1. APRESENTAÇÃO
3. ANÁLISE DO PEDIDO
6. PARTICULARIDADES
6.1 - Documentos Necessários
6.2 - Operações de Câmbio
6.3 - Exportação em Consignação
6.4 - Amostras
6.5 - Pequenas Encomendas
6.6 - Drawback
6.7 - Drawback - Interno
6.8 - Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior
6.9 - Preço de Exportação
O objetivo deste roteiro é permitir ao interessado ter, mediante a leitura de itens seqüenciais,
um conhecimento dos principais passos que devem ser seguidos, a fim de se atingir o alvo
final: embarque da mercadoria e recebimento das divisas dela resultantes, pela exportação de
seus produtos.
Uma exportação, para que possa ser concretizada, exige a preparação da empresa, seja ela
industrial ou comercial, uma vez que há necessidade de ser encontrado, no exterior, um
parceiro que esteja convencido de que a aquisição do produto que se almeja exportar irá
atender ao desenvolvimento de suas atividades.
Ao elaborarmos o presente roteiro, que mais se assemelha a uma seqüência de itens que
deverão ser cumpridos para uma exportação, não tivemos em mente formar alguém para a
atividade, mas mostrar o caminho a ser percorrido para que uma empresa possa entrar no
mercado internacional e, o mais importante, aí permanecer.
Antes da tomada de decisão sobre seu ingresso na atividade exportadora, a empresa deve
avaliar, com profundidade, suas reais perspectivas, no sentido de resultar em benefícios para
seu desempenho como um todo. Esta diversificação a que se lança redundará numa ampliação
das atividades comerciais e, por conseguinte, na redução dos riscos da empresa em seu
contexto geral.
Ao decidir alcançar o exterior com seus produtos, deve a empresa, além das providências que
se seguem, respeitar a seqüência de passos que são mencionados posteriormente.
Este primeiro contato deve ser entendido como aquele que visa detectar um comprador para o
produto, sendo, por esta razão, denominado de contato preliminar ou exploratório. Seu objetivo
é o de levar a conhecer, ao interessado, no exterior, que o exportador existe e que seu produto
também. Conseguindo, por este primeiro contato, despertar o interesse do possível comprador,
o exportador partirá para o contato de cotação propriamente dito.
A Fatura Pro Forma conterá todas as particularidades e condições que o exportador precisa
cumprir para a venda de um produto ao exterior.
3. ANÁLISE DO PEDIDO
Preparado o RE, o passo seguinte é a emissão da nota fiscal que acompanhará a mercadoria
desde a saída do estabelecimento até seu efetivo desembaraço para o exterior.
Este documento é emitido pelo transportador internacional da mercadoria ou seu agente, sendo
primordial a negociação com o banco no qual estiver sendo conduzida a operação.
4.6 - Certificados
Dependendo da mercadoria que se esteja embarcando para o exterior, poderá vir a ser exigido
algum certificado que ateste a qualidade ou certas especificações do produto, seja para
atender imposições da legislação brasileira, ou exigências do importador face às normas
vigentes em seu país.
Embarcada a mercadoria para o exterior, inicia-se nova fase, que poderia ser denominada de
preparação dos documentos necessários à negociação da operação com o banco. Quando a
operação estiver amparada por carta de crédito, o exportador deve redobrar suas atenções
para a confecção dos documentos, visto que estes deverão respeitar rigorosamente o contido
nesse instrumento de pagamento.
Os documentos usualmente exigidos para a negociação com os bancos são:
Documento elaborado, como regra, após a efetivação do embarque, devendo conter todos os
elementos básicos da operação.
Necessária sua apresentação nas operações conduzidas sob a modalidade CIF ou equivalente.
Seus originais são documentos básicos para a negociação, uma vez que o importador os
utilizará para o desembaraço da mercadoria no destino.
5.6 - Carta de Crédito:
Nas operações conduzidas sob esta condição de pagamento, o original deste documento é
imprescindível para que o exportador possa concretizar a entrega e o recebimento de seu valor
junto ao banco.
5.7 - Certificados:
Tanto aqueles certificados porventura exigidos para o embarque da mercadoria para o exterior
como também aqueles que atestam a origem do produto exportado devem fazer parte dos
documentos que estão sendo negociados.
5.8 - Carta de Entrega:
Consiste em uma carta na qual são relacionados todos os documentos que estão sendo
negociados (entregues ao banco). A cópia desta carta, devidamente protocolada pelo banco,
representa a prova do exportador ter cumprido o compromisso de negociar os documentos,
imposto pelo Banco Central do Brasil.
6. PARTICULARIDADES
c) para fins de negociação com o banco: fatura comercial; conhecimento de embarque; original
da carta de crédito (se essa for a condição de pagamento); saque ou cambial; certificado ou
apólice de seguro (se exigido pela operação); fatura e/ou visto consular (se exigido);
certificados - tanto aqueles utilizados para o embarque como também os de origem (quando
solicitados); romaneio ou packing list; carta de entrega;
d) para fins fiscais e contábeis (sempre por cópias): contrato de câmbio e alterações (se
houver); protocolo da carta de negociação; comprovante de exportação - Siscomex; nota fiscal
e nota fiscal complementar (se houver); certificado ou apólice de seguro (se for o caso);
conhecimento de embarque; fatura comercial.
É pela contratação do câmbio que o exportador recebe o valor de sua operação de exportação,
convertido em reais pelo banco. Esta operação poderá ser praticada em duas épocas, a saber:
b) posteriormente ao embarque: até 180 dias após o embarque, limitado ao vigésimo dia
seguinte à data do efetivo ingresso das divisas;
c) operações com margem não sacada: contratação do valor (apenas a parcela não sacada),
até a data de vencimento do prazo concedido pela Secex; ou até o vigésimo dia seguinte à
data do recebimento das divisas;
Consignar uma mercadoria a outrem é autorizar que uma terceira pessoa negocie o bem. Na
exportação, a consignação é admitida, exceto para os produtos relacionados no Anexo “F” da
Portaria Secex no 12/03.
Por outro lado, as mercadorias relativas aos capítulos 2 a 13 e 23 da NCM/SH, têm 90 dias
como prazo máximo. Decorridos esses prazos os bens assim remetidos deverão retornar ao
Brasil. Analisando-se esta operação por uma ótica comercial, pode-se denominá-la “atraente”,
principalmente para aquelas empresas que pretendem avaliar as possibilidades de
comercialização de certos produtos em determinados mercados no exterior.
Ao ser enfocada essa forma de operar, deve-se fazê-la sob dois aspectos determinantes:
a) a saída para o exterior é conduzida “com cobertura cambial”, recebendo o código Siscomex
80102, para as mercadorias em geral e, 80114, quando se tratar da remessa de produtos cujo
prazo máximo é de 90 dias;
b) o destinatário da mercadoria deverá estar vinculado ao exportador, através de contrato,
estipulando as regras a serem respeitadas para a operação: responsabilidade pela
armazenagem e seguro; compromisso de venda no decorrer do prazo estabelecido;
compromisso de remeter as divisas apuradas com a venda nos prazos constantes do contrato;
preços mínimos que poderão ser praticados para a concretização da operação comercial e
outros.
6.4 - Amostras
Até dez mil dólares ou seu equivalente em outras moedas, mediante a elaboração de DSE –
Declaração Simplificada de Exportação, e, acima deste valor, através do RE – Registro de
Exportação, no Siscomex. O mencionado RE recebe o código 99101 de enquadramento da
operação;
Da mesma forma como no caso anterior, porém dispensada da emissão do RE, podem ser
remetidas amostras até o valor de cinco mil dólares ou seu equivalente em outras moedas,
desde que sejam respeitadas as seguintes particularidades: aquelas representadas por
quantidades, fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, estritamente necessárias para dar
a conhecer sua natureza, espécie ou qualidade.
Para esta alternativa recomenda-se a utilização da DSE – Declaração Simplificada de
Exportação.
O incentivo do drawback, assim conhecido no âmbito das exportações, é uma operação que
permite ao fabricante-exportador a utilização de insumos importados que apresentem melhor
qualidade, menor preço e maior rapidez de entrega, quando comparados com similares
nacionais, permitindo a obtenção de um produto em melhores condições ou custo e prazo de
entrega mais consentâneos aos compromissos assumidos com a exportação do produto final,
não implicando a mencionada importação em verificação de existência de similaridade ou
mesmo o transporte em navio ou embarcação de bandeira brasileira.
Para as importações seu emprego teve início em 01/01/97, quando passou a vigorar no País
um efetivo sistema integrado de comércio exterior, de alta confiabilidade, operado através da
rede Serpro. A empresa, para operar no comércio internacional por meio do Siscomex, deverá
se credenciar junto à Receita Federal, mediante a concessão de uma “senha”, a qual permitirá
proceder aos registros exigidos que, na exportação, são:
Um dos problemas mais comuns enfrentados pela empresa que se propõe a exportar e, até
mesmo, para aquelas que já exportam, tem sido a determinação do preço de exportação do
produto, que nem sempre proporciona satisfação quanto aos seus resultados.
É preciso saber que a determinação do preço de exportação de um produto envolve, além dos
problemas relativos aos custos, as peculiaridades ligadas ao mercado alvo das investidas.
Apesar de o mercado internacional não dispor de órgãos oficiais controladores de preços ou de
margens de ganhos, mister se faz lembrar que dispõe de instrumento que poderia ser
considerado muito mais rigoroso, representado pela concorrência internacional.
Este, além dos custos, conteria a margem mínima de lucro destinada a remunerar o
investimento. A eventual ampliação desta margem passaria a se constituir uma atribuição da
área comercial, mediante a análise da maior ou menor possibilidade de penetração que o
produto poderia vir a representar para os diferentes mercados almejados.
• comissão de vendedor;
• embalagem;
• despesas de distribuição;
• despesas de propaganda;
• margem de lucro, caso se pretenda adotar margem diferenciada na exportação;
• outras parcelas que não deverão ocorrer na exportação;
• incluir todas as parcelas que farão parte do preço de exportação, dentre elas:
• embalagem;
• despesas de movimentação do produto, desde o estabelecimento até seu efetivo
desembaraço e embarque para o exterior;
• comissão de agente ou representante (se houver);
• margem de lucro esperada;
• outras parcelas que se fizerem necessárias;
• eventuais impostos sobre a exportação (se houver).
Com a adoção de tais providências, poderá o exportador analisar a composição de seu preço e
adaptá-lo às particularidades de cada mercado que aspira atingir.
7. EXEMPLO PRÁTICO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO
a) excluem-se todas as parcelas que compõem o preço de mercado interno que não
ocorrerão na exportação (ICMS, Cofins, PIS, lucro de mercado interno, comissão de
vendedor no mercado interno, propaganda de mercado interno, despesas de
distribuição de mercado interno e embalagem de mercado interno);
Ao mencionado subtotal deverão ser agregadas todas as parcelas que farão parte
do preço de exportação, a saber: embalagem, comissão de agente, lucro e
despesas até o efetivo embarque.
ou
4.103,00 = 85,2% x = 100%
dividindo-se:
teremos:
R$ 4.815,73