Prof. José Daniel Biasoli de Melo Tópicos Especiais- Desgaste Abrasivo
1. INTRODUÇÃO
Para o campo do atrito e desgaste se pode
falar que é sistêmico, ou seja, muitos fatores interagem entre as superfícies para isso ocorrer. Um dos fatores mais representativos a serem levados em conta é o encruamento, mais especificamente o grau de encruamento que tem cada material podendo este variar Gráfico 1.3. Propriedades volumétricas para porcentagem dependendo as propriedades volumétricas que de átomos substitucionais em na solução solida de Cu-Zn possua. Por esta razão o presente trabalho pretende analisar e entender o comportamento do encruamento de acordo com quatro dos seis gráficos de propriedades volumétricas, influenciados por características de arranjos metálicos, os quais são: a estrutura cúbica, a porcentagem de átomos substitucionais, a porcentagem de átomos intersticiais, e o ordenamento do arranjo. Os quais gráficos são apresentados a seguir: Gráfico 1.4. Propriedades volumétricas para porcentagem de átomos intersticiais em na solução solida de Fe-C
2. METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a análise de cada
um dos gráficos foi a parametrização e dedução dos gráficos de encruamento. Para isso foi utilizado o programa Excel, no qual Gráfico 1.1. Propriedades volumétricas para metais puros de acordo com sua estrutura cúbica cada gráfico de propriedades volumétricas foi inserido no programa e foram atribuídos 24 valores para X e Y, um exemplo disto é mostrado no gráfico 2.1. Com as coordenadas atribuídas se criam novos gráficos parecidos com os originais, e deles foram extraídas as equações que os descrevem. Com essas equações foram obtidos os gráficos de encruamento para cada um. Gráfico 1.2. Propriedades volumétricas para metais puros de acordo com sua estrutura cúbica Gráfico 3.2.. Análises grau de encruamento para ligas com estrutura ordenada e desordenada c. Para porcentagem de átomos substitucionais na solução solida de Cu-Zn (gráfico 1.3): Os resultados são apresentados no gráfico 3.3. Onde o índice Gráfico 2.1. .1. Exemplo de parametrização dos gráficos de de encruamento (n) é maior para uma propriedades volumétricas porcentagem de 15%.
3. RESULTADOS
De acordo com a metodologia exposta
anteriormente os resultados para ara cada um dos gráficos são:
a. Para variação da estrutura em metais puros
(gráfico 1.1): Os resultados são apresentados no gráfico 3.1.. Onde o índice Gráfico 3.3.. Análises grau de encruamento para de encruamento (n) é maior para a porcentagem de átomos substitucionais em na estrutura CFC. solução solida de Cu-Zn d. Para porcentagem de átomos intersticiais na solução solida de Fe-C Fe (gráfico 1.4): Os resultados são apresentados no gráfico 3.4. 3. Onde o índice de encruamento (n) é maior para uma porcentagem 0.002%.
Gráfico 3.1. Análises
ises grau de encruamento para metais tais puros de acordo com sua estrutura cúbica b. Para ligas ordenadas e desordenadas (gráfico 1.2): Os resultados são apresentados no gráfico 3.2. 2. Onde O o índice de e encruamento (n) é maior para uma liga Gráfico 3.4.. Análises grau de encruamento para desordenada. porcentagem de átomos intersticiais em na solução solida de Fe-C 4. ANALISIS DE RESULTADOS resistência (true stress) é tão baixa que não permitem desarrolhar um bom grau de Para os resultados vistos pode-se falar que os encruamento. gráficos têm dois pontos de análises para o Para o resultado do gráfico 3.4 se acho que grau de encruamento: uma análise geométrica entre menor porcentagem de átomos (matemática) que é mais geral e pode-se intersticiais tenha a solução solida de Fe-C aplicar a todos os gráficos, e a outra uma maior grau de encruamento vai ter. Esso pode análise da física dos materiais que é especifica pensar-se do ponto de vista da física dos para cada gráfico. materiais, que a maior porcentagem de Do ponto de vista geométrico (matemático) átomos intersticiais dificulta-se o têm-se dois fatores que definem o grau de escorregamento ficando mais encruado e encruamento, os quais são: a) a inclinação da tendo um grau menor de encruamento entre tangente da curva de propriedade volumétrica maior seja essa porcentagem. e a resistência mecânica (true stress) ou posicionamento em torno do eixo Y, quanto mais inclinada, maior seu grau de 5. BIBLIOGRAFIA encruamento, e quando apresentar menor resistência (true stress), ou seja, quando mais ZUM GHAR, K.H. Microstructure and Wear of abaixo do eixe Y fique a curva, maior grau de Materials. Elsevier Sci. Publish. Inc., 1987. encruamento pode ter. b) com o resultado do ASKELAND, DONALD R., The Science and gráfico 3.1 se acho que, para um material puro Engineering of Materials, International de estrutura CFC tenha-se maior de Thomson Publishing Company, Fourth Edition, encruamento que uma estrutura CCC. Esse 2000. resultado geométrico ou matemático concorda CALLISTER, W. D., Materials Science and com o espera por a física dos materiais porque Engineering – na Indroduction, Reverté S.A., um material de estrutura CFC tem mais planos Third Edition, 1993. de deslizamento que uma estrutura CCC, o que faz que o CCC fique mais encruado desde o inicio por ter maior dificuldade de escorregamento. Para o resultado do gráfico 3.2 se acho que, para uma liga com arranjo desordenado tem- se maior grau de encruamento que para uma liga de arranjo ordenado. Esse resultado também concordado com um analise do ponto de vista da física dos materiais porque uma liga com arranjo desordenado fica menos energia de estabilização menor que um arranjo ordenado, ou seja, tem maior energia livre para encruar. Para o resultado do gráfico 3.3 se acho que, para um porcentagem médio (15%, entre uma taxa de 0 e 30%) de átomos substitucionais em solução solida de Cu-Zn, tem-se um maior grau de encruamento. Esse resultado pode-se pensar do ponto de vista da física dos materiais de dois formas, para porcentagens maiores ao 15% os átomos substitucionais dificulta-se o escorregamento ficando mais encruado e tendo um grau menor de encruamento; e para os menores a 15% na qual pode pensar-se que embora tem maior facilidade para o escorregamento sua