GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
BULLYING
Feira de Santana
2010
CARLOS SÉRGIO CHAVES
BULLYING
Feira de Santana
2010
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 03
1.1 Significado da Palavra Bullying 04
1.2 Histórico 04
2 CONCEITO 06
2.1 Alguns Tipos de Bullying 06
2.1.1 Bullying escolar 07
2.1.2 Bullying familiar 08
2.1.3 Cyberbullying 09
2.2 Fatores de Risco 10
2.2.1 Principais personagens para o acontecimento do bullying 10
2.2.1. Agressor 11
1
2.2.1. Vítimas de bullying 12
2
2.2.1. Testemunhas de bullying 12
3
2.3 Consequências 13
2.3.1 Medidas preventivas 13
2.3.2 Intervenção e acompanhamento 14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15
REFERÊNCIAS 16
3
1 INTRODUÇÃO
1.2 Histórico
Nas últimas décadas este fenômeno tem sido pesquisado por diversas áreas.
Por meio destas pesquisas sabe-se que a vítima de bullying pode desenvolver sérios
problemas psicossociais, ocasionando em suicídio, ou homicídio seguido de suicídio
(ANDO, 2005; FANTE, 2005; LISBOA, 2009; NETO, 2007; OLWEUS, 1993). O caso
mais famoso no mundo ocorreu em 1999, na cidade de Columbine, nos Estados
Unidos, onde um jovem de 18 e outro de 17 anos mataram 12 colegas e um
professor, deixaram 23 pessoas feridas e suicidaram. Este incidente inspirou o
documentário Tiros em Columbine (2002), do diretor Michael Moore, e Elefante
(2003), do diretor Gus Van Sant (MEDEIROS, 2010).
6
2 Conceito
É o mais comum, e pode começar muito cedo. Camargo (2010) considera que
há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus
alunos; ou desconhecerem o problema ou se negarem a enfrentá-lo. Esse tipo de
agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas
adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos
criados para humilhar os colegas.
Camargo (2010) ainda relata que no Brasil, uma pesquisa realizada em 2010
com alunos de escolas públicas e particulares revelaram que as humilhações típicas
do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com
maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
O seio familiar é onde muitas vezes começa o bullying. De acordo com uma
reportagem a Revista Psique, o médico pediatra Aramis Lopes Neto (2005) afirma a
respeito do bullying:
Ele ainda sugere que dentro dessa lógica, a vítima apresenta dificuldades em
lidar com a situação e isto pode estar relacionado ao histórico de omissão familiar.
“Jovens que se tornam bode expiatório da família, que são alvo de lamentações
9
familiares, que, por conta disso, apresentam baixa auto estima, acabam acreditando
que devem ser tratados assim mesmo na escola”, observa Aramis Lopes Neto
(2005). Ele traz a exemplo disso, que a existência de relações empobrecidas ou
inexistentes entre a família, dificulta o estabelecimento de referenciais de civilidade.
2.1.3 Cyberbullying
Ela ainda ressalta que ainda pior que os outros tipos de bullying, que tem
autores e responsáveis definidos, no cyberbullying a grande diferença também é que
tudo pode ser feito anonimamente, o que tem inspirado impunidade às pessoas que
o fazem. Mas é importante lembrar que facilmente esses agresores são descobertos
através de investigações policiais, podendo ser processados e julgados, sujeitos a
penas como pagar indenizações, prestações de serviços comunitários, e até mesmo
serem presos, dependendo das consequências do seu crime.
Além disso, são inúmeros os vídeos que circulam na internet, ou fotos com
imagens de cenas que as vítimas aparecem em situações em que estão sendo
expostas a situações constrangedoras como agressões, exposições, montagens.
2.2.1.1 Agressor
criança ou adolescente que tem, como razão para a prática de bullying, prováveis
alterações psicológicas, devendo merecer atenção especial. Podem ser depressivos,
inseguros e inoportunos, procurando humilhar os colegas para encobrir suas
limitações. Diferenciam-se dos alvos típicos por serem impopulares e pelo alto índice
de rejeição entre seus colegas e, por vezes, pela turma toda. Sintomas depressivos,
pensamentos suicidas e distúrbios psiquiátricos são mais freqüentes nesse grupo.
(NETO, 2005).
São visados como alvos do bullying, incomodados por uma ou mais pessoas
constantemente de forma intencional e por ações negativas. Expostos a situações de
extremo desconforto, em geral, não dispõe de recursos, status ou habilidade para
reagir ou cessar o bullying. Geralmente, é pouco sociável, inseguro e
desesperançado quanto à possibilidade de adequação ao grupo. Sua baixa
autoestima é agravada por críticas dos adultos sobre a sua vida ou comportamento,
dificultando a possibilidade de ajuda. Tem poucos amigos, é passivo, retraído, infeliz
e sofre com a vergonha, medo, depressão e ansiedade. Sua autoestima pode estar
tão comprometida que acredita ser merecedor dos maus-tratos sofridos.
Neto abrange seus relatos afirmando que grande parte das testemunhas
sente simpatia pelos alvos, tende a não culpá-los pelo ocorrido, condena o
comportamento dos autores e deseja que os professores intervenham mais
efetivamente. Cerca de 80% dos alunos não aprovam os atos de bullying. Essa
forma de não reação ao bullying caracteriza as testemunhas como espectadores e
às vezes auxiliares ou incentivadores. Mas também podem estar apenas como
observadores ou defensores. Quando as testemunhas interferem e tentam cessar o
bullying, essas ações são efetivas na maioria dos casos. Portanto, é importante
incentivar o uso desse poder advindo do grupo, fazendo com que os autores se
sintam sem o apoio social necessário.
2.3 Consequências
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Bullying – Revista Psique - edição especial – São Paulo, ano lll, nº10, p. 12-19.
Agência Notisa de Jornalismo Científico. (Reedição do texto originalmente publicado
em Psique Ciência e Vida, nº11, Ano l)
SANTOMAURO, Beatriz. Violência Virtual. Nova Escola, São Paulo, ano XXV, nº
233, p. 66-73, junho/julho 2010.