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MÓDULO 3

EIXO 1

RECURSOS MINERAIS E SOCIEDADE


(...) Os minerais estão presentes no cotidiano humano sob as mais variadas
formas: nas construções que nos abrigam; nos fertilizantes que sustentam a revolução
verde, que vem multiplicando a produtividade da agricultura moderna; na estrutura e
nas cores de todos os utensílios e equipamentos que utilizamos em nosso dia a dia e até
mesmo neste pedaço de papel. O hábito natural de valorizarmos os bens finais, os
produtos acabados, associando a eles a satisfação plena de nossas necessidades, é o que
muitas vezes induz as pessoas a não perceberem a importância dos minerais que
utilizam. Quem por exemplo tem consciência de que as cores da tela de seu televisor de
última geração só são possíveis por que o tubo de imagens é revestido de um composto
obtido de um mineral de terras raras? Ou que alguém teve de investir alguns milhões
para descobrir e instalar uma mina nas profundezas da terra, apenas para colher um
punhado de metais que participam de quase todos os mais singelos gestos de seu
cotidiano, como acender uma lâmpada, conversar ao telefone ou mesmo saborear uma
fruta?
Os recursos minerais formam o verdadeiro alicerce da civilização. O próprio
registro da história humana busca suas referências iniciais na dependência do homem
em relação aos recursos minerais. Assim é que a história antiga subdivide-se em Idades
da Pedra (Lascada e Polida), do Bronze, do Ferro, e mais tarde, em períodos que podem,
por analogia, ser referenciados como as Idades da Prata, do Aço, dos Minerais
Energéticos (carvão, petróleo e minerais radiativos) e, mais recentemente, dos
"Materiais do Futuro" (super-ligas, polímeros, compósitos, cerâmicas avançadas, etc.),
que apesar de sintéticos, ainda necessitam dos minerais para sua elaboração.
As estatísticas revelam que cada cidadão brasileiro consome anualmente 264 kg
de minério de ferro; cerca de 56 kg de aço; 2,68 kg de alumínio; 166 kg de cimento;
1,29 kg de cobre, 37 kg de fertilizantes (fosfato, enxofre e potássio); e mais cerca de 22
kg de outros metais, além de algumas toneladas de brita, areia, argila, etc. Tais valores,
comparados com os de países desenvolvidos, estão em média defasados quase que na
proporção de 1 para 10. Apenas a título de exemplo, o consumo anual de aço per capita
nos E.U.A., é da ordem de 440 kg por habitante ; para o cobre, este valor é de 11, 5 kg.
Cada habitante dos E.U.A. consome anualmente 301,5 kg de minerais usados em
fertilizantes (fosfato, enxofre e potássio) , isto é, 714 % a mais do que o consumo médio
brasileiro.
Estes números, se não trazem novidades quanto às distâncias que nos separam
dos países desenvolvidos, servem, por outro lado, para mostrar a relação direta entre o
consumo de bens minerais e o estágio de desenvolvimento. Conseqüentemente, a
conclusão óbvia é de que o crescimento econômico implica diretamente um maior
consumo de bens minerais. As projeções otimistas de retomada do crescimento da
economia escondem, sob o véu da inconsciência da importância dos minerais, um
desafio a mais para o Brasil: garantir a disponibilidade dos recursos minerais que serão
demandados por uma sociedade afluente.
Além dessa relação causal entre desenvolvimento econômico, qualidade de vida
e consumo de bens minerais, há outros aspectos não menos relevantes na relação entre
recursos minerais e sociedade.
O mais polêmico diz respeito aos impactos ambientais da atividade, comumente
associada à destruição do meio ambiente, e, por isso, vista como antagônica aos
objetivos do desenvolvimento sustentado. Essa visão é, no mínimo, distorcida e
seguramente ultrapassada. Porém, é também compreensível, principalmente
considerando os excessos cometidos no passado, quando a extrema necessidade por
bens minerais, somada às deficiências tecnológicas e, sobretudo, à ausência quase
absoluta de consciência e preocupações ambientais, condicionou o surgimento de um
modelo de exploração mineral sem qualquer compromisso com o meio ambiente.
Atualmente, todavia, a situação é completamente outra. Na verdade, há um
enorme exagero e um profundo desconhecimento da relação entre o meio ambiente e as
atividades econômicas, quando se enumera a mineração entre as principais agressoras
do meio ambiente.
Pelo caráter restrito das operações mineiras, invariavelmente circunscritas a um
pequeno espaço geográfico, e considerando o nível de tecnologia empregado nas
operações, a mineração é sem dúvida uma das atividades industriais que menos ameaça
o meio ambiente. Tome-se, a título de comparação, a agricultura. As áreas desmatadas,
expostas à erosão e ao despejo muitas vezes descontrolado de agrotóxicos, que
resultam, respectivamente, no assoreamento e na contaminação de cursos d'água,
representam uma parcela significativa do território nacional. Por outro lado, se
somarmos a área de todas as concessões minerais em operação no Brasil, teremos
aproximadamente 12.000 km² (0,14% do território nacional). Além disso, as concessões
mineiras são facilmente fiscalizáveis, e a legislação atual exige não só o controle e
proteção ambiental das áreas mineradas como impõe sua recuperação e devolução à
sociedade, ao final da vida útil da mina, em condições iguais ou melhores às
originalmente existentes.
O segundo aspecto importante é o duplo caráter pioneiro da indústria de bens
minerais. Primeiramente, destaca-se a sua tradicional condição de desbravadora de
fronteiras econômicas e geográficas, abrindo novos espaços para o avanço da
civilização e das oportunidades econômicas. O segundo tipo de pioneirismo é o seu
caráter de indústria de base, de indutora do desenvolvimento industrial, a partir da
necessidade natural de se transformar os minerais em bruto em produtos cada vez mais
elaborados.
Por tudo isso, a mineração é reconhecida internacionalmente como atividade
alavancadora do desenvolvimento. Não é sem razão que a mineração é a atividade que
registra talvez a maior contribuição para o desenvolvimento econômico de muitas das
principais nações desenvolvidas do mundo, sendo os melhores exemplos disso o
Canadá, a Austrália e os Estados Unidos. (...)

C:\Documents and Settings\win\Desktop\projeto CUT\_ DNPM - Departamento


Nacional de Produção Mineral » Legislação.htm
Eixo 4

Guerra dos lugares (MILTON SANTOS)

(http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_3_5.htm)

Cada época tem suas verdades e cria os seus mitos. A época atual é, por
definição, mitológica e dificulta o encontro da verdade.
O imperativo da exportação, sugerido a todos os países como uma espécie de solução
salvadora, é uma verdade ou apenas um mito? Afirma-se, com muita força, que os
países que não exportam não têm presente nem futuro, sem explicar cabalmente por
quê. A doutrina é tão forte que, embora isso não seja sempre reconhecido, chega-se ao
paroxismo de agir como se o próprio território devesse também ser exportado.
Comecemos pela definição de território, na verdade uma redefinição.
Consideremos o território como o conjunto de sistemas naturais mais os acréscimos
históricos materiais impostos pelo homem. Ele seria formado pelo conjunto
indissociável do substrato físico, natural ou artificial, e mais o seu uso, ou, em outras
palavras, a base técnica e mais as práticas sociais, isto é, uma combinação de técnica e
de política. Os acréscimos são destinados a permitir, em cada época, uma nova
modernização, que é sempre seletiva. Vejam-se os exemplos das ferrovias na segunda
metade do século 19 e das infovias hoje.
A partir da constituição do Estado moderno, tudo isso era considerado como
base da soberania nacional e da competição entre nações. O exemplo mais eloqüente é o
de Colbert, ministro de Luís 14, engenheiro, geógrafo, economista, estrategista e
estadista, preocupado com o traçado das estradas e canais na velha França, base, ao
mesmo tempo, do crescimento do país e da sua competição com os vizinhos e com a
Inglaterra.
O território, assim visto, constituía um dado essencial da regulação econômica e
política, já que do seu manejo dependiam os volumes e os fluxos, os custos e os preços,
a distribuição e o comércio, em uma palavra, a vida das empresas e o bem-estar das
populações. Era por meio desses instrumentos incorporados ao território que o país
criava sua unidade e funcionava como uma região do Estado. "Regio" tanto significa
região quanto reger, governar.
Com a globalização, o território fica ainda mais importante, ainda que uma
propaganda insidiosa teime em declarar que as fronteiras entre Estados já não
funcionam e que tudo, ou quase, se desterritorializa. Na verdade, se o mundo tornou
possível, com as técnicas contemporâneas, multiplicar a produtividade, somente o faz
porque os lugares, conhecidos em sua realidade material e política, distinguem-se
exatamente pela diferente capacidade de oferecer às empresas uma produtividade maior
ou menor. É como se o chão, por meio das técnicas e das decisões políticas que
incorpora, constituísse um verdadeiro depósito de fluxos de mais-valia, transferindo
valor às firmas nele sediadas. A produtividade e a competitividade deixam de ser
definidas devido apenas à estrutura interna de cada corporação e passam, também, a ser
um atributo dos lugares. E cada lugar entra na contabilidade das empresas com diferente
valor. A guerra fiscal é, na verdade, uma guerra global entre lugares.
Por isso, as maiores empresas elegem, em cada país, os pontos de seu interesse,
exigindo, para que funcionem ainda melhor, o equipamento local e regional adequado e
o aperfeiçoamento de suas ligações mediante elos materiais e informacionais modernos.
Isso quanto às condições técnicas. Mas é também necessária uma adaptação
política, mediante a adoção de normas e aportes financeiros, fiscais, trabalhistas etc. É a
partir dessas alavancas que os lugares lutam entre si para atrair novos empreendimentos,
os quais, entretanto, obedecem a lógicas globais que impõem aos lugares e países uma
nova medida do valor, planetária e implacável. Tal uso preferencial do território por
empresas globais acaba desvalorizando não apenas as áreas que ficam de fora do
processo, mas também as demais empresas, excluídas das mesmas preferências.
Como as situações se alteram rápida, repetidamente e de forma inesperada, o
território, sobretudo nas áreas mais afetadas pela modernidade globalizadora, torna-se
instável, nervoso e, também, ingovernável. As crises territoriais revelam, brutalmente,
as crises -nem sempre imediatamente percebidas- da economia, da sociedade e da
política. O caso brasileiro ilustra de forma explícita essa entrega ao privado da
regulação dos usos do território, sobretudo naquelas suas fatias, pontos e articulações
essenciais. A privatização extrovertida das vias e meios de transporte e de comunicação
agrava o conjunto de crises.
Importam-se empresas e exportam-se lugares. Impõe-se de fora do país o que
deve ser a produção, a circulação e a distribuição dentro do país, anarquizando a divisão
interna do trabalho com o reforço de uma divisão internacional do trabalho que
determina como e o que produzir e exportar, de modo a manter desigualmente
repartidos, na escala planetária, a produção, o emprego, a mais-valia, o poder
econômico e político. Escolhem-se, também, pela mesma via, os lugares que devem ser
objeto de ocupação privilegiada e de valorização, isto é, de exportação.
Não é simples metáfora dizer, a partir desse raciocínio, que está havendo uma
entrega acelerada do território, já que o modelo econômico consagrado recusa ao país as
ferramentas da sua regulação, pondo-as em mãos outras (geralmente estrangeiras), cujos
projetos e objetivos podem ser inteiramente estranhos ou adversos ao interesse nacional.
É desse modo que áreas inteiras permanecem nominalmente no território, fazendo parte
do mapa do país, mas são retiradas do controle soberano da nação.

EIXO 4

O território é também espaço construído pelo trabalho, energia e informação


materializada em formas-conteúdo, que revela relações marcadas pelo poder. Nesse
sentido, não se confunde com o espaço ou lugar, pois está ligado à idéia de domínio de
uma área, ao poder e ao controle do acesso. Se o território é um espaço definido e
delimitado a partir de relações de poder e de apropriação, a noção não se restringe ao
território do Estado-Nação, mas atinge todo espaço definido e delimitado por e a partir
de relações de poder.

Espaço, Território e Lugares: tensões multidisciplinares Patrícia Falco Genovez


EIXO 4
“ (…)Território poderia então ser definido como uma porção do espaço terrestre
sobre o qual um agente qualquer exerce domínio, através do poder gerado por acordos,
coerções, ou outro instru-mento de dominação.
Podemos entender que existem territórios não apenas como espaços nacionais,
geridos por um Estado, mas também no interior dos países, tais como territórios
indígenas, territórios quilombolas e mesmo territórios pesqueiros. Estes podem ser
delimitados formal ou informalmente garantindo a reprodução dos pescadores e
transformando-se em instrumento de gestão das pescarias.(…)”

“ DA APROPRIAÇÃO DA NATUREZA À CONSTRUÇÃO DE TERRITÓRIOS


PESQUEIROS” - Eduardo Schiavone Cardoso (GEOUSP - Espaço e Tempo, São
Paulo, Nº 14, pp. 119 - 125, 2003)

EIXO 4

A PERDA DA AMAZÔNIA - Hélio Jaguaribe em TENDÊNCIAS/DEBATES

Num país como o Brasil, marcado por amplas e lamentáveis incúrias de parte do poder
público, nada é comparável ao absoluto abandono a que está sujeita a Amazônia. O que
está ocorrendo nessa área, que representa 59% do território, é simplesmente
inacreditável.
Por meio de uma multiplicidade de processos, a Amazônia está sendo submetida a
acelerada desnacionalização, em que se conjugam ameaçadores projetos por parte de
grandes potências para sua formal internacionalização com insensatas concessões de
áreas gigantescas -correspondentes, no conjunto, a cerca de 13% do território nacional-
a uma ínfima população de algo como 200 mil índios.
Acrescente-se a isso inúmeras penetrações, freqüentemente sob a aparência de pesquisas
científicas e a atuação de mais de cem ONGs. Recente reportagem publicada em
caderno especial do "Jornal do Brasil" apresenta os mais alarmantes dados.
A Amazônia brasileira, representando 85% da Amazônia total, constitui a maior floresta
tropical e a maior bacia hidrográfica do mundo, com um quinto da água doce do
planeta, sendo, concomitantemente, a maior reserva mundial de biodiversidade e uma
das maiores concentrações de minerais valiosos, com um potencial diamantífero na
reserva Roosevelt 15 vezes superior ao da maior mina da África, reservas gigantescas de
ferro e outros minerais na região de Carajás, no Pará, de bauxita no rio Trombeta,
também no Pará, e de cassiterita, urânio e nióbio em Roraima.
O dendê, nativo da Amazônia e nela facilmente cultivável, constitui uma das maiores
reservas potenciais de biodiesel. Em apenas 7 milhões de hectares, numa região com 5
milhões de km2, é possível produzir 8 milhões de barris de biodiesel por dia,
correspondentes à totalidade da produção de petróleo da Arábia Saudita.
É absolutamente evidente que o Brasil está perdendo o controle da Amazônia. É
urgentíssima uma apropriada intervenção federal.
Os principais aspectos em jogo dizem respeito a formas eficazes de vigilância da região
e de sua exploração racional e colonização. O Grupo de Trabalho da Amazônia,
coordenado pela Abin, já dispõe de um importante acervo de dados, contidos em
relatórios a que as autoridades superiores, entretanto, não vêm dando a menor atenção.
É indispensável tomar o devido conhecimento dos relatórios.
Sem prejuízo das medidas neles sugeridas e de levantamentos complementares, é
indiscutível a necessidade de uma ampla revisão da política de gigantescas concessões
territoriais a ínfimas populações indígenas, no âmbito das quais, principalmente sob
pretextos religiosos, se infiltram as penetrações estrangeiras.
Enquanto a Igreja Católica atua como ingênua protetora dos indígenas, facilitando,
indiretamente, indesejáveis penetrações estrangeiras, igrejas protestantes, nas quais
pastores improvisados são, concomitantemente, empresários por conta própria ou a
serviço de grandes companhias, atuam diretamente com finalidades mercantis e
propósitos alienantes.
O objetivo que se tem em vista é o de criar condições para a formação de "nações
indígenas" e proclamar, subseqüentemente, sua independência -com o apoio americano.
Em última análise (excluída a eliminação dos índios adotada no século 19 pelos EUA),
há duas aproximações possíveis da questão indígena: a do general Rondon, de
princípios do século 20, e a atual, dos indigenistas.
Rondon, ele mesmo com antecedentes indígenas, partia do pressuposto de que o índio
era legítimo proprietário das terras que habitasse. A um país civilizado como o Brasil, o
que competia era persuadir, pacificamente, o índio a se incorporar a nossa cidadania,
para tanto lhe prestando toda a assistência conveniente, dando-lhe educação, saúde e
facilidades para um trabalho condigno.
Os indigenistas, diversamente, querem instituir um "jardim zoológico" de indígenas, sob
o falacioso pretexto de preservar sua cultura.
Algo equivalente ao intento de criar uma área de preservação de culturas paleolíticas ou
mesolíticas no âmbito de um país moderno. O resultado final, além de facilitar a
penetração estrangeira, é converter a condição indígena em lucrativa profissão, com
contas em Nova York e telefone celular.
Há urgente necessidade, portanto, de rever essas concessões, submetendo-as a uma
eficiente fiscalização federal, reduzindo-as a proporções incomparavelmente mais
restritas e instituindo uma satisfatória faixa de propriedade federal, devidamente
fiscalizada, na fronteira de terras indígenas com outros países.
(HELIO JAGUARIBE , 83, sociólogo, é decano emérito do Instituto de Estudos
Políticos e Sociais (RJ), membro da Academia Brasileira de Letras e autor de, entre
outras obras, "Brasil: Alternativas e Saídas".)
EIXO 5

(...) Muitos exemplos de planejamento rotineiro por indivíduos, famílias ou empresas


podem ser encontrados. A "planificação econômica" privada ocorre em todas as partes e
a todo momento num sistema capitalista. Todos participam dela, consciente ou
inconscientemente. Entretanto, para muitos (a maioria), ela é imperceptível, quando não
invisível.

De acordo com o professor George Reisman, "um gigantesco e extensivo planejamento


econômico privado não somente existe, mas é totalmente coordenado, integrado e
harmônico no capitalismo". Todo esse planejamento, dos indivíduos, das famílias e das
empresas, está regulado por um mecanismo sólido, autônomo e extremamente eficiente,
denominado "sistema de preços". Quem quer que planeje adquirir bens e serviços, de
qualquer natureza, irá inevitavelmente considerar os respectivos preços e estará sempre
pronto a mudar os seus planos em função das oscilações do mercado. Também os que
pretendem vender alguma coisa levarão em conta a receita que podem auferir e estarão
prontos a alterar seus planos na eventualidade de mudança nos preços praticados.

As empresas, por sua vez, baseiam seus planos em perspectivas de faturamento e custos
de produção. Uma empresa bem administrada deverá possuir agilidade para alterar os
seus planos em vista de mudanças nos níveis de oferta e demanda dos seus insumos e
produtos, cujo principal termômetro são os preços do mercado. Vamos supor que, por
causa da gripe aviária, os cidadãos resolvam alterar os seus padrões de consumo e
passem a consumir mais peixe e menos frango. É lógico que, para manter a
rentabilidade, os supermercados e restaurantes deverão alterar os seus padrões de oferta,
aumentando as quantidades de peixe e reduzindo, na mesma proporção, as de frango.
Essas alterações, por seu turno, irão determinar outras mudanças de planos e compras
por parte dos seus fornecedores, dos fornecedores dos fornecedores e assim
sucessivamente, até que o sistema inteiro tenha sido re-planejado para adaptar-se à
vontade soberana dos consumidores.

Portanto, o "termômetro" dos preços leva a que os agentes do mercado estejam


continuamente se re-planejando, em resposta às alterações de temperatura da oferta e da
demanda, de forma que cada participante esteja sempre buscando otimizar os seus
lucros/benefícios ou, de modo inverso, minimizar as suas perdas. Essa é a maneira pela
qual se assegura que cada processo produtivo seja gerenciado de modo tal que acabe
colaborando para maximizar a eficiência do sistema como um todo.

Vamos supor que ocorra um aumento abrupto dos preços do petróleo, conseqüência de
um corte na oferta ocasionado pela eclosão de um conflito no Oriente Médio. É lógico e
até óbvio que, diante dessa circunstância, os consumidores irão reavaliar seus planos de
consumo em função dos novos preços praticados - no caso dos indivíduos, em vista das
suas próprias urgências, desejos e possibilidades; no caso das empresas, em relação à
sua habilidade de repassar o incremento dos custos para os clientes. Será também
inevitável que cada um deles passará a ponderar eventuais alternativas disponíveis ao
uso do petróleo e seus derivados. Dessa forma, o planejamento individual fará com que
cada partícipe do mercado ajuste a própria demanda por esses produtos, determinando
se e quanto a demanda agregada diminuirá. (A planificação eficiente do Capitalismo
por João Luiz Mauad)

EIXO 2

http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/planoplurianual/pluger01.html#topo

As Energias Convencionais são aquelas mais conhecidas e utilizadas atualmente,


que surgiram quando não havia a preocupação com o meio ambiente, e nem tecnologia
para coletar energia de fontes alternativas.
Elas são caracterizadas pelo baixo custo, grande impacto ambiental e tecnologia
difundida. E justamente por causa disto são amplamente utilizadas.
As Energias Alternativas são aquelas surgidas como soluções para diminuir o
impacto ambiental, e para contornar o uso de matéria prima que normalmente é não
renovável no caso da energia convencional, como o carvão e petróleo, por exemplo.
Existem algumas delas que já alcançaram grandes avanços e estão bastante
difundidas. A Energia Solar e a Energia Eólica vem tomando lugar antes ocupado pela
energia elétrica convencional com custo menor, e como a vantagem de ser grátis,
precisando apenas de um investimento inicial.
A energia nuclear provém da fissão nuclear do urânio, do plutônio ou do tório ou
da fusão nuclear do hidrogênio. Atualmente utiliza-se quase somente o urânio. O fator
básico é que da fissão de um átomo de urânio são produzidos 10 milhões de vezes a
energia produzida pela combustão de um átomo de carbono do carvão ou do petróleo.
Como se vê a energia nuclear é uma forma de energia bastante concentrada.

O Primeiro Combustível Utilizado em Alta Escala


Até a segunda guerra mundial, o carvão era o combustível mais utilizado no
mundo. A descoberta dos combustíveis derivados do petróleo, que permitiu o
desenvolvimento dos motores a explosão e abriu maiores perspectivas de velocidade e
potência, e o surgimento da energia nuclear, relegou o carvão a condição de fonte
subsidiária de energia. No entanto, a disponibilidade de grandes jazidas de carvão
mineral e o baixo custo do carvão vegetal ainda confere a esse combustível um papel
relevante.
Carvão é um material sólido, poroso, de fácil combustão e capaz de gerar
grandes quantidades de calor. Pode ser produzido por processo artificial, pela queima de
madeira, como o carvão vegetal; ou originar-se de um longo processo natural,
denominado encarbonização, pelo qual substâncias orgânicas, sobretudo vegetais, são
submetidas à ação da temperatura terrestre durante cerca de 300 milhões de anos e
transformam-se em carvão mineral. Em função da natureza desses processos, o carvão
vegetal é também chamado de artificial, e o carvão mineral, de natural.
Fisicamente, o petróleo é uma mistura de compostos de diferentes pontos de
ebulição. Esses componentes dividem-se em grupos, ou frações, delimitados por seu
ponto de ebulição. Os intervalos de temperatura e a composição de cada fração variam
com o tipo de petróleo. As frações cujo ponto de ebulição é inferior a 200o C, entre eles
a gasolina, costumam receber o nome genérico de benzinas. A partir do mais baixo
ponto de ebulição, de 20o C, até o mais alto, de 400o C, tem-se, pela ordem: éter de
petróleo, benzina, nafta ou ligroína, gasolina, querosene, gasóleo (óleo diesel), óleos
lubrificantes. Com os resíduos da destilação produz-se asfalto, piche, coque, parafina e
vaselina.
EIXO 2

EIXO 2

FONTES DE ENERGIA
As fontes de energia dividem-se em dois tipos:
- fontes renováveis ou alternativas;
- fontes não renováveis, fósseis ou convencionais.
Fontes renováveis

Fontes de energia inesgotáveis ou que podem ser repostas a curto ou médio prazo,
espontaneamente ou por intervenção humana.
Estas fontes encontram-se já em difusão em todo o mundo e a sua importância tem
vindo a aumentar ao longo dos anos representando uma parte considerável da produção
de energia mundial.

Fontes de energia não renovável

Actualmente, a procura de energia assenta fundamentalmente nas fontes de energia não


renováveis, as quais têm tecnologia difundida, mas possuem um elevado impacte
ambiental. Importa inverter esta tendência, tornando o seu consumo mais eficiente e
substituindo-o gradualmente por energias renováveis limpas.

Mas antes de se transformar em calor, frio, movimento ou luz, a energia sofre um


percurso mais ou menos longo de transformação, durante o qual uma parte é
desperdiçada e a outra, que chega ao consumidor, nem sempre é devidamente
aproveitada.

http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/Sustainability/ClimaticChange/FontesEnerg
ia.htm
EIXO 2
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
Seria impossível falar de energia sem associar o meio ambiente ao tema, pois
toda a energia produzida é resultado da utilização e transformação das forças oferecidas
pela natureza.
Se voltarmos um pouco na história da energia verá que no começo o homem
queimava os troncos e galhos de árvores para fazer o fogo, sendo que até a invenção da
máquina a vapor essa prática não prejudicava tanto as florestas, mas após o advento da
máquina a vapor a devastação de florestas começou com grande intensidade, chegando
a se destruir imensas florestas nos países europeus, para a geração de vapor.
Temos há aproximadamente 150 anos, a utilização dos combustíveis fósseis em
geração de energia e força motriz, e nos últimos anos com o crescimento da indústria
automobilística, que vem colocando um grande número de veículos circulando pelas
grandes cidades do planeta, e a grande industrialização dos países desenvolvidos e em
desenvolvimento, que juntos emitem bilhões de toneladas de gases na atmosfera
provocando tremendos impactos negativos ao meio ambiente do planeta, trazendo
alterações climáticas provocadas principalmente pelo efeito estufa e a destruição da
camada de ozônio.
Quando construímos uma Usina, seja ela Hidroelétrica, Termelétrica ou
Termonuclear, sempre haverá um impacto no meio ambiente, umas menos que outras,
mas sempre tendo algum tipo de agressão ao meio ambiente. As Usinas Hidroelétricas
afetam o meio ambiente por causarem alagamento de grandes áreas, modificando o
ecossistema da região, afetando a fauna, a flora e os seres humanos, modificando o
clima e emitindo gases prejudiciais à atmosfera pelo resultado do apodrecimento e
fermentação da vegetação que ficou submersa na área do alagamento. Também existe
uma perda substancial de sítios arqueológicos e lugares históricos e turísticos.
As Usinas Térmicas são em sua maioria ainda mais prejudiciais ao meio
ambiente, pois, queimam combustíveis não renováveis e altamente poluentes em
emissões de gases prejudiciais à atmosfera. Nas regiões próximas a algumas dessas
usinas, as pessoas, os animais e as plantas costumam sofrer conseqüências diretas de
seus efeitos nocivos, tanto pelas emissões, como pelos resíduos e efluentes por elas
gerados.
As Usinas Nucleares, de todas as formas de geração de energia conhecidas, é
com certeza a mais perigosa para os seres vivos e o meio ambiente em geral, um
vazamento em uma dessas usinas poderá contaminar uma grande área com material
radioativo, que além de destruir tudo o que encontrar, vai levar milhares de anos para se
descontaminar. Ainda tem-se o problema do lixo nuclear, que é o material radioativo
que resulta da geração de eletricidade, um resíduo radioativo de difícil armazenamento e
acondicionamento.
Embora praticamente todos os tipos de geração de energia, de alguma forma
tragam impactos negativos ao meio ambiente, a energia precisa continuar sendo gerada
para poder atender ao crescimento da população e suas necessidades de
desenvolvimento e sobrevivência. O que precisa ser feito é a conscientização do homem
para a exploração e utilização de fontes de energia renováveis e de menor ou nenhum
impacto para o meio ambiente, e também uma mudança cultural da forma de utilização
da energia para o atendimento de suas necessidades, procurando utilizá-la de forma
inteligente, racional e responsável.
http://www.enersul.com.br/aescelsa/pesquisa-escolar/meio.asp

EIXO 2

Informações Importantes
Vamos relacionar a partir de agora, vários fatos que muitas vezes fazem parte de
nosso cotidiano, e na maioria das vezes não sabemos ou não entendemos o que eles
significam e o quanto mexe com a nossa vida e nossa rotina.
São eles:
- O horário de ponta ou horário de pico é o período do dia entre as 17:30 e 20:30
quando existe o maior consumo de energia elétrica, é para as Empresas Concessionárias
o momento onde tem que ser fornecido a maior demanda de energia para o consumo. É
nesse período que a iluminação pública das cidades começa a funcionar e coincide com
o momento em que a maioria das pessoas está em casa tomando banho e ligando as
luzes e eletrodomésticos, e também acontece que uma boa parte do comércio e da
indústria ainda não parou de trabalhar. Portanto é o período mais crítico do
fornecimento de energia elétrico pelas concessionárias e também o que tem o valor da
tarifa mais caro, fazendo com que algumas indústrias e empresas não trabalhem com
todas as suas máquinas nesse horário, para reduzirem o valor da conta de energia
elétrica.
- O horário de verão foi criado para reduzir o pico de consumo, evitando que as
pessoas estejam tomando banho e acendendo as luzes de suas casas enquanto a
iluminação pública está acendendo, pois quando se adianta 1hora, a maioria das pessoas
estará tomando banho quando ainda é dia e não acendeu a iluminação pública.
- Quando alguém diz que um aparelho ligado em 220 Volts gasta menos que
quando ligado em 110 Volts, devemos entender que a diferença representa apenas as
perdas por aquecimento no fio, uma vez que 110 Volts faz toda a corrente elétrica
passar por apenas um fio e a 220 Volts, faz a corrente se dividir, passando por dois fios,
e com isso ela aquecerá menos os fios, evitando as perdas por calor, mas quanto ao
consumo normal do aparelho, ele gastará a mesma coisa, pois consumo é relativo à
potência do aparelho, vezes o tempo que ele é utilizado, e não está diretamente
associado à tensão.
- Os aparelhos com o selo PROCEL de Economia de Energia gastam menos
energia para funcionar do que os outros, porque possuem mais tecnologia, que
aumentam seu rendimento, ou seja, funcionam melhor gastando menos energia, e são
aprovados pelo INMETRO.
- As garrafas de água colocadas em cima dos padrões de energia não possuem
nenhum efeito prático para diminuir o consumo de energia elétrica, podem apenas servir
de efeito psicológico para as pessoas estarem lembrando de gastar menos energia.
- A média de consumo anual de energia elétrica de um Brasileiro é de 1.760 kWh por
ano, enquanto que a média mundial é de 2.200 kWh. Essa pequena diferença entre a
média mundial e a brasileira é porque não foram levadas em conta as particularidades de
alguns países com invernos extremamente rigorosos, como o Canadá, a Suécia, os
Estados Unidos entre outros, aonde a média anual de consumo de energia elétrica de
seus habitantes vai de 8.000 a 18.000 kWh, pois grande parte é usada para Calefação
que aquece suas casas, o que já não acontece nos países de clima tropical como o Brasil.
Portanto o fato de estarmos abaixo da média mundial não quer dizer que não
desperdiçamos energia elétrica, muito pelo contrário, pois o desperdício chega próximo
dos 30% , considerando todos os segmentos, desde a geração ao seu uso final.
- Os países considerados os maiores consumidores de energia elétrica são em 1º
lugar os Estados Unidos, seguidos pelo Japão, China, Canadá, Alemanha, França,
Inglaterra, Itália e Brasil. Sendo que o Estado Norte-Americano da Califórnia consome
sozinho a mesma quantidade de energia elétrica consumida no Brasil.
- Os consumos de energia elétrica no Brasil são maiores entre as indústrias, que
são responsáveis por 39% de todo o consumo, seguido pelos Poderes Públicos e
Transportes, que consomem 19%, depois vem às residências com 16%, o próprio Setor
Energético com 9%, o Comércio e os Serviços com 8% e o restante distribuído entre
outros segmentos, destacando-se o meio Rural.
- As bolas alaranjadas e vermelhas que são colocadas nos fios de alta tensão que
cruzam as rodovias, servem para sinalização visual para os pilotos das aeronaves,
quando tiverem que utilizar as estradas para pousos de emergência.
- Para ter aparelhos em sua casa ligados em 220 Volts, é necessário que o padrão
de entrada de energia seja bifásico ou trifásico, pois o monofásico possui apenas uma
fase em 110 Volts e um Neutro (sem tensão), e os bifásicos como o nome já diz,
possuem duas fases de 110 Volts cada uma que somadas dão 220 Volts, e a mesma
coisa para os trifásicos que possuem três fases de 110 Volts, sendo que tanto o bifásico
como o trifásico possui o Neutro, como no monofásico.
- Nas construções, a parte elétrica geralmente é uma das que é feita por último, e
normalmente coincide com o término dos recursos disponíveis para a obra, levando as
pessoas a tentarem economizar justamente nos dimensionamentos e qualidade dos
materiais, o que pode comprometer toda a segurança e economia de energia na
construção.
http://www.enersul.com.br/aescelsa/pesquisa-escolar/curio.asp

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