Anda di halaman 1dari 13

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA - GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
PORTOS AEROPORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS

OBRAS DE NORMALIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DO


LEITO

Gerson Pereira Barbosa Neto


Henrique Rheinheimer
Felipe C. Barros
Goiânia, dezembro de 2009.
OBRAS DE NORMALIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DO
LEITO

Gerson Pereira Barbosa Neto


Henrique Rheinheimer
Felipe C. Barros

Relatório sobre as obras de Normalização e Regulamentação do


Leito, Capítulo 23, para a disciplina de Portos Aeroportos e Vias
Navegáveis, no curso de graduação de Engenharia Civil da Pontifícia
Universidade Católica - Goiás, sob a orientação do professor Benjamin
Jorge Rodrigues dos Santos.

Professor Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos

2
Goiânia, dezembro de 2009.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 4
2. DESOBSTRUÇÃO E LIMPEZA............................................................ 5
3. LIMITAÇÃO DOS LEITOS DE INUNDAÇÃO.................................. 5
4. BIFURCAÇÃO FLUVIAL CONFLUÊNCIA DE TRIBUTÁRIOS .......6
5. OBRAS DE PROTEÇÃO DE MARGENS............................................. 7
6. RETIFICAÇÃO DE MEANDROS.......................................................... 8
7. REGULARIZAÇÃO EM FUNDO FIXO................................................ 9
8. REGULARIZAÇÃO EM FUNDO MOVEL......................................... 10
9. TIPOS DE OBRAS................................................................................ 10
10. BIBLIOGRAFIA.................................................................................. 13

3
1 - INTRODUÇÃO

As obras de normalização em geral tem baixo custo, são mais simples de


executar, necessitam de grande manutenção, sua vida útil é menor e não há a utilização
da energia natural do rio. Seu objetivo é melhorar trechos restritos d’água sem alterar
significativamente o regime fluvial, utilizando as seguintes intervenções:
• Desobstrução e limpeza;
• Limitação dos leitos de inundação;
• Bifurcação fluvial e confluência de tributários;
• Obras de proteção ou defesa de margens;
• Retificação de meandros;
• Obras de proteção de pilares de pontes;

Obras de regularização do leito, são obras construídas ao longo do leito para


dirigir e guiar as correntes, visando a obtenção de um leito estável, segundo um certo
traçado, e um perfil transversal determinado, a fim de corrigir e regularizar as
imperfeições naturais, e elevar o nível d’água. Através da regularização procura-se
atingir um ou vários dos objetivos seguintes:
• Transporte eficaz dos sedimentos em suspensão e dos depósitos de fundo;
• Estabilidade do curso d’água com mínima erosão das margens;
• Orientação da corrente líquida em um trecho determinado do curso d’água;
• Profundidade suficiente e percurso satisfatório para a navegação;
• Permitir a utilização das águas para outros propósitos.

As obras de regularização podem ser implantadas em fundo fixo ou em fundo


móvel, as mais clássicas são: diques, espigões e soleiras de fundo, complementadas
por dragagens e derrocamentos.

4
2 - DESOBSTRUÇÃO E LIMPEZA

Periodicamente acumula-se vegetações, matacões, restos de construção e outros


obstáculos no leito do rio. Visando estabelecer sua profundidade e largura natural, são
utilizadas embarcações destocadoras com guindastes variados para esta regularização.

Figura 1 – Exemplo de embarcação destocadora – draga de caçamba.

3 - LIMITAÇÃO DOS LEITOS DE INUNDAÇÃO

Utilizando diques longitudinais impermeáveis com núcleo de argila, esta


intervenção tem como objetivo concentrar o escoamento num leito bem definido com a
finalidade de facilitar a navegação.
Deve-se drenar as áreas isoladas e proteger a capacidade de erosão que as
correntes concentradas possuem.

Figura 2 – Exemplo de dique longitudinal de proteção contra inundação.

5
4 - BIFURCAÇÃO FLUVIAL E CONFLUÊNCIA DE
TRIBUTÁRIOS
4.1 - Bifurcação fluvial

Este tipo de obra é mais utilizado em rios de pequeno e médio porte e que pode
atrapalhar a navegação e visa o aprofundamento do curso d’água. Geralmente a
bifurcação ocorre em torno de ilhas, sendo um dos braços de dimenções diferentes.
Neste caso deve-se adotar o curso com maior vazão, pois sua área molhada tem uma
dimensão maior, e fechar o braço secundário. Este último sendo utilizado para aliviar a
vazões maiorres.
A execução da obra consiste em fechar o braço secundário por meio de
barramentos normalmente galgáveis para as maiores vazões, com altura até a cota
mínima de navegação. Este processo pode ser construído em enrocamento ou terra,
sendo a superfície protegida da erosão por blocos mais pesados ou estaqueamentos. Este
processo induz a colmatação por assoreamento acompanhado de progressivo alteamento
do barramento situado a jusante do braço secundário.
Há também a alternativa de implantação de obras fixas devendo ser instaladas no
montante e na jusante, sendo no montante a cota de coroamento assima do nível de
águas altas. Esta intervenção visa garantir suficiente vazão para navegação nos níveis
médios e baixos.

Figura 3 – Exemplo de diques de contenção lateral em bifurcação.

4.2 - Confluência de tributários.

Quando os afluentes tem um porte considerável em relação ao curso principal,


isto pode causar problemas à navegação como bancos sedimentares a jusante ou antes
da confluência em rios de menor porte.
Quando ocorre este tipo de pertubação nos rios de pequeno porte, há a
necessidade de dragar para manter a profundidade. Diferente de rios de grande porte, já
que estes possuem uma capacidade de autolimpeza em águas altas.
As cotas de coroamento deverão ser elevadas nos pontos de confluência para
evitar que o desembocar do afluente no rio principal sobreleve o nível de coroamento
pela turbulência produzida.

6
Figura 4 – Exemplo de limitação por dique no afluente.

5 - OBRAS DE PROTEÇÃO DE MARGENS


A ação dinâmica das correntes fluviais, solapamento produzido pela ação de
vagas transversais geradas pelo vento (principalmente em trechos mais largos ou lagos)
ou o trânsito de embarcações podem causar danos as margens e fundo.
Sem contar que à oscilação do lençol freático reduz o equilíbrio dos solos,pode produzir
escorregamento de cunhas de solo e o arrastamento de finos pode favorecer a
desestabilização.
As obras tem como finalidade contribuir com a estabilidade geotécnica,
melhorar o alinhamento do fluxo e contribuir com a manutenção, utilizando elementos
básicos como fundação de apoio (que tem como finalidade sustentar o talude e absorver
as cargas transmitidas ao leito) e o revestimento de proteção (que evita a ação erosiva
dos agentes hidráulicos e impede o fluxo excessivo do lençol freático.

Figura 4 – Exemplo de margem côncava causado pela ação da corrente.

5.1 - Classificação dos métodos de proteção de margem

Podem ser divididos em:


Métodos diretos ou contínuos, sendo as mais usuais e são executadas sobre a
margem. São utilizadas para a adequação de um talude, reduzindo infiltrações.

7
Métodos indiretos ou descontínuos, realizadas distantes das margens, afastanto a
ação hidrodinâmica onde os solos não suporta intervenções.
Obras rígidas, que não porduz grandes modificações na dinâmica do
escoamento.
Obras flexíveis, que são indicadas onde há uma maior variabilidade dinâmica na
morfologia dos leitos e margens.
Métodos diretos
Adequação de talude de sustentação – Aplica-se um taludamento visando o
equilíbrio de solos saturados. Destinado em trechos onde a ação das correntes é mais
solicitada.
Revestimento simples por substituição com material mais resistente – Podem ser
colocadas britas, plantação de placas vegetais, colchoes de materiais vegetais,
revestimento com pintura asfáltica para impermeabilização e fixação dos grãos.
Enrocamentos lançados – com blocos e/ou gabiões.
A faixa granulométrica deve variar na razão Dimensões/Pesos entre 0,75 e 1,25
em torno do peso médio. Assim diminúi-se o índice de vazios com uma maior
capacidade de absorção de energia dos agentes hidrodinâmicos (chamado de
abricamento).
Os gabiões formam estruturas monolíticas, flexíveis e drenantes, podendo ser
impermeabilizados com argamassa ou mestique asfáltico. Na fundação e proteção do pé
do talude são indicados os gabiões saco, pois devido a colmatação dos vazios das pedras
por sedimentos e matéria orgânica, favorecendo a incorporação natural da estrutura à
margem protegida.

Figura 5 – Exemplo de gabião com diafragma.

Alvenaria ciclópica em pedra seca, rejuntada ou uso de lajotas pré-fabricadas.


O embricamento neste caso garante maior coeficiente de segurança dispondo-se
de apenas uma camada de blocos e uma camade de transição menos espessa.
Lajes em concreto armado ou não, moldadas in loco ou pré-moldadas;
Cortinas constituidas por muros de sustentação compostos po muros de gravidade,
estacas prancha ou paredes de diafragma atirantadas ou não;

6 - RETIFICAÇÃO DE MEANDROS
Meandros são percursos sinuosos que podem representar um aumento de 10% ou
podendo até dobrar a distância navegável entre dois pontos. Podem também causar o
retardamento no escoamento na ordem de 50% no efetivo do rio.

8
Uma das possibilidades de intervenção seria de corte direto e de fixação das
margens. O canal seria aberto na época de estiagem, com equipamento de
terraplanagem, utilizando a ajuda de diques para ensecar o curso natural.
Utilizando explosivos detonados de jusante para montante, e uma vez a água
passando pelo corte, detona-se a carga de explosivos e implanta-se o barramento
sucessivo.
Outra possibilidade seria cavar a partir de um canal piloto de pequena seção
forçando o curso natural do rio a seguir por ele, sendo transformado em braço
dominante. Os canais pilotos transformados em braços dominantes apresentam maior
declividade e maior velocidade de escoamento.
Em ambos os casos, pode haver a necessidade de revestir o trecho de corte pois
dependendo da geologia do canal artificial, com o tempo, este pode sofrer rebaixamento
do leito por erosão a montante e assoreamento a jusante do corte.
Para previnir este rebaixo do leito artificial, é recomendado que se inicie previamente o
revestimento.
Cabe ressaltar que em trechos sinuosos, as obras devem ser conduzidas de
jusante (de onde as águas estão saindo) para montante (de onde as águas estão vindo),
pois grandes volumes de sedimentos serão trazidos para a jusante.

7 – REGULARIZAÇÃO EM FUNDO FIXO

Fundo fixo ou resistente são aqueles em que a tensão de arraste é sempre inferior
à tensão de arraste crítica do material do leito. Isso significa que o material do leito é
resistente às forças de arraste provocadas pelo fluxo e, portanto, o leito tende a se
manter fixo.
A regularização do fundo fixo para a navegação visa:
• Aumentar a profundidade nas vazões mínimas;
• Controlar a velocidade para valores de entre 2 e 5 m/s;
• Melhorar o traçado.

A regularização de leitos resistentes é obtida pela construção de diques e


espigões. Eventualmente, pode-se empregar dragagens ou derrocamentos em
locais muito críticos.

9
Figura 6 – Resultados da concentração do fluxo em rios de fundo fixo

Contudo, ao longo das últimas décadas, em muitas bacias hidrográficas foram


implantados sistemas de reservatórios com usos múltiplos visando o abastecimento, a
geração hidrelétrica, o controle de cheias, a navegação, etc. Em muitos casos, os
próprios reservatórios criam as condições de profundidade necessárias com o fogamento
de soleiras, corredeiras e outros obstáculos à navegação.
A concentração do fluxo pode ser realizada por meio de espigões ou por meio de
diques longitudinais e, eventualmente, soleiras e dragagens. Dado que ainda os métodos
de cálculo fornecem apenas estimativas, os espigões levam alguma vantagem sobre os
diques pois permitem executar as obras em etapas, o que facilita o acompanhamento do
desempenho das estruturas.

8 - REGULARIZAÇÃO EM FUNDO MÓVEL


Os canais de fundo móvel são normalmente muito largos e pouco profundos.
Muitas vezes observa-se, a longo prazo, uma tendência à erosão ou
assoreamento, o que pode exigir o controle desses processos através de obras de
regularização de leito.
O inconveniente básico da regularização dos rios de fundo móvel é o
rebaixamento do leito, que sempre decorre da sua estabilização. As conseqüências desse
fato são numerosas, tanto a montante como a jusante, e são facilmente determinadas
através das leis da Hidráulica Fluvial.
A regularização pode ser feita:
• No leito menor, visando a navegação;
• No leito normal, correspondente à vazão de formação do leito (vazão média
aproximadamente) visando sobretudo a estabilidade do leito e o transporte
sólido.

As obras de definição do traçado com auxílio das obras de diques, espigões e


soleiras de fundo, direcionam o escoamento para atingir-se a estabilização do álveo
com a própria energia hidráulica, atingindo condições atuantes ligeiramente
inferiores às críticas para o início de movimento

9 - TIPOS DE OBRAS

9.1 – Espigões

Os espigões podem ser normais à margem ou inclinados, para montante ou para


jusante. Sempre em sua extremidade há uma tendência a erosões provocadas por
turbilhões perpendiculares ao espigão. Dessa forma, quando o espigão é inclinado para
jusante pode ocorrer erosão da margem, a menos que o espigão seguinte seja
suficientemente próximo para que isso não ocorra. Consequentemente, não é
ecomendável inclinar os espigões para jusante.
Os espigões inclinados para montante formam ângulos com a corrente entre 10°
e 30°, sendo os normais, em geral, executados nas margens côncavas.

10
Figura 7 – Exemplo de utilização de espigões

Em geral, a distância entre espigões é dada em relação à largura do rio. A


literatura indica distâncias máximas entre uma a duas vezes a largura do rio. Para rios
estrangulados, isso eqüivale a 0,5 a 1 vez a largura do estrangulamento. Obviamente
isto visa atender aos requisitos de navegação e não de estabilidade. Quanto maior a
relação L/B, onde L é a distância entre espigões e B a largura do rio, maiores são as
acelerações e desacelerações da corrente, o que provoca maiores perturbações à
navegação.

Figura 8 – Espigões utilizados para concentração de fluxo

9.2 – Diques

Os diques são estruturas longitudinais ao rio e, no caso de serem apoiados nas


margens, constituem, de fato, proteções ou revestimentos de margens. Muitas vezes,
quando os diques são distantes da margem, constroem-se espigões interiores com o
objetivo de reforçá-los e impedir a formação de novos canais caso o dique rompa e,
além disso, favorecer a deposição de material.

11
Figura 9 – Dique

As vantagens deste tipo de obras consistem em: concluída a obra já definem o


canal de fixação de correntes na margem côncova, não obstrução ao escoamento e
adaptação às curvaturas do canal.
Sendo os diques e os espigões distantes entre si de uma distância maior que o
seu comprimento, em geral, estes são mais econômicos (inclusive ficam em
profundidades menores). Os diques podem ficar sujeitos a pressões em toda a sua
extensão (níveis d’água diferentes entre as duas faces) o que exige proteção e maior
espessura em toda a extensão. Os espigões tem o mesmo nível d’água nas duas faces e
só precisam ser protegidos nos extremos.
A vantagem principal dos espigões é poderem ser aumentados facilmente e
adaptados às necessidades. Tem como principal inconveniente as perturbações que
causam ao escoamento e o perigo à navegação. Exigem cuidados quanto a manutenção,
sobretudo nas margens côncavas, onde podem causar fortes erosões na extremidade e
mesmo nas margens durante as cheias.

9.3 – Soleiras de Fundo

Em muitos casos pode ser necessário implantar obras de fixação de leito de


forma a se garantir uma declividade de fundo e profundidades adequadas ao uso
destinado ao trecho do rio em estudo. Um tipo de obra que visa impedir o avanço dos
processos erosivos são as soleiras de superfície.
Essas estruturas, que são construídas perpendicularmente ao leito, procuram
absorver a energia do escoamento diminuindo a capacidade do fluxo de água em
transportar os sedimentos. Elas são aplicadas em trechos de rios sem navegação, e
especialmente em casos onde a erosão a montante pode provocar assoreamento
indesejável no trecho de jusante.
As soleiras de fundo constitem-se no prolongamento dos diques ou espigões
sempre que ao leito tiver que ser imposta a condição superior ao limite de erosão. Em
geral, essas obras são construídas em série com a altura de crista e a distância entre uma
soleira e outra determinadas a partir de procedimentos de otimização.

12
10 - BIBLIOGRAFIA

Capítulo 23 da apostila;
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica.

13

Anda mungkin juga menyukai