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Instituto de ciências sociais

Departamento de Sociologia

RESUMOS DAS AULAS


Abril e Maio de 2011

Unidade Curricular:

Sociologia da Família

Constituição do grupo:

 Andreia Ribeiro Contenças Nº 58303


 Raquel Silva Gomes Nº 58302
 Sara Verónica Vieira Gonçalves Nº 58248
 Vera Lúcia Campos Moreira Nº 58260

2º Ano
Docente:

Maria Engrácia Leandro

Ano lectivo 2010/2011


- A família na perspectiva de Émile Durkheim (1858 – 1917) Aula de 27 de Abril de 2011
A grande preocupação de Durkheim é a coesão social. O que distingue o laço social da
sociedade do passado e da actualidade, é o facto de passar do comunitário (aldeias) para o
societário, na comunidade todos se conhecem, o que fortalece o laço social, este é tudo que
cria laço numa sociedade, as pessoas unem-se. Existem diferentes tipos de laços sociais,
como os “Laços de sangue”, somos gerados numa família, crescemos numa família e
desenvolvemo-nos numa família. O que fundamenta os laços de sangue é a razão, a
religião e a vizinhança. Ao passar-se de sociedades inter-conhecimento para sociedades de
desconhecimento, não nos vemos, não nos ouvimos, nem nos conhecemos. Este autor
formula quatro aspectos fundamentais da família moderna, sendo eles, o “Relacional”, tal
significa que no passado o que garantia a continuidade da família eram as “coisas”
(património) e depois passaram a ser as relações. O património mantinha as pessoas coesas
e agora dá-se a privatização da família, com as novas transformações, nomeadamente pelo
acesso ao emprego. Hoje valorizam-se mais os afectos, o amor e quando estes deixam de
existir, a família acaba. Quando se começam a valorizar os afectos, os laços tornam-se
mais frágeis. A família contemporânea é cada vez mais “privada e cada vez mais pública”.
Na teoria do passado esta não era totalmente privada, incluía-se o parentesco, a religião e a
vizinhança. Com a mudança no acesso à propriedade e ao emprego, a família restringe-se,
pois para sobreviver conta mais com o ordenado. Mas no século XIX o Estado passou a
intervir, devido à industrialização, à restrição das crianças trabalharem… Esta é privada
porque tem condições materiais para isso, mas é pública, pois o Estado intervém cada vez
mais, embora só o possa fazer até certo ponto. O terceiro dos laços remete para a família
“Individualista”, Durkheim aproxima a família à morfologia social, à medida que a
sociedade se alarga, a família centraliza-se. Esta é concentrada numa zona central, onde
permanecem pai, mãe e filhos, e por zonas secundárias, que se dividem em nichos, como
avós, tios, primos… A morfologia social da família é centralizada no meio urbano e
descentralizada no meio rural. Cada elemento, procura no ceio da própria família, tornar-se
mais individual, isto na actualidade. Por último, família contemporânea não tem “horizonte
inter-geracional”, pois começa com o casal progenitor, aumenta com os filhos, volta a casal
quando os filhos se casam e assim o casal vai desaparecendo. Não à continuidade de um
grupo para outro, pois não há nada que o assegure. Cada geração tende a ver as coisas para
si própria, sem ter em conta as gerações anteriores. A família contemporânea adopta
estratégias de natalidade, a natureza do capital modificou-se. O indivíduo deve ser
estimulado a trabalhar, por ser o seu próprio interesse pessoal e doméstico.

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- A família na perspectiva de Philippe Ariès (1914 – 1984) Aula de 5 de Abril de 2011
Segundo Ariès a família moderna é moderna porque é sentimental, e o que a caracteriza é o
investimento nas crianças, nos sentimentos. Para testar esta hipótese recorre a uma
perspectiva do passado, recua no tempo ate ao século XI e XII para compreender o
presente. Utiliza a iconografia como fonte documental para os seus estudos e é através
deste meio que repara atentamente em como a criança é representada na pintura, nas
figuras... As crianças antes, eram representadas como adultos em miniatura, iguais aos
adultos mas em escala menor. Contudo, no final do século XII, passagem para o século
XIII esta representação/ apresentação das crianças altera – se. No princípio do século XIV,
ate a representação da N. Sª e do seu Menino Jesus, ou seja da Família Sagrada se altera.
Ate ao século XIII esta sagrada imagem não aparecia, mas no inicio do século XIV esta
imagem familiar símbolo de simplicidade e da família conjugar era mais comum de se
encontrar, e ate o próprio Menino Jesus se vestia como uma criança e não como um adulto
em miniatura. Antes do século XVIII não havia espaço para as crianças serem crianças, ou
seja, desde tenra idade ingressavam no mundo dos adultos, num mundo rotineiro e sem
tempo para brincadeira. Assim sendo, apenas com 7 anos de idade as crianças eram
consideradas uma óptima força de trabalho, mão-de-obra barata e desempenhavam funções
de adultos, contudo ainda tinham a “vantagem” de entrarem em sítios pequenos onde os
adultos não chegavam. No século XVIII o meio habitacional era essencialmente rural,
todas os habitantes do meio rural tinham o direito de educar, reprimir e ajudar as crianças
da aldeia, as suas crianças, os vizinhos passavam a ser uma “família extra da terra” que
estava sempre ali para tudo. Ate o que aprendiam eram com os mestres/ adultos das suas
aldeias, era uma aprendizagem do tipo – aprendendo fazendo com os outros. No século XV
começa – se a dar importância à adolescência, e tens se a consciência de que as crianças
também precisavam de ser crianças. Em parte esta alteração também é consequência de
uma outra valoração que se atribui às crianças/ sentimento em relação às crianças e á sua
infância. Os tempos são outros, mais favorecidos económica e socialmente e, as crianças
passam a ingressar a escola. Antes as crianças ficavam entregues a si próprias nas ruas,
mas depois toma se consciência de que as crianças eram serem frágeis e que precisavam de
cuidado, afecto e progressivamente as crianças foram sendo obrigadas a frequentar a escola
e ingressavam o mundo do trabalho mais tarde. As crianças saem da rua e são entregues
aos cuidados da sua família. A família contemporânea tem sido alvo de muitas
transformações, mas nem por isso os valores, as regras se têm alterado. A família
contemporânea é assim sentimental, protectora e educativa relativamente às suas crianças.

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Aula de 18 de Maio de 2011
- A família na perspectiva de Talcott Parsons (1902 – 1979)e Robert Balles (1916 – 2004)
Estes autores foram os que mais críticas mereceram devido a terem uma teoria inovadora.
A teoria desenvolvida por estes autores é essencialmente funcionalista, inspirada
maioritariamente na teoria desenvolvida por Parsons. Analisam como unidade básica de
análise a família tradicional americana, uma vez que era a família americana o modelo
ideal de família segundo os autores, pois era um bom exemplo de uma família do tipo
nuclear (estrutura nuclear – mãe, pai e filhos). Segundo os autores, tudo o que existe na
sociedade tem uma função específica, a sociedade (sistema gera) e constituída por muitos
sistemas (entre eles a família, essencial para o funcionamento da sociedade). Sobre o ponto
de vista macro – sociológico a família tem uma função cada vez mais diminuta, que se
divide em 2 dimensões: a) reprodução da espécie - as crianças nascem, crescem,
desenvolvem – se dentro da família – e b) a influência que a família exerce sobre a
consolidação dos adultos – os adultos são muito solicitados um pouco para tudo na
sociedade, e tem de estar preparados para dar conta de todas as necessidades que vão
surgindo. A família desempenha ainda uma função muito importante do ponto de vista
micro – sociológico, uma vez que contribuiu para a socialização das crianças de maneira a
torna – los membros efectivos e bem comportados da sociedade. a socialização é fazer Hierarquia de
importância
passar o individuo de um estado de besta bruta para um individuo civilizado. Para os em relação ao
autores, não havia famílias sem casamento e o casamento desempenha assim um papel casamento:

fundamental. A família assentava segundo os autores no casamento e esta teoria tem H

essencialmente 3 aspectos fundamentais: a) teoria das funções, b) teoria das estruturas e c)


teoria dos papéis. A família tinha ainda as seguintes características: constituída por sistema M
diferencial (mãe, pai e filhos), liberdade de escolha do parceiro, o casamento é endogamico F
(dentro do mesmo grupo social), orienta - se por valores racionais, e dentro da família da – º
se importância ao conhecimento e ao saber ler – escrever, e é uma família neo – local, ou Fª
seja, com residência autónoma, uma só família para uma só casa.
Esta foi antecedida pela família alargada. Antes o pai (função mais activa) tinha uma
função sobretudo económica, ou seja era encarregado de sustentar a casa. A mãe (papel
mais passivo, não escolhe o seu parceiro, é escolhida) tinha funções mais domésticas, ou
seja a dona de casa que tinha a seu lado a educação dos filhos e o cuidado da casa. A
família actua numa linha horizontal, o pai educa o filho para ser o ganha-pão e a mãe para
ser esposa e dona de casa. Cada sexo socializa o seu modelo. Este é o esquema da
hierarquia normal, pode variar consoante o momento, mas o lugar do homem mantêm-se.
A família de Parsons é racional, procura autopromover-se e procura a promoção dos filhos,

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através da educação que desenvolve nos descendentes todas as suas capacidades. É uma
família ambiciosa. O conceito Necutisma – influência da família para ter cunhas – ganha
outra importância. Actualmente, investe-se mais na responsabilização, quer dos pais, quer
dos filhos. Cada filho tem cinco potencialidades para desenvolver. O facto de as pessoas
serem assexuadas é um factor da felicidade humana e, principalmente, da felicidade
conjugal. Um outro conceito que ganha importância na teoria de Parsons e Balles é de
complementaridade, ou seja, homem e mulher dependem um do outro. Podem ser
autónomos, mas é na harmonia dos sexos que se sabe que não há sexos superiores. O
homem tem o papel instrumental, a mulher tem o papel expressivo. O primeiro orienta o
homem para as tarefas do exterior, o segundo dá à mulher a capacidade de olhar pela vida
de casa, não pensa nela, vive para a família e para a felicidade desta. Apesar de tudo, os
papéis complementam-se para a felicidade do todo.

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