Autores: Fernanda Soares Rimoli1; Julia Resende de Andrade1; Leonardo Motta de Andrade1;
Luiza Martins Garcia1; Maria Auxiliadora Mendes Aguiar1; Mariana Queiroz da Silva1; Mayra
Thomás Oliveira1 ; Rafael Eduardo Albuquerque de Faria1 .
1
Discentes FEQUI-UFU - Departamento de Engenharia Química – Universidade Federal de
Uberlândia. Campus Santa Mônica – CEP: 98400-920– Uberlândia – MG – Brasil.
Telefone: (0xx-34) 3239-4189 – Fax: (0xx-34)3239-4188
fernanda_rimoli@hotmail.com
Juliaandrade1@gmail.com
leomotta89@hotmail.com
luiza.mgarcia@yahoo.com.br
dodora_aguiar@hotmail.com
mari_queiroz89@yahoo.com.br
mayrathomas@hotmail.com
camundondgo@hotmail.com
Objetivos: Calibrar alguns indicadores de temperatura com sensores, por comparação com
instrumento-padrão (Bulbo de Hg).
1.1 Termorresistências
As termorresistências são sensores de temperatura muito usados nos processos industriais e
em laboratórios, por suas condições de alta estabilidade, resistência à contaminação, menor
influência de ruídos e altíssima precisão de leitura.
Também chamadas de bulbos de resistência, termômetros de resistência ou RTD, são
sensores que se baseiam no princípio da variação da resistência ôhmica em função da temperatura
(quanto maior a temperatura, maior será a resistência). Seu elemento sensor consiste de uma
resistência em forma de fio de platina, níquel ou cobre encapsulados num bulbo de cerâmica ou
vidro. A platina é mais utilizada por apresentar alta resistividade à ampla escala de temperatura
(permitindo a leitura de uma maior amplitude de temperaturas), alto coeficiente de variação de
resistência com a temperatura, boa linearidade resistência x temperatura e também ter rigidez e
ductilidade para ser transformada em fios finos, além de ser obtida em forma puríssima. [6]
1.2 Termômetro de mercúrio
1.3 Termopar
Termopar é um tipo de sensor de temperatura muito simples, robusto, barato e de fácil utilização.
O dispositivo gera eletricidade a partir de diferenças de temperatura. Dois fios condutores de
eletricidade, por exemplo, o cobre e uma liga de cobre e níquel, chamada constatam, quando unidos em
uma de suas extremidades, geram uma tensão elétrica, que pode ser medida na outra extremidade, se
existir diferença de temperatura entre elas. Como a diferença de potencial é proporcional à diferença de
temperatura entre suas junções, este princípio, denominado efeito Seebeck em homenagem ao cientista
que o descreveu, é amplamente utilizado para medir temperatura na indústria, em muitos tipos de
máquinas e equipamentos. A sua maior limitação é a exatidão, uma vez que erros inferiores a 1ºC
são difíceis de obter.
A temperatura da junção de referência para termopares foi fixada em 0ºC para simplificar as
equações matemáticas usadas que descrevem o comportamento dos termopares. Como
consequência, as tabelas de referência dos termopares pressupõem uma junção de referência em
0ºC. Para realizar medições corretas o usuário deverá assegurar-se que essa condição está sendo
atendida, seja por meios físicos (banho de gelo) ou por meios eletrônicos (compensação automática
realizada pelo instrumento de leitura). [9]
Existem tabelas normalizadas que indicam a tensão produzida por cada tipo de termopar para todos
os valores de temperatura que suporta. A seguir está a descrição dos tipos de termopares que foram
calibrados na presente prática:
O termopar tipo T é constituído de cobre na perna positiva e constantan(Cu + Ni) na perna
negativa. Possui faixa de utilização de -200 a 350ºC, são resistentes à corrosão em atmosferas
úmidas e adequados para medidas de temperatura abaixo de zero, sendo sua maior aplicação em
indústria de refrigeração e ar condicionado.
O termopar tipo J é constituído de ferro na perna positiva e Constantan na perna negativa.
Possui faixa de utilização do -40 a 750ºC e são mais adequados para uso no vácuo, em atmosferas
oxidantes, redutoras e inertes. Por possuir baixo custo relativo, é um dos mais utilizados
industrialmente.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
Termorresistência;
o Type K Th-1300;
o Amplitude de sensibilidade: (-50ºC até 1300ºC) ;
o Precisão de ±0,1ºC.
Termômetro de mercúrio;
o Modelo: Bulbo de Hg;
o Precisão de ±0,5 ºC.
Termopar tipo T;
o MD450;
o Marca: ECB;
Termopar tipo J;
o MDH(M14).
o Marca: Iope;
Termopar tipo J;
o MD450;
o Marca: Watlow;
Banho termostático
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Onde:
Tb = Temperatura do Banho;
Tp = Temperatura do Termômetro Padrão;
T1= Temperatura do Termômetro de vidro (Hg);
T2 = Termorresistência;
T3 = Termopar MD4SO(18);
T4 = Termopar MDH(M14);
T5 = Termopar WATLOW.
A partir dos dados da tabela 1 foram plotados gráficos no Software Microsoft Office Excel
para obtenção das curvas dos instrumentos comparadas com a temperatura adotada como padrão,
que é, neste caso, a temperatura marcada pelo termômetro de mercúrio.
O eixo das abcissas representa a faixa de valores de temperatura do banho (Tb). Os eixos
das ordenadas à esquerda e à direita representam, respectivamente, a faixa de temperatura do
termômetro padrão (Tp) e do sensor a ser calibrado(T 1, T2, T3, T4 e T5).
Figura 1 – Comparação das curvas de Tp com T1.
Além disso foi feita uma regressão linear simples, que ajustou os pontos obtidos
experimentalmente com cada um dos sensores à uma reta que melhor represente tais pontos. Para
cada uma dessas retas, calculou-se o coeficiente de determinação R², que nos mostra qual a
porcentagem de variação da temperatura Ti que é explicada pela variação de Tp. Sendo assim,
quanto mais próximo de 1 estiver o R², melhor ajustados à reta os pontos estão.
Tp= A + B*Ti (onde A e B são parâmetros da equação)
Os dados obtidos experimentalmente foram plotados, tendo sido obtidas as seguintes curvas:
(a) (b)
(c) (d)
(e)
Figura 6 – Gráficos de leitura de temperatura de cada sensor versus temperatura padrão: (a)Sensor 1: Termômetro de
Hg; (b)Sensor 2: Termorresistência; (c)Sensor 3: Termopar MD450(ECB); (d)Sensor 4: Termopar MDH(M14); (e)
Sensor 5: Termopar Watlow.
Os resíduos, isto é, as diferenças entre os valores encontrados e aqueles do termômetro padrão, são
apresentados no gráfico a seguir:
Figura 7 – Resíduo: diferença entre a temperatura do termômetro padrão e os demais sensores de temperatura.
ˆ
Y
2
ˆ
Y 2
u2 n
u
Onde o valor de é calculado pela equação 2
Analisando os dados podemos perceber que alguns sensores são bem precisos em suas
medidas. Podemos destacar o termômetro 1, que apresentou excelente coeficiente de determinação
(0,9993), o que nos diz que 99,93% dos dados experimentais foram bem representados pela
equação linearizada. O desvio padrão estimado foi pequeno, apenas 0,381491: outro indicio que nos
leva a concluir que o sensor 1 é um bom medidor de temperatura. Outro sensor de nos forneceu
ótimos resultados foi o sensor 5. Já o sensor 3 apresentou um desvio de 14,18313 e o coeficiente de
determinação de 0,9697 ou seja apenas 96,97% dos dados experimentais foram bem representados
pela equação, que é um valor pequeno, se comparado com os demais sensores . Através das figuras 3
e 7 se pode perceber o quão longe os valores obtidos para o sensor 3 ficaram longe do valor-padrão, e através
das figuras 1, 4 e 7 se pode perceber o quão bons foram os resultados.
As possíveis causas de erro podem ter ocorrido principalmente por instabilidade térmica do
banho e profundidade variável entre os sensores e o termômetro padrão.
6. CONCLUSÃO
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
[5]http://franquimica.blogspot.com/2009/07/como-funciona-o-termometro-de-mercurio.html,
último acesso em 05/04/2011 às 22:22;
[7] ABNT 2000 – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Indicador de temperatura com sensor
– Calibração por comparação com instrumento-padrão.