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Poucas pessoas sabem, mas o texto supracitado não foi abolido nem contradito
por Yeshua. O texto não se refere a vingança, mas sim à prática da compensação
justa. A compensação por um mal realizado não deve ser desproporcional ao
mal cometido. Evidentemente, Yeshua nos ensina a irmos além disso, a
abrirmos mão do nosso direito de compensação em prol do amor ao próximo.
Isso não significa que nada mais podemos aprender com as Escrituras
supracitadas, pois Paulo nos ensina:
O fato é que, quando pedimos perdão, não somos justos. Porque normalmente,
nossa prática de pedir perdão freqüentemente está calçada em motivações
erradas, ou é realizada de uma maneira desproporcional à forma que ferimos.
Assim sendo, não estamos aplicando esse princípio da Bíblia que devemos
realizar uma justa compensação por nossos erros.
A resposta de seu amigo o comoveu: "Eu sei que você deve estar se
perguntando o porquê de eu não ter te pedido perdão em Yom Teruá (Dia do
Toque da Trombeta), ou às vésperas do Yom Kipur. Mas a verdade é que eu
não queria que você pensasse que meu pedido de perdão havia sido motivado
por interesses pessoais. Eu queria que você entendesse que eu estou
genuinamente arrependido."
E, o fato é que, muitas vezes quando pedimos perdão, não nos preocupamos
com os sentimentos daqueles de quem pedimos o perdão. Fato é que,
normalmente, quando erramos com o irmão, exibimos falta de amor para com
ele. Assim sendo, pela lei da compensação exposta na Bíblia, a mesma medida
de falta de amor deveria se transformar em medida de amor, quando
pedíssemos o perdão.
Vejamos aqui alguns erros comuns que podemos cometer quando pedimos
perdão.
Caracteriza- se pela frase: "Eu já pedi desculpas... o que mais posso fazer?"
Pessoas que se colocam em tal posição estão agindo como Pilatos: Lavam suas
mãos da responsabilidade que teriam para com o irmão.
Devemos entender que, quando erramos para com o irmão, na mesma medida
em que o magoamos, devemos fazer de tudo o que estiver ao nosso alcance
para sararmos as feridas daqueles a quem magoamos. E se a pessoa permanece
ferida, é nossa responsabilidade permanecermos tentando ajudá-la a se
recuperar do mal sofrido.
Esse tipo de pedido de perdão deve ser usado com cautela. Às vezes, de fato é
verdade que determinadas circunstâncias adversas podem nos levar a cometer
um mal contra nosso irmão. Contudo, isso nem sempre se aplica, e temos que
tomar cuidado para que não nos tornemos viciados em atenuantes como
desculpas para nossas próprias falhas. Tome cuidado ao usar atenuantes, para
não torná-los uma justificativa para seu erro. E fica a sugestão: Quando for
necessário usar atenuantes, use frases como "Eu sei, porém, que isso não
justifica o meu erro." Deixe claro que você não está se eximindo de sua
responsabilidade.
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Caracteriza- se pela frase: "Me perdoem por qualquer mal que tenha feito a
qualquer pessoa."
Se de fato você cometeu algum mal, você sabe o que fez, e a quem fez. O sujeito
oculto é uma forma de fugir da responsabilidade de encarar a pessoa a quem
ofendemos de frente. Se fizemos o mal a alguém, devemos dizer com clareza à
pessoa. Se você suspeita que pode ter feito mal a alguém, mas não tem certeza,
ao invés de usar uma frase com sujeito oculto, prefira a frase: "Se eu fiz algo a
alguém, por favor me procure para que eu possa pedir perdão e me reconciliar.
" Dessa forma, você está deixando claro que não quer fugir da responsabilidade.
Certa vez, meu avô, Z"L, relatou a história de quando era aluno em um colégio
interno, e o diretor do colégio, acreditando equivocadamente que ele estava
envolvido em uma confusão, o humil hou em público. O diretor do colégio, ao
perceber o erro, mandou chamar todas as pessoas envolvidas, e pediu
desculpas em público. Essa é a forma justa e correta de fazer. Pedir desculpas
em particular, por um mal público, não é a forma digna. Se tivemos c oragem
para fazermos o mal em público, o mal deve ser reparado igualmente em
público.
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O verdadeiro servo de YHWH é aquele que deve ter a coragem não apenas para
assumir, mas sim para corrigir seus erros, sempre que possível.
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Certa vez, vi em um filme o seguinte diálogo. A mãe virou -se para a filha e
disse: "Eu te perdôo." A filha retruca, surpresa: "Mas eu não pedi perdão."
Muitas pessoas têm o péssimo hábito de dizerem: "Eu te perdôo por ter feito
isso ou aquilo." Primeiramente, isso não é pedido de perdão. Isso é acusação.
Em segundo lugar, soa arrogante, como se a pessoa estivesse se colocando em
posição de vantagem, por ter perdoado, a despeito do outro não ter se
arrependido. Se você tem algo contra alguém, procure-o para conversar.
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Caracteriza- se por tentar fazer a pessoa a quem o mal foi cometido nos
enxergar como vítimas de um mal maior, ou de nossa ingenuidade, ou ainda
que o mal cometido tenha sido "em prol de um bem maior."
O fato de que Yeshua nos ensina a perdoar não nos redime de também nos
esforçarmos em aprimorarmos o nosso pedido de perdão. Yeshua nos ensinou a
perdoarmos até 70 vezes 7, por amor ao próximo.
Por que é que esperamos tanto daquele que perdoa, e estamos tão pouco
dispostos a investirmos em nossos pedidos de perdão? Pense nisso!
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Shalom!