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EA-513 – Circuitos Elétricos I DECOM-FEEC-UNICAMP

Capítulo 7

Elementos Armazenadores de Energia


EA-513 – Circuitos Elétricos I DECOM-FEEC-UNICAMP

7.1 Capacitores

Capacitor é um dispositivo de dois terminais constituído de dois corpos


condutores separados por um material não condutor.

+
dielétrico
∆v
∆q
A carga é proporcional a diferença de potencial:
− q = Cv
onde C é a capacitância do dispositivo dada em
i farad [F] = [coulomb/volt].

Carga total dentro do capacitor é sempre zero.


+
Corrente que entra em um terminal sai pelo
v outro. Derivando em relação ao tempo a
equação anterior obtemos a corrente:

i = C dv
dt
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Exemplo: Capacitor C = 1 µF e a tensão sobre ele é

v = 6 cos(2000t) [V]

Então,
i = C dv = 10−6 [− 12.000 sen (2000t )] = −12 sen (2000t ) [mA ]
dt

Note que se a tensão v sobre o capacitor é constante, a corrente i é zero.


Portanto, o capacitor atua como um circuito aberto para tensão constante.

Se a tensão v varia, a corrente que flui nos terminais deixa de ser zero.
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Exemplo: Considere uma tensão que cresce linearmente entre 0 e 1 [V] em


a-1 [s]:

0 t≤0

 1
v = at 0<t ≤
 a
 1
1 t>
 a

Se o capacitor tiver C = 1 [F], a corrente resultante é:


0 t≤0

 1
i = a 0<t ≤
 a
 1
0 t>
 a
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v
1

1/a t
i
a

1/a t

Note que se a crescer, então v muda mais rapidamente e a corrente i também


crescerá.

Se a-1 = 0, então v muda abruptamente de 0 para 1 [V] ⇒ corrente infinita ⇒


potência infinita nos terminais do capacitor.
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A carga total em um capacitor não pode variar instantaneamente (princípio da


conservação de carga).

Para obter v(t) em função de i(t), integramos no tempo:

dv(t )
i(t ) = C
dt
obtendo
1 t
v(t ) = ∫ i(t )dt + v(t0 )
t
C 0

onde a tensão no capacitor no tempo t0 é

q (t0 )
v(t0 ) =
C
Portanto, como a tensão sobre o capacitor em t = −∞ é v(−∞) = 0, temos:

1 t
v(t ) = ∫ i(t )dt
C − ∞
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7.2 Energia Armazenada em Capacitores

Campo elétrico: força que atua sobre uma unidade de carga positiva.

Forças que atuam nas cargas dentro do capacitor podem ser consideradas
como resultantes de um campo elétrico.

Energia armazenada em um capacitor = Energia armazenada no campo elétrico.

Energia armazenada:

 dv 
wC (t ) = ∫
t t
vidt = ∫ v C dt
−∞ −∞  dt 

t
1
= C ∫ v dv = Cv 2 (t )
t
−∞ 2 −∞

Considerando v(-∞) = 0, então

wC (t ) = Cv 2 (t ) [J ]
1
wC (t ) ≥ 0
2
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Em termos de carga no capacitor, temos q = Cv , então

1 2 1  q(t ) 2
wC (t ) = Cv (t ) = C  
2 2  C 
1 q 2 (t )
= [J ]
2 C
O capacitor ideal não dissipa energia.

Exemplo: Capacitor de 1 F com tensão de 10 V. A energia armazenada é

wC (t ) = Cv 2 (t ) = ⋅ 1 ⋅ 102 = 50 [J ]
1 1
2 2

Se o capacitor não está conectado a um circuito, então sua carga, sua tensão e
energia armazenada permanecem constantes, pois não flui corrente.
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Conectando uma resistência nos terminais do capacitor, uma corrente irá fluir
até que toda a energia seja dissipada como calor pelo resistor, fazendo a
tensão tornar-se zero.

Tensão sobre o capacitor é contínua ⇒ energia é contínua

t=0
R1
+ v −
1
+
v vc R2

t = 0− tempo imediatamente anterior a abertura da chave.

t = 0+ tempo imediatamente após a abertura da chave.


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Exemplo: vc(0−) =4 V.
t=0
R1
+ v −
1
+
6V vc R2

( ) ( )
Imediatamente antes do chaveamento, temos v1 0− = V − vc 0− = 6 − 4 = 2 [V ]

Imediatamente após a chave ser aberta, temos v1 (0+ ) = 0

( ) ( )
vc 0− = vc 0+ = 4 [V ]

A tensão em R1 muda abruptamente, mas não no capacitor.

A tensão em R2 é a mesma que no capacitor, então não muda também.


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7.3 Capacitores em Série e em Paralelo

Capacitância equivalente ≡ condutância equivalente

Conexão em série de N capacitores:


v1 v2 vN-1
+ − + − + −
i i
C1 C2 CN-1
+
v + CN vN v + Cs
− − −

v = v1 + v2 + L + v N 1 t
v= idt + v(t0 )
Cs ∫t0
1 t 1 t 1 t
v= ∫t
idt + v (t
1 0 ) + ∫t
idt + v (t
2 0 ) + L + ∫t
idt + vN (t0 )
C1 0 C2 0 CN 0
 N 1  t N N

1 1 1 1 1
v= 
 ∑ 
Cn  t0 ∫
idt + ∑
vn (t0 )
Cs
= = +
Cn C1 C2
+L+
CN
 n =1  n =1 n =1
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Conexão em série de 2 capacitores:

v1
+ −
i
C1
+ +
v C2 v2
− −

C1C2
Cs =
C1 + C2
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Conexão em paralelo de N capacitores:

i1 i2 iN
+ +
i C1 C2 CN v i Cp v
− −

dv
i = Cp
dt
i = i1 + i2 + L + iN

dv   dv  N 
N
Cn  ∑
dv dv
i = C1 + C2 + L + C N
dt dt
=
dt   dt
C p = C1 + C2 + L + C N = 
 ∑ Cn 

 n =1   n =1 
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Exemplo: Capacitância equivalente

60 µF 8 µF 110 µF 60 µF 8 µF

6 µF 14 µF 11 µF 6 µF 24 µF

60 µF
110 ⋅ 11
Ceq1 = + 14 = 10 + 14 = 24
110 + 11

24 ⋅ 8
12 µF Ceq 2 = + 6 = 6 + 6 = 12
24 + 8

12 ⋅ 60 720
Ceq = = = 10 [µF]
12 + 60 72
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Exemplo: Divisão de corrente.

+ i1 i2

v C1 C2

i = i1 + i2

dv dv dv dv i
i = C1 + C2 = (C1 + C2 ) =
dt dt dt dt (C1 + C2 )

dv C1
i1 = C1 i1 = i
dt C1 + C2

dv C2
i2 = C2 i2 = i
dt C1 + C2
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Exemplo: Divisão de tensão. v1


i v2
+ − + −
+
C1 C2
v

v = v1 + v2

1 t 1 t  1 1  t t C1 ⋅ C2
v= ∫ idt + ∫ idt v =  +  ∫ idt ∫−∞ idt = v
− ∞ − ∞
C1 C2  C1 C2  −∞ C1 + C2

1 t 1 C1 ⋅ C2 C2
v1 = ∫ idt v1 = ⋅ v= v
C1 − ∞ C1 C1 + C2 C1 + C2

1 t 1 C1 ⋅ C2 C1
v2 = ∫ idt v2 = ⋅ v= v
C2 − ∞ C2 C1 + C2 C1 + C2
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7.4 Indutores

Indutor é um dispositivo de 2 terminais composto de um fio condutor enrolado


em espiral.

A corrente que flui pelo indutor induz um fluxo magnético φ que forma laços
fechados envolvendo a bobina.

i
Bobina com N espiras, então o fluxo total (enlace de
+ fluxo) é igual a:
λ = Nφ
v L Em um indutor ideal, o enlace de fluxo é diretamente
proporcional a corrente:
− λ = L ⋅i
L = constante de proporcionalidade (indutância em
weber/ampère = henry [H]).
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Lei da indução magnética: a tensão é igual à taxa de variação no tempo do fluxo


magnético total:

dλ di
v= =L
dt dt

Se i = constante ⇒ v = 0 (curto circuito para corrente contínua).

Quanto maior a variação de i maior será a tensão que aparecerá nos terminais
do indutor.
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Exemplo: Considere uma corrente que decresce linearmente entre 1 e 0 [A] em


b-1 s:

1 t≤0

 1
i = 1 − bt 0<t ≤
 b
 1
0 t>
 b

Se o indutor tiver L = 1 [H], a tensão resultante é:


0 t≤0

 1
v = − b 0<t ≤
 b
 1
0 t>
 b
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i
1

0 1/b t
v
1/b

t
-b

Note que se b crescer, então i muda mais rapidamente e a tensão v se torna


mais negativa.

Se b-1 = 0, então i muda abruptamente de 1 para 0 [A] ⇒ tensão infinita ⇒


potência infinita nos terminais do indutor.
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A fluxo total em um indutor não pode variar instantaneamente (princípio de


conservação de fluxo).

Para obter i(t) em função de v(t), integramos no tempo:

di (t )
v(t ) = L
dt
obtendo
1 t
i(t ) = v(t )dt + i(t0 )
L ∫t0

onde i(t0) é a corrente no indutor no tempo t0.

i(t0) é a corrente acumulada de t = -∞ até t = t0, onde i(-∞) =0

Portanto,

1 t
i(t ) = v(t )dt
L ∫−∞
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7.5 Energia Armazenada em Indutores

Uma corrente i que flui pelo indutor produz um enlace de fluxo total λ que passa
pelas espiras da bobina.

Assim, um trabalho é necessário para estabelecer o fluxo φ no indutor.

Energia armazenada em um indutor = Energia armazenada no campo magnético.

Energia armazenada:

t  di (t ) 
wL (t ) = ∫ v(t ) i(t ) dt = ∫  L  i (t ) dt
t
−∞ −∞  dt 
t
1
= L ∫ i (t ) di = L i 2 (t )
t
−∞ 2 −∞

Considerando i(-∞) = 0, então


wL (t ) = Li 2 (t ) [J ]
1
wL (t ) ≥ 0
2
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7.6 Indutores em Série e em Paralelo

Indutância equivalente ≡ resistência equivalente

Conexão em série de N indutores:


v1 v2
+ − + −
i L1 L2 i
+
v + LN vN v + Ls
− − −

v = v1 + v2 + L + v N di
v = Ls
dt
di di di
v = L1 + L2 + L + LN
dt dt dt
 N  di N
v= 
 ∑ Ln 
 dt Ls = ∑ Ln = L1 + L2 + L + LN
 n =1  n =1
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Conexão em paralelo de N indutores:

i1 i2 iN
+ +
i L1 L2 LN v i Lp v
− −

1 t
i = i1 + i2 + L + iN i= ∫ vdt + i (t0 )
Lp 0t

1 t 1 t 1 t
i= ∫t
vdt + i (t
1 0 ) + ∫t
vdt + i (t
2 0 ) + L + ∫t
vdt + iN (t0 )
L1 0 L2 0 LN 0

 N 1  t N
1 1 1 1  N 1 
i=
 ∑ L t
 vdt +
 ∫ ∑
in (t0 ) = +
L p L1 L2
+L+ = ∑
LN  n =1 Ln 
 n =1 n  0 n =1

Conexão em paralelo de 2 indutores:


L1L2
Lp =
L1 + L2
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Exemplo: Indutância equivalente

2 mΗ 4 mΗ 7 mΗ 2 mΗ 4 mΗ

24 mΗ 72 mΗ 2 mΗ 24 mΗ 8 mΗ

9 ⋅ 72 24 ⋅ 12
2 mΗ Leq1 = =8 Leq 2 = =8
72 + 9 24 + 12

8 mΗ Leq = 2 + 8 = 10 [mH]
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Exemplo: Divisão de tensão.

i v1 v2
+ − + −
+ L1 L2

v = v1 + v2

di di di di v
v = L1 + L2 = ( L1 + L2 ) =
dt dt dt dt ( L1 + L2 )

di L1
v1 = L1 v1 = v
dt L1 + L2

di L2
v2 = L2 v2 = v
dt L1 + L2
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Exemplo: Divisão de corrente.


i

+ i1 i2

v L1 L2

i = i1 + i2

1 t 1 t 1 1  t t L1 ⋅ L2
i= ∫ vdt + ∫ vdt i =  +  ∫ vdt ∫−∞ vdt = i
− ∞ − ∞
L1 L2  L1 L2  −∞ L1 + L2

1 t 1 L1 ⋅ L2 L2
i1 = ∫ vdt i1 = ⋅ i= i
L1 − ∞ L1 L1 + L2 L1 + L2

1 t 1 L1 ⋅ L2 L1
i2 = ∫ vdt i2 = ⋅ i= i
L2 − ∞ L2 L1 + L2 L1 + L2
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7.7 Regime Permanente em Corrente Contínua

Se as fontes independentes de um circuito são todas de corrente contínua (cc),


então, após um dado tempo, todas as correntes e tensões se estabilizam em
valores constantes.

Quando todas as tensões e correntes atingem valores constantes ⇒ circuito em


regime permanente cc.

Regime permanente cc:

• Capacitores são como circuitos abertos.

• Indutores são como curto circuitos.

• Correntes e tensões no circuito são obtidas resolvendo um circuito


resistivo com fontes constantes.

Análise de circuito para t > 0 ⇒ conhecer algumas condições iniciais para t = 0+.
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Exemplo: Circuito RLC em regime permanente cc quando a chave é aberta em


t = 0.
t=0
2Ω i 2H

+
10 V 1/4 F v 3Ω

Em t = 0−, imediatamente antes da chave ser aberta, o circuito era:

2Ω i (0-)

+
( )
i 0− =
10
5
= 2 [A ]

( ) ( )
10 V v(0-) 3Ω
− v 0− = 3 ⋅ i 0− = 6 [V ]
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Em t = 0+, imediatamente após a chave ser aberta, o circuito é:


0A 2Ω i(0+) 2 H

+
10 V 1/4 F v(0+) 3Ω

( ) ( ) ( )
di 0+
( ) = i(0 ) = 2 [A]
i0 + − Equação de laço: 2
dt
+ 3i 0+ − v 0+ = 0

di (0+ ) 1
v (0+ ) = v (0− ) = 6 [V ] = [− 3 ⋅ (2 ) + 6] = 0
dt 2

Equação nodal:
( ) ( )
1 dv 0+
+ i 0+ − 0 = 0
4 dt
dv (0+ )
= −4 ⋅ (2 ) = −8 [V/s]
dt
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7.8 Capacitores e Indutores Práticos

Capacitores práticos:
• grande variedade de tipos,
• classificado pelo tipo de dielétrico empregado na fabricação,
• tensão nominal – máxima tensão que pode ser aplicada no capacitor,
• dissipam pequena quantidade de potência (correntes de fuga),
• dielétricos possuem uma condutância não nula.

Tipos de capacitores (1 pF – 1 µF):


• cerâmico,
• tântalo,
• poliester,
• poliestireno,
• eletrolítico (1 – 100.000 µF) (perdas maiores e polarizados)
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Circuito equivalente:

Rc C
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Indutores práticos:
• dissipam pequena quantidade de potência (resistência do fio e perdas
no núcleo),
• faixa 1 µH – 100 H,
• núcleo composto de materiais ferrosos.
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Circuito equivalente:

RL

L
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7.9 Dualidade e Linearidade

Relações duais entre capacitor e indutor:


di
i = C dv v=L
dt dt
Quantidades duais:
tensão corrente
carga fluxo
resistência condutância
indutância capacitância
curto-circuito circuito aberto
série paralelo
nó de não referência malha
nó de referência malha externa
ramo de árvore enlace
lei de Kirchhoff de tensões lei de Kirchhoff de correntes
impedância admitância
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Exemplo: Circuito dual.

t=0
R1 R2

C
+ L
xV − yA

− +

xA t=0 yV
1/R1 1/R2 L
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7.10 Circuitos Singulares

Circuitos singulares: possui uma chave que parece ter a função de produzir
uma descontinuidade nas tensões de capacitores ou nas
correntes de indutores.
t=0
Exemplo:

+ +
C1 = 1 F v1 (t) C2 = 1 F v2 (t)
− −

Antes da chave fechar:

( ) = 1 [V]
v1 0 − ( ) 2
( )
w1 0− = C1v12 0− = ⋅ 1 ⋅ 12 = [J ]
1 1
2
1
2

v2 (0− ) = 0 [V ] ( ) ( )
w2 0− = C2v22 0− = ⋅ 1 ⋅ 02 = 0 [J ]
1 1
2 2
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Energia total armazenada no circuito:

( ) ( ) ( )
w 0− = w1 0− + w2 0− = [J ]
1
2
Expressão do nó generalizado envolvendo a chave:
dv1 dv
C1 + C2 2 = 0
dt dt
Integrando de t = 0− a 0+, temos

t =0+
∫t =0 − (C1dv1 + C2 dv2 ) = C1 [v1 (0 +
) − v1 (0 −]
) + C 2 [v2 (0 +
) − v2 (0 −]
)=0

[( ) ] [( ) ]
1 ⋅ v1 0+ − 1 + 1 ⋅ v2 0+ − 0 = 0

( ) ( )
v1 0+ + v2 0+ = 1
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Para t > 0, temos


( ) ( )
v1 0+ = v2 0+ = [V ]
1
2

Portanto, a energia total armazenada em t = 0+ é

( ) 1
2
( )1
2
( )
w 0+ = C1v12 0+ + C2v22 0+

2 2
1 1 1 1
= ⋅ 1 ⋅   + ⋅ 1 ⋅   = + = [J ]
1 1 1
2  2 2  2 8 8 4

Pergunta: O que aconteceu com o outro 1/4 J do circuito de t = 0- a t = 0+?


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v1 muda abruptamente de 1 para 1/2 volts em t = 0, mas mudanças


instantâneas de tensão não são possíveis.

Portanto, durante um intervalo de tempo infinitesimal de 0− a 0+, o modelo


matemático adotado não é válido!!!

Quando a chave fecha em t = 0, uma corrente elevada gera uma onda


eletromagnética que irradia a energia de 1/4 J.

A tensão v1 muda em um pequeno intervalo de tempo (∆t ≠ 0) de 1 para 1/2 V.

Entretanto, as soluções para tensões e energias antes e depois o fechamento


da chave são corretas, embora o modelo de circuito não seja válido no instante
de fechamento desta chave.

Motivo: a carga total não muda durante este intervalo de tempo.


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Motivo:
( ) ( ) ( ) ( )
C1v1 0− + C2v2 0− = C1v1 0+ + C2v2 0+

ou seja, continua-se respeitando o postulado da conservação das cargas:

( ) ( ) ( ) ( )
q1 0− + q2 0− = q1 0+ + q2 0+

Se um resistor em série for incluído no circuito, as tensões e as energias dos


capacitores serão funções contínuas, isto é

( ) ( )
v1 0− = v1 0+

( ) ( )
v2 0− = v2 0+
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Exemplo: t=0

L1 = 2 H i1 (t) L2 = 1 H i2 (t)

Antes da chave fechar:

( ) = 1 [A]
i1 0 − ( )
2
( )
w1 0− = L1i12 0− = ⋅ 2 ⋅ 12 = 1 [J ]
1 1
2

i2 (0− ) = 0 [A ] ( ) ( )
w2 0− = L2i22 0− = ⋅ 1 ⋅ 02 = 0 [J ]
1 1
2 2

( ) ( ) ( )
w 0− = w1 0− + w2 0− = 1 [J ]
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Enlace de fluxo de cada indutor:

( ) ( )
λ1 0− = L1i1 0− = 2 ⋅ 1 = 2 [Wb]

( ) ( )
λ 2 0− = L2i2 0− = 1 ⋅ 0 = 0 [Wb]
Enlace de fluxo total:

( ) ( ) ( )
λ 0− = L1i1 0− + L2i2 0− = 2 [Wb]

Depois que a chave é fechada (por dualidade com o capacitor):

( ) ( )
i1 0+ = i2 0+

Quando a chave é fechada, a conservação do enlace de fluxo requer que o fluxo


total permaneça constante, portanto

( ) ( ) ( )
L1i1 0− + L2i2 0− = L1i1 0+ + L2i2 0+ ( )
= ( L1 + L2 )i1 (0+ )
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ou
( ) ( )
L1i1 0− + L2i2 0− = ( L1 + L2 )i1 0+ ( )

( )
2 ⋅ 1 + 1 ⋅ 0 = 3 ⋅ i1 0+

Portanto,
( ) ( )
i1 0+ = i2 0+ = [A ]
2
3

Energia armazenada em cada indutor:

( ) ( )
2
+ 1 2 + 1  2
= L1i1 0 = ⋅ 2 ⋅   = [J ]
4
w1 0
2 2  3 9

( )
w2 0 +
( )
1 2 + 1  2 2 2
= L2i2 0 = ⋅ 1 ⋅   = [J ]
2 2  3 9
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Energia total:

em t = 0−: ( ) ( )
w1 0− + w2 0− = 1 + 0 = 1 [J ]

em t = 0+: ( ) ( )
w1 0+ + w2 0+ = + = [J ]
4 2 2
9 9 3

Note que 1/3 [J] foi perdido no circuito.

i1(t) muda abruptamente de 1 para 2/3 A em t = 0.

Durante um intervalo de tempo infinitesimal de 0- a 0+, o modelo matemático


adotado não é válido!!!

Quando a chave fecha em t = 0, uma corrente elevada gera uma onda


eletromagnética que irradia a energia de 1/3 J.
EA-513 – Circuitos Elétricos I DECOM-FEEC-UNICAMP

A corrente i1 muda em um pequeno intervalo de tempo (∆t ≠ 0) de 1 para 2/3 A.

Entretanto, as soluções para correntes e energias antes e depois o fechamento


da chave são corretas, embora o modelo de circuito não seja válido no instante
de fechamento desta chave.

Se um resistor em paralelo for incluído no circuito, as correntes e as energias


dos indutores serão funções contínuas.

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