Um dos maiores problemas urbanos atuais é a disposição final adequada dos resíduos
sólidos, que se agrava pelo crescimento da população e pelo incremento da produção de
lixo per capita. O gerenciamento integrado de resíduos sólidos pressupõe a redução da
quantidade gerada, a reutilização ou reciclagem e a disposição dos resíduos finais em
locais apropriados como aterros sanitários. Estes últimos alem de projetos tecnicamente
apropriados, devem estar situados em locais ambientalmente adequados.
Impactos ambientais
Devido a remoção da cobertura vegetal solo ficara exposto a processos erosivos, por isso
uma drenagem deve ser prevista no projeto do aterro de modo que as águas pluviais
sejam drenadas para escoamentos naturais existentes.
O principal impacto sobre a água está relacionado ao Chorume, que é produzido pela
decomposição dos resíduos. Por esses motivos o solo deve ser revestido com uma
camada de material de baixa permeabilidade (para evitar que o Chorume atinja águas
subterrâneas), e também deve se fazer um sistema de drenagem das águas superficiais,
para que o Chorume possa ser tratado.
Escoamento superficial
O projeto do aterro deve prever a captação das águas superficiais e o seu desvio, é
importante que seja evitada, ao Maximo, penetração da água da chuva nos resíduos.
Flora e fauna
Saúde da população
O aterro deve ser construído em áreas isoladas da população, para evitar incômodos
causados pela poluição visual e pelo cheiro do resíduo em decomposição.
Qualidade do ar
Aspectos estéticos
Deve ser feita uma avaliação dos fatores positivos e negativos da implementação, ou não,
do aterro, tendo em vista os fatores citados anteriormente.
Medidas mitigadoras
(medidas criadas para reduzir os impactos negativos)
Recomposição paisagística da área
Devem ser monitorados todos os córregos e rios próximos ao aterro, para evitar
contaminação da água. Devem ser monitorados principalmente os rios para onde escoa a
água da chuva da região.
Treinamento de pessoal
Exemplo de projeto
O aterro de Piraí pretende ser construído dentro dos padrões técnicos da engenharia
ambiental recomendados eliminando os impactos causados a natureza ou atenuá-los .
A localização para o empreendimento é fora das bacias hidrográficas, área de fácil acesso
perto da rodovia Presidente Dutra, que assegura uma condição de acesso permanente
boa para trafego de veículos com resíduos a serem eliminados no aterro.
Método de operação será feito a partir de células por área, as células da primeira camada
receberão argila compactada para impermeabilizar, também haverá drenos de brita para
transporte do chorume produzido.
Inicialmente o lixo recebido no aterro será espalhado por um trator de esteira, a taxa de
compactação 2:1.
O monitoramento da qualidade da água subterrânea deve ser mantido durante cinco anos
após o encerramento do aterro. O córrego será limpo para evitar assoreamento e
obstrução da passagem de água.
Controle de gases
Acesso à área
A região e cortada pela BB 116 - Via Dutra, todo acesso será feito pela via Dutra, e por
estradas a ser construída com 1500 m de extensão que será mantida pela operação do
aterro.
Receberá resíduos de zonas urbanas da sede de Piraí e dos seus distritos. São resíduos
domiciliares orgânicos e inorgânicos resíduos de serviço de saúde e resíduos produzidos
na limpeza de ruas, parques e praças locais. Receberá cerca de 18 toneladas/dia de lixo
diverso. Os pesos específicos dos resíduos coletados variam de 0,20t/m3 para resíduos
0,55t/m3. A taxa de compactação ao longo da vida útil será de 0,8 t/m 3. Concluiu-se que o
aterro será suficiente para 30 anos.
Toda área será destinada a preservação e estudo de espécies do local com construção de
um centro de pesquisa e estudos da fauna e flora regional, além de parque de lazer para
população.
A vida útil do Aterro de Piraí esta prevista para 30 anos, deverá ser tomada as seguintes
providenciam para que a preservação ambiental bem como o uso futuro da área ocorra:
A camada final de cobertura terá no mínimo 0,5m e devera ser compactada.
Durante os primeiros dois anos o fechamento do aterro deverá ser feito inspeções
periódicas a cada três meses para acompanhamento dos recalques diferenciais e totais,
que irão ocorrer na área em função da estabilização total da matéria orgânica e de
assentamento por pressões de cargas e alterações por chuvas.
Da mesma forma pelos próximos dois anos, os sistemas de drenagem de águas
superficiais e de gases.
O sistema de recirculação de líquidos percloratos deve ser mantido em operação durante
dois anos após o encerramento do aterro, neste período deve ser feito analises da
qualidade do chorume.
Durante cinco anos após a conclusão do aterro deverão ser monitorados os pontos de
controle da qualidade da água do córrego e do poço obedecendo ao padrão
preestabelecido de qualidade da água ou segundo as leis regionais ambientais.