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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Instituto de Biologia
Disciplina: Física para Ciências Biológicas
Professor: Luis Ghivelder
Aluno: Diego Francisco dos Reis

Fenômenos Elétricos nas Células

Introdução

O conhecimento dos fenômenos elétricos é importante para uma melhor compreensão dos complexos
processos físicos e químicos que caracterizam a vida. Um dos mais impressionantes entre eles é o
relacionado ao excesso de íons nos lados externo e interno da superfície celular, e as diferenças entre as
concentrações iônicas no interior da célula e no meio extracelular.
Para um melhor entendimento de tais mecanismos, devem ser introduzidos alguns conceitos como
campo elétrico, potencial elétrico, diferença de potencial elétrico (d.d.p) e capacitores como veremos a
seguir.

Campo Elétrico

Considerando-se uma região do espaço em torno de uma carga puntiforme q, pode-se afirmar que a
mesma cria em torno de si um campo elétrico. Se colocarmos em qualquer ponto desta região uma
carga elétrica puntiforme q, ela sofrerá a ação de uma força elétrica F.
O sentido da força F é o mesmo ou oposto ao sentido de E (campo elétrico), dependendo da carga q, ser
positiva ou negativa. Dessa forma, temos:

Potencial Elétrico

Antes de caracterizar-se o potencial elétrico de um ponto qualquer de um campo elétrico deve-se


atentar para alguns conceitos importantes.

 O trabalho W realizado pela força F, quando a partícula se desloca, é igual à variação de sua
energia cinética (Ec).

 A energia mecânica (EMT ) dessa partícula é constante.

Assim, havendo variação na energia cinética da partícula, haverá também uma variação em sua
energia potencial.

Portanto, a partícula carregada possui uma energia potencial devido a sua interação com o campo
elétrico, sendo o valor de U (energia potencial) dependente da posição da partícula. Quando a partícula
se move, há uma variação de U devido ao trabalho realizado pela força elétrica (F).

O trabalho realizado pela força elétrica (F), durante a deslocamento é W=F. x = qE . x;

sendo x = x2 – x1

Se a carga q da partícula for positiva, o trabalho W será positivo se x2 > x1, caso contrário ele será
negativo. Assim, se essa partícula se deslocar no sentido das linhas de força, o trabalho realizado será
positivo e haverá uma diminuição de energia potencial ( U < 0). Se a carga elétrica for negativa, o
sentido da força será oposto ao das linhas de força. Nesse caso, a energia potencial aumentará no
sentido das linhas de força do campo ( U > 0). Portanto, haverá uma diminuição da energia potencial
elétrica U no sentido da força.
Com isso, conclui-se que o potencial elétrico é a capacidade que um corpo energizado tem de realizar
trabalho, ou seja, atrair ou repelir outras cargas elétricas. Considerando-se que a variação de energia
potencial ( U) é proporcional à carga elétrica, convencionou-se definir que:

Entretanto, a
variação V,
denominada
diferença de potencial
elétrico (d.d.p), independe da carga q, sendo função apenas do campo elétrico E e a variação X. Sua
unidade é o volt:

Capacitores

São dispositivos que armazenam cargas elétricas. O tipo mais simples de


capacitor é constituído de duas peças paralelas condutoras (armaduras)
separadas por um material isolante (dielétrico). Essas placas apresentam
área A e são carregadas com cargas elétricas +q e –q separadas por uma
distância d.
Contudo, entre as placas do capacitor há uma diferença de potencial, dessa
forma, como o potencial elétrico diminui no sentido das linhas de força do
campo, o potencial da placa positiva é maior que o da o placa negativa.
Para fins didáticos, convenciona-se como nulo o potencial da placa positiva, sendo designado por
V(V < 0) o potencial da placa negativa. Assim, a diferença entre esses potenciais é: V = V – 0 = V

Potencial de membrana

Entre o líquido no interior de uma célula e o fluído extracelular há uma diferença de potencial elétrico
denominada potencial de membrana. O potencial elétrico do fluído extracelular, por convenção, é
considerado nulo e V é o potencial no interior da membrana. Assim, a diferença
de potencial V entre os dois meios é:

O potencial de membrana existe sob duas formas principais: o potencial de repouso e o potencial de
ação.

Potencial de Repouso: Esse potencial tem sua origem em um mecanismo simples, de alternância entre
o transporte ativo e o transporte passivo de pequenos íons.
Potencial de Ação: É uma variação brusca do potencial de membrana , provocada por estímulos
externos.

Origem do Potencial de Repouso

Pode-se imaginar a membrana celular como um capacitor no qual


duas soluções condutoras estão separadas por uma delgada
camada isolante – a membrana.

As cargas elétricas em excesso, +q e –q, que provocam a formação


do potencial de repouso se localizam em torno da membrana
celular. Esse potencial se origina também na membrana celular: a
superfície interna da membrana é coberta pelo excesso de ânions
(–q) enquanto que, na superfície externa, há excesso de cátions (+q).

EQUILÍBRIO DE DONNAN

O potencial de repouso é sempre observado quando há diferenças de concentrações iônicas dentro e fora da célula.

Devido à presença de ânions impermeáveis A- no interior da célula, nela a concentração dos cátions permeáveis deve
ser maior que a de ânions permeáveis. Além disso, a concentração de íons K+ não é a mesma dentro e fora da célula.
Como a célula é permeável para íons K+ é, então, necessário que haja uma diferença de potencial elétrico
(correspondente a um campo elétrico) através da membrana celular, para manter essa diferença de concentrações.
Por ter uma concentração maior na parte interna da célula, os íons K+ tendem a sair para o meio externo,
atravessando a membrana. Contudo, devido à existência do potencial de repouso (V0) uma força elétrica é dirigida
para o interior da célula atua na membrana sobre cada um desses íons. Dessa forma, pode ser desenvolvido um
raciocínio análogo para os outros íons permeáveis.

O modelo de Donnan considera a membrana uma barreira porosa, através da qual alguns íons monovalentes (q =
±e) podem se mover O fluxo de cada tipo de íon permeável i corresponde à passagem de uma densidade de corrente
elétrica ji. Em equilíbrio, as concentrações iônicas interna e externa permanecem constante e o campo elétrico (E)
através da membrana não se altera.

ji = 0

Bibliografia:

OKUNO, Emico Física para Ciências Biológicas e Biomédicas


Editora: HARBRA, 1986

GUIMARÃES, Luis Aberto Física para o 2ºgrau – ELETRICIDADE E ONDAS


Editora: HARBRA, 2000

Publicações:

Bruna Gomes MALAGOLI, Iara RINCO-SILVA, Áquila SERBATE-BORGES / Faculdade de Farmácia –


UFMG BIOELETROGÊNESE E POTENCIAL DE REPOUSO: a importância vital dos fenômenos
elétricos nas células

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