tratamento
adequado para esta intoxicação?
R. Os organofosforados inibem irreversivelmente a enzima acetilcolinesterase,
que é importante na regulação dos níveis de acetilcolina, um neurotransmissor.
Os principais efeitos agudos da intoxicação por organofosforados são: Sistema
Nervoso Autônomo = miose, lacrimejamento, salivação, excesso de secreção
brônquica, broncoespasmo, bradicardia, vômitos, diarréia, incontinência
urinária e diaforese. Sistema Nervoso Central = convulsões, agitação,
sonolência, coma. Junção Neuromuscular = tetraparesia, fasciculações. O
tratamento inicia-se com ventilação, indução de vômito, administração de
atropina e pradoxima ou obidoxima que são reativadores de colinesterases.
4-Dentre as inúmeras substâncias utilizadas por atletas coma finalidade de
obter um melhor desempenho nos esportes praticados pelos mesmos estão os
anabolizantes esteroidais e as anfetaminas. De que forma estas substâncias
beneficiam os atletas e quais são os efeitos tóxicos provocados pelas
mesmas?
R. Anabolizantes esteroidais: Causam um aumento na produção de proteínas e
desenvolvimento muscular, aumentando também a retenção de cálcio e
crescimento ósseo. Aumenta o número de hemácias e o volume de sangue.
Anfetaminas: Usados para aumentar o estado de alerta, resistência, diminuição
de apetite para a perda de peso. Efeitos tóxicos dos anabolizantes esteroidais:
Há evidências que causem retardo na excreção de cálcio resultando na
formação de depósitos nas articulações e cálculos renais; Efeitos tóxicos das
anfetaminas: todos os efeitos acima descritos ficam mais acentuados e podem
começar a aparecer comportamentos diferentes do normal: ela fica mais
agressiva, irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando contra
ela: é o chamado delírio persecutório. Dependendo do excesso da dose e da
sensibilidade da pessoa pode aparecer um verdadeiro estado de paranóia e
até alucinações. É a psicose anfetamínica. Os sinais físicos ficam também
muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida (devido à contração dos
vasos sanguíneos) e taquicardia.
5- L. C., 22 anos, masculino dá entrada no hospital queixando-se de cefaléia,
dispnéia, dificuldade visual, salivação, cólicas, náuseas e vômitos. Informou
que esses sintomas iniciaram-se 2 horas antes, após ter recebido
acidentalmente uma carga de inseticida de um avião agrícola. O produto
empregado era o Malation. Alguns minutos depois, este quadro evoluiu para
eliminação involuntária de fezes e urina, fasciculações musculares persistiram
e o quadro progrediu para convulsões. Perguntas: a) Correlacione as
manifestações acima com a intoxicação por Malation, com base na
toxicodinâmina. b) Justifique o uso de atropina e indique outro fármaco efetivo
neste caso.
R. a) Organofosforados e Carbamatos são inibidores da acetilcolinesterase,
enzima responsável pela degradação da acetilcolina em ácido acético e colina,
que são substâncias inertes. A acetilcolina é o mais importante
neurotransmissor do impulso nervoso nos junções sinápticas.
Organofosforados e Carbamatos, ao inibirem a ação da acetilcolinesterase,
provocam um excesso de acetilcolina nos terminações nervosas, o que
inicialmente
excitará e depois paralisará a transmissão nos sinapses colinérgicas, que
incluem Sistema Nervoso Central, terminações nervosas parassimpáticas e
umas poucas terminações simpáticas, como glândulas sudoríparas (efeitos
muscarínicos), nervos somáticos e sinapses ganglionares (efeitos nicotínicos).
b) Atropina: Seu uso é essencíal; bloqueía os efeítos da acetilcolina
(antagonista de receptor muscarinico). Pralidoxima (mesilato): Indicado como
reativador da acetilcolinesterase nos intoxicações por organofosforados.
6- A administração de qual substância deve ser indicada em gestantes que
fazem uso de fenobarbital como anticonvulsivante.
R- Acido Fólico
7- Aumento de concentração ao longo da cadeia trófica, é um fenômeno que
ocorre para determinados xenobióticos, sendo neste caso de maior impacto
sobre os organismos de topo de cadeia alimentar, incluindo o homem. A qual
fenômeno a afirmação acima se refere? Cite um exemplo de agente tóxico
relacionado a este.
R. Refere- se a bioacumulação e podemos citar como exemplo os metais.
8- As micotoxicoses são doenças decorrentes da contaminação de alimentos
por certos tipos de fungos, como por exemplo o Aspergillus flavus. Relacione a
micotoxina produzida por esta espécie de fungo e os efeitos esperados de sua
administração.
R. As micotoxinas produzidas pelo Spergillus flavus são as aflotoxinas e os
efeitos pode causar necrose aguda, cirrose e carcinoma de fígado em diversas
espécies animais. Nenhuma espécie animal é resistente aos efeitos tóxicos da
aflatoxina, assumindo-se que humanos possam ser igualmente afetados
9- M. S. V. 30 anos deu entrada no pronto-socorro se queixando de dores de
cabeça, tonturas e dores na barriga. Ao examinar a sua gengiva o médico
notou uma linha azul próxima dos dentes. O hemograma deu um numero baixo
de eritrócitos. Sabendo-se que este indivíduo trabalhava em uma indústria de
baterias responda: a) Qual é a provável substância tóxica neste caso? b) Quais
os exames toxicológicos que o médico poderia pedir?
R. a) A provável substância tóxica é o chumbo. b) Hemograma, dosagem de
chumbo no sangue
10- A síndrome de Itai-Itai foi caracterizada no final da década de 40 no Japão.
Essa síndrome ocorreu deviso a contaminação de arroz com um metal e os
indivíduos apresentavam fortes dores e fraturas. Qual é esse metal? Qual é o
tratamento apropriado para essa contaminação?
R. Trata-se do metal cádmio e o tratamento são altas doses de vitamina D.
Agentes quelantes não são recomendáveis pois aumentam a captação renal
de cádmio. Também pode-se administrar zinco pois ele neutraliza vários efeitos
tóxicos do cádmio.
11- Após 1 ano e meio tomando 6mg diárias de bromazepan (Lexotan) o
tratamento da paciente foi interrompido. Esta paciente começou a apresentar
muita ansiedade e relatou dificuldade para dormir. Estes sintomas podem estar
relacionados a interrupção do tratamento? Justifique.
R. Sim uma vez que os sintomas de abstinência decorrentes da interrupção do
uso desses fármacos incluem: disforia, ansiedade, agitação, insônia, vertigens,
anorexia, náuseas.
12- Em 1992 o gerente da Rhodia, Otacílio Miguel Teixeira Tavares, alardeava
o poder corrosivo do material químico que trabalhavam. Dizia ele: “ O lugar
onde foi depositado é irrecuperável. Lá, ninguém deve cultivar nada nem beber
água”. Na época, como no Brasil não havia regulamentação específica sobre
este grupo de inseticidas, o Ministério do Trabalho e Previdência Social
subestimou o problema. Hoje, as áreas dos antigos depósitos clandestinos
estão quase todas ocupadas. Pesquisas da médica sanitarista da Secretária de
Saúde do Estado em Santos, Agnes Soares da Silva, apontam que a
contaminação está comprovada em quase 100% da população exposta a esse
grupo de substâncias químicas. Por serem cancerígenos, não deviam estar
presentes no organismo.” a) De qual grupo de inseticidas estamos falando? b)
Qual ou quais as condutas podem ser tomadas nos casos de intoxicação
aguda e crônica com estes inseticidas?
R. a) Estamos falando dos inseticidas organoclorados. b) Tratamento: Não
existe antídoto. 1- Medidas de eliminação: a) Lavagem gástrica com NaHCO3;
b) Carvão ativado; c) Laxante; d)Lavagem cutânea com água;
2 – Apoio vital: a) Controle da via aérea; 3- Tratamento das convulsões;
diazepam. No envenenamento agudo (1as 24 horas) tem-se: náuseas, vômitos,
cefaléia, vertigem hiperexcitabilidade, tremores (ataxias), parestesias,
depressão respiratória e convulsões. As convulsões podem ser violentas. Após
24 horas – edemas. No envenenamento crônico tem-se: anorexia, perda de
peso, desconforto abdominal, hepatomegalia, dificuldade de fala, tremores na
mão, incoordenação motora.
13- Trabalhadores de uma fábrica de baterias para carro, subitamente
passaram a apresentar fortes dores articulares, cefaléia e alguns se queixavam
também de alterações gastrointestinais, acompanhadas de intensa cólica. Após
avaliação estes trabalhadores foram remanejados da linha de produção e
submetidos a tratamento. Sobre o caso acima responda: a) Qual tipo de agente
tóxico pode estar relacionado com a sintomalgia descrita; b) Indique um exame
que pode ser empregado para o diagnostico desta intoxicação; c) Descreva a
terapia para estes trabalhadores.
R. a) Chumbo; b) Hemograma, dosagem de chumbo no sangue; c) Quelação
do chumbo por infusão endovenosa de CaEDTA 1 a 2 g por dia por 5 dias,
pode-se combinar com BAL.
14- Um paciente fazendo uso, há dois anos, de Diazepan para o tratamento de
insônia. Devido a um infecção dentaria e sem tempo para recorrer ao
tratamento odontológico, por conta própria, passou a automedicar-se com
Paracetamol (2 comprimidos de 750mg) por várias vezes ao dia, conseguindo
assim minimizar a dor. Ao quinto dia deste tratamento este paciente foi
internado na UTI, com sintomas indicativos de hepatite tóxica. Perguntas: a)
Existe relação entre o quadro hepático e o uso de Paracetamol? b) De que
modo o uso prolongado de Diazepan se relaciona a esta situação?
R. a) Sim. b) Os dois competem com o acido glicuronico para serem
biotransformados, portanto o paracetamol fica livre para ser biotransformado
pelo sistema P450 oxidase em NAPQI que é hepatotóxico.
15- A toxicologia é um instrumento importante para avaliação do risco de
exposição aos poluentes ambientais, sendo, além disso, um meio para propor
medidas que minimizem o impacto destes polentes sobre a saúde humana e
os ecossistemas. Aponte o grupo de poluentes ambientais que traz maio risco
e os efeitos decorrentes de exposição.
R. Poluentes ambientais atmosférico , sendo o de maior risco o SOx e temos
como efeitos decorrentes de exposição problemas pulmonares, cânceres.
16- o emprego de meios artificiais para alterar o desempenho de atletas é
denominado de doping. Atualmente, uma grande lista de sustâncias tem seu
uso proibido mediante a uma competição, ETA lista é periodicamente revista
pelos comitês olímpicos que fiscalizam esta prática. Descreva como é feito o
exame antidoping, a metodologia empregada e cite 3 exemplos de substancias
que caracterizam o doping positivo.
R- Coleta de material (urina ou sangue) para análise em eletroforese ou
cromatografia. Anfetaminas, diuréticos, anabolizantes esteroidais.
17- No caso de suspeita de intoxicação por chumbo, qual das substâncias
abaixo não é usada como indicador biológico para a determinação da
intoxicação? R. Colisnesterase
18- Qual destas micotoxinas é produzida pelo aspergillus flavus? R. Aflatoxina
19- Qual das alternativas tem fármacos que são utilizados CNA terapia
quelante? R. EDTA e Dimercaprol
20- A chuva acida é um fenômeno decorrente da poluição. Os poluentes
envolvidos na formação de chuva acida são: R. NOx e SOx
21- Quais destes fármacos são depressores do SNC e podem causar
teratogênese quando ingeridos cronicamente por mulheres grávidas no
primeiro trimestre. R. Barbitúricos
22- Um praticante de fisioculturismo foi flagrado no exame antidoping por ter
utilizado anabolizantes esteróides. Qual dos efeitos indesejados não é causado
pelos anabolizantes esteróides? R. Emagrecimento
23- As aflatoxinas são micotixinas encontradas em alimentos, por exemplo,
amendoim. Qual das alternativas apresenta um efeito causado por estas
micotoxinas? R. Lesão Hepática
24- Qual desses efeitos tóxicos é provocado pelo uso concomitante de
Paracetamol e indutores enzimáticos? R. Lesão Hepática
25- Qual das alternativas corresponde ao antídoto utilizado numa intoxicação
ocasionada por Paracetamol? R. N-acetilcisteína
26- Qual das alternativas corresponde a toxicodinâmica dos carbamatos? R.
Inibidores reversíveis da ACHE
27- Com relação ao mecanismo de ação dos piretróides é correto afirmar que:
R. Todos os mecanismos de ação acima citados estão corretos.
28- As dioxinas são contaminantes ambientais que exercem alto impacto na
saúde humana. A qual classe elas pertencem? R. Organoclorados
29- O saturnismo é uma doença causada pela exposição R. Crônica ao Pb
30- muitas toxinas encontradas em alimentos podem ser fatais ao ser humano,
dentre elas a toxina butolínica. O mecanismo de ação desta toxina deve-se a:
R. Inibição da liberação de Ach na junção neuro-muscular.
31- O chumpo (PB) é um metal pesado conhecidamente tóxico; atualmente a
intoxicação por este metal deve-se principalmente a ingestão de alimento
contaminado, além da exposição ocupacional. Assinale a alternativa que
aponta 2 indicadores biológicos de exposição ao PB: R.
32- A contaminação ambiental pelo mercúrio elementar (Hgº) é de grande
importância, visto por este metal que sofre o processo de biomagnificação,
sendo assim, na espécie humana o consumo de peixe contaminado passa a
ser a principal fonte de exposição, pois: R.
33- A doença de Itai-Itai caracterizada por alterações ósseas e problemas
renais, diagnosticados em mulheres na faixa etária de 50 anos, no Japão no
final da década de 40, se relaciona a exposição a qual metal pesado:
R. Cádmio (Cd)
34- Analise as afirmativas abaixo e aponte a alternativa correta:
I – A metilação do Arsênico é um processo biológico que representa um
mecanismo de desintoxicação.
II – A ingestão de alimento contaminado é uma importante fonte de exposição
ao Arsênico, principalmente de peixes e frutos do mar.
III – Os compostos orgânicos de Arsênico são menos tóxicos que os
compostos inorgânicos
R.
35- A qualidade do ar tem sido vista, atualmente, como um problema de saúde
pública que abrange a competência de vários profissionais, sempre no sentido
de minimizar o impacto dos poluentes atmosféricos sobre a saúde humana.
São encontrados em maiores níveis de ar, respectivamente: R. Monóxido de
carbono, compostos de enxofre, hidrocarbonetos
36- Sobre o conceito de poluente secundário, podemos afirmar que: R.
Originam-se a partir da reação de poluentes primários e componentes do ar
atmosférico.
37- Miose, salivação, bradicardia, hipotensão, tremores musculares, diarréia e
incontinência urinaria, são sinais da intoxicação, por carbamatos e
organoclorados. Para caracterizar esta intoxicação, além dos sinais clínicos e
anamnese, deve se avaliar: R. A resposta a administração de atropina, que
deve reverter todos esses sintomas.
38- As piretrinas compostas naturais originados do Crisantemum SP e os
piretróides, compostos sintéticos originados das piretrinas, tem baixo poder
residual, pois: R. São substâncias lipossolúveis, que não se acumulam no
organismo.
39- São exemplos de organofosforados, carbamatos, organoclorados e
piretroides, respectivamente: R. Paration, Propoxur, lindano e deltametrina
40- Os benzodiazepínicos, são fármacos freqüentemente envolvidos nas
intoxicações medicamentosas, principalmente intencionais. São sinais
associados à exposição a este grupo de fármacos: R. Perda de consciência,
perda de tônus muscular.
41- Mulheres epiléticas que fazem uso de Fenobarbital, ao engravidarem
devem ter cuidados quanto à saúde e bom desenvolvimento fetal. Para tanto,
deve-se utilizar a suplementação da dieta com: Acido fólico.
42- A contaminação de alimentos por micotoxinas é um problema de grande
impacto sobre a saúde, além de levar a prejuízos econômicos sobre a
produção alimentícia. Aponte a alternativa que melhor relaciona a micotoxina
com seu mecanismo de ação tóxica: R. Aflatoxina – ação sobre o DNA celular
com diminuição de síntese de proteínas.
43- O uso de edulcorantes do tipo aspartame é contra indicado em que tipo de
doença: R. Fenilcetonúria
44- Carbamatos são: R. Inibidores reversíveis da AchE.
45- Os Organofosforados são absorvido pelo organismo humano através de
todas as vias. Esse grupo de inseticidas não são acumulados no organismo e
sua dessulfuração os torna mais tóxico mas mais hidrossolúvel.
46- Dioxina são: R. Organoclorados
47- Com relação as piretrinas e piretroides assinale a alternativa correta: R.
Não existe tratamento no caso de intoxicação por esse grupo de inseticidas.
48- Quando em tratamento com barbitúricos e suspeita de gravidez deve ser
recomndado o uso de: R. Acido fólico
49- O AAS em doses terapêuticas deve ser evitado no ultimo trimestre de
gestação, pois: R. Aumenta o tempo de gestação e aumenta o tempo de
coagulação.
50- Qual desses efeitos é o adverso provocado por paracetamol em doses não
terapêuticas: R. Lesão hepática.
51- Pessoas alérgicas ao AAS têm grande possibilidade de serem alérgicas a:
R. Amarelo Tartrazina.
52- As pessoas que apresentam fenilcetonúria não podem consumir o
edulcorante: Aspartame.
53- As aflatoxinas podem causar: Lesão hepática.
54- Qual desses medicamnetos NÃO é usado por atletas para melhorar o
desempeno ou mascarar resultados: R. Anticolinesterásicos.
55- Complete a frase abaixo: Fumaça são partículas sólidas formadas pela
combustão de matéria orgânica, já neblina são partículas liquidas obtidas por
processos mecânicos, enquanto névoa são partículas liquidas obtidas por
cndensação de vapores.
56- Assinale quais são os indicadores de dose interna: R. Dosagem de chumbo
no sangue, Dosagem de cádmio no sangue.
56- Agente tóxico de difícil remoção, no ambiente aquático deposita-se em
sedimentos de lagos e rios, crustáceos e principalmente em ostras. No
organismo humano pode ficar acumulado durante anos, sendo que para
monitorar os níveis de exposição utiliza-se dosagem de metalotioneina. A qual
agente o texto acima se refere? R. Cádmio.
57- A exposição ao metilmercúrio provoca quadro clinico neurológico, sendo as
manifestações dose dependentes. A alternativa que melhor relaciona a fonte de
exposição a este agente é: R. Ingestão de peixe proveniente de águas
contaminadas.
58- A afinidade ao chumbo (PB) a grupamentos enzimáticos é o mecanismo
pelo qual este metal exerce seus efeitos tóxicos, que se estendem por vários
órgãos e sistemas. Qual alternativa relaciona melhor essas alterações: R.
Anemia, insuficiência renal aguda e encefalopatia.
59- O processo de metilaçao representa um mecanismo de desintoxicação do
Arsênico, sendo importante neste processo a participação de: R. Glutationa.
60- Assinale a alternativa correta sobre organoclorados: R. São potentes
inseticidas tendo sido utilizados em larga escala até a década de 1980,
atualmente sendo empregados apenas para o controle de vetores
transmissores de doenças endêmicas.
61- Principio de origem vegetal, conhecidos como inseticidas botânicos refere-
se a: R. Piretróides.
62- J. P. L., 36 anos, masculino, solteiro. O paciente foi trazido à emergência
em coma profundo. Os familiares informaram que era viciado em narcóticos
estava passando por problemas pessoais em decorrência de seu vicio. Foi
encontrado, já inconsciente junto a algumas seringas hipodérmicas e varias
ampolas de um produto a base de benzodiazepínicos. Para antagonizar o
efeito dos benzodiazepínicos, qual substancia deve ser empregada? R.
Flumazenil
63- Sobre o Paracetamol, podemos afirmar que: R. É biotransformado em
metabolito hepatotóxico nas reações de fase I, porém a conjugação com a
glutationa inativa este composto, sendo assim um fármaco seguro, quando
empregado em doses terapêuticas.
64- São metodologias empregadas no exame antidoping: R. Espectofotometria
de absorção atômica e cromatografia em camada delgada.
65- Os anabolizantes são comumente utilizados por atletas para ganho de
massa muscular e melhora do rendimento físico. Porém, seus efeitos tóxicos
se estendem por vários sistemas sendo a toxicidade aguda relacionada a: R.
Doença cardíaca isquêmica.
66- Alterações na esfera sexual são decorrentes da exposição a qual
micotoxina: Zearalenona.
67- O uso de conservantes em pecados, pode provocar processos alérgicos
que variam desde náuseas e vomito ate choque anafilático em casos extremos.
A que tipo de conservante a afirmação acima se refere? R. Bissulfito de sódio.

1-Um paciente chega ao hospital apresentando uma grave intoxicação


ocasionada pela ingestão de mercúrio. Quais sinais e sintomas este paciente
apresenta? Qual seria o tratamento adequado para esta intoxicação? Quais
são os principais órgãos afetados?
R. O paciente apresenta: gengivite, salivação, estomatite, tremor e alterações
psicológicas (perda de memória, insônia, perda de apetite, instabilidade
emocional), além da tríade envolvendo a cavidade oral disfunção renal,
alterações dermatológicas, cardiovasculares e neurocomportamentais e
também ataxia (coordenação), diminuição do campo visual, disartria. Pode ser
usado xarope de ipeca. Se após duas doses não houver êxito, estará indicada
a lavagem gástrica. O carvão ativado em solução pode ser utilizado. Uma
resina de politiol absorve o mercúrio em casos de envenenamento agudo. Os
principais sítios de deposição de mercúrio são: rins e cérebro.
2-Um paciente chega ao hospital apresentando uma grave intoxicação, após
uma tentativa de suicídio, desencadeada pela ingesta de vinte comprimidos de
bromazepam 3mg (benzodiazepínico). Quais sinais e sintomas este paciente
apresenta e qual seria o tratamento para esta intoxicação?
R. É caracterizada por depressão do sistema nervoso central, com depressão
do grau de consciência de grau variado levando a sonolência, letargia,
sedação, confusão mental, ataxia e amnésia. Pode ocorrer ação de
intensidade variável em relação à depressão respiratória; alguns efeitos no
sistema cardiovascular, como hipotensão, hipotermia e bradicardia; alterações
pupilares, como midríase, nistagmo e diplopia. Raramente a depressão do
sistema nervoso central é intensa á ponto de evoluir para coma profundo.
Manifestações musculares podem ocorrer como hipotonia, hiporreflexia e pode
ocorrer também dificuldade de fala. O antídoto para a intoxicação
benzodiazepínica é o flumazenil: antagonista específico. Ele bloqueia os
efeitos centrais das substâncias que agem nos receptores benzodiazepínicos,
por inibição competitiva, e reverte a sedação provocada por essas substâncias,
com melhora do efeito respiratório. No entanto, este medicamento não substitui
a assistência respiratória.
3-Um trabalhador após manipular um inseticida organofosforado apresentou
uma grave intoxicação, por isso foi levado ao hospital. Sobre esta intoxicação
responda: Qual é o mecanismo de ação tóxica deste grupo de inseticidas?
Quais sinais e sintomas este paciente apresenta? Qual seria o tratamento
adequado para esta intoxicação?
R. Os organofosforados inibem irreversivelmente a enzima acetilcolinesterase,
que é importante na regulação dos níveis de acetilcolina, um neurotransmissor.
Os principais efeitos agudos da intoxicação por organofosforados são: Sistema
Nervoso Autônomo = miose, lacrimejamento, salivação, excesso de secreção
brônquica, broncoespasmo, bradicardia, vômitos, diarréia, incontinência
urinária e diaforese. Sistema Nervoso Central = convulsões, agitação,
sonolência, coma. Junção Neuromuscular = tetraparesia, fasciculações. O
tratamento inicia-se com ventilação, indução de vômito, administração de
atropina e pradoxima ou obidoxima que são reativadores de colinesterases.
4-Dentre as inúmeras substâncias utilizadas por atletas coma finalidade de
obter um melhor desempenho nos esportes praticados pelos mesmos estão os
anabolizantes esteroidais e as anfetaminas. De que forma estas substâncias
beneficiam os atletas e quais são os efeitos tóxicos provocados pelas
mesmas?
R. Anabolizantes esteroidais: Causam um aumento na produção de proteínas e
desenvolvimento muscular, aumentando também a retenção de cálcio e
crescimento ósseo. Aumenta o número de hemácias e o volume de sangue.
Anfetaminas: Usados para aumentar o estado de alerta, resistência, diminuição
de apetite para a perda de peso. Efeitos tóxicos dos anabolizantes esteroidais:
Há evidências que causem retardo na excreção de cálcio resultando na
formação de depósitos nas articulações e cálculos renais; Efeitos tóxicos das
anfetaminas: todos os efeitos acima descritos ficam mais acentuados e podem
começar a aparecer comportamentos diferentes do normal: ela fica mais
agressiva, irritadiça, começa a suspeitar de que outros estão tramando contra
ela: é o chamado delírio persecutório. Dependendo do excesso da dose e da
sensibilidade da pessoa pode aparecer um verdadeiro estado de paranóia e
até alucinações. É a psicose anfetamínica. Os sinais físicos ficam também
muito evidentes: midríase acentuada, pele pálida (devido à contração dos
vasos sanguíneos) e taquicardia.
5- No caso de suspeita de intoxicação por chumbo, qual das substâncias
abaixo não é usada como indicador biológico para a determinação da
intoxicação? R. Colisnesterase
6- Qual destas micotoxinas é produzida pelo aspergillus flavus? R. Aflatoxina
7- Qual das alternativas tem fármacos que são utilizados CNA terapia
quelante? R. EDTA e Dimercaprol
8- A chuva acida é um fenômeno decorrente da poluição. Os poluentes
envolvidos na formação de chuva acida são: R. NOx e SOx
9- Quais destes fármacos são depressores do SNC e podem causar
teratogênese quando ingeridos cronicamente por mulheres grávidas no
primeiro trimestre. R. Barbitúricos
10- Um praticante de fisioculturismo foi flagrado no exame antidoping por ter
utilizado anabolizantes esteróides. Qual dos efeitos indesejados não é causado
pelos anabolizantes esteróides? R. Emagrecimento
11- As aflatoxinas são micotixinas encontradas em alimentos, por exemplo,
amendoim. Qual das alternativas apresenta um efeito causado por estas
micotoxinas? R. Lesão Hepática
12- Qual desses efeitos tóxicos é provocado pelo uso concomitante de
Paracetamol e indutores enzimáticos? R. Lesão Hepática
13- Qual das alternativas corresponde ao antídoto utilizado numa intoxicação
ocasionada por Paracetamol? R. N-acetilcisteína
14- Qual das alternativas corresponde a toxicodinâmica dos carbamatos? R.
Inibidores reversíveis da ACHE
15- Com relação ao mecanismo de ação dos piretróides é correto afirmar que:
R. Todos os mecanismos de ação acima citados estão corretos.
16- As dioxinas são contaminantes ambientais que exercem alto impacto na
saúde humana. A qual classe elas pertencem? R. Organoclorados
17- O saturnismo é uma doença causada pela exposição R. Crônica ao Pb

18- L. C., 22 anos, masculino dá entrada no hospital queixando-se de cefaléia,


dispnéia, dificuldade visual, salivação, cólicas, náuseas e vômitos. Informou
que esses sintomas iniciaram-se 2 horas antes, após ter recebido
acidentalmente uma carga de inseticida de um avião agrícola. O produto
empregado era o Malation. Alguns minutos depois, este quadro evoluiu para
eliminação involuntária de fezes e urina, fasciculações musculares persistiram
e o quadro progrediu para convulsões. Perguntas: a) Correlacione as
manifestações acima com a intoxicação por Malation, com base na
toxicodinâmina. b) Justifique o uso de atropina e indique outro fármaco efetivo
neste caso.
R. a) Organofosforados e Carbamatos são inibidores da acetilcolinesterase,
enzima responsável pela degradação da acetilcolina em ácido acético e colina,
que são substâncias inertes. A acetilcolina é o mais importante
neurotransmissor do impulso nervoso nos junções sinápticas.
Organofosforados e Carbamatos, ao inibirem a ação da acetilcolinesterase,
provocam um excesso de acetilcolina nos terminações nervosas, o que
inicialmente
excitará e depois paralisará a transmissão nos sinapses colinérgicas, que
incluem Sistema Nervoso Central, terminações nervosas parassimpáticas e
umas poucas terminações simpáticas, como glândulas sudoríparas (efeitos
muscarínicos), nervos somáticos e sinapses ganglionares (efeitos nicotínicos).
b) Atropina: Seu uso é essencíal; bloqueía os efeítos da acetilcolina
(antagonista de receptor muscarinico). Pralidoxima (mesilato): Indicado como
reativador da acetilcolinesterase nos intoxicações por organofosforados.
19- A administração de qual substância deve ser indicada em gestantes que
fazem uso de fenobarbital como anticonvulsivante.
R- Acido Fólico
20- Aumento de concentração ao longo da cadeia trófica, é um fenômeno que
ocorre para determinados xenobióticos, sendo neste caso de maior impacto
sobre os organismos de topo de cadeia alimentar, incluindo o homem. A qual
fenômeno a afirmação acima se refere? Cite um exemplo de agente tóxico
relacionado a este.
R. Refere- se a bioacumulação e podemos citar como exemplo os metais.
21- As micotoxicoses são doenças decorrentes da contaminação de alimentos
por certos tipos de fungos, como por exemplo o Aspergillus flavus. Relacione a
micotoxina produzida por esta espécie de fungo e os efeitos esperados de sua
administração.
R. As micotoxinas produzidas pelo Spergillus flavus são as aflotoxinas e os
efeitos pode causar necrose aguda, cirrose e carcinoma de fígado em diversas
espécies animais. Nenhuma espécie animal é resistente aos efeitos tóxicos da
aflatoxina, assumindo-se que humanos possam ser igualmente afetados
22- Agente tóxico de difícil remoção, no ambiente aquático deposita-se em
sedimentos de lagos e rios, crustáceos e principalmente em ostras. No
organismo humano pode ficar acumulado durante anos, sendo que para
monitorar os níveis de exposição utiliza-se dosagem de metalotioneina. A qual
agente o texto acima se refere? R. Cádmio.
23- A exposição ao metilmercúrio provoca quadro clinico neurológico, sendo as
manifestações dose dependentes. A alternativa que melhor relaciona a fonte de
exposição a este agente é: R. Ingestão de peixe proveniente de águas
contaminadas.
24- A afinidade ao chumbo (PB) a grupamentos enzimáticos é o mecanismo
pelo qual este metal exerce seus efeitos tóxicos, que se estendem por vários
órgãos e sistemas. Qual alternativa relaciona melhor essas alterações: R.
Anemia, insuficiência renal aguda e encefalopatia.
25- O processo de metilaçao representa um mecanismo de desintoxicação do
Arsênico, sendo importante neste processo a participação de: R. Glutationa.
26- Assinale a alternativa correta sobre organoclorados: R. São potentes
inseticidas tendo sido utilizados em larga escala até a década de 1980,
atualmente sendo empregados apenas para o controle de vetores
transmissores de doenças endêmicas.
27- Principio de origem vegetal, conhecidos como inseticidas botânicos refere-
se a: R. Piretróides.
28- J. P. L., 36 anos, masculino, solteiro. O paciente foi trazido à emergência
em coma profundo. Os familiares informaram que era viciado em narcóticos
estava passando por problemas pessoais em decorrência de seu vicio. Foi
encontrado, já inconsciente junto a algumas seringas hipodérmicas e varias
ampolas de um produto a base de benzodiazepínicos. Para antagonizar o
efeito dos benzodiazepínicos, qual substancia deve ser empregada? R.
Flumazenil
29- Sobre o Paracetamol, podemos afirmar que: R. É biotransformado em
metabolito hepatotóxico nas reações de fase I, porém a conjugação com a
glutationa inativa este composto, sendo assim um fármaco seguro, quando
empregado em doses terapêuticas.
30- São metodologias empregadas no exame antidoping: R. Espectofotometria
de absorção atômica e cromatografia em camada delgada.
31- Os anabolizantes são comumente utilizados por atletas para ganho de
massa muscular e melhora do rendimento físico. Porém, seus efeitos tóxicos
se estendem por vários sistemas sendo a toxicidade aguda relacionada a: R.
Doença cardíaca isquêmica.
32- Alterações na esfera sexual são decorrentes da exposição a qual
micotoxina: Zearalenona.
33- O uso de conservantes em pescados, pode provocar processos alérgicos
que variam desde náuseas e vomito até choque anafilático em casos extremos.
A que tipo de conservante a afirmação acima se refere? R. Bissulfito de sódio.

34- M. S. V. 30 anos deu entrada no pronto-socorro se queixando de dores de


cabeça, tonturas e dores na barriga. Ao examinar a sua gengiva o médico
notou uma linha azul próxima dos dentes. O hemograma deu um numero baixo
de eritrócitos. Sabendo-se que este indivíduo trabalhava em uma indústria de
baterias responda: a) Qual é a provável substância tóxica neste caso? b) Quais
os exames toxicológicos que o médico poderia pedir?
R. a) A provável substância tóxica é o chumbo. b) Hemograma, dosagem de
chumbo no sangue
35- A síndrome de Itai-Itai foi caracterizada no final da década de 40 no Japão.
Essa síndrome ocorreu deviso a contaminação de arroz com um metal e os
indivíduos apresentavam fortes dores e fraturas. Qual é esse metal? Qual é o
tratamento apropriado para essa contaminação?
R. Trata-se do metal cádmio e o tratamento são altas doses de vitamina D.
Agentes quelantes não são recomendáveis pois aumentam a captação renal
de cádmio. Também pode-se administrar zinco pois ele neutraliza vários efeitos
tóxicos do cádmio.
36- Após 1 ano e meio tomando 6mg diárias de bromazepan (Lexotan) o
tratamento da paciente foi interrompido. Esta paciente começou a apresentar
muita ansiedade e relatou dificuldade para dormir. Estes sintomas podem estar
relacionados a interrupção do tratamento? Justifique.
R. Sim uma vez que os sintomas de abstinência decorrentes da interrupção do
uso desses fármacos incluem: disforia, ansiedade, agitação, insônia, vertigens,
anorexia, náuseas.
37- Em 1992 o gerente da Rhodia, Otacílio Miguel Teixeira Tavares, alardeava
o poder corrosivo do material químico que trabalhavam. Dizia ele: “ O lugar
onde foi depositado é irrecuperável. Lá, ninguém deve cultivar nada nem beber
água”. Na época, como no Brasil não havia regulamentação específica sobre
este grupo de inseticidas, o Ministério do Trabalho e Previdência Social
subestimou o problema. Hoje, as áreas dos antigos depósitos clandestinos
estão quase todas ocupadas. Pesquisas da médica sanitarista da Secretária de
Saúde do Estado em Santos, Agnes Soares da Silva, apontam que a
contaminação está comprovada em quase 100% da população exposta a esse
grupo de substâncias químicas. Por serem cancerígenos, não deviam estar
presentes no organismo.” a) De qual grupo de inseticidas estamos falando? b)
Qual ou quais as condutas podem ser tomadas nos casos de intoxicação
aguda e crônica com estes inseticidas?
R. a) Estamos falando dos inseticidas organoclorados. b) Tratamento: Não
existe antídoto. 1- Medidas de eliminação: a) Lavagem gástrica com NaHCO3;
b) Carvão ativado; c) Laxante; d)Lavagem cutânea com água;
2 – Apoio vital: a) Controle da via aérea; 3- Tratamento das convulsões;
diazepam. No envenenamento agudo (1as 24 horas) tem-se: náuseas, vômitos,
cefaléia, vertigem hiperexcitabilidade, tremores (ataxias), parestesias,
depressão respiratória e convulsões. As convulsões podem ser violentas. Após
24 horas – edemas. No envenenamento crônico tem-se: anorexia, perda de
peso, desconforto abdominal, hepatomegalia, dificuldade de fala, tremores na
mão, incoordenação motora.
38- Carbamatos são: R. Inibidores reversíveis da AchE.
39- Os Organofosforados são absorvido pelo organismo humano através de
todas as vias. Esse grupo de inseticidas não são acumulados no organismo e
sua dessulfuração os torna mais tóxico mas mais hidrossolúvel.
40- Dioxina são: R. Organoclorados
41- Com relação as piretrinas e piretroides assinale a alternativa correta: R.
Não existe tratamento no caso de intoxicação por esse grupo de inseticidas.
42- Quando em tratamento com barbitúricos e suspeita de gravidez deve ser
recomndado o uso de: R. Acido fólico
43- O AAS em doses terapêuticas deve ser evitado no ultimo trimestre de
gestação, pois: R. Aumenta o tempo de gestação e aumenta o tempo de
coagulação.
44- Qual desses efeitos é o adverso provocado por paracetamol em doses não
terapêuticas: R. Lesão hepática.
45- Pessoas alérgicas ao AAS têm grande possibilidade de serem alérgicas a:
R. Amarelo Tartrazina.
46- As pessoas que apresentam fenilcetonúria não podem consumir o
edulcorante: Aspartame.
47- As aflatoxinas podem causar: R. Lesão hepática.
48- Qual desses medicamnetos NÃO é usado por atletas para melhorar o
desempeno ou mascarar resultados: R. Anticolinesterásicos.
49- Complete a frase abaixo: Fumaça são partículas sólidas formadas pela
combustão de matéria orgânica, já neblina são partículas liquidas obtidas por
processos mecânicos, enquanto névoa são partículas liquidas obtidas por
condensação de vapores.
50- Assinale quais são os indicadores de dose interna: R. Dosagem de chumbo
no sangue, Dosagem de cádmio no sangue.

51- Trabalhadores de uma fábrica de baterias para carro, subitamente


passaram a apresentar fortes dores articulares, cefaléia e alguns se queixavam
também de alterações gastrointestinais, acompanhadas de intensa cólica. Após
avaliação estes trabalhadores foram remanejados da linha de produção e
submetidos a tratamento. Sobre o caso acima responda: a) Qual tipo de agente
tóxico pode estar relacionado com a sintomalgia descrita; b) Indique um exame
que pode ser empregado para o diagnostico desta intoxicação; c) Descreva a
terapia para estes trabalhadores.
R. a) Chumbo; b) Hemograma, dosagem de chumbo no sangue; c) Quelação
do chumbo por infusão endovenosa de CaEDTA 1 a 2 g por dia por 5 dias,
pode-se combinar com BAL.
52- Um paciente fazendo uso, há dois anos, de Diazepan para o tratamento de
insônia. Devido a um infecção dentaria e sem tempo para recorrer ao
tratamento odontológico, por conta própria, passou a automedicar-se com
Paracetamol (2 comprimidos de 750mg) por várias vezes ao dia, conseguindo
assim minimizar a dor. Ao quinto dia deste tratamento este paciente foi
internado na UTI, com sintomas indicativos de hepatite tóxica. Perguntas: a)
Existe relação entre o quadro hepático e o uso de Paracetamol? b) De que
modo o uso prolongado de Diazepan se relaciona a esta situação?
R. a) Sim. b) Os dois competem com o acido glicuronico para serem
biotransformados, portanto o paracetamol fica livre para ser biotransformado
pelo sistema P450 oxidase em NAPQI que é hepatotóxico.
53- A toxicologia é um instrumento importante para avaliação do risco de
exposição aos poluentes ambientais, sendo, além disso, um meio para propor
medidas que minimizem o impacto destes polentes sobre a saúde humana e
os ecossistemas. Aponte o grupo de poluentes ambientais que traz maio risco
e os efeitos decorrentes de exposição.
R. Poluentes ambientais atmosférico , sendo o de maior risco o SOx e temos
como efeitos decorrentes de exposição problemas pulmonares, cânceres.
54- o emprego de meios artificiais para alterar o desempenho de atletas é
denominado de doping. Atualmente, uma grande lista de sustâncias tem seu
uso proibido mediante a uma competição, ETA lista é periodicamente revista
pelos comitês olímpicos que fiscalizam esta prática. Descreva como é feito o
exame antidoping, a metodologia empregada e cite 3 exemplos de substancias
que caracterizam o doping positivo.
R- Coleta de material (urina ou sangue) para análise em eletroforese ou
cromatografia. Anfetaminas, diuréticos, anabolizantes esteroidais.
55- muitas toxinas encontradas em alimentos podem ser fatais ao ser humano,
dentre elas a toxina butolínica. O mecanismo de ação desta toxina deve-se a:
R. Inibição da liberação de Ach na junção neuro-muscular.
56- O chumpo (PB) é um metal pesado conhecidamente tóxico; atualmente a
intoxicação por este metal deve-se principalmente a ingestão de alimento
contaminado, além da exposição ocupacional. Assinale a alternativa que
aponta 2 indicadores biológicos de exposição ao PB: R.
57- A contaminação ambiental pelo mercúrio elementar (Hgº) é de grande
importância, visto por este metal que sofre o processo de biomagnificação,
sendo assim, na espécie humana o consumo de peixe contaminado passa a
ser a principal fonte de exposição, pois: R.
58- A doença de Itai-Itai caracterizada por alterações ósseas e problemas
renais, diagnosticados em mulheres na faixa etária de 50 anos, no Japão no
final da década de 40, se relaciona a exposição a qual metal pesado:
R. Cádmio (Cd)
59- Analise as afirmativas abaixo e aponte a alternativa correta:
I – A metilação do Arsênico é um processo biológico que representa um
mecanismo de desintoxicação.
II – A ingestão de alimento contaminado é uma importante fonte de exposição
ao Arsênico, principalmente de peixes e frutos do mar.
III – Os compostos orgânicos de Arsênico são menos tóxicos que os
compostos inorgânicos
R. Todas as alternativas estão corretas.
60- A qualidade do ar tem sido vista, atualmente, como um problema de saúde
pública que abrange a competência de vários profissionais, sempre no sentido
de minimizar o impacto dos poluentes atmosféricos sobre a saúde humana.
São encontrados em maiores níveis de ar, respectivamente: R. Monóxido de
carbono, compostos de enxofre, hidrocarbonetos
61- Sobre o conceito de poluente secundário, podemos afirmar que: R.
Originam-se a partir da reação de poluentes primários e componentes do ar
atmosférico.
62- Miose, salivação, bradicardia, hipotensão, tremores musculares, diarréia e
incontinência urinaria, são sinais da intoxicação, por carbamatos e
organoclorados. Para caracterizar esta intoxicação, além dos sinais clínicos e
anamnese, deve se avaliar: R. A resposta a administração de atropina, que
deve reverter todos esses sintomas.
63- As piretrinas compostas naturais originados do Crisantemum SP e os
piretróides, compostos sintéticos originados das piretrinas, tem baixo poder
residual, pois: R. São substâncias lipossolúveis, que não se acumulam no
organismo.
64- São exemplos de organofosforados, carbamatos, organoclorados e
piretroides, respectivamente: R. Paration, Propoxur, lindano e deltametrina
65- Os benzodiazepínicos, são fármacos freqüentemente envolvidos nas
intoxicações medicamentosas, principalmente intencionais. São sinais
associados à exposição a este grupo de fármacos: R. Perda de consciência,
perda de tônus muscular.
66- Mulheres epiléticas que fazem uso de Fenobarbital, ao engravidarem
devem ter cuidados quanto à saúde e bom desenvolvimento fetal. Para tanto,
deve-se utilizar a suplementação da dieta com: Acido fólico.
67- A contaminação de alimentos por micotoxinas é um problema de grande
impacto sobre a saúde, além de levar a prejuízos econômicos sobre a
produção alimentícia. Aponte a alternativa que melhor relaciona a micotoxina
com seu mecanismo de ação tóxica: R. Aflatoxina – ação sobre o DNA celular
com diminuição de síntese de proteínas.
68- O uso de edulcorantes do tipo aspartame é contra indicado em que tipo de
doença: R. Fenilcetonúria

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